domingo, 3 de março de 2019

Tributo a Salvatore Noviello - Mosler MT 900 R


Depois de em 2018 a NSR ter produzido uma edição especial alusiva ao desaparecimento de Salvatore Noviello sobre o Mosler MT 900 R, este ano e com base no mesmo modelo, recorda-se novamente este simpático italiano de baixa estatura, desaparecido num trágico acidente.

2019 verá então chegar um Mosler vermelho, porque em Itália a côr vermelha tem especial significado nos modelos desportivos e com o dorsal 64, numa recordação do ano de 1964, ano do seu nascimento.
Será comercializado em seis versões, três com chassis EVO3 e outros três com o chassis EVO5, dos quais o primeiro receberá os motores EVO 3 AW Kink 21K EVO3, EVO3 SW Shark 25K e EVO3 IL King 21K EVO3 e o segundo os motores EVO5 TRIA AW King 21K EVO3, o EVO5 TRIA SW Shark 25K e EVO5 TRIA IL 21K EVO3.

Entretanto, mantemo-nos ansiosos à espera da chegada da evolução do Porsche 908/3, cuja versão de 1971 apresenta duas derivas verticais na traseira.




Can-Am, é o tema - Considerações

 Quer se queira, quer não, falar de Chaparral remete-nos indubitavelmente  para os idos tempos dos Campeonatos Can-Am, campeonatos esses operados em territórios da América do  Norte, em que se unificavam para tal, tanto o Canadá, como os Estados Unidos da América do Norte. E da junção de Canadá com América, terá surgido a sigla "Can-Am", campeonato esse cuja liberdade dos seus regulamentos viria a permitir algumas experiências de relevo, de onde surgiriam modelos com grandes asas, aproveitamento de caixas automáticas e até carros com aspiração central, não falando na brutalidade da cavalagem que foi subindo sobretudo por intermédio do fabricante europeu Porsche, que ao criar o seu modelo 917/30 com cerca de 1300 cv, acabaria por acelerar o processo de extinção deste ímpar e interessante campeonato.
 E a Chaparral será sem dúvida um desses marcantes ícones, cujo seu criador, Jim Hall, aproveitava para dotar os seus modelos de incríveis invenções, sendo que de cada uma delas, colhia proveitos certos.
Mas para o que agora me traz a escrever, são as reproduções à escala 1/32 dessas gloriosa épocas que nos chegaram e continuam a chegar para o seio do pequeno mundo dos slot cars. Se em tempos idos a temática se chegou a fazer pelas reproduções da Russkit, Cox e alguns outros fabricantes, mais recentemente terá sido a Slot.It a introduzir novamente a temática, integrada nas suas criações de modelos Clássicos. E se a Chaparral marcou já presença através do seu modelo 2E, não poderia ter faltado também algum modelo da Mc'Laren, outro dos grandes impulsionadores e activos fornecedores de modelos para aquele saudoso campeonato. E fê-lo a Slot.It através do modelo M8D, ao que foram já editadas várias versões.
 Mas não haveria de pertencer a nenhuma dessas marcas o pontapé de saída da Slot.It, para a chegada ao mundo Can-Am. Essa honra acabou por pertencer ao Alfa Romeo 33/3, que terá visto esta participação nas Can-Am premiada com a sua chegada aos slot car, apesar da sua esporádica presença no dito campeonato em territórios da América do Norte. Marcado por um capôt traseiro cujo limite existente mais à retaguarda se encontra marcado pela existência de grelhas, ao invés das versões europeias que surgiam completamente abertas, mostra-se por essa razão algo distinto das restantes versões.

