domingo, 15 de setembro de 2019

Campeonato Grupo C - Primeira prova - Guimarães Slot Clube

 Foi no passado dia 5 do corrente mês que se deu o arranque da actividade slotistica no clube vimaranense Guimarães Slot Clube, após o habitual e merecido período estival. Este período de cerca de dois meses de pura inactividade, deixou algumas das calhas da pista em condições inapropriadas, o que viria a complicar o recomeço das competições.
Contudo e para que não se perdesse a oportunidade de pilotos e máquinas retomarem o espírito da competição e de ali se terem deslocado em vão, levou-se a cabo a prova conforme agendado.
No final e após intensa luta com Filipe Vinagreiro, era Carlos Afonso que conseguia impôr-se à demais concorrência, numa prova em que o domínio ao nível das máquinas acabaria por pertencer à armada nipónica, com o pódio a ser preenchido por dois Nissan nos dois primeiros lugares e a terceira posição a ser conseguida pelo Toyota de Damião Castro.
Mas acabaria a direcção de prova por decidir anular esta como prova pontuável para o campeonato, optando antes por considerá-la uma Super Pole, que ditaria a escolha das calhas para a prova seguinte, visto considerar que o resultado não reflectia a verdade desportiva e ter existido uma clara vantagem para os pilotos que deram por último entrada na competição.
Repostas as devidas e necessárias condições para o bom desempenho da pratica da modalidade, dava--se então início ao campeonato no dia 12 deste mesmo mês.
Com a presença de 15 pilotos, onde se notava a ausência de Carlos Afonso, o anterior vencedor e também de muitos outros como  Miguel Sousa, Jorge e João Seia, André Mota, Bruno Magalhães e Zé Augusto por exemplo, lá iria então dar-se início ao verdadeiro campeonato.

E então rumaram as máquinas para a grelha de partida de acordo com a classificação da Super Pole, onde se tinham os Nissan e o único Toyota presente, como as máquinas a ter em conta para a intensa luta que se adivinhava.
A surpresa vinha da aposta de Filipe Carreiro em Sauber, por ser considerada uma das máquinas menos competitivas editadas pela Slot.It, dentro das suas produções de Grupo C.


Dado o arranque e finalizada a primeira manga, era Damião Castro e o seu Toyota quem assumia de imediato os comandos da corrida, conseguindo no seu registo, mais uma volta do que os cinco pilotos que se lhe seguiram, com Filipe Vinagreiro à cabeça desta lista de perseguidores. O terceiro lugar pertencia a Filipe Carreiro, que conseguia assim surpreender com a valia demonstrada com o seu fantástico Sauber.
A surpresa na segunda manga vinha da parte de Rui Mota que assumia a liderança com o seu Porsche, beneficiando talvez da passagem de Damião Castro para as mangas virtuais. Enquanto isso, Filipe Carreiro continuava a marcar a sua presença com dignidade, impondo o seu Sauber à quase totalidade dos Nissan, à excepção do conduzido por Filipe Vinagreiro, modelos tidos como os melhores desta categoria. Miguel Guerreiro e o seu bonito Porsche "New Man" comandava uma espécie de "segundo pelotão", ao que se lhe seguia, Frasco Leite, Miguel Antunes, Domingo Vinagreiro e André Ferreira.
Ricardo Moura trouxe para este campeonato, um bonito e eficaz Mazda 787 B.
Para a terceira manga, Damião Castro continuava de fora e dentro da pista, enquanto Rui Mota continuava a impôr um andamento fortíssimo, assistia-se também à continuidade do brilharete levado a cabo por Filipe Carreiro que conseguia importunar sériamente Filipe Vinagreiro. Miguel Antunes impunha-se a Frasco Leite e Domingos Vinagreiro deixava-se atrasar. José Pedro Vieira entrava também no rito da maioria dos pilotos, mas não conseguia ir além da sétima posição, o que denotava o extremo equilíbrio que se ía registando dentro da pista. Quem acaba por ter um desempenho menos conseguido, era André Ferreira, dado dispôr de um Mazda com défice de preparação.
Fernando Coelho a apostar num Lancia LC2 de primeira geração, não iria também poder contar com uma máquina muito colaborante.
 E José Pedro Vieira com um Porsche 962, após um acidente, não iria também poder contar com a competitividade inicial que este modelo lhe poderia ter proporcionado.
 A quarta manga confirmava a continuidade da guerra declarada por Filipe Carreiro e o seu Sauber, a Filipe Vinagreiro e o seu Nissan, verificando-se a continuidade dos mesmos registos entre ambos. De facto notável, quando o Sauber é tido como uma das piores máquinas do plantel. E apesar do fraco registo estabelecido por Fernando Coelho, acabaria ainda assim por superiorizar-se a Domingos Vinagreiro e André Ferreira, que fechavam nesta altura a tabela de classificação.



