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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Prova de fecho de campeonato - A prova mais louca!

 Numa prova antecipada para quarta-feira por imperativo das "quintas europeias", não se poderia ter calculado uma jornada de desfecho mais empolgante.  Num campeonato pautado por um aparente avassalador domínio levado a cabo por parte de Rui Mota, os membros do Guimarães Slot Clube participantes nesta jornada, estiveram longe de se imaginar protagonistas de uma das mais empolgantes competições ocorridas naquele espaço, onde a modalidade é comungada com extremo afinco por parte da totalidade dos associados. E tendo sido cada um à sua maneira capaz de arrastar a incerteza do resultado até ao final, pairava no ar um inusual ambiente de concentração, silêncio, ausência de despistes e um ritmo imposto, verdadeiramente alucinante.
Apesar de se ter assistido à esperada consagração de Rui Mota, os momentos de intensidade extrema  durante o decorrer das provas foi levado ao limite. Nunca em mais nenhuma anterior realização se haviam registado tão intensos momentos de luta, sem que qualquer dos intervenientes baixasse os braços na entrega da taça, proporcionando por isso uma tremenda incerteza quanto ao desfecho desta jornada pautada com momentos de autênticos cenários de aguerrida batalha.
Por todas estas considerações, merecem-me a totalidade dos pilotos que se fizeram presentes, um publico reconhecimento pela forma de entrega com que o fizeram. De espírito de luta irreverentemente elevado mas sempre presente o maior dos sentidos de desportivismo, o maior dos desempenhos e o maior espírito combativo, esta notável prova ficará com toda a certeza para os anais deste clube e de todos quantos tiveram a sorte e privilégio de a viver na primeira pessoa.
Algumas ausências de relevo poderão ser tidas como a parte negativa da jornada, pois temos a certeza que teriam contribuído mais ainda para o engrandecimento de verdadeiros momentos de luxo e que esperemos, venha a ser na mesma medida repetível e que podendo se continuado, ser mesmo apanágio até da grandeza da modalidade dentro das paredes deste já grandioso clube que começa a deixar marcas entre um considerável número de aficionados nacionais e até no seio dos nossos vizinhos de fronteira.

Referir que o aparente facilitismo no percurso de sucesso de Rui Mota que o levou a consagrar-se vencedor deste campeonato de abertura da época de 2019/2020, após ter conquistado quatro indiscutíveis vitórias em quatro provas pontuáveis, uma vez que a primeira que acabaria por resultar numa Super Pole havia sido ganha por Carlos Afonso, um dos pilotos mais ausentes, foi marcado por progressiva melhoria a que se viu obrigado por imposição das constantes evoluções dos seus mais directos adversários, que proa-a-prova lá iam prometendo nas entrelinhas, a desforra. Acabaria no entanto num pleno por parte deste piloto, mas muito por força de não se deixar intimidar, obrigando-se a uma  situação de constante melhoria e evolução da sua máquina e apuro de nervos de aço.
E porque houve umvreduzido e anormal número de concorrentes viu-se a organização obrigada à fuga da habitual formula do decorrer da jornada, optando-se pela realização da mesma através de duas provas por substituição das habituais calhas virtuais. Viveram-se assim as emoções em duplicado, já que cada uma delas foi disputada com tremenda intensidade e em que pelos registos conseguidos em cada uma delas, se previa um desfecho absolutamente inesperado.
 Na primeira manga saíam Ricardo Moura, António Lafuente, Fernando Coelho, André Ferreira e Miguel Guerreiro e Jorge Seia, ambos os pilotos a participaram com modelo idêntico, com Miguel Guerreiro a tirar partido da ausência de Filipe Vinagreiro e a aproveitar a oportunidade para participar com o seu Nissan e Jorge Seia a participar igualmente de Nissan, tirando neste caso partido da ausência do seu filho.
E começava de imediato uma incerteza levada até ao fecho da jornada. Se durante quase toda a primeira manga Fernando Coelho conseguia dominar os seus adversários, numa tremenda prova da sua eficácia enquanto piloto e preparador, mas que por força das circunstâncias acaba por ser sempre habitualmente vítima de acontecimentos alheios, Miguel Guerreiro e Ricardo Moura  funcionavam quase que como uma sombra. Acabaria por ser Miguel Guerreiro a levar a melhor após tremenda pressão sobre Fernando Coelho, mas não podemos deixar de focar a participação de André Ferreira  que soube bater-se com tremendo afinco. Também Jorge Seia mostrou atrevimento inesperado para um rookie e acabaria mesmo por bater António Lafuente, o que começa já a ser preocupante para este apaixonado veterano.
Mas perante o que se assistira nesta manga de abertura, ficava mais que claro que tinha acabado de ser assinada a declaração de guerra. Os ânimos estavam em polvorosa, assumidos pelos brutais andamentos que cada um dos pilotos tinha subscrito nos registos das suas calhas. Resultados de 21 e 22 voltas e tempos da ordem dos 10.5, 10.6 e 10.7, bem demonstram que os pilotos da segunda prova teriam que se cuidar sériamente. O ambiente começava quase a assumir contornos de verdadeira batalha campal.

