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domingo, 12 de abril de 2020

Camiões de slot

 Se temos de atribuir algum mérito ao fabricante Fly, será sem dúvida ao ecletismo que tem marcado a sua existência ainda que distribuída pelas variadas marcas paralelas que tem representado, como a GB Track, Flyslot Cars, Flyer's ou simplesmente tal como marcou a entrada no mundo dos slot car, Fly.
 Abarcando quase todo o tipo de modalidades associadas à competição, os camiões terão sido uma das mais extraordinárias e exuberantes temáticas em que se terá envolvido.
 E como o acompanhamento desta modalidade tem sido uma constante ao longo dos anos por parte deste fabricante, temos conseguido por essa razão assistir às mais recentes aparições dos criadores destes brutais camiões e seguir a evolução que estes monstros do asfalto têem seguido no panorama das competições internacionais.
 E ao nível das miniaturas editadas, se tal como as restantes gamas não se têem mostrado famosos relativamente à sua dinâmica, algumas evoluções terão no entanto acontecido, onde não chegaram a faltar até, camiões da série "Fly Racing".
 Mas pessoalmente vejo-as mais como objecto de colecção, pelo que me maravilho com estas preciosidades enquanto recheadas de pormenores se encontram.
 Este Renault MKR foi a última criação deste fabricante e encontra-se genialmente reproduzido. Uma peça soberba de se lhe tirar o chapéu.


 O Buggyra MK R08 havia sido o anterior modelo a chegar até nós, no que terá igualmente tido, aliás à imagem de todos os outros, também um extraordinário cuidado na sua recriação.

 Pode gostar-se ou não, mas não poderemos pôr em causa a tremenda qualidade enquanto réplica que cada um representa.

 Modelos para serem verdadeiramente admirados.

 O estranho Buggyra MK002 tem já enquanto modelo de slot, alguns anos, mas é para mim um dos mais curiosos e interessantes modelos editados.
 Os pormenores que consigo arrastam, fazem deles preciosos exemplares de colecção.


 Outros modelos como o Man, Mercedes e Sisu, mais antigos são, mas todos eles representando muito bem a evolução dos tempos nesta matéria das lutas dos pesos pesados.
















Mas se a primazia desta temática ligada ao mundo do asfalto pertenceu a este fabricante, no que respeita aos domínios dos terrenos fora da estrada, esses pertenceram a outro gigante, a Avant Slot.
Terão sido neste fabricante inúmeras as versões editadas, tendo mesmo surgido evoluções, tendo-se passado dos chassis de duplo motor que permitia tracção frontal por cremalheira, para um chassis de uma motorização apenas, simplificando imenso todo o sistema, mas sobretudo, reduziu-se ao peso e aos atritos.


 Acabariam mesmo por reproduzir a versão do Man de três eixos, com tracção a ambos os eixos posteriores e ainda ao eixo da frente.


 Claro que entre as versões de asfalto editadas pela Fly e estes, as diferenças do conceito mecânico para cada um são imensas, devido à especificidade dos terrenos onde cada um deles terá de rodar.

 E assim, estes, para além de um patilhão inserido num braço basculante, encontram-se também equipados de amortecedores. A tracção deixa de ser exclusivamente ao eixo posterior, fazendo-se aqui a tracção a um dos eixos por pinhão/cremalheira e aos restantes, através do uso de polias e elásticos.
Mas na prática, apesar de todas as boas vontades, encontram-se bastante limitados pelas jantes de plástico que não garantem fixação suficiente aos eixos, e pela falta de eficácia do conjunto, tanto quanto seria desejável.
Mas seria injusto não focar aqui um dos pioneiras nesta matéria. A Scalextric/SCX editou muito antes de todos os outros, o seu camião de corridas da marca Mercedes. E para dizer a verdade, ainda que limitado por uma motorização pouco evoluída, nem se portavam nada mal.

sábado, 11 de abril de 2020

A aventura de Don Panoz

 Don Panoz foi um extravagante milionário norte americano que realizou o seu sonho de construir carros de altas performances.
 Desse sonho nasceria um extraordinário GT que receberia o seu próprio nome. Era o Panoz Esperante. De linhas exuberantemente americanas, a fazer lembrar os áureos tempos dos Corvette preparados por John Greenwood, cuja posição do motor frontal lhes conferia umas frentes imensas e brutais.
 Mas diferente de tudo, estes modelos encantaram-me assim como também as próprias performances íam sendo notáveis.
Mas a sua evolução extrapolou a marca para o patamar seguinte. Isso mesmo, o seu trajecto levou-o à categoria dos LMP1, onde uma vez mais surpreenderia com o surgimento destas máquinas com motor frontal. Algo que tinha tanto de absolutamente inédito, como de absurdo.
 Mas na verdade os Panoz LMP1 surpreenderiam todo o mundo, quando conseguiram brilhantes resultados e de onde não chegaram mesmo a faltar, as vitórias.
 E para mim também mais uma vez me encantaram as suas excêntricas linhas e a irreverência deste projecto, arquitectado por esse visionário milionário.
 Outra das surpresas que acompanhou este ímpar modelo, foi o apoio duma base militar que acabaria por dar a côr igualmente militar a este fantástico modelo de competição.
 Absolutamente brutal, é o único adjectivo que encontro para qualificar as linhas resultantes de tão arrojada engenharia.

 Panoz, uma marca que sempre preservarei na minha memória.