A quinta manga confirmava que Filipe Carreiro apostava sériamente numa boa classificação, acabando por impôr-se mesmo a Filipe Vinagreiro, ficando entre ambos, o acabado de entrar Ricardo Moura e o seu bonito Mazda. Miguel Antunes, embora de fora, mantinha-se no sexto lugar fruto dos seus bons desempenhos, seguido de José Pedro Vieira que começava a não poder contar com o seu Porsche. Embora igualmente de fora, Miguel Guerreiro no oitavo posto, conseguia manter-se à frente de Frasco Leite. Os três últimos lugares mantinham-se na posse de Fernando Coelho, Domingos Vinagreiro e André Ferreira.


Na sexta manga entrava António Lafuente. Uma participação também algo complicada, não o levavam nesta manga além do décimo primeiro lugar. Quem conseguia registos interessantes eram Ricardo Moura e Frasco Leite. Se no caso do primeiro o levava a ascender à terceira posição, os menos conseguidos desempenhos anteriores não levavam Frasco Leite além do sétimo lugar, apesar do registo de 10.71 segundos estabelecido. A diferença de uma volta entre Filipe Carreiro e Filipe Vinagreiro mantinha-se, ocupando estes a quarta e quinta posições respectivamente, no que prometia transformar-se numa luta até ao final.

E entrava Albano Fernandes na sétima manga, mas estranhamente não conseguiria ir além do décimo posto, numa manga em que Ricardo Moura confirmava o excelente andamento com que iniciou esta jornada, conseguindo manter atrás de si a dupla de "Filipes" e que mais vinham animando esta prova de arranque de campeonato. Miguel Antunes no sexto lugar, criava igualmente expectativas, deixando atrás de si pilotos como Frasco Leite, Miguel Guerreiro e José Pedro Vieira.

 Parque fechado e agitação entre mudança de calhas, uma realidade vivida neste clube.
A oitava manga marcava a entrada do último piloto. Foi ele Marco Silva, piloto que não deixa créditos por mãos alheias, posicionando-se imediatamente no terceiro lugar e mostrando que tal como é seu apanágio, que se encontrava ali para disputar a vitória. Ricardo Moura é que não aguenta o ritmo deste novo pretendente à vitória e vê-se também batido por Filipe Carreiro, baixando assim à sexta posição. Miguel Antunes mostra-se também forte, ficando a apenas uma volta deste último. Frasco Leite e José Pedro Vieira, respectivamente oitavo e nono classificados, encontram-se igualmente distanciados por apenas uma volta. Miguel Guerreiro vê-se cada vez mais retardado, muito por culpa de um Porsche que pouco o ajudava, ainda que se conseguisse manter à frente de Albano Fernandes. E a seguir vinham António Lafuente, Fernando Coelho, Domingos Vinagreiro e André Ferreira a fechar a tabela de classificação.

 André Ferreira (encima) e António Lafuente (em baixo), dois dos veteranos que reforçam com as suas presenças, a paixão que nutrem pela modalidade.
E a nona manga marca a reentrada de Damião Castro e a confirmação de que também ele ali estava com o propósito único de discutir a vitória, juntando-se assim a um belo rol de pilotos com o mesmo objectivo. Também Filipe Carreiro com a continuação de uma bela participação, retoma a terceira posição relegando Marco Silva para trás de si. Para trás destes, as posições dos restantes pilotos manter-se-iam, à excepção da troca de posições entre Albano Fernandes e Miguel Guerreiro, com este último a vêr a sua posição a piorar em cada uma das mangas.

E era a vez de Rui Mota retomar a contenda e tentar defender a primeira posição que ocupara antes da sua passagem para as calhas virtuais. E sim, conseguiu nesta manga manter a vantagem de uma volta sobre Damião Castro que também ele conseguia defender a segunda posição com a vantagem também de uma volta sobre Marco Silva. E começava a desenhar-se aqui um trio de sérios candidatos à vitória na jornada.
Mas era também José Pedro Vieira que parecia ressuscitar para os bons resultados e que passa de uma assentada de nono para sexto, posicionando-se imediatamente à frente de Ricardo Moura. As restantes posições, acabariam por manter-se.