 Num ápice, Miguel Guerreiro desce para terceiro, enquanto o assalto à primeira posição era perpetrado por Fernando Coelho, um piloto ávido de mostrar o seu potencial e do que é verdadeiramente capaz. Mas Ricardo Moura era outro dos pilotos que não vergava e cerrando dentes, mantinha-se estoicamente intrometido entre ambos. Mas se no comando as coisas se mantinham em verdadeiro pé de guerra, mais para trás, Jorge Seia começava um atrevimento que todos surpreendia, continuando a impôr-se a António Lafuente e também agora a André Ferreira, já que as coisas a este piloto não lhe corriam de feição. Estava a ficar bonito...

 Os brutais andamentos continuavam, mas a terceira manga nada trouxe de novo, fruto de um  impressionante ritmo que se vivia dentro de pista e em que se ao menor dos deslizes corresponderia a morte do artista, por outro, os ataques impostos por António Lafuente a Jorge Seia, não o levavam além do mesmo número de voltas deste.


 E não se podia mesmo pedir mais dos intervenientes nesta que começava já a ser uma épica batalha. Era agora Ricardo Moura que assumia as rédeas da contenda, levando Miguel Guerreiro atrás de si. Fernando Coelho cedia naturalmente, visto a passagem pela calha 8 ser sempre uma condicionante de andamentos, mas as suas ambições mantinham-se intactas. Jorge Seia é que não desarmava de modo nenhum e continuava a manter o seu domínio sobre os quinto e sexto lugares, mesmo tendo feita a sua manga na calha um, uma calha nada fácil para nenhum piloto.

 Mas com nervos de aço, Miguel Guerreiro acaba por marcar em metros a diferença da sua vantagem sobre Ricardo Moura, este último, outro piloto que se encontrava também suficientemente motivado para não abrir mão de uma possível vitória à geral, muito embora tivesse acabado de saír da calha mais lenta de entre as oito que constituem este traçado permanente existente neste clube vimaranense. E é Jorge Seia quem também começa assumidamente a escrever uma nova página no seu diário, já que nos começa a convencer que acabar a prova na frente de António Lafuente e André Ferreira, parece vir a ser uma realidade.
Enquanto Isso, Fernando Coelho com menos uma volta que os dois primeiros, mantém bem abertas e fundamentadas as suas expectativas quanto a um possível desfecho glorioso.
 Mas Miguel Guerreiro não se deixa surpreender e tirando partido da sua passagem pela calha 2, desfere um ataque no fio da navalha, registando o tempo de 10.40 e uma incrível média de 10.60, o que lhe permite agora sobre Ricardo Moura, uma vantagem de uma volta. Nada estando seguro, obrigaria no entanto a que adversários directos tivessem que assumir riscos sérios na tentativa de seguir no seu encalço. Pior terá ficado agora Fernando Coelho a perder algum do contacto que mantinha com os homens da frente. Mas melhor ficou Jorge Seia, quando viu a sua vantagem passar para uma diferença de três voltas sobre António Lafuente.
 Mas Ricardo Moura não desiste e aproveitando a passagem de Miguel Guerreiro pela a calha 1, aproveita para anular a sua desvantagem e registando o tempo de 10.42 e uma média de 10.57, confirma que será mesmo necessário contar com ele para as contas finais. Fernando Coelho, ainda que com voltas rapidíssimas também, pauta a sua desvantagem por algumas sempre indesejadas saídas. E paulatinamente, Jorge Seia lá continua a sua árdua tarefa de cavar um fosso entre ele e o seu perseguidor directo, assistindo-se à impossível tarefa de recuperação de André Ferreira, apesar do empenho e bom andamento por si imposto.

