Translate

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O que vale o novo Alfa Romeo 155 V6Ti? - Slot.It


 Chegou a hora de fazer uma primeira abordagem comparativa entre o agora chegado Alfa-Romeo 155 V6Ti e a primeira das versões editadas pela Slot.It  e que terá constituído ao mesmo tempo, o modelo de lançamento na categoria DTM por parte deste fabricante.
Entre ambos existem significativas divergências que poderemos mesmo, considerar estar perante um modelo novo. A aparência entre ambos é enganadora, já que as divergências se situam entre o pequeno pormenor e a alteração de cotas.
Mas no que respeita à imagem deste melhorado Alfa Romeo, a verdade é que estamos perante uma versão com quase total ausência de erros. Não faltasse uma estreita tomada de ar entre as grandes bocas inferiores existentes no pára-choques/spoiler e as situadas abaixo das grelhas entre os faróis e parece-me que pouco mais haveria a apontar do que os próprios defeitos de molde que começam já a ser crónicos neste fabricante e a má qualidade da representação das faixas da Martini.
 Mas comecemos então agora a analisá-lo sob o ponto de vista que o poderá definir no capítulo dinâmico. Comecemos pela balança.
 Entre as duas primeiras realizações do 155, aparentemente diferentes apenas na decoração, existe um diferencial de 0,5 gr, algo incompreensível e favorável à primeira versão editada, mas que também sabemos não existirem com facilidade dois modelos, ainda que iguais em tudo, exactamente com o mesmo peso.
 Mas este novo "Martini" apresenta um acréscimo de 0,3 gr relativamente ao anterior pior dos exemplos e de 0,8 gr quando comparado com o peso da primeira versão.
 A coisa piora um pouco se o comparar-mos ao peso pluma das criações para o DTM por parte deste mesmo fabricante. Aqui a diferença passa a ser significativa, pois representa 2 gr certas entre este e o Opel Calibra. Mas tal como acontece com os Alfa Romeo, também com os Opel surge uma diferença de pesos considerável, ainda que aqui estejamos também perante uma remodelada carroçaria. Entre a primeira e a segunda gerações do Opel, ouve um acréscimo de 1,7 gr.
 Mas o que pretendemos mesmo comparar, é a evolução sofrida por este novo Alfa Romeo, pelo que deixaremos o assunto "Opel" para trás.

 Como é possível comparar, ao nível da via traseira e com a remodelação dos seus alargamentos, a carroçaria terá crescido entre ambos, 1,34 mm. Referir também que esta remodelação aconteceu subindo-se também os alargamentos. Se perceber-mos que podendo aumentar a largura do eixo, ao mesmo tempo que se proporciona um maior rebaixamento da carroçaria relativamente às rodas, o que proporcionará ao conjunto um centro de gravidade mais baixo, estaremos perante um ganho de estabilidade real. E só aqui, parece-me termos dado um passo muito grande, já que o conseguir baixar a carroçaria na primeira versão, era algo que se tornava muito limitador na preparação do carro.

 Através destas imagens, percebe-se que os alargamentos da carroçaria ao nível do seu eixo posterior, para além de se tornarem mais proeminentes, subiram também relativamente à linha de cintura da carroçaria. A sua subida foi tal, que acabaria mesmo por absorver o manípulo de abertura das portas traseiras.


 Ao nível do eixo dianteiro, a carroçaria terá tido a mesma melhoria, mas aqui a vantagem pode até ser nenhuma, já que normalmente nas preparações, privilegiamos a subida do eixo dianteiro para que as rodas não criem atrito sobre a pista. Daí que a vantagem possa ser retirada apenas no rebaixamento da frente do mini-modelo, com vista a que seta faça apoio em pista através do lábio frontal, que neste caso avançou e aqui sim, poderemos colher frutos desta alteração.
Referir ainda que esta versão passou a receber o conjunto pára-choques/spoiler como uma peça independente da carroçaria, o que anteriormente fazia tudo parte de um bloco só.
Relativamente ao que foi descrito em relação ao alargamento da carroçaria ao nível do eixo posterior, poder ser transcrito relativamente ao eixo anterior, já que para além de mais largos, subiram também até nivelarem com o capôt-motor.


 O habitáculo quase inalterado, contou apenas com um pequeno recorte na zona onde encaixa o piloto, com o óbvio propósito da diminuição do seu peso. E encontrando-se este numa parte elevada da carroçaria, todas as migalhinhas contam.
Pela sua parte interior, referir que perdeu a maneta das velocidades para receber palhetas ao volante.
Passemos então agora a abordar este novo Alfa Romeo através das suas características dinâmicas, ao que invariavelmente associamos o chassis.
E para começar, a primeira diferença é detectada ao abrirmos ambos os modelos. Temos agora a fixar a carroçaria ao chassis parafusos de cabeça de menor diâmetro, redonda e ainda que igualmente métricos, substancialmente mais curtos. Menos peso, é verdade, mas de maior limitação no acerto da basculação entre o conjunto e consideravelmente mais fáceis de se desapertarem. Não percebo esta política.