 Mas outro fabricante terá descoberto a temática, penso que não tanto pela verdadeira apetência pelo mundo Can-Am, mas pela ânsia da procura do modelo imbatível. E assim assistimos muito recentemente ao aparecimento da Thunder Slot, marca nascida pela fuga de alguns funcionários da NSR, que numa primeira abordagem ao mundo da competição nos trouxe um Lola T70 MK III. Não tendo fugido à marca, terá fácilmente percebido que se lhe retirasse a capota, a excelência do produto por si apresentado poderia dar melhores resultados. E se bem o pensaram, melhor o terão executado, já que o Lola T70 Spyder, um carro que pautou quase a totalidade da sua existência naqueles campeonatos, terá surgido nos mercados, como o melhor dos Sport Protótipos Clássicos da actualidade no seio dos slot cars. Sem qualquer dúvida, uma supremacia devastadora, tem sido o resultado da sua existência.
 De seguida fez-nos chegar o Mc'Laren M6A, uma recente máquina que apresenta a mesma filosofia mecânica apresentada nas duas versões dos Lola, mas que reparte também ao nível das suas linhas, uma espécie de ar de família, já que no geral surgem com o mesmo conceito básico de linhas aerodinâmicas. Um pouco mais compacto e também algo mais largo, poderá assumir-se como o principal rival do imbatível anterior Lola.
E sabe-se também, que se este recente Mc'Laren é igualmente uma versão de Can-Am, a próxima criação da mesma origem, será também oriunda dos mesmos campeonatos. Mas também a Slot.It se encontra a traçar rumo para a edição do Chaparral 2F e ainda do 2G, uma espécie de versão alargada do 2E. E com isto, alarga-se quase exponencialmente a chegada de boas máquinas ao reino das Can-Am, à escala das miniaturas electrificadas.
 Duas das belas máquinas propostas pela Slot.It, Se a versão 2F conseguiu participações europeias, nomeadamente el Le Mans, o modelo 2G foi exclusivamente uma versão Can-Am.

 E então temos já dois fabricantes com alguma aposta em modelos dinâmicamente apetecíveis e competentes, mas onde se assume a Thunder Slot como o verdadeiro apostador nesta categoria.
Isto leva-me a pensar, que se já existem clubes que banem o Mc'Laren e os Chaparral da Slot.It do seio das competições de Clássicos Sport Protótipos, justamente por terem militado nas Can-Am e não nos Campeonatos europeus ou de marcas, então não se justificará já no âmbito dos slot cars, campeonatos específicos a eles dedicados?
 Talvez se conseguisse assim, que também se recriasse algum equilíbrio nos campeonatos de Clássicos Sport Protótipos, já que também aqui a valia do Lola T70 MK III da Thunder Slot se equipare às melhores criações da Slot.It. Possivelmente recriar-se-íam dois campeonatos, onde o equilíbrio acontecesse com mais facilidade, ao mesmo tempo, que haveria lugar para todas as criações, sejam elas Thunder Slot, ou Slot.It e em qualquer clube.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Troféu Abarth 500 - Terceira jornada

 Nas instalações do Guimarães Slot Clube decorreu quinta-feira última, a terceira jornada do endiabrado Troféu dedicado aos Fiat 500 Abarth do fabricante NSR.
 Contando com dezasseis participantes, registou-se neste lote o regresso de Rui Castro às lides slotísticas e da primeira participação neste troféu por parte de Filipe Vinagreiro, fazendo-se no entanto notar as ausências de dois dos pilotos que pautam as suas presenças por prestações acima da média. Falamos de José Pedro Vieira e Carlos Afonso, impedidos de marcar presença por razões de vária ordem.
 Mas não faltaram contudo outros valôres dispostos a dar o tudo por tudo e onde se registavam as presenças dos melhor posicionados neste que começa a ser um disputadíssimo campeonato.
 E iniciadas as hostilidades, um dos principais candidatos, Damião Castro, tem uma desastrada calha que o levaria a uma perda de três voltas que dificilmente o permitiriam vir a imiscuir-se na luta pelas posições cimeiras. Contudo, este piloto não baixaria os braços e empenhava-se no sentido de recuperar o mal acontecido. Mas este arranque mostrou enorme equilíbrio e onde Filipe Carreiro imprimiu elevadíssimo ritmo, mostrando-se de imediato como um dos sérios pretendentes à vitória absoluta.


 Mas o equilíbrio no topo da classificação era grande e juntavam-se a Filipe Carreiro, Rui Mota e Frasco Leite. Zé Augusto surpreendia pela melhoria de andamento relativamente às anteriores jornadas, bem como Miguel Antunes que juntamente com Marco Silva formavam um segundo pelotão perseguidor dos três primeiros. Mas a uma pequena distância deste encontravam-se Damião Castro e Ricardo Moura, encontrando-se Fernando Coelho um pouco mais distante.
Mas nesta altura, era preciso ainda contar com alguns dos pesos pesadas da modalidade aqui da casa.