  E partindo para a última e decisiva calha, a Ricardo Moura só lhe restava desferir a estocada final, mas o forcing por si levado a cabo leva-o a erros que, apesar dos 10.35 por si estabelecidos, acaba com pior média do que Miguel Guerreiro e consequente perda de terreno, cifrando-se em menos uma volta no final da prova, a diferença entre eles. Mas é Jorge Seia que se vê agora apoquentado pelos ataques de António Lafuente e vê a distância entre ambos encurtada em duas voltas, mas qual piloto "maduro", consegue andamento de gestão capaz de lhe assegurar a posição à frente daquele. António Lafuente não estaria disposto a tolerar uma afronta vinda de um iniciado, mas foi tardia a sua reacção e o desafora acabaria mesmo por acontecer.
E estava então já decorrida meia prova, uma vez que partiam agora mais cinco pilotos, aqueles que teriam de lidar com os resultados já conseguidos e que diga-se de passagem, bem intimidatórios. Se as 175 voltas estabelecidas por Miguel Guerreiro nesta jornada ainda ficavam a uma volta do estabelecido na jornada anterior por Rui Mota e que constituíam também o recorde do campeonato, não quereria isso dizer que esta jornada não pudesse correr pior para qualquer um dos que se aprontavam para finalizar a jornada. E tanto mais importante era essa marca estabelecida por Miguel Guerreiro, que foi conseguida fruto de um andamento fabuloso, mas também porque em toda a prova, havia tido um único despiste. Portanto, o peso que cada um transportava aos ombros, era tremendo. E alinhavam então Rui Mota, Marco Silva, que contava finalmente com o seu Nissan revisto, José Pedro Vieira, Frasco Leite e Filipe Carreiro, também este piloto a participar com um Nissan por troca com o seu habitual Sauber.
 Mas foi de faca nos dentes que partiram estes guerreiros e Rui Mota não querendo deixar os seus créditos por mãos alheias, assumia de imediato o comando das operações, ao conseguir um novo recorde na calha um, ao conseguir umas impressionantes vinte e três voltas. De facto, parecia não haver o mínimo de facilitismo, já que também José Pedro Vieira e Marco Silva conseguiam o mesmo registo de voltas. Verdadeiramente impressionante o que se acabava de assistir, deixando Miguel Guerreiro na tabela combinada, o vencedor da primeira manga, na quarta posição. E o mínimo de voltas conseguido seriam as vinte e duas, ficando Frasco Leite na quinta posição geral e Filipe Carreiro não ía além do sétimo posto, atrás de Ricardo Moura. Assistia-se sem dúvida alguma e em directo, a uma das mais notáveis provas deste clube.
 Na segunda calha, Rui Mota mantinha o incrível registo das vinte e três voltas, número de voltas igualmente estabelecido por Frasco Leite, o que o levaria a assumir imediatamente o segundo lugar da geral, relegando José Pedro Vieira para terceiro. Estes endiabrados três pilotos pareciam estar a querer pulverizar recordes absolutos, já que aos incríveis tempos registados, somavam ainda ausência de saídas. Mas também José Pedro Vieira se mantinha de pedra e cal na luta, conseguindo igual número de voltas de Frasco Leite. E era ainda preciso contar com as prestações de Marco Silva, que conseguia também ele apesar de já a duas voltas do comandante absoluto, manter-se à frente do melhor dos da primeira manga. Verdadeiramente notável é o que se pode dizer da prova que decorria e a que se assistia neste fabuloso espaço oferecido por este clube para a prática da modalidade. Já Filipe Carreiro que registava menos uma volta do que Marco Silva, era verdadeiramente empurrado para a sétima posição, o que bem demonstra a impressionante diferença que representava uma volta. Daí se podia aferir o verdadeiro equilíbrio a que se assistia entre a quase totalidade dos participantes desta jornada e o verdadeiro equilíbrio entre os participantes da primeira prova e desta segunda que se encontrava a decorrer e o verdadeiro significado que representava a diferença de uma volta.
Os 10.21 segundos registados como melhor volta absoluta e a a brutal média de 10.41 segundos estabelecidos por Rui Mota, mostram que de facto se andou muito acima do que seria normal e espectável. Mas não só, porque se atentar-mos na tabela dos registos, constactamos que mais anormal se torna, quando o pior dos registos marca o tempo de 10.82 segundos. De facto, esta prova teria mesmo de ficar registada na memória dos participantes, porque cada um de nós se entregou a pilotagens notáveis.

