Catorze foram os pilotos que marcaram presença, onde se fizeram notar o regresso de Carlos Afono e Jorge e João Seia e as ausências de Albano Fernandes, Miguel Guerreiro, Domingos Vinagreiro, Filipe Vinagreiro, Miguel Sousa e André Mota.
E enquanto uns afinavam estratégias, outros preocupavam-se com as verificações técnicas.
E alinhados na grelha de acordo com a classificação no campeonato, estava para breve o arranque de mais uma prova que prometia mais do que a anterior, já que potencialmente, Carlos Afonso faz-se presente sempre com o mesmo espírito ganhador, para além de outros pilotos que também não deixam habitualmente, crédito por mãos alheias.
E o arranque da prova levava a antever que o anterior domínio exercido por Rui Mota, poderia desta vez estar comprometido, visto que Marco Silva iniciava a contenda em ataque absoluto, vencendo a primeira manga. Mas a guerra encontrava-se declarada, já que tanto Rui Mota como José Pedro Vieira não deixavam os créditos por mãos alheias e acabariam a manga com o mesmo número de voltas. Com menos uma volta e atrás deste trio, vinha outra luta interessante, onde os protagonistas eram Filipe Carreiro, Damião Castro e Ricardo Moura, três dos animadores da anterior jornada. Frasco Leite e Miguel Antunes acabavam também com o mesmo número de voltas, mas a duas voltas de diferença do piloto comandante.
Na segunda manga, se Rui Mota ataca e passa a comandar, José Pedro Vieira cai na classificação, descendo para a quinta posição. O terceiro lugar viria a ser ocupado por Filipe Carreiro, em mais uma surpreendente demonstração de rapidez e vontade, logo seguido de Damião Castro. Frasco Leite aplica-se e acaba por passar Ricardo Moura, apesar de ambos conseguirem o mesmo número de voltas. Miguel Antunes também perde terreno, mas consegue ficar à frente de António Lafuente, acabado de entrar.
E a prova começava a parecer o jogo do gato e do rato no que respeita à disputa pela primeira posição, quando na quarta manga, Rui Mota volta a roubar a liderança a Marco Silva. E embora José Pedro Vieira mantivesse o terceiro lugar, importava perceber que este mantinha a distância para os dois primeiros, numa constactação de que a luta pelas posições cimeiras se encontrava verdadeiramente ao rubro. Mas os desempenhos tidos por Filipe Carreiro, indiciavam exactamente o mesmo, enquanto um pouco mais para trás, Damião Castro se impunha a Miguel Antunes, este, igualmente a manter um ritmo endiabrado, Ricardo Moura e Frasco Leite.
A perder um pouco o ritmo encontravam-se António Lafuente, André Ferreira, também ele a iniciar a prova como pé esquerdo e Fernando Coelho, que se via mesmo obrigado a parar na tentativa de solucionar os problemas que o apoquentavam.
Mas quem andou a afinar a pontaria fora da pista foi José Pedro Vieira e a prova disso, via-se no terreno dos carrinhos.
Na quinta manga assistia-se a mais do mesmo, ou seja, Marco Silva tornava a assumir a posição de comandante, enquanto José Pedro Vieira ficava agora a apenas uma volta de Rui Mota. Mas era também Damião Castro que mantinha as suas ambições intactas, encontrando-se a pouco mais de duas voltas do primeiro classificado. Mas também tanto Filipe Carreiro como Miguel Antunes, tinham ainda legitimidade para se poderem envolver na luta pelas primeiras posições, já que os resultados conseguidos por ambos, permitiam-lhes essa veleidade. A entrada de Carlos Afonso era temida pela concorrência, mas as 21 voltas estabelecidas, não eram o ideal para quem quer discutir a vitória final e isso deixava-o nesta altura, apenas no sétimo lugar, ainda que à frente de Ricardo Moura e Frasco Leite. E as três últimas posições eram mantidas por António Lafuente, André Ferreira e Fernando Coelho, respectivamente em 10º, 11º e 12º lugares.
E a sexta manga dita-nos nova troca de comandante, exactamente através dos mesmos protagonistas. José Pedro Vieira que passava ás calhas virtuais, mantinha a terceira posição. Damião Castro não se mantinha longe, a amenos de uma volta deste piloto. E se atá ao sexto lugar tudo se mantinha na mesma, Carlos Afonso começa a hipotecar a possibilidade de uma boa classificação, descendo de sétimo para nono, vendo passá-lo Ricardo Moura e Frasco Leite. O regressado petiz João Seia entrou nesta manga e se ficou atrás de António Lafuente, assume imediatamente o décimo primeiro lugar, deixando atrás de si nomes como André Ferreira e Fernando Coelho.
E a sétima manga acaba por ser a primeira em que o comandante da corrida se mantém e onde com o tempo de 10.40 segundos como volta mais rápida e uma média final de 10.76, parecia finalmente que Rui Mota começava a querer tomar as rédeas da competição. As posições mantiveram-se até ao sexto lugar e na sétima posição, surgia novamente Carlos Afonso, que embora atrasado, mostrava querer também assumir um dos lugares a que nos habituou já. O entrado Jorge Seia assumia o décimo terceiro lugar, uma posição atrás de seu filho e este por seu lado, perdia uma posição para André Ferreira. Sem possibilidade de fuga à cauda da classificação, encontrava-se Fernando Coelho.