 Embora Rui Mota se começasse a mostrar como o mais sério opositor de Filipe Carreiro, apenas momentâneamente este último se deixou surpreender pela guerra aberta e declarada por Rui Mota, aguentando-se estoicamente na liderança da prova.
 Atrás destes dois o fosso começava a acentuar-se, num pelotão de perseguidores comandado por Frasco Leite. Entretanto era Marco Silva que novamente começava a sentir ligeiras vibrações que progressivamente se começavam a acentuar no seu Abarth. Miguel Guerreira também não conseguia imprimir ritmo semelhante ao das anteriores provas, o que o posicionava sensivelmente a meio da tabela. Miguel Antunes e Zé Augusto, continuavam a surpreender, mantendo-se no topo da classificação geral.
 E se Miguel Guerreiro melhorou o seu desempenho e começava a posicionar-se no topo da classificação, a entrada de Filipe Vinagreiro mostrava que tinha-mos que contar com mais um piloto a entrar nas contas pela vitória final. Rui Castro denotava fruto do seu longo afastamento, alguma dificuldade, ao mesmo tempo que se debatia também com a pilotagem com punhos emprestados. Miguel Sousa a estrear um novo motor e depois de duas calhas ao ataque, via-se impossibilitado de de manter o ritmo inicial, quando o motor começou a dar de si, acabando mesmo mais tarde por levá--lo à desistência. Bruno Magalhães não conseguia também entrar nas contas pela vitória, já que o 500 por si utilizado desta vez, assim não lho permitia. Uma pena, pois teríamos tido mais um piloto a juntar ao lote de candidatos à vitória.

 E como sempre, imperava a "barracada" no seio destes imperdíveis convívios de companheirismo.



 E enquanto Filipe Vinagreiro lutava para subir ao degrau intermédio do pódio, Damião Castro começava também a mostrar-se um sério adversário deste último, ao mesmo tempo que Miguel Guerreiro mantinha ambos na sua mira. Frasco Leite perdia o fulgôr inicial e Ricardo Moura e Zé Augusto iniciavam uma bonita guerra. Rui Castro debatia-se com um Abarth a denotar alguma ineficácia, mas não baixava os braços e começava a mostrar a raça de que é feito e que já lhe conhecemos. Bruno Magalhães começava a perder-se em dificuldades com a sua máquina e Fernando Coelho começava definitivamente a ficar na cauda da classificação. Marco Silva acabaria por desistir por quebra do berço do motor, no que é a segunda vez consecutiva que lhe acontece, hipotecando o que parecia vir a ser no inicio do campeonato, um dos sérios candidatos ao título. António Lafuente, apesar duma rapidíssima máquina, não tirava dela partido e deixava-se afundar na classificação. Miguel Sousa era levado à desistência com o motor queimado e André Ferreira fechava a tabela, fruto do elevado número de despistes que protagonizava.
 E pronto, um por desistir e outro porque lhe corria mal a prova, e lá afagavam as mágoas apoiando-se um no outro e recorrendo a ilícitos indevidos...
 Entretanto no posto de pilotagem, a procura das melhores afinações dos punhos, era a preocupação maior.
 Entretanto, Damião Castro parecia encontrar-se numa introspecção, como que dizendo, "esperem pela próxima e verão...".
E durante o decorrer da prova, continuámos a assistir a um inspiradíssimo Filipe Carreiro a arrasar a concorrência, através de um poderoso final a que misturava rapidez com ausência de despistes. De facto notável a demonstração de superioridade por si imposta, não permitindo quaisquer veleidades a Rui Mota, aquele que no decorrer da jornada mais sombra lhe terá feito.
 Filipe Vinagreiro assumia-se como o candidato ao terceiro degrau do pódio, enquanto Damião Castro com o seu quarto lugar conseguia salvar um início que parecia vir a ser desastroso, posicionando-se mesmo à frente de Miguel Guerreiro. Miguel Antunes conseguia impôr-se a Ricardo Moura, mas convém ressalvar que este último participou também com um modelo algo complicado, por apresentar excessivas vibrações. Rui Castro ainda se imporia a Bruno Magalhães e Fernando Coelho levava a melhor sobre António Lafuente. Mas se foi indubitavelmente notável a vitória de Filipe Carreiro, a surpresa maior da jornada acabaria por pertencer a Zé Augusto ao ocupar a sétima posição a apenas duas voltas de Frasco Leite, já que nas duas anteriores participações, nunca havia mostrado tão bom nível de andamento.
 E no final, pois claro, a alegria estampada no rosto deste piloto que se soube impôr categóricamente, batendo mesmo o recorde absoluto do maior número de voltas deste Troféu.


 As belas máquinas expostas no final da terceira jornada.
E com duas provas por disputar, se Rui Mota se destacou na classificação do campeonato pelo atraso de Damião Castro, por outro lado temos Filipe Carreiro a constituir-se como um dos seus verdadeiros adversários. Mas nas contas, há ainda que contar com Damião Castro, no que constituirá o trio lutador pelo título.
Agora, venha a próxima e que as lutas se intensifiquem...