A décima primeira manga permite a Rui Mota que se distancie um pouco mais de Damião Castro, mas este vê-se altamente apoquentado com o ataque de Marco Silva, terminando ambos a manga empatados em número de voltas. Filipe Carreiro é que se mantém estoicamente na quarta posição, continuando a constituir a verdadeira surpresa da jornada.

E Rui Mota imprimia um ritmo que a concorrência se via incapaz de contrariar, vincando cada vez mais a diferença entre si e os outros. Mas era atrás de si que as contas se encontravam ao rubro e Marco Silva apesar de duas posições abaixo de Damião Castro, mantinha a distância de uma volta apenas, tendo ambos que contar com o ritmo imposto por Filipe Carreiro que se interpunha entre os dois. Filipe Vinagreiro esforçava-se mas parecia não conseguir livrar-se da quinta posição. Mas nesta décima segunda manga, Ricardo Moura consegue trocar de posição com José Pedro Vieira, retomando o sexto lugar. Também Frasco Leite consegue levar a melhor sobre Miguel Antunes, assumindo a oitava posição.

 A décima terceira manga veio demonstrar que Rui Mota continuava a cavar um fosso entre ele e os restantes concorrentes, demonstrando que afinal o Porsche poderá ainda ter uma bela vida pela frente. E definitivamente o interesse da prova centrava-se na disputa pelo segundo, terceiro e quarto lugares, tendo como protagonistas Damião Castro, Filipe Carreiro e Marco Silva, mas sempre com a possibilidade de Filipe Vinagreiro se aproveitar de algum deslize que estes adversários pudessem ter.
E Miguel Antunes torna a desfeitear Frasco Leite, ao mesmo tempo que também Miguel Guerreiro se impõe a Albano Fernandes.

E para a penúltima e décima quarta manga, Rui Mota ganhava avanço suficiente para que pudesse atacar a última manga verdadeiramente descansado, já que a vantagem de cinco voltas sobre o mais próximo perseguidor, Damião Castro, permitia-lhe esse pequeno luxo. Filipe Carreiro mantinha-se no terceiro posto, muito embora Marco Silva se encontrasse com o mesmo número de voltas e ambos, a apenas uma volta de diferença de Damião Castro, o segundo classificado. Frasco Leite tem nesta manga um excelente desempenho e de uma assentada galga duas posições, ultrapassando tanto Miguel Antunes como José Pedro Vieira. Também Albano Fernandes assume por troca com Miguel Guerreiro, o décimo lugar. Entre décimo segundo e décimo quinto classificados é que o equilíbrio se foi mantendo durante inúmeras mangas, com António Lafuente à frente de Fernando Coelho, Domingos Vinagreiro e André Ferreira.

E a prova fechava com uma categórica vitória por parte de Rui Mota, mas sobretudo com a surpresa de Marco Silva ter passado de quarto a segundo classificado, relegando Filipe Carreiro, a verdadeira surpresa da jornada, para fora do pódio. O degrau mais baixo acabaria por pertencer a Damião Castro, o piloto que se manteve em quase a totalidade da prova, no segundo lugar.
Filipe Vinagreiro não conseguiria melhor que a quinta posição, Mas Frasco Leite tinha ainda tempo de desfeitear Ricardo Moura, posicionando-se no sexto posto. Sem dúvida, um poderoso final. No oitavo lugar ficaria José Pedro Vieira, seguido de Miguel Antunes e Albano Fernandes. Com o mesmo número de voltas ficaria Miguel Guerreiro que completaria a prova queixando-se de um carro muito pouco eficaz. Os quatro últimos classificados, mantiveram as posições que assumiram durante a maior parte da prova.

 No final, fez-se o habitual pódio e as restantes máquinas foram formadas aleatóriamente.
 E no pódio por modelos, um Porsche, um Nissan e um Toyota, numa interessante variedade de marcas.


E dia 19 do corrente mês, seguem-se as batalhas, no que se espera tanto mais equilíbrio como mais concorrentes.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Os Ford Escort

