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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Carros que fizeram história - Lotus 88

O Lotus 88, foi o último trabalho de génio nascido da criatividade de "Colin Chapman". Na continuidade dos fantásticos carros asa também de sua inspiração, uma vez mais para além dos revolucionários conceitos dinâmicos, o Lotus 88 foi tecnologicamente e a par do McLaren MP4/1, dos primeiros modelos fabricados em fibra de carbono.

 Ao contrário do que era de supor, este projecto acabou por ser um fracasso. Vítima do seu engenhoso e próprio conceito estrutural e caído no meio duma guerra entre FISA e FOCA que decorreu entre 1980 e 1982, este acabou por ver o seu risonho futuro barrado, tendo-se visto pura e simplesmente, banido.

 
Colin Chapman via o seu futuro financeiro sériamente comprometido com esta decisão imposta, quando todas as esperanças haviam sido depositadas em tão revolucionário projecto. Com 54 anos, Colin Chapman viria a falecer em 16 de Dezembro de 1982, talvez fruto de uma sequência de acontecimentos financeiros menos proveitosos, encontrando-se este modelo, como um dos muito prováveis e fortes acontecimentos antecipadores do seu desligar do nosso mundo.
As conhecidas saias móveis dos fantásticos carros que conhecidos ficaram por "carros asa", foram pela FISA banidos nos regulamentos dos modelos de Formula 1 para a época de 1981, sob o julgamento de que se tratavam de acessórios aerodinâmicos e como tal já deveriam ter sido extintos 12 anos antes. Essa vantagem desvania-se então, acabando os modelos por retroceder e voltar tudo à estaca zero. Mas "Mestre Chapman" não se dava por vencido.
Estando em pista de desenvolvimentos com o seu modelo 86, acabou por descobrir que molas enrigecidas e isolados do restante chassis, tornavam o carro mais eficaz. Daqui era dado o passo para o surgimento do ímpar Lotus 88.
Recaía a aplicação desta engenharia, no inédito conceito de chassis duplo que foi pelo próprio Colin Chapman, descrito desta maneira: "O primeiro chassis (o T86) era uma estrutura do tipo escada de aço e fibra de carbono no qual a carroçaria, o sistema de refrigeração e demais elementos mecânicos eram montados, e que estava suspensa com molas e amortecedores separados. O movimento do chassis principal era assim controlado para manter as variações aerodinâmicas ao mínimo. No fundo, é o mesmo conceito dos modernos camiões: o chassis tem uma suspensão muito rija para aguentar as pesadas cargas, e o condutor está isolado na sua cabine com a própria suspensão macia."
Testado e comprovado, viu-se Colin Chapman obrigado a solicitar os serviços de Gerard Crombac, na elaboração de um dossier de imprensa que convencesse Jean-Marie Balestre, presidente da FISA, da validade do projecto, já que o conceito desenvolvido poderia encontrar-se no limite da permissividade pela qual os regulamentos estipulam as regras do jogo.
Mas as forças de interesse eram muito grandes e Colin Chapman via-se a partir daqui em guerra aberta com Bernie Ecclestone, que tratando-se de dono da Brabham e que resolvera os seus problemas no BT49 através da introdução de suspensões pneumáticas, encontrava-se agora mais interessado em derrubar a genialidade de "Mestre Chapman".

 Long Beach viu-se como palco de estreia deste Lotus 88, já que abria a época da Formula 1. Embora declarado legal, a FISA retrocede na decisão após inúmeros protestos e ameaças de se retirarem por parte das equipas adversárias e é colocada uma bandeira preta no carro de Elio de Angelis, como forma de impedimento da sua participação. Após apelo de Colin Chapman, o carro acaba mesmo por participar.
 Na prova seguinte, Brasil, as coisas pioram, depois de recuos e avanços, ameaças e subornos. É de novo o Lotus 88, dado como ilegal. Buenos Aires vê repetir-se a mesma cena. Colin Chapman não assiste sequer à corrida, preferindo assistir à partida do Space Shuttle do que à prova de Formula 1. Acabou por ser punido em 100 mil dólares por insulto à FISA num comunicado de protesto, mas esta não chegou nunca a ser paga.
Com tudo isto, o desânimo começa a acercar-se do génio e o chassis 88 foi temporariamente abandonado. Não contente com toda a situação por que se encontrava a passar, boicota o GP de São Marino, registando a primeira ausência de um modelo da sua marca, desde 1958.
 Brands Hatch provoca a reviravolta nas suas decisões e para o GP da Grã-Gretanha, apresentando um remodelado 88B, onde entre outros pormenores modificados, os radiadores foram deslocados acabando o RAC por decidir pela permissão da participação do remodelado Lotus 88. No entanto, Alfa Romeo, Ferrari e Ligier mantêm protestos, apesar dos modestos registos nos treinos conseguidos através de Elio de Angelis. Foi ditada uma vez mais, a exclusão por parte da FIA. Isto porque na reunião da Comissão Executiva da FISA que havia elaborado dias antes o regulamento modificado, ficava estipulado que, qualquer decisão da entidade federativa tem poder sobre qualquer decisão dos organizadores de um qualquer Grande Prémio.
Desta forma, eram decepadas todas as formas de locumução de um ambicioso e genial projecto, que enredou entre batalhas políticas e jurídicas. O que não se adivinhava, é que este era o "canto do cisne" para um dos mais brilhantes projectistas do desporto automóvel, esse brilhante Colin Chapmans, apesar de algumas das soluções aerodinâmicas terem ainda sido transferidas para o projecto do Lotus 91 do ano de 1982, o último dos chassis por si desenhados.

