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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Descubra as semelhanças - Porsche 908/3 NSR

 O Porsche 908/3 da NSR viu a luz do dia em 2018, mas foi no corrente ano que surgiu a primeira evolução deste modelo e que, através das duas derivas verticais que se estendem até ao limite posterior do capôt-motor, se consegue distinguir a versão de 1970, da de 1971.
E esta evolução chegou-nos através da reprodução do modelo que participou no ano de 1972 nas míticas 24 Horas de Le Mans, ano em que este modelo se aventura pela primeira vez nesta clássica mundial e para a qual, este modelo muito poucas características reunia. Inscrito pela equipa espanhola "Escuderia Montjuich", foi tripulado pelos pilotos "Fernandez / Torredemer / Baturone", acabando por desistir por acidente com a meta quase à vista e quando ocupava o oitavo lugar da classificação geral. Mas para isso, esta pequena barqueta viu-se modificada em vários pormenores relativamente aos restantes 908/3, como por exemplo a introdução de faróis, coisa de que se encontra este modelo originalmente desprovido.
Mas comparemos este slot car com um similar modelo estático, para percebermos como na realidade este modelo nos deveria ter sido apresentado pela NSR.
 Muitas são as diferenças entre este e aquele que participou de facto em Le Mans. Apontemos por exemplo a questão dos faróis. Na impossibilidade de os representar efectivamente, a NSR optou pela sua representação ficticiamente tapados. Na verdade, o modelo chegou a correr dessa forma, com eles cobertos com fita, como forma de os proteger enquanto não fosse necessária a sua utilização. Mas mesmo esta representação não terá corrido bem e ficou muito aquém do correctamente desejado, pois estes estendem-se quase até ao limite inferior da carroçaria e tal como vemos na versão da NSR, estes estão muito acima dessa linha limite.
 O cockpit não foi corrigido, pois perde a sua característica linha de recorte que cobre a quase totalidade do banco esquerdo, para dar lugar a uma abertura maior e total dos dois lugares existentes. Também o característico único retrovisor deveria ter desaparecido, para surgirem dois, encontrando-se o esquerdo no limite do guarda-lama e avançado e o direito mais ao centro e bem próximo do piloto.
 Também terá sido revista a traseira, onde surgem nesta versão duas estranhas continuidades da carroçaria, uma de cada lado e de forma redonda a acompanhar o formato das rodas.
Escusado será dizer que nada disto terá sido atendido pela NSR, que se limitou a acrescentar as duas derivas verticais da traseira e acrescentado a simulação dos faróis, ainda que mal. Mas estamos habituados a esta falta de preocupação por parte do fabricante italiano, que se resume a acrescentar no mercado muitas edições sobre os moldes existentes, sem qualquer tipo de rigor nesse sentido.
 E como máquina, o que nos terá chegado então?
Trata-se de um carro muito errado mas muito apelativo, tanto pelas côres como pelo seu extraordinário acabamento.
 Quando comparado com uma das primeiras versões já disponibilizadas pelo mesmo fabricante, são sobretudo as derivas verticais da traseira a fazer a maior das distinções, mas também o arco de segurança acabou por ser revisto.
 Este deixou de ser o simples arco por trás da cabeça do piloto, para se estender até ao segundo assento, recebendo também dois tirantes, um em cada uma das extremidades do arco principal e que se estendem até ao limite da zona exterior do motor, mas ficando a faltar um terceiro tirante que se estende desde a altura da cabeça do piloto e até à base do arco do outro lado, a acabar na altura do segundo banco. Anteriormente, era apenas um tirante que se estendia desde o arco principal, até ao centro do limite exterior do motor.
 Mas mecânicamente, o motor foi também alterado. Anteriormente era o Shark 20 de 20.000 rpm a equipar o modelo, tendo agora dado lugar ao novo Shark 21.5, de 21.500 rpm, com a manutenção das 164 g-cm de atracção magnética.

 Quanto aos pesos, incrivelmente e apesar do acrescento das derivas, a balança parou exactamente no mesmo registo. Uma boa notícia...