 Também em termos de pesoe tal como aconteceu com a carroçaria, também aqui o conjunto mecânico passou a ser mais pesado. Como sabemos que ao nível dos órgãos mecânicos tudo se manteve, só poderemos atribuir este acréscimo de 0,6 gr à nova estrutura do próprio chassis.

 O chassis foi completamente redesenhado, tendo crescido na sua parte frontal.
 Para além de se encontrar apto a receber o sistema de tracção total, como já acontecia anteriormente (lado esquerdo), o novo chassis conta também com uma pequena estrutura do lado direito, que será muito provavelmente para que acople algum suplente digital. Mas disto, não estou certo.
 E quando pomos um modelo sobre o outro, rodas com rodas alinhadas, percebemos que a distância entre o eixo traseiro e a localização do patilhão, também cresceu. Isto é uma bela notícia, pois geralmente são muito positivas estas subidas de cotas e que normalmente resultam em benefício na hora de olhar para o cronómetro.
 E perante os factos aqui trazidos, estou certo que a sua posição irá ser na linha da frente entre os Alfa.....
 .....mas muito provavelmente entaladinho entre esses e os Opel...
...e isto, enquanto não nos chegam os Mercedes...

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Da Slot.It, mais um 155 do DTM

Da parte da Slot.It, mais um Alfa Romeo que se diferencia de todos os outros já nossos conhecidos, ainda que apenas em alguns pormenores, mas a fazerem cada um deles toda a diferença.
  A parte correspondente ao pára-choques/spoiler frontal, mostra-nos algumas diferenças, tanto na parte mesmo frontal, onde desaparecem as duas tomadas de ar inferiores, para dar lugar a uma só a quase toda a largura, como também nas suas extremidades recebe agora apêndices aerodinâmicos, ao mesmo tempo que as grelhas de escoamento de ar laterais, recebem novo desenho.

Mas também as tomadas de ar intermédias em altura foram modificadas para se tornarem rasgos mais largos.



 Poderemos referir a existência de uma parede de escoamento aerodinâmico que se prolonga desde os retrovisores até à capota e que ainda cobre substancialmente parte das janelas da frente.
 A parte traseira foi igualmente alvo de aturado trabalho de estudo, tendo surgido soluções novas bem possíveis de serem observadas. Três imensas derivas verticais são agora visíveis, ao mesmo tempo que as anteriores situações relacionadas com os escapes, surgem igualmente alteradas. Se numa primeira fase existiam quatro escapes, passariam a dois, um de cada lado na versão "Martini", tendo agora a continuidade dos dois escapes permanecido, mas ambos do lado direito
 O aileron mantem-se igual ao da versão "Martini, mas diferente do das primeiras versões, já que nesse caso existia uma segunda pala num plano inferior.
Mais uma bela peça de enriquecimento dos modelos do campeonato DTM da primeira vaga.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

O menino que a Sideways se tem esquecido


 O Ford Escort MK II, foi o modelo que deu origem ao extraordinário Ford Capri que acabaria por ser um dos mais gloriosos modelos de Grupo 5.
 E se a aposta nesta categoria por parte da Sideways faz jus a esse glorioso modelo onde tem pautado continuidade na sua edição, não se debruçou ainda sobre este que terá sido um dos pioneiros e responsáveis pelo êxito desse tremendo campeonato..


 Bem sabemos que as características da sua carroçaria muito provavelmente condicionarão um desejável desempenho ao mais elevado nível, mas o mesmo acontece com os Porsche 935 e não foi por isso excluído, o mesmo acontecendo tanto com o Lancia Beta Montecarlo como com o Lancia Stratos.


 Mas que teria os seus adeptos, estou em crer que sim.
Aquando da chegada do BMW 3.20, esta mesma observação poderia ter sido feita, já que a sua carroçaria a esta mesma interpretação poderia ter levado, contudo, este chegou a mostrar-se como um extraordinário modelo. Será que o mesmo não poderá acontecer com o Escort?


 Ok, poderão as formas desta carroçaria levar a outras limitações, como poderá ser o caso do spoiler frontal, que eventualmente poderá limitar o avanço do patilhão, mas normalmente os fabricantes conseguem surpreender-nos e a Sideways, provou-nos já não se tratar de um qualquer fabricante.

 E poderão ser escolhidas algumas decorações, talvez mais até do que as possíveis com o Toyota Celica e que não terá sido razão de impedimento para a sua produção.

 Mas a imagem de cima mostra um Escort algo diferente e num primeiro estagio de desenvolvimento, com uma carroçaria mais estreita e um spoiler a cair mais sobre a vertical, mas que numa vista descuidada poderá levar-nos a pensar tratar-se de um mesmo desenvolvimento.
 Mas será sempre possível arranjar-se mais uma decoração que desconhecía-mos.

 Mas foi alvo ainda esta série 2 do Ford Escort, de algumas já desesperadas tentativas de evolução, que acabariam por lhe proporcionar um visual que nos causará alguma estranheza, sobretudo a levada a cabo pela própria Zakspeed, aquele preparador que mais terá feito pelo desenvolvimento destes verdadeiros protótipos que recaíam sobre modelos da marca Ford.
Agora a verdadeira questão que se impôe. Será que alguma vez os veremos produzidos pelas mãos da Sideways?