Mas a intensidade da prova teve continuidade na manga seguinte, onde Rui Mota conseguia manter a liderança e também a vantagem de uma volta sobre o segundo classificado, mas agora sobre Marco Silva que aproveitava a sua passagem pela calha três para tentar o assalto ao comando. Com o mesmo número de voltas do segundo classificado, estava Frasco Leite que mantinha a vantagem de uma volta sobre José Pedro Vieira. Mas enquanto Frasco Leite ocupava o terceiro posto absoluto, uma volta de diferença obrigava agora José Pedro Vieira a descer à quinta posição. Filipe Carreiro continuava a perder terreno e apesar dos seus excelentes registos, mantinha o sétimo lugar da classificação geral.
E a meio da prova, na quarta calha portanto, Frasco Leite aproveita a vantagem da calha onde se encontra e iguala Rui Mota no número de voltas, enquanto Frasco Leite desce à terceira posição a uma volta apenas de ambos. José Pedro Vieira e Filipe Carreiro começam a deixar-se ficar, ocupando agora as sexta e sétima posições da geral. Mas ficava uma vez mais o registo de um tremendo equilíbrio, que deixava a pairar uma incrível incerteza quanto ao desfecho desta prova e a prognósticos ninguém se atrevia.
A manga seguinte registava nova troca de posições entre Marco Silva e Frasco Leite com vantagem para o primeiro, num incrível equilíbrio entre estes dois pilotos e ainda Rui Mota, mas ficava também o registo de que este último piloto aguentava estoicamente a primeira posição, apesar de ser agora Marco Silva a igualar o seu número de voltas e enquanto comandante da prova. José Pedro Vieira e Filipe Carreiro mantinham as posições relativas e da geral, respectivamente sexto e sétimo classificados.
Mas na antepenúltima calha, assistiu-se ao despertar do guerreiro e Rui Mota parecia querer dizer que não lhe tirariam a possibilidade da realização de um pleno, com quatro vitórias em quatro provas. Embora Marco Silva conseguisse afirmar-se como segundo classificado, a verdade é que a distância entre o primeiro e ele, passava drásticamente para as duas voltas. Mas entre Marco Silva e Frasco Leite a diferença era de apenas uma volta, mas deixava agora este último piloto no quarto lugar da geral, ficando a terceira posição a pertencer a Miguel Guerreiro e o quinto lugar era de Ricardo Moura, ficando José Pedro Vieira e Filipe Carreiro nas posições que há já algumas calhas vinham a ocupar. Mas os registos dos tempos por volta continuavam a surpreender, bem como as próprias médias, o que indiciavam uma quase ausência de despistes.
A sétima e penúltima calha, vem uma vez comprovar que o frenético ritmo imposto por Rui Mota começava a distanciá-lo da concorrência. Mas se Marco Silva era quem o seguia nesta calha, à geral a segunda posição já pertencia agora a Miguel Guerreiro. Se por um lado começava a assumir contornos definitivos a posição de Rui Mota, por outro passava a ser absolutamente uma incógnita, com completaria esta jornada de loucos na segunda posição, na terceira, na quarta......