Características mecânicas                                                         

Construtor: Lotus

Ano Produção: 1981

Tipo de Carroçaria: Monoposto

Designer: Colin Chapman
               Peter Wright
               Martin Ogilvie

Motor: Ford Cosworth DFV

Caixa Velocidades: Hewland 5 Velocidades

Peso Bruto: 590 Kg

Modelos Similares: Lotus 78
                              Brabham BT46B

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O raro Porsche Carrera Abarth (1600 GS) - Imagens



 O 4 cilindros Boxer que equipa este modelo.
Á frente, tanto poderia  ser com 2 ou 2+2 faróis, como aconteceu na participação de Le Mans em 1960, o único ano em que se fez representar.

O Porsche Type 1600 GS ou Carrera Abarth, produzido por encomenda da Porsche à Abarth sobre uma base do 356B e numa quantidade de 25 exemplares, participou pela primeira vez na edição das 24 Horas de Le Mans de 1960, integrado na classe GT.
Acabou nessa edição por ser o melhor dos representantes da marca. Inscrito pela "Porsche KG", o chassis Nº 1001 foi tripulado por Ling / H. Walter. Atingiram o final da prova no 6º lugar absoluto, tendo percorrido um total de 3619.75 Km a uma média de 150.82 Km/h. Ficaram ainda em 13º no Iíndice de Performance e sagraram-se vencedores da sua Classe.
Mecânicamente, este Porsche dispunha de um motor Flat de 4 cilindros e uma cilindrada de 1588 cc capaz de debitar 135 bhp e os seus pistões tinham um curso de 87.5 x 66 mm. Dispunha de 4 válvulas por cilindro e dois carburadores Solex. Tinha ainda uma caixa de velocidades 4 + R, a sua carroçaria era totalmente em alumínio e tinha um peso total 778 Kg.

Estreia, a ganhar.....

Teve início na sexta-feira última, o Campeonato Grupo C.
E o protagonista maior, acabou mesmo por ser o menino mais novo da Slot.It.
 Em estreia absoluta nos nossos campeonatos, Augusto Amorim atreveu-se e pelos vistos bem, ao risco de participar com o novo Toyota 88C.
 Aquilo que me parecera, comprovou-se. Embora a concorrência fosse feroz e bem armada, pelos vistos o recém chegado não se intimidou e impôs-se mesmo.
Talvez na próxima, surjam já mais destes modelos.
A ver vamos......

O modelo que nunca estará certo.


