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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Jaguar E Type 1961 - Ninco

 O Jaguar E Type, é daqueles modelos que exibe um ímpar esplendor. Linhas esbeltas e detentor dum requinte que só os britânicos nos sabem proporcionar, marcou a minha juventude e continua ainda hoje a encantar os mais jovens apreciadores da arte sobre rodas.
 Este modelo completou este ano, o seu 50º aniversário. A Ninco não quis deixar passar em claro o acontecimento, inserindo-o na sua linha de referências, o que nós, amantes do mundo automóvel e sobretudo do mundo do Slot, muito agradecemos.
 E é justamente numa edição comemorativa dos seus 50 anos, que é editada a primeira referência deste Jaguar E Type, na bonita cor vermelha.
 De linha muito bem reproduzida, onde desta vez este fabricante não olhou tanto às melhores cotas para a pista à escala 1/32, acabando dessa forma por deformar as proporções dos modelos, conseguindo dessa maneira exibir este belo Jaguar, pleno de bom gosto.
 Louva-se também a continuidade na aposta dos cromados, que embora não sendo tantos quantos os desejáveis, pelo menos contempla um bom par que se considera fundamentais. Pára-choques, retrovisores, escapes, limpa-pára-brisas na quantidade de 3, tal como o original e jantes raiadas, detentores daquele brilho só possível pela cromagem, transmitem uma imagem de verdadeira agradabilidade.
 Pena foi a não inclusão do aro exterior dos faróis, recorrendo-se aqui, tal como nos frisos das janelas e pára-brisas, à menos agradável cor prateada. O que não faz mesmo sentido, é a inclusão de um piloto equipado de capacete, já que tratando-se de um coupé civil, acaba por se transformar num verdadeiro contra censo.
 Embora de ponteiras de escape capazes de ofuscar, o óculo traseiro viu-se privado até da simulação do seu friso cromado. Mas se não me engano, a matrícula, é portuguesa......
 Mas olhado pelos seus diversos ângulos, não restam dúvidas de que estamos perante um modelo muito bem conseguido e difícil de lhe resistirmos.

 Mecânicamente, será talvez a parte menos convincente de todo o conjunto. Já em anteriores artigos, tivemos oportunidade de ir alertando para uma qualquer transformação pela qual a Ninco estará a passar. Uma delas já aqui se mencionou pela positiva, ao alinharem pela aposta numa boa reprodução da carroçaria, fugindo das proporções que desfiguram os modelos, sob pretexto de aumento de rendimento dinâmico das máquinas. A segunda e que me parece de vantagem muito duvidosa, passa pela posição do motor na zona frontal do modelo, vendo-se para além duma desfavorável distribuição de pesos, obrigados a recorrer à solução de "cardan" que permite a transmissão ao eixo de trás.

 A reprodução do farol frontal, parece também de solução pouco conseguida, pois passa por plástico cromado, com uma espécie de espiral a proporcionar vários níveis.
 E a Ninco encontra apenas um rival, se bem que pouco.
 A Scalextric/SCX, em devido tempo fez a produção deste mesmo modelo no ano de 1968, chegando uns anos mais tarde, já em 1994 a fazer a sua reedição na sua série "Vintage", fazendo-se acompanhar de um certificado comprovativo.
 De linha menos nobre do que o do agora chegado, é contudo de realçar a época em que este tomou lugar no mundo do Slot.

 Assim comparados, parece até que as diferenças se ficam por pequenos pormenores, como a reprodução das jantes e mais uns quantos pormenores. No entanto, é de facto bem mais vasta.

 Assim observados, somos tentados a manter a opinião de que poucas diferenças haverão.

 Assim, já verificamos uma abertura da grelha frontal algo desproporcionada no modelo da SCX e uma traseira mais estreita e alta no mesmo modelo, o que de algum modo, descaracteriza a pureza destas magníficas linhas. O requinte com que são abordados os pormenores como piscas, escapes, os próprios pára-choques, os retrovisores e limpa-pára-brisas, vão marcando também significativamente, a diferença entre ambos.