E iniciava-se então a calha que ditaria a verdade desportiva e o vencedor duma inesquecível jornada que acabaria por marcar a totalidade destes pilotos que tiveram oportunidade de brilhar, verdadeiramente.
E uma vez mais Rui Mota não perde a oportunidade de se impôr à demais concorrência, através de mais uma demonstração de clara superioridade. Também uma desastrosa participação de Frasco Leite, atirá-lo-ia para o quarto lugar da calha, mas a piorar à geral e a passar para o sexto lugar absoluto.
A segunda posição na calha pertenceria a Marco Silva, um piloto que sabe sempre estar nos lugares de topo, assim as suas máquinas o ajudem, a cinco voltas do vencedor. Mas na geral e porque Miguel Guerreiro havia conseguido completar uma volta a mais, o segundo lugar acabaria por pertencer a este homem que iniciava a jornada carregado de fundadas expectativas. Infelizmente para si, existiu um Rui Mota pleno de inspiração que conseguiu um campeonato brilhante e que culminaria com este  desfecho absolutamente soberbo. Ricardo Moura acabaria por perder o último lugar do pódio por menos de uma volta, seguido de José Pedro Vieira, também ele a menos de uma volta do quarto lugar. Na sexta posição, Frasco Leite, um piloto que merecia ter completado a prova numa posição mais honrosa, mas que pagou cara uma distracção escusada. A sétima posição caberia a Fernando Coelho, outro piloto que todos surpreendeu e que eventualmente poderia ter colhido mais frutos duma jornada onde pautou a sua participação por extraordinários registos. Filipe Carreiro viria a ocupar o oitavo lugar, numa prova em que estava-mos à espera que o seu andamento tivesse sido mais competitivo. Jorge Seia, António Lafuente e André Ferreira fechavam a tabela classificativa, nas nona, décima e décima primeira posições respectivamente.
Os  observadores da FIA estiveram presentes.

E que dizer mais deste empolgante desfecho e de um campeonato marcado por tantos momentos de verdadeiro brilhantismo? Pouco ou nada, apenas desejando que mais campeonatos possam decorrer com similar animosidade, mas sabendo de antemão, que não será fácil.
E tivemos um Rui Mota que soube em cada jornada tirar o melhor partido em cada uma das situações, acabando também ele por marcar registos dignos de relevo. Parabéns a este piloto, mas sobretudo a toda a comunidade participante e até de todos quantos à distância, conseguiram seguir e assistir aos directos do GSC TV protagonizados pelo impagável Miguel Guerreiro.

Quanto à avaliação dos modelos, fica também a certeza de que de facto os Nissan são a melhor das apostas, por ser um modelo fácil de preparar e beneficiando ainda de se tratar de um modelo bastante mais leve. Mas contra todas as expectativas e prognósticos, acabaria por ser um Porsche 962 IMSA a dominar a totalidade do campeonato. Porventura, também aqui se aplicará a máxima de que "há razões que a própria razão desconhece"
E desta feita, o pódio seria preenchido por dois Nissan, mas com um Porsche no degrau mais apetecível.