 A Avant Slot editou já a segunda versão do Porsche Kremer K8.
A honra da estreia coube à versão participante em Le Mans em 1995 e sob as cores da STP. Constituiu novidade absoluta para o Slot e de muito bom grado para os praticantes, pois era a primeira vez que um fabricante focalizava atenções neste modelo que permite uma série de decorações, uma das quais com muito significado para "nuestros hermanos", já que o seu nacionalismo muito privilegia as cores da Repsol.
 Mas em termos estéticos, a versão recentemente chegada parece ter recebido maiores atenções, já que o efeito visual proporcionado pelas cores da FAT, assim ditam.
 Em tudo iguais à excepção da própria decoração, será então uma questão de gosto, preço ou oportunidade, a opção de escolha na hora da sua aquisição.
 Contudo, goste-se ou não, o modelo acarreta um erro dificilmente compreensível. De imediato e no primeiro contacto tido com a primeira versão chegada ao mercado, algo me apontava para uma frente desagradável, provavelmente mal reproduzida.
 E assim é de facto, surgindo o minimodelo com uma distância eixo frontal / limite frontal da carroçaria, exageradamente alongada, somada ainda a uma altura bem fora da realidade.
Repare-se como a realidade nos mostra uma frente quase a roçar o solo. As cúpulas das ópticas que contemplam apenas um farol cada, foi desvirtuada surgindo na réplica da Avant Slot, com dois. Dá também para perceber o quanto foi esticada a frente, ao mesmo tempo que se constata a péssima linha de descida da carroçaria entre a cava das rodas frontais e as ópticas.
Compreendemos isto como uma solução na procura das cotas ideais para o bom desempenho dos modelos, mas a verdade é que se perde algo, apróximando-nos quase, da ficção.
O exagero do comprimento da frente deste Kremer, obrigou a que o Logótipo da FAT de grandes dimesões e que surge na parte da frente, acabou por ter que ficar bastante distante do cokpit, já que houve necesidade de se recorrer a novos espaçamentos, de forma a disfarçar sem dar muito nas vistas....
 Quanto às jantes utilizadas nesta segunda versão, embora a maioria das fotos nos mostrem jantes diferentes, a verdade é que participou com os dois tipos, o que leva à correcção da adopção tomada.
 Nos flancos laterais, a carroçaria não vai de cima a baixo, num plano só. Isto é, se atentarmos à imagem que encima se mostra, abaixo do nº1, a carroçaria surge metida para dentro, situação que acontece desde a cava da roda frontal até à perna do último P do logótipo da IPP.
A linha de cintura da carroçaria e na sua vista lateral, mostra-nos outro erro de proporções. Se imaginarmos a ligação da frente do modelo com a sua traseira e se considerarmos que esta é feita na zona da tomada de ar superior para os radiadores, o seu desnível não é tão acentuado como surge na réplica deste Kremer K8. Versões existem no entanto, em que a reprodução da Avant Slot e no aspecto agora aqui apontada, cairia como uma luva, mas não nas duas agora editadas. É o caso da versão da "Motul" participante em 1995 em Le Mans. Aqui, o desnível na ligação entre a frente e a traseira, é muito mais acentuada.

 Outro pormenor de incorrecta reprodução, prende-se com as paredes laterais do aileron. O recorte mais inferior da mesma apresenta um desenho que não corresponde à reprodução do minimodelo. Este, era muito fácil de se ter conseguido uma exacta reprodução. Para mim, esta é incompreensível.
 Agora, aguardemos pela continuidade de reproduções, pois mostram-se aqui alguns possíveis projectos futuros.
Quando chegar a vez da versão "Repsol", esperemos que sejam contempladas as tomadas de ar verticais que se encontram acima do símbolo lateral da Repsol.
Esperemos que a Avat Slot desperte para uma maior atenção em futuros lançamentos de novidade, pois este parece-me ter-se tratado de algo que mereceu pouco cuidado por parte do fabricante espanhol.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ainda as preciosidades da ART

 Rebuscado o baú, lá surgiram as imagens do Mosler que participou na prova de 24 Horas do Porto em 2006, inscrito pelo GT Team. Tal como se constata na imagem de cima, atualmente os seus restos sobrantes repousam na estante das preciosidades da ART.
 Decorado em laranja e preto, esta carroçaria da Ninco foi preparada para receber um chassis HRS da Slot.It, enquadrando-se dessa forma com o regulamento em vigor para aquela edição.
 No topo do pára-brisas, não foi esquecido o logótipo do GT Team.
 Nestas imagens, o Mosler estava ainda fresquinho, a preparar-se psicologicamente para o grande confronto que é sempre uma prova de longa duração.

Resistência LMP - 2º Aniversário Loja GT Team Slot Cars

GT Team Slot Clube - Resitência 6H LMP-Prototype

2.º aniversário loja GT Team



Como forma comemorativa de festejar o 2º aniversário da loja GT Team Slot Cars, irá realizar-se no próximo dia 30 de Julho, uma resistência alusiva ao facto.
Esta encontra-se inserida no conjunto de provas realizadas conjuntamente entre GT Team Slot Cars e Clube Slot de Braga. Por razões óbvias, esta resistência comemorativa realizar-se-á nas instalações do GTTeam Slot Cars.

Para esta resistência foram escolhidos os modelos da categoria LMP, ou modelos equiparados, com motorização Boxer inline.


Convidam-se todos os slotistas, amigos e interessados a participar ou assistir a mais uma interessante prova de resistência dos slot car.

O regulamento encontra-se disponível no seguinte link:


O programa da prova é o seguinte:
09:00hs - Abertura do secretariado
10:00hs - Entrega de motores e pneus
11:00hs - Entrega do minimodelo para verificações
11:30hs - Fim das verificações
12:00hs - Treinos de qualificação
13:50hs - Warm up (10min)
14:00hs - Início da Resistência
20:00hs - Fim da Resistência
20:15hs - Homologação dos resultados e entrega de prémios