 O Jaguar verde correspondente à produção SCX que embora cumpra quase na perfeição o comprimento, mostra-se significativamente mais estreito.
 Quanto às cotas relativas à distância entre eixos, aqui existe uma igualdade.
 Mas a Ninco em paralelo com esta versão comemorativa dos 50 anos deste modelo, edita também um segundo, este de competição, ao qual atribuem como correspondendo a uma participação em Sebring. Dotado de jantes que equiparam já o Porsche 356 e às quais acrescentaram a porca central em formato de estrela, conseguem de certa forma, ludibriar-nos. Contudo, o que me parece verdadeiramente errado, é não encontrar qualquer correspondência entre esta edição e a realidade, para além da aposta na mesma decoração. O modelo real, é um cabriolet equipado de hardtop, verdadeiramente desprovido de tudo quanto são apêndices. Nem retrovisores, nem pára-choques, nem, ..... enfim, erros pegados....até o Nº23 passou a chamar-se agora, ....32.....
Esta, sinceramente, não percebo.........

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Os Ford GT40 MKI e MKII

O Ford GT40, terá sido porventura dos modelos mais explorados no mundo das reproduções para o Slot.
Desde os tempos da longínqua Cox e Scalextric/SCX, que nos é lembrado este histórico da Ford. Mais recentemente, Scalextric/Superslot, Fly, NSRSlot.It, fizeram-nos reviver este valente das competições de longa duração. No entanto veremos apenas imagens das séries MKI e MKII, desprezando os MKIV que tanto a NSR como a MRRC produziram, pois tratam-se ambos de modelos bem distintos destes dois primeiros. 
 O que agora se mostra, representa o modelo vencedor de Le Mans em 1969. Este, uma produção da Scalextric inglesa, foi a primeira reprodução a ser editada dentro das séries de última geração, tendo a Slot.It muito recentemente editado este mesmo modelo, na sua série dedicada aos modelos vencedores da clássica francesa. Poderemos dizer que se trata de uma reprodução com algumas falhas ao nível da sua linha geral, mas sobretudo fazendo realçar alguns erros mais grosseiros, como a inexistência das pequenas janelas de arejamento acima dos stop's, bem como a existência da lâmina no limite superior do capôt traseiro, absolutamente inexistente nesta versão. Também uma frente demasiado arredondada e a cor azul no interior das ópticas, merecem referência pela negativa, bem como uma reprodução do conjunto jante/pneu mal proporcionado e mal conseguido, sugerindo dimensões exageradamente grandes.
Quanto ao seu comportamento em pista, deve referir-se que enquanto dotado de efeito magnético se trata de uma verdadeira surpresa, acusando efeito inverso quando desprovido do milagroso imane.

 Já a reprodução da Slot.It, mostra-se de uma qualidade invulgar, aliás coisa a que já nos começamos a habituar neste fabricante. Como estes modelos são aproveitados invariavelmente desprovidos do original efeito magnético, devo referir que se tratará talvez, de um dos piores modelos clássicos deste fabricante. São necessários alguns truques para o tornar verdadeiramente competitivo, o que não será tão comum assim neste fabricante.

 A Fly trouxe também até nós em devido tempo, este modelo. Talvez dos três, seja aquele que melhor reproduz as jantes. No entanto e apesar de uma correcta representação da linha do modelo, apresenta-se com a uma cava da roda frontal extremamente apertada, o que lhe proporciona um visual a esse nível, verdadeiramente desastroso. Teve a Fly no entanto o condão, de editar uma rara versão originalmente descapotada e que serviu de modelo específico para a rodagem do filme que ainda hoje todos os amantes dos automóveis bem recordam, "24 Horas de Le Mans". É afinal um modelo único, e a Fly trouxe-o até nós.
No campo da sua desenvoltura dinâmica, inversamente ao que se passa com a Slot.It, este terá sido dos melhores clássicos desenvolvidos por este fabricante. É claro que para que se possa desfrutar de algum prazer na sua condução, são necessários alguns desenvolvimentos, através de apostas em algum material da concorrência.

 Mas no campo das raridades, também a Slot.It nos permitiu desfrutar de um exemplar verdadeiramente raro, um Ford GT40 de transição entre a versão MKI e MKII, num desenvolvimento conseguido por Allen Mann. A parte correspondente à traseira deste Ford GT40, com as suas trombetas negras, não é mais do que o capôt do MKI dotado do grupo óptico do que viria a ser o MKII.Também as mencionadas trombetas, fizeram parte da série II deste modelo.
E quando anuncio que se trata de uma versão rara, poderei adiantar que auguro que venha a assumir o mesmo adjectivo também em termos da própria miniatura, pois não haverá muitas mais versões assim representadas, o que refreará por parte do fabricante, a edição de mais destes modelos. Assim, talvez se venha a assumir como uma das raridades no mundo do Slot.
 Se a isto assumirmos que tendo este sido a estreia da Slot.It na edição do Ford GT40 e que por essa razão muitos se tenham destruído com o início da sua estreia na chegada às pistas, então poderemos estar a encarar mesmo, um caso muito sério de raridade.
Dinâmicamente, o que já foi dito relativamente ao modelo anteriormente abordado, assenta-lhe que nem uma luva.

