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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Um grupo C que não poderia faltar - Porsche Kremer CK5 - Flyslot

 Embora o verdadeiro ícone dos modelos de Grupo C seja sem qualquer dúvida o Porsche 956/962, o regulamento destes carros levou construtores e preparadores a devotar todos os conhecimentos que haviam assimilado na competição, sobretudo os conhecimentos adquiridos nos poderosos modelos de Grupo 5, nestes novos protótipos que tinham em vista um campeonato do mundo de resistência, onde não faltavam as provas de longa duração, como as 24 Horas de Le Mans.
Por essa razão era abortado o desenvolvimento dos Porsche 935 que ía já na versão K4 por parte dos irmãos Kremer, para se dedicarem ao seu próprio projecto de Grupo C, mas onde não faltou todo o apoio da própria Porsche no fornecimento das parte mecânica, tendo este desenvolvimento acontecido sobre o mesmo chassis do Porsche 936, mas agora modificado. A designação assumida, acaba por ser a continuidade das siglas tidas nos 935, onde se acrescentou a letra "C", numa clara alusão ao Grupo C. Passou então a designar-se por Porsche Kremer CK5, naquele que era sem dúvida um arrojado projecto, de um modelo cuja carroçaria denota uma singular fluidez aerodinâmicas das suas linhas.
 O seu êxito contudo, não se aproximaria dos conseguidos pelos modelos da marca mãe, mas para a história ficaria este belo carro que sofreu também ao longo da sua curta vida, algumas evoluções de pormenor. E porque ficou para a história, através da Flyslot podemos hoje eternizar e usufruir para o mundo dos slot car, esta verdadeira preciosidade do desporto motorizado. Mas infelizmente e como é já habitual, as criações deste fabricante encontram-se mais devotadas à estante, do que própriamente ao desfrute nas pistas para os quais são criados.
 Mas enquanto modelo, alguns erros são detectados por força exclusiva da não correspondência entre as provas que representam e a versão reproduzida. Isto porque a carroçaria sofreu evoluções e estaria correcta caso tivessem sido retratadas outras participações, que não estas pela qual a Flyslot acabaria por optar. Será o caso do formato das cavas das rodas que surgem completamente redondas e a acompanhar o formato das mesmas, o que viria a acontecer mais tarde, mas que não é exactamente o que acontece com as versões editadas. Também a quantidade de grelhas de arejamento  que surgem na parte superior da carroçaria, não é o correcto. E se nos abstivermos destes pormenores, encontramos uma carroçaria correctíssima, pelo que só nos poderá merecer os maiores elogios.
Pior encontra-se a reprodução das faixas azul e vermelha da versão de Le Mans do ano de 1981, onde para além de posicionamento incorrecto, peca ainda por se encontrar incompleta. Estas deveriam surgir também na extremidade direita da retaguarda, no suporte do aileron, mas na versão em miniatura simplesmente ficaram esquecidas.
 Falhou também a placa da prova, que se situa lateralmente entre a porta e o número 5.

Relativamente à versão editada ainda pela Flyslot e participante na mesma prova mas em 1983, podemos enumerar os mesmos erros, à excepção óbvia da decoração, onde não existem erros dignos de registo. Mas para os menos atentos e embora fora da habitual conjugação cromática, trata-se de um modelo da "Gulf". Alô fundamentalistas, justifica a procura?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Porsche Kremer CK5 - Flyslot Cars


 Chega a segunda versão do interessantíssimo Porsche Kremer CK5 do fabricante espanhol Flyslot Cars.
 O modelo mostra-se em extraordinário nível de reprodução e estética. Ostentando uma das mais curiosas decorações que vestiram este modelo, representa a versão participante na edição de 1982 em Le Mans.
Como nota de reparo, devo chamar à atenção pela falta da placa identificativa desta prova de resistência de cariz mundial. Deveria surgir mesmo junto ao número, nos flancos laterais do modelo. Qual a razão para esta falha, é uma incógnita, já que a restante decoração se mostra bastante bem conseguida.

Os pneus da frente poderão eventualmente encontrar-se com perfil demasiado alto, mas trata-se de um pormenor de somenos importância.





 A parte mecânica será como sempre neste fabricante, a parte menos positiva e que transformará definitivamente esta máquina apenas, numa extraordinária peça de colecção.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os Kremer CK5 - Um carro sem glória - FlySlot

Com o ano de 1982, surgiu um novo regulamento para o qual os modelos habitualmente considerados Sport Protótipos, passariam a ser conhecidos por Grupo C.
Dentro desta nova regulamentação, surgiam os fantásticos Porsche 956 que dominaram a modalidade, durante algumas épocas.
Mas dentro desse mesmo espírito de regulamentação, surgiram apoiados nas mesmas mecânicas Porsche, outros pequenos preparadores, como a Kremer por exemplo, que desenvolveu um modelo que acabou por receber a designação de CK5.
A edição de Le Mans desse mesmo ano, assistiu a uma tripla do novo Porsche com a designação 956, naquela que viria a ser uma demonstração de força que perdurou por longos anos por parte destes modelos da Porsche. Mas os CK5, tiveram uma história bem mais triste. Apenas com uma inscrição nessa edição de 1982 e a cargo da Interscope/Kremer Racing e tendo como pilotos Field/Ongais/Whittington, acabou por se revelar a sua presença, num verdadeiro fracasso, ao desistir logo na segunda hora de prova, quando se encontrava na 12ª posição da geral, na hora que precedeu o seu abandono.
Dotado de um motor com 2394 cc Turbo, contra os de 2649 cc dos Porsche oficiais e quase 20 kg mais pesado, acabou por ver um dos seus pistons ceder, causando-lhe o abandono.
Mesmo durante o Campeonato do Mundo desse ano, nunca conseguiu dar provas de grande valor, frente aos restantes Porsche 956.