Porsche e Nissan, acabariam por ser os modelos em maioria.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Terceira prova Grupo C - Guimarães Slot Clube

Decorreu no Circuito Vitor Costa, uma das pistas permanentes do Guimarães Slot Clube, a terceira prova de velocidade do campeonato destinado aos modelos de Grupo C. As ausências de Carlos Afonso, Miguel Sousa, Domingos Vinagreiro e Albano Fernandes continuaram a fazer-se sentir, ao que se somou também a ausência de João Seia.
 A ordem de alinhamento na pista fez-se de acordo com o resultado que cada piloto ocupa no campeonato, pelo que Marco Silva partia para a prova e de seguida iniciava o período de alinhamento nas calhas virtuais. E dependendo do seu inicial desempenho,poderia ficar uma expectativa demasiado elevada, dado ser um dos protagonistas maiores até ao momento.
 Mas iniciada a contenda, a surpresa acabaria por ser protagonizada por José Pedro Vieira, um piloto que tem também deixado sucessivas marcas neste campeonato. Desta vez impunha-se à totalidade da concorrência e assumia o comando, com mais uma volta do que a restante concorrência, que registava 22 voltas desde o segundo até ao quinto lugares, com Damião Castro a encabeçar esta lista de perseguidores. Frasco Leite era o terceiro classificado e o comandante do campeonato, Rui Mota, não conseguia ir além do quarto posto, logo seguido de Filipe Carreiro. Marco Silva é que ficaria um pouco pior, registando 21 voltas e não conseguindo ir além da sexta posição, seguido de Ricardo Moura com o mesmo número de voltas e a fechar a tabela, Miguel Antunes que não conseguia ultrapassar as 20 voltas.


 Na segunda manga José Pedro Vieira consegue novo registo de excelência, mantendo o lugar de liderança, mas Rui Mota começa a imprimir andamento que já lhe é conhecido e assume o segundo lugar, relegando Damião Castro para a terceira posição e Frasco Leite para o quarto lugar. Ricardo Moura também com excelente desempenho, galga de uma vez só duas posições, subindo para quinto, obrigando Filipe Carreiroe Marco Silva a afundarem-se na classificação. Miguel Antunes mantém o seu registo abaixo do que já lhe vimos, o mesmo acontecendo a António Lafuente, que não consegue cumprir na sua entrada, mais de vinte voltas.


Embora passando para a calha virtual, a terceira manga continua a deixar José Pedro Vieira no comando, numa demonstração do elevado ritmo que imprimiu anteriormente. Rui Mota, apesar do seu constante ataque à liderança, sente-se impotente par destronar o outro bracarense do comando da prova. Damião Castro também mantém a posição anteriormente conseguida, mas é Ricardo Moura quem mais leva vantagem, acabando por subir mais uma posição, por troca com Frasco Leite, que se vê sucessivamente batido pelos seus mais directos adversários. O andamento imposto por Filipe Carreiro não lhe permite manter a posição à frente de Marco Silva e regista-se troca de posições entre eles. Miguel Antunes é nesta altura oitavo classificado, à frente de António Lafuente e do entrado André Ferreira que fecha a classificação no décimo lugar.

A quarta manga permite assistir-se ao ataque de Frasco Leite e a sua subia ao terceiro lugar, o que o levou a uma ascensão de dois lugares duma assentada só, ultrapassando Ricardo Moura que apesar de tudo mantinha o quarto lugar, uma vez que também ele acabava por ultrapassar Damião Castro. De oitavo para sexto, tivemos Miguel Antunes, também ele num poderoso esforço de recuperação  perante a concorrência. Daí para baixo tudo na mesma, mas a entrada de Fernando Coelho permite a confirmação de que não há uma prova que corra de feição de princípio a fim com este concorrente, uma vez mais vítima das tramóias do punho.. Quanto aos dois primeiros lugares, esses continuavam pertença de José Pedro Vieira e Rui Mota.



