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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Porsche 935J - Racer

A Racer acaba de editar uma das versões do 935J da Porsche.
 Trata-se da versão que participou no campeonato IMSA em 1981, na prova de Road America e pilotado por M. De Narvaez.
Bela reprodução em resina, no que é já apanágio deste fabricante italiano.




Os protagonistas - Grupo 2 (3)

        Buno Martins       
Bruno Martins é um dos regressados.
Depois de algumas épocas ligado à modalidade, motivos de força maior que o puxaram para obrigações militares, levaram-no a um longo afastamento do Slot. O regresso à vida civil fizeram reavivar motivações antigas. Pouco-a-pouco tem vindo a recuperar os dotes que em tempos idos lhe conhecemos, começando a fazer já registos e a ganhar a necessária consistência que fazem dele uma breve séria promessa.
A preparação dos modelos é algo que tem vindo também a demonstrar, fazer parte da sua essência de praticante. Não temos dúvidas que dentro em breve teremos que contar com ele no lote dos melhores pilotos bracarenses.
 Aliado a um nutrido gosto por modelos de eleição, a era dos clássicos não o deixa indiferente, sobretudo a armada dos germânicos. Como tal, também ele se sentiu ligado de imediato ao 2002 da BMW, como sua aposta para o campeonato de Grupo 2. E dentro desta gama de modelos, o seu tem-se já mostrado como o mais rápido. Espera-se no entanto, que este venha ainda a demonstrar melhor desempenho. Trata-se de uma das grandes esperanças do Slot em Braga, pelo qual se espera dele neste campeonato, alguma surpresa.
 Mas o mundo dos automóveis invade-lhe as veias. Um pai ligado às mecânicas, influenciaram-no fortemente, acabando ele por ser hoje, o nosso homem dos Drift's. Com um BMW série 3 desenvolvido para o efeito, bem demonstra que o que sabe fazer nas pistinhas, também domina nas pistonas.



      Francisco Mota Matos     
Mais conhecido por Matos, é dos compinchas que melhor se sabe entreter no Slot, digamos, por verdadeiro gozo. Longe da preocupação dos grandes resultados, para ele o Slot é uma fonte de prazer e curtição.
O importante na modalidade, são as amizades e convívios. E se o quisermos ver entretido, é mesmo nas resistências, a repartir emoções com os colegas de equipa. O Slot fora-de-horas, é outra das suas especialidades. Dá umas voltas com as suas máquinas, passando-os depois a terceiros seguido quase sempre da seguinte afirmação, "Tu é que sabes andar, não sou eu....".
Uma fonte de prazer, é o que os parceiros de convívio podem desfrutar e ganhar, pela sua franca amizade e disponibilidade incondicional. Sem dúvida, um Homem invulgar.

Para o campeonato, mais um 2002. Com a sua habilidade casuística, isqueiro e dedo, lá conseguiu alargar a carroçaria ao nível do eixo traseiro, possibilitando assim, dispor de um dos mais promissores destes modelos. Agora, muito juizinho a dirigir a primeira barraca de praia, de pista.....