O ano de 1983, veria duas destas versões inscritas na mesma clássica francesa de Le Mans.
Com o modelo número 22, inscrevia-se a equipa Porsche Kremer Racing, tendo como tripla de pilotos, Jelinski, Warwick e Gaillard.
Novamente acabou por culminar esta representação por enorme deceção, já que para além da desistência à 7ª hora, nunca foi conseguido lugar de destaque durante o período de tempo em que permaneceu em prova. Classificava-se na 25ª posição, na hora precedente à da sua desistência.
No entanto, possui este CK5, uma silhueta extremamente bela e agradável, ajudada ainda por uma decoração engraçada. sob as cores da Grand Prix.


O segundo modelo participante, ostenta a curiosidade de, tratando-se de um modelo cujo principal sponsor assenta na petrolífera Gulf, não lhe reconhecemos a habitual imagem cromática que normalmente ornamenta os modelos subjugados a este patrocínio. Um invulgar preto, dourado e branco, acabam por transformá-lo numa raridade no universo dos modelos Gulfistas...
Mas também aqui a frustração foi o sentimento dominante nesta participação.
Modelo inscrito pela Richard Cleare Racing e tripulado por Cleare, Dron e Jones, não foi além da 5ª hora, depois de ocupar a 42ª posição na hora que precedeu a sua desistência.

Mas entre ambas as versões e embora os olhos nos obriguem a teimar que se trata do mesmo modelo, ao nível do olhar cuidado, começamos a perceber que existem algumas diferenças.
O que mais facilmente ressaltará à vista, serão as tomadas de admissão para o guloso motor destes Porsche. Enquanto no modelo número 42 esta é feita através de 4 trombetas individuais e numa posição quase vertical, no modelo 22 esta é feita através de apenas duas tomadas apenas e em posição mais horizontal. Mas olhos mais atentos, descobrem subtis diferenças que facilmente passarão despercebidas aos mais descuidados olhares.
Ainda que a secção frontal quase se tenha mantido inalterada, as grelhas de escoamento de ar das cavas das rodas, mostram-se duplas no modelo da Kremer Racing.
Já a secção posterior demonstra algumas diferenças um pouco mais acentuadas, excluindo-se as tais tomadas de ar já referenciadas. Assim, o modelo 22 apresenta-se com duplas grelhas de arejamento das cavas das rodas, mas agora das traseiras. Para além das que o modelo 42 também ostenta, surgem umas mais recuadas, já perto da zona do aileron. Mas não é tudo, pois para além destas grelhas de arejamento, o mesmo modelo da Kremer, possui na mesma superfície do capôt,  quatro tomadas de ar de formato triangular, repartidas por duas adiantadas e outras duas um pouco mais recuadas. No segundo modelo, estas existem também, mas apenas na quantidade de duas e poderemos dizer que numa posição intermédia relativamente ao primeiro modelo referenciado.
E agora que dizer do que virá do fabricante FlySlot? Não exagerarei ao ponto de considerar vir a tratar-se de um Flop da dimensão do anteriormente editado Porsche 917 LH. Mas, na verdade, poderei garantir que por mais edições e esmero que queiram aplicar, não haverá um único que se venha a verificar 100% correto.
E porquê?
Basta olhar para os plásticos exposto em Nurembergue para perceber isso. Os retrovisores mostrados nesse protótipo, correspondem apenas à edição de 1982. Mas afinal, esse modelo de 1982 tinha tomadas de ar para o motor, na quantidade de 4 e viradas para o céu. Bem, então não corresponde a esta versão.
Passemos para 1983.
As grelhas de arejamento das rodas da frente não se encontram divididas. Só poderá ser então, o modelo da Gulf. Mas apesar disso, os retrovisores não correspondem. Mas dou isso de barato....Mas então, as tomadas de ar para o motor, afinal são as do Kremer e não do da Gulf. Será então do Kremer , mas com aquela pequena gralha das grelhas da frente? As grelhas da traseira estão corretas e correspondem-lhe. Deve ser este!
Hei pára o baile. Calma lá! E então as tomadas de ar triangulares? Afinal essas são do da Gulf....
Estes homens da FlySlot, não conseguiram mesma acertar com coisa alguma.
Valha-lhes tratar-se de um modelo esquecido pelos outros e até ser apetecível pelas suas linhas algo sedutoras, pois nem acredito sequer que venha a ser grande pistola em pista....
Mas terão ainda oportunidade de dar mais largas à imaginação através da edição de outras versões que foram militando no Campeonato do Mundo....