 O fabricante inglês Scalextric aquando da sua edição do Ford GT40, fez em simultâneo o lançamento tanto da versão MKI como do MKII. E poderemos acrescentar que os problemas que a versão MKI registava ao nível da traseira, não se põe agora nesta série. Quanto às restantes situações mais anómalas e já indicadas na anterior versão, essas sim, mantêm-se.

 A Fly teve idêntico procedimento relativamente à produção da Scalextric/Superslot, já que editou quase em simultâneo tanto a série MKI como MKII. E igualmente, verifica-se que os erros anteriormente verificados ao nível da cava da roda da frente, são também aqui mantidos. Uma pena, já que o visual de que se usufrui, choca e ofusca o bom trabalho existente na totalidade da carroçaria. Dinâmicamente e uma vez que repartem o mesmo conceito, encontramo-nos perante similar comportamento, não havendo aspectos significativos a acrescentar.

 Mais recentemente, foi a NSR que chegou aos mercados, com uma versão do MKII. De carroçaria de nível geral bem conseguido, proporcionado e esteticamente muito agradável, apresenta o mais chocante de todos os defeitos observados em todos os modelos. O grupo óptico que deveria existir à frente e abaixo dos principais, simplesmente, não existe. Um grosseiro erro que actualmente foi corrigido, mas que levou a que o fabricante não tivesse evitado a chegada ao mercado de bastantes destas unidades, mas que mesmo assim levou a que a NSR se visse obrigada a mandar desfazer uns milhares de carroçarias.
Em termos dinâmicos, será o modelo com maior êxito imediato, de entre a totalidade dos GT40 até nós chegados, desta última geração de modelos de Slot.

 Mas tivemos já também oportunidade de ver numa produção da Slot.It, chegar a terceira versão deste fabricante, um puro GT40 MKII. Trata-se uma vez mais, de uma bela reprodução onde pouco haverá a apontar, a não ser o indesejado menor êxito dinâmico que estes modelos acarretam e que não desejamos.
 Porém, com arte e engenho, mãos laboriosas conseguem fazer dele também, um modelo altamente competitivo. No entanto fica a nota, de que não se trata de arte para qualquer um.

Viana Motor Clube - Nova pista

Encontra-se em fase de acabamento, esta pista da nova vertente do Clube Viana Motor Clube, um clube verdadeiramente devotado ao mundo dos automóveis antigos.
Alguns dos seus associados, cujo bichinho se estende também para o Slot, avançaram com este projecto apoiado em pista Carrera e que certamente atrairá inúmeros novos praticantes para a modalidade, naquela zona do país.
 Pelas imagens que nos disponibilizaram, dá para ficar impressionado com a grandiosidade deste novo traçado, sobretudo com a dimensão da sua extensa recta.
 Por certo será uma pista para deixar qualquer Slotista de cabeça à nora, pois a relação ideal ficará fora de todas as nossas experiências.
 Para contrabalançar, existe a zona contrária à da recta principal, bem apoiado em sequências de curvas e contra-curvas, que baralharão em absoluto a relação ideal para a grande recta.
 Uma dificuldade que constituirá porventura o interesse maior deste novo traçado, a descoberta da melhor opção para motores, pinhões e cremalheiras.
 Agora vamos aguardar pela abertura deste verdadeiro colosso, pois ficamos curiosos e mortos por experimentar este traçado que vai saír verdadeiramente dos comuns traçados a que nos encontramos habituados.
 E então para quando Sr. Nuno Mendo, se encontra prevista a abertura solene desta pista?
Esperamos também que o Presidente, o Sr. Sá, se digne convidar-nos para a abertura, pois já nos encontramos roidinhos.....