domingo, 15 de janeiro de 2012

SCX - Considerandos

O fabricante espanhol Scalextric/SCX, assumidamente tido hoje em dia pela generalidade dos praticantes como um fabricante ultrapassado, não poderá ser analisado exclusivamente, pelo grau de preparação que os seus modelos apresentam e nos trazem para a pista.
Aliás, esse poderá ser um ponto até polémico, pois trata-se de imediato de um aspecto amplamente subjectivo. E para começar, talvez seja um dos poucos produtores de modelos de Slot, em que o grau de equilíbrio dentro das mesmas classes, mais se faz notar.
Um segundo aspecto que poderia ser valorizado e como nota de abaixamento de custos, é exactamente a falta de material para o seu desenvolvimento, o que cria desde logo uma muito maior equidade entre modelos e preparações, o que pode hoje ser visto como uma vais valia que contraria a panóplia de equipamentos e fabricantes, apostados em desenvolver de modo contínuo, uma infinidade de acessórios que para além de fazerem disparar custos, nos obrigam ainda a um muito maior envolvimento de tempo em necessários testes de desenvolvimento das máquina.
 Também a sua própria política de fabrico, mais orientada para um consumo caseiro, talvez não justifique grandes apostas tecnológicas nem envolvimentos avultados que desvirtualizem os seus próprios princípios. Está também provado, que os modelos de sua produção são duráveis e funcionais, independentemente do tipo de pista ou prova a que se recorra. Bons modelos de TT capazes de um ecletismo notável, modelos de rali que ultrapassam a generalidade das dificuldades  e ainda modelos de velocidade, que poderão passar pelos simples turismo ou GT's, até aos Formula e Sport Protótipos, todos eles demonstrando um notável equilíbrio enquanto modelos praticáveis de imediato, ou seja, RTR como hoje se usa dizer, siglas de Ready To Run, cuja tradução mais não quer dizer do que, pronto a correr.
 E se assim é, a colheita de frutos pode muito bem acontecer através da diversidade em que notavelmente poderão apenas ser acompanhados pelo fabricante Carrera, A sua variadíssima aposta tem-nos trazido não só os modelos que nos vão encantando na actualidade, mas também gloriosos modelos clássicos que nos vão por vezes refazendo memórias perdidas e trazer aquele modelo que julgava-mos eternamente desaparecidos para o Slot.
 Será talvez época, até porque o presente tempo de austeridade talvez o comece a justificar, de olhar-mos para o Slot através de apostas que passem por soluções menos onerosas, equilibradas e acessíveis. A gama de modelos apresentada pela SCX é imensa, o que por outro lado facilitaria uma muito maior diversidade de modelos apresentados por prova.
 Essas apostas têm ainda a vantagem de abordar quase todo o tipo de provas, desde as mais populares, como os ralis ou F1, até às menos comuns como os WTCC e até aos modelos da Nascar, muito pouco popularizados pelas bandas europeias, mas também aqui muito bem explorados pela SCX.
Em experiência ocorrida cá por Braga, em que se chegou a realizar um campeonato de WTCC, posso adiantar que se tratou de um êxito. Referir no entanto, que não se tratavam de modelos no seu mais puro estado de originalidade, já que os amantes da velocidade exigiram motores de caixa pequena do fabricante Slot.It, podendo-se ainda para aquele campeonato, recorrer a material de aperto no eixo de trás e pneus P1 também da Slot.It. Mas a experiência valeu e se o grau de exigência não for levado ao extremo, os motores RX42B, poderiam muito bem ter passado pela solução.
E quem fala nos WTCC fala também nos Formula 1, que teve também a honra de mais do que uma experiência. Estes modelos no entanto, registaram alguma fragilidade ao nível da rodas frontais, cujo sistema de encaixe se deteriorava com alguma facilidade. Os motores aqui utilizados, já eram opção própria, desde que da própria marca, o que nos levou a recorrer ao que considerássemos a nossa melhor opção dentro da série RX.
É claro que hoje, com o desaparecimento da série RX que deu lugar à nova série RK, que ao que parece se tornaram mais performantes, outros cuidados haverá que se assumir, de modo a não se gerarem indesejadas disparidades.
Portanto meus amigos, com algum crer e imaginação, talvez estes "desusados" modelos possam de novo ter uma estatuto condigno dentro da modalidade. Preço acessível, baixo custo de manutenção, equilíbrio entre máquinas, que mais poderemos pedir para a criação de campeonatos de garantido êxito?
E já repararam que enquanto liam o artigo, foram passando sempre os olhos por modelos deste fabricante e todos Ford?
Variedade não falta, isto é um bom sinal......

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

30 anos de 911

 A Porsche festejou o 30º aniversário do seu emblemático modelo 911, através da preparação deste 911 Turbo e fê-lo alinhar em Le Mans.
 Infelizmente o esperado resultado foi gorado, pois a sua participação culminou com uma desistência por problemas mecânicos.
 Mas para o coleccionismo, este festejo tem que se encontrar representado para a posterioridade. Renaissance e Spark reproduziram-no, apesar do primeiro se disponibilizar apenas em Kit e o segundo prontinho para as estantes.
 Pormenores não faltam em qualquer deles, mas o modelo em Kit permite a sua realização de porta aberta, o que não é vulgar observar-se à escala 1/43.
 Pormenores de perfeccionismo poderão ser recolhidos em qualquer deles, mas para mim, a escolha recai no modelo da Renaissance.

Os protagonistas - Grupo 2 (2)

         António Maia         
Este piloto, é um dos mais recentes adeptos do Slot.
É no entanto um dos mais dinâmicos e fervorosos praticantes de Braga, devendo-se-lhe algumas das iniciativas locais, além de ser também um dos maiores responsáveis do Clube Slot de Braga.
Os seus poucos anos de actividade, foram rapidamente colmatados pelos dotes de rapidez