A oitava manga trazia de regresso à prova Marco Silva e renovadas intenções de desfeitear Rui Mota, mas este parecia cada vez mais endiabrado e baixava novamente o tempo da melhor volta, estabelecendo o recorde de 10.32 segundos e pela segunda vez conseguia também atingir o difícil número das 23 voltas. E assim tornava-se difícil para os adversários retirar Rui Mota do topo da tabela de classificação, mas a prova não havia ainda acabado e por isso, tudo poderia ainda acontecer. Mas o retomado excelente desempenho de Marco Silva, se não o catapultavam para a primeira posição, garantiam-lhe no mínimo estabilidade para se manter no segundo lugar. E para trás, via-mos Carlos Afonso a apenas uma volta de Miguel Antunes e a ocupar o oitavo lugar. Ricardo Moura seguia-se-lhe, com Frasco Leite, António Lafuente, João Seia, André Ferreira, Jorge Seia e Fernando Coelho atrás de si. De notar que o rooquie João Seia, consegue roubar uma posição a André Fereira, este último, um piloto muitíssimo mais experiente.
Mas nova reviravolta acontece no comando da prova à nona manga, quando Marco Silva retoma a primeira posição, na altura em que Rui Mota passa definitivamente para as calhas virtuais. Filipe Carreiro retoma a pista e mantém a sua quinta posição. Notável foi a passagem de décimo terceiro a décimo primeiro de uma assentada, também ele um rookie, deixando atrás de si João Seia e André Ferreira.
A décima manga permite que Rui Mota ascenda novamente ao primeiro lugar, com Marco Silva a não conseguir aproveitar a ausência do adversário directo, para consolidar a liderança. Daí para trás mantinha-se tudo na mesma até à sexta posição, lugar agora ocupado por Carlos Afonso, por troca com Miguel Antunes. Também o décimo segundo lugar era agora ocupado por André Ferreira, tirando partido dos erros cometidos pelo estreante Jorge Seia.
Marco Silva numa operação de manutenção do seu Nissan, na esperança de conseguir melhorar as suas performances.
Mas a partir daqui era o próprio Marco Silva que se começava a dar por vencido, já que os seus esforços lhe pareciam demasiado inglórios. Rápido e sem saídas e afinal, nem assim.....
José Pedro Vieira, ainda que com um carro que não correspondia às suas próprias expectativas, não baixava os braços e mantinha a esperança de se apróximar pelo menos de Marco Silva, mas começava a mostrar-se igualmente uma missão impossível. Mas quem começava a mostrar-se era Carlos Afonso, já que acabaria esta manga com o mesmo número de voltas de Damião Castro, assumindo assim a quinta posição e relegando uma das promessas deste campeonato, Filipe Carreiro, para trás de si. Mas Filipe Carreiro, além de batido por este piloto, tinha que se haver também com Miguel Antunes que embora uma posição atrás de si, estava com o mesmo número de voltas. Seguia-se-lhes Ricardo Moura com menos uma volta, Frasco Leite, António Lafuente, André Ferreira, com este último a bater agora João Seia. Jorge Seia e Fernando Coelho fechavam a tabela de classificação.
Na décima segunda manga assistia-se à troca de posições entre Miguel Antunes e Filipe Carreiro, embora se tivesse juntado ao grupo das 125 voltas Ricardo Moura. De facto, mantinha-se um verdadeiro suspense entre estes três pilotos, no que passou a ser o pólo de maior interesse da prova, já que as restantes posições se mantiveram inalteradas.
Um pouco similar à anterior manga, foi a décima terceira e penúltima, com a luta entre Miguel Antunes, Ricardo Moura e Filipe Carreiro a manter-se, mas com Ricardo Moura a ocupar agora a posição intermédia entre eles. Filipe Carreiro, acabava por ser dos pilotos que mais perdia com o decorrer da prova. Também João Seia acaba por conseguir impôr-se novamente a André Ferreira, ocupando novamente o décimo primeiro lugar.
E para fecho da jornada cumpria-se a décima quarta manga, e Rui Mota consagrava-se novamente como vencedor, com uma vantagem de duas voltas sobre Marco Silva. A anterior hegemonia imposta por Rui Mota, foi desta vez muito bem contrariada e contestada por Marco Silva, no que poderia mesmo ter causado uma reviravolta. O terceiro lugar conseguido por José Pedro Vieira, mostra que na próxima prova iremos certamente contar com ele na luta pela vitória, assim como Carlos Afonso, que se mostrou desta vez menos preparado do que habitualmente. Mas temos ainda Damião Castro e Ricardo Moura, com este piloto a surpreender na ponta final, acabando mesmo por conseguir chegar ao quinto lugar, com o mesmo número de voltas de Damião Castro. E para além destes, outros faltosos engrossarão o lote de pilotos capazes de animar a luta pela vitória final.
Frasco Leite é que mesmo demonstrando nalguns momentos forte andamento, não conseguiria demonstrar o mesmo, em resultado. e os lugares de fecho de tabela de classificação tiveram também a sua emoção, já que o muito menos experiente João Seia, acabaria por se impôr a André Ferreira, apesar do mesmo número de voltas e com menos uma volta, classificar-se-ia Jorge Seia. Fernando coelho é que se aconselha a uma passagem pelas "bruxas", visto não conseguir livrar-se das mala-patas...
No pódio por modelos, ainda que tidos como as máquinas do momento, os Nissan tornaram a ser batidos pelo Porsche, com esta marca a conseguir reforçar o seu êxito, ao conseguir também a terceira posição.
E venha a próxima, mas as hostilidades estão abertas e foram prometidas reviravoltas nos resultados.
A coisa promete....
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