A quinta manga demonstrava que era Frasco Leite que mais garra mostrava, imprimindo um andamento digno de ser observado. Apesar disso, , uma volta a menos do que Rui Mota, levavam-no a manter o terceiro lugar. Abaixo destes, as posições relativas mantinham-se até ao sexto lugar de Miguel Antunes, sendo agora o sétimo lugar ocupado por Filipe Carreiro que troca de posição com Marco Silva. E estava visto que para este último piloto a prova já estava estragada, com a impossibilidade de repetir o segundo lugar final, tal como acontecera nas duas provas anteriores. A entrada de Filipe Vinagreiro, deixa-o no nono lugar, umas posições abaixo do expectável para este piloto. E abaixo de si tudo na mesma, com Fernando Coelho a não conseguir fugir à cauda da classificação, após mais um desastroso início.

A sexta manga veio demonstrar que Rui Mota pretendia manter o ataque a José Pedro Vieira, mas apesar do excelente ritmo imposto, ainda não conseguia destronar aquele piloto, do comando da prova. Enquanto isso, Frasco Leite que se encontrava nas calhas virtuais, mantinha também a terceira posição. Mas é Filipe Vinagreira quem aproveita a manga para desferir um ataque aos lugares da frente, chegando à quinta posição, deixando para trás de si Damião Castro e Miguel Antunes. Miguel Guerreiro, o piloto acabado de entrar, ao estabelecer a marca das vinte e duas voltas não vai além do oitavo lugar, o que comprova e elevado ritmo que se estava a imprimir nesta jornada pela quase totalidade dos pilotos. Filipe Carreiro e Marco Silva é que decaíam, mostrando-se ambos longe dos excelentes desempenhos das anteriores participações, ocupando respectivamente a nona e décima posições. António Lafuente seguia-se-lhes e atrás de si encontrava-se agora Fernando Coelho, que começava também uma impressionante recuperação, que obrigava a que fosse agora André Ferreira a fechar a tabela de classificação.


Isto está complicado, é o que parece querer dizer a expressão de Filipe Carreiro...

Rui Mota consegue finalmente na oitava manga destronar José Pedro Vieira do comando da prova, fruto de um impressionante forcing iniciado na manga anterior e que teve continuidade nesta manga. O seu melhor registo de 10.36 e uma média de 10.54, bem demonstram o feroz ataque que este piloto desferiu nesta manga. E é também Miguel Guerreiro, agora com um Mazda por troca com o seu anterior Porsche, que desfere igual ataque com vista a atingir os lugares de topo, chegando à quarta posição, à frente de Filipe Vinagreiro. Ricardo Moura cai de quarto para sétimo, fruto do elevado ritmo conseguido por alguns dos seus mais directos adversários. Fernando Coelho também com excelente ritmo, sobe mais uma posição, ultrapassando agora António Lafuente. Acabado de entrar, Jorge Seia não foge da última posição mas demonstra progressos notáveis. Recorde-se que se trata do único piloto estreante que esteve presente.
 A oitava manga reforça a ideia de que Rui Mota não quer desperdiçar a possibilidade de mais uma vitória e torna a bater o recorde da volta mais rápida e que é consequentemente, a volta mais rápida até ao momento de todo o campeonato. Impressionante de facto o tempo de 10.24 estabelecido no decorrer duma prova e que começava a deixar por terra as pretensões de chegar ao lugar mais alto do pódio, por parte dos outros pilotos. E se as três primeiras posições pareciam mais ou menos seguras, Miguel Guerreiro conseguia também cimentar a quarta posição, apesar de semelhante andamento imposto por Filipe Vinagreiro, o piloto que se lhe seguia na classificação. Damião Castro mantinha-se estável no sexto lugar, bem como os pilotos que se lhe seguiam.