  Falar de Ford e sobretudo do seu modelo Escort, implica enorme responsabilidade, pois é apenas o mais icónico modelo de competição de todos os tempos, dado ter uma vida nascida nos anos 70 e que se perpetuou arrastando êxitos, até aos presentes dias. Tido como uma das mais notáveis máquinas de rali, mas onde não lhe faltaram títulos em todas as categorias, obviamente que não poderia ter ficado esquecido pelos fabricantes de modelos de slot car.
 O fabricante "Vulcano", uma marca muito recente mas de vida absolutamente efémera, escolheu precisamente a versão 1 do Escort, para se introduzir no mercado dos pequenos modelos rolantes à escala 1/32, onde teria chegado a editar três distintas versões. O aqui e agora mostrado, uma versão participante nas 24 Horas de Spa em 1971, acabaria por desistir mas teve ao seu volante, J. Fitzpatrick / F. Mazet.
Difícil seria acreditar que pudessem sobreviver no difícil circuito comercial deste hobby destas pequenas criações, apoiados nos conceitos em que se terão apoiado mecânicamente.
A opção de um micro-motor posicionado à frente, obrigou à aposta em semi-eixos frontais. Contudo, se a ideia dos semi-eixos não era nada má, não terá sido nada boa a forma como os fizeram, já que o excesso de atritos criou dificuldade ao livre girar das rodas, obrigando a algum trabalho extra para que estas se tornem funcionais. A utilização do prolongamento do veio do motor através de uma mola para cumprir a sua missão de tracção ao eixo posterior, já havia dado noutros fabricantes provas de falta de fiabilidade, o que nos leva a não perceber qual a necessidade de recorrer a este tipo de conceito, apenas para recriar um mais aperfeiçoado habitáculo, coisa que nestes meios nos damos ao desprezo. Resultaria dessas más apostas, a própria extinção deste tão recente fabricante.
Como maqueta, peca também em inúmeros aspectos, mas fica uma imagem cativante deste que tão curta vida conseguiu ter.
 Muito melhor conseguido, encontra-se a criação do muito mais sólido fabricante Scalextric/Superslot. Embora não se isente também de defeitos, mostram-se muito mais ricos ao nível de pormenores, escala e eficiência dinâmica.
 Uma das suas representações sobre este modelo da sua primeira série, ou MKI como é mais vulgarmente reconhecido,  representa o modelo que se sagrou vencedor da prova maratona, Londres-México. Essa vitória levaria a Ford a criar uma versão cliente com base neste mítico modelo da oval azul, numa edição especial e a que apelidaria de "Escort México", caracterizado exteriormente pela integração de faixas laterais onde surgia a palavra "México" na porta e ainda pela existência de duas faixas longitudinais, na capota. Aquando da comemoração do 50º aniversário da existência deste modelo, este fabricante achou por bem recriar também esta versão.
 A representação da versão dessa maratona que culminaria em vitória na américa latina, no México mais precisamente, surge com modificações naturais para se poderem enfrentar as adversidades naturais duma prova daquela dureza e envergadura. Os stops foram alterados para três pilotos redondos, receberia dois prolongamentos exteriores do próprio roll-bar, uma estrutura tubular reforçava a frente do modelo e no lugar dos cantos dos pára-choques, surgem placas que contrariam o salpicar de água para o pára-brisas, aquando da passagem de poças de água ou pequenos riachos. E nesta deliciosa miniatura, estes pormenores não foram esquecidos. Exceptua-se a deformação da carroçaria no guarda-lama traseiro direito, que acabou por sofrer uma substancial modificação para receber o bocal de um dos dois depósitos de combustível.


 Mas as mais duras provas do mundo estavam ao alcance deste glorioso e a vitória no Rali Safari bem o comprova, preenchendo um currículo verdadeiramente notável.
 E esta versão acabaria também por ser merecedora de mais uma bela máquina de pista à escala reduzida, através deste fabricante inglês.


 Relativamente à sua parte mecânica, embora se mostrem desconcertantes relativamente às performances dos actuais modelos, não poderemos negar a qualidade das suas engrenagens.
 Mas o Escort era alvo de estudo, de onde acabaria por nascer a primeira evolução do carismático Escort e que acabaria por ficar conhecido no meio por Escort MK II, abreviatura de Mark II.
 Aqui acabaria por ser a Scalextric/SCX a não deixar passar a oportunidade, recriando um infindável número de versões e decorações.
 Muito bem reproduzidos, já conseguimos com eles colher algum prazer de pilotagem, apesar de haver também o seu aproveitamento para que através da substituição dos seu original chassis por chassis de produção 3D, se conseguir tirar deles outro acréscimo de adrenalina.
 Mas mesmo na sua mais primária versão RTR (Ready To Run - pronto a correr) a sua eficiência dinâmica surpreende pela positiva.
Recentemente acabaria por surgir no mercado  este modelo da segunda série, conhecido pelo Escort "de frente alemã", numa produção da Team Slot.
 Nesta versão desenvolvida na Alemnha, Escort RS 2000 acabaria por ser a sua oficial designação, muito embora também a haja na versão inglesa, apresenta uma frente em cunha que integra 4 faróis na sua grelha. O restante modelo é em tudo igual, mas esta frente modificada faz toda a diferença estética e até aerodinâmica
 Comparadas as traseiras de ambos, constacta-se que não existem diferenças. Atenção que há um pormenor bem distintivo entre ambos e que se prende com as cavas das rodas. A produção SCX representa as versões de Grupo 2 ou 4, cujas vias eram alargadas, obrigavam a que surgissem necessáriamente os alargamentos das carroçarias por forma a cobrirem a totalidade das rodas. A reprodução da Team Slot mostra-nos uma carroçaria de Grupo 1, razão pela qual esta carroçaria se mostra tal como originalmente foi concebida, ou seja, sem os ditos alargamentos. Naturalmente que as produções SCX se apresentam com um visual mais radical, agressivo e até mais agradável. Mas isso não desvaloriza em nada a versão de frente alemã, já que se encontra absolutamente fiel à realidade.