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Jantes BBS - Sloting Plus

 A Sloting Plus acaba de editar as jantes "BBS" prometidas para serem lançadas até ao final deste ano.
Com as medidas de 15,9x9, 16,5x9 e 16,9x9, estas novas jantes verdadeiramente de encantar, farão crescer a água na boca a muita gente. Muito bonitas e sendo também calibradas, poderão ser utilizadas na competição.
Tendo já estado com elas na mão aquando da nossa deslocação a Igualada, quando Miquel Miret mas mostrou confidencialmente esta inovação, fiquei de imediato boquiaberto, perante tal perfeição. Servirão para o embelezamento de muitos modelos, já que este tipo de jantes equipou muitos carros de Grande Turismo. As várias medidas disponibilizadas, permitirão a melhor opção para cada modelo.
Parabéns Sloting Plus, pela elevada qualidade conseguida, associada à questão estética.

Porsche 908 - Martini

O modelo 908 da Porsche, é um dos ícones da marca alemã.
Foi sob esta designação que começaram a surgir os primeiros grandes resultados da marca.
E para a história, ficou também escrita uma página da associação entre esta designação e o patrocínio da Martini, uma ligação que perdurou décadas entre esta bebida e a Porsche.
 E o primeiro modelo a representar esta associação, foi a primeira versão Spyder do Porsche 908 e cuja ligação a Fly nos honrou com a edição das restantes versões. O aqui agora mostrado, representa a versão 5ª classificada em Zeltweg, em 1970.

 Seguiu-se-lhe o 908 Flunder, modelo ligeiramente diferente apesar dos olhares menos atentos se prestarem à confusão. Desta série Flunder, a Fly editou também o modelo vencedor da prova de Montlhery em 1970, com as mesmas cores do mesmo patrocinador.

 Um dos grandes feitos numa base 908, foi conseguido pelo 908 Flunder Cauda Longa, que em 1970 conseguiu a 3ª posição final em Le Mans, logo seguido dos novos e potentes Porsche 917, que se estreavam e também estreavam a marca, na lista de vencedores da clássica francesa. A Fly não perdeu o ensejo de nos proporcionar a aquisição desta bonita sequência histórica, editando-o também.

E a última evolução da série 908, corresponde ao 908/3, que conhecido ficou pelo Porsche "sabonete". Fácil de perceber porquê, foi um modelo pouco utilizado em Le Mans, mas com imensos triunfos em inúmeras participações. E foi com este modelo que a associação Porsche/Martini, sofreu a primeira grande transformação ao nível da adopção das cores. Muito bem conseguida, as cores básicas da Martini sobre fundo prateado, perduraram durante alguns anos, até substituírem a cor prateada base, pelo branco.
A Fly uma vez mais, proporcionou-nos esta continuidade, que pode ser observada neste 908/3 vencedor dos 1000 Km de Nurburgring em 1971.

Isto são pedaços de história do mundo real.....

Fly Slot - O renascer do 917

 O "extinto" fabricante Fly, foi pródiga na edição de modelos Sport Protótipos clássicos. Dessa linha de edições, esteve presente o Porsche 917 K, do qual as versões de maior relevo se prendem com os participantes em Le Mans no ano de 1970, editados num Set sob as cores da Gulf.
 Desse conjunto, fazia parte um modelo de edição avulso e com o dorsal 21, que completaria o conjunto desse Team nesse ano.
Mas a Fly chegou a ir mais longe, editando ainda um 917 (21) um 908 Flunder (29) e um Ford GT40 que participaram na rodagem do filme "Le Mans" e que correram nessa mesma edição dessa prova, em 1970. Munidos das respectivas câmaras de filmagem, acabam por ser modelos imperdíveis para os fanáticos destas histórias e colecções.
 Chegados a 2011 vemos a renascida Fly, agora com o nome de FlySlot, a editar novamente este histórico da Porsche.
 De semelhante aparência, prestada um pouco de mais atenção, verificaremos que o baixo custo apresentado, tem a sua justificação.
 Atentemos nas ópticas frontais. Os duplos faróis que deveriam surgir dentro da enorme cúpula exterior, não se encontram à vista. Será que as tem? Embora servindo-se do existente molde da carroçaria, parece ter havido uma fuga a alguns dos pormenores que fazem disparar o custo básico dos modelos. Porventura, o interior terá também sofrido um similar emagrecimento.
 Mas a diferença que se fará notar com maior facilidade encontra-se no seu chassis, já que o conceito original que se apresentava num duplo chassis, desaparece, para dar lugar a um mais convencional de motor em posição inline, contrariamente ao motor em posição transversal, apresentado nas séries da Fly.
Bem, surjam as primeiras unidades, para as podermos experimentar.....