A nona manga marcava a reentrada de José Pedro Vieira e a saída de Rui Mota, com este último ao estabelecer 177 voltas, a conseguir também um novo recorde da prova e que lhe garantia praticamente mais uma vitória neste campeonato. Mas José Pedro Vieira mantém também ele excelente ritmo e Miguel Guerreiro destrona Frasco Leite da terceira posição, em mais uma demonstração nesta jornada de que o ritmo declarado por grande parte dos participantes, não era mesmo para brincadeiras. Marco Silva vai também de uma assentada de nono para quinto, numa garantia de que este piloto não se contentava com a posição que ocupava, depois de ter registado dois segundo lugares nas anteriores participações. E para trás poderia ter ficado tudo na mesma, não fosse Jorge Seia ter marcado ritmo capaz de deixar atrás de si André Ferreira. Este rookie começa mesmo a ganhar ritmo e a mostrar que a boa aprendizagem está a fazer parte do seu percurso.

 Na décima manga é José Pedro Vieira que mostra porquê que está no segundo lugar. O tempo de 10.45 de facto não é para todos e vai assim assegurando a sua posição à cabeça da classificação. Frasco Leite regressa ao degrau mais baixo do pódio, apesar do mesmo número de voltas estabelecido por Miguel Guerreiro. Esta luta prometia. Ricardo Moura perde ritmo e desce de oitavo até à décima posição, algo nada normal quando lhe havíamos já visto rapidez suficiente para se manter nas posições cimeiras. Jorge Seia apesar de mais lento do que André Ferreira, conseguia segurar o décimo terceiro lugar.

 A décima primeira manga deixava quase tudo na mesma, à excepção da troca de posições entre Ricardo Moura e Miguel Antunes, com a vantagem a pender para o primeiro.



 Na décima segunda manga é Filipe Vinagreiro quem finalmente sobressai, relegando Miguel Guerreiro para quinto lugar e obrigando também Marco Silva a baixar uma posição, mantendo-se tudo o resto exactamente na mesma.


 A penúltima manga foi a que se mostrou mais decisiva de toda a prova, pois marcou a troca de posições no pódio. Desta vez coube a Frasco Leite surpreender após ter imprimido ritmo de vencedor e ao estabelecer o fantástico tempo de 10.49, conseguiu assim trocar com José Pedro Vieira as posições do pódio. Um  final de facto de sangue na guelra por parte deste piloto que se tem mantido durante todo o campeonato, arredado das posições cimeiras. E registar também, que Jorge Seia conseguia ainda aguentar atrás de si André Ferreira.

 E assistiu-se no fecho da prova, a um final absolutamente empolgante no que se refere à ocupação dos dois degraus mais baixos do pódio. Se uma vez mais foi incontestável a vitória de Rui Mota, José Pedro Vieira tudo fez para destronar Frasco Leite da segunda posição, mas aquele aguentou os ataques com nervos de aço, terminando ambos na mesma volta. Mas sem dúvida, dois pilotos que se encontram de parabéns pelo excelente desempenho tido por ambos. O quarto lugar foi pertença de Filipe Vinagreiro, um piloto de quem se esperava mais, seguido de Marco Silva, que assim acabou por estragar a excelente média tida nas duas anteriores provas. Seguiu-se-lhe Miguel Guerreiro e Damião Castro, ambos com 172 voltas. Para trás e sem aguentar desta vez o rito imposto ficou Filipe Carreiro no oitavo lugar, seguido de Ricardo Moura a duas voltas de si, piloto de quem se esperava mais. Miguel Antunes ocuparia a décima posição, com Fernando Coelho, António Lafuente, Jorge Seia e André Ferreira a fechar a tabela de classificação. Referir como nota positiva o desempenho do piloto rookie, que para além de se ter posicionado à rente de André Ferreira, completaria a prova com o mesmo número de voltas de António Lafuente. Temos um estreante que começa a querer dar nas vistas, um sinal mais, mas ao mesmo tempo de alerta para outros pilotos mais experimentados.





 A próxima prova será a última deste campeonato e tudo levará a crer que teremos um campeão antecipado, mas não faltam vontades em querer destronar este piloto comandante. E esperemos que sim e a avaliar pela melhoria dos desempenhos no geral, estaremos na iminência de assistir a outro vencedor que não Rui Mota.