 Já as diferenças existentes na secção frontal, quase nos permitiriam afirmar não se tratar do mesmo modelo. Mas é assim, mais alongada e em cunha ao que se acrescenta também um capôpt-motor redesenhado, com a versão original a sofrer um rebaixo na parte central e o desenvolvimento germânico a fazer subir essa mesma zona, faz com que o surgimento desta versão por parte da Team Slot, só nos proporcione uma mais valia relativamente à quantidade de variantes deste modelo polivalente.

Por estas duas imagens aqui mostradas, percebe-se o quão diferentes são estes dois estudos sobre um mesmo carro.
 A mecânica apoia-se num chassis plástico preparado para receber motor tanto em linha como em posição anglewinder, apesar de, se se optar pela segunda solução, não perceber-mos como será possivel montar-se a cremalheira e que as rodas fiquem ainda dentro da carroçaria.
Para o eixo traseiro optou-se por material todo de aperto, cremalheira e as próprias jantes. Curiosa é a simulação das jantes. Estranhamente, não passam de tampões completamente soltos, que se mantêm na sua posição por pressão dos próprios pneus que se estendem para lá da própria medida das jantes.

 E chegou também ao mundo dos slot car, a terceira geração e que rompeu em absoluto com os anteriores conceitos mecânicos em que se apoiara a Ford. Estes novos Escort passaram a receber tracção dianteira e a partir daqui, teria de ser reescrita a história dos Escort, já que o seu êxito decairia estrondosamente
 Mas a Scalextric inglesa acabaria por reproduzi-lo. Mas tal como à escala real, também este Escort MK III é uma absoluta desilusão.
 Se a sua escala nos permite constactar alguma correcção, as suas linhas, ainda que correctas, padecem de merecidos pormenores. Pequenos apêdices aerodinãmicos no topo da mala e ainda sob o pára-choque frontal, ao que se acrescenta o característico desenho das jantes, fazem-nos reconhecer imediatamente a versão de topo conhecida por XR3i. Disponibilizado de série dotado de faixas decorativas, este mini-modelo faz-se acompanhar de uma folha de decalcomanias para que possamos ainda personalizá-lo.
 De conceito mecânico antigo e ineficaz, ao que se junta ainda uma tremenda falta de qualidade das suas plásticas engrenagens, não farão dele nunca, uma peça verdadeiramente apelativa e cobiçada.
 Mas a Scalextric espanhola acabaria por tirar mais um trunfo da manga. Não passou em claro a este fabricante a existência do bem nascido Ford Escort Cosworth. Esta brutal máquina que militou no mundial de ralis já na era dos 4X4, provida de um brutal e bonito aileron, nasceu para o slot dotado igualmente de tracção integral.

 Se na vida real os seus êxitos foram significativos, essa eficácia à escala 1/32 ficou aquém. Mas é absolutamente impossível que fiquemos indiferentes a esta miniatura bem reproduzida, estéticamente genial e dotada de acabamentos bem conseguidos.
E a saga dos Escort acabaria por ser barrada com a revolucionária chegada do Ford Focus, o seu verdadeiro sucessor nas campanhas competitivas, mas para a eternidade, fica um percurso sem paralelo e de sucessivos êxitos dos modelos Escort, que continuam a acontecer ainda hoje um pouco por todo o mundo.
Eu também tive o prazer de conhecer os verdadeiros atributos proporcionados pela valia destas fantásticas máquinas e é notável a extraordinária capacidade dinâmica proporcionada por uma máquina nascida na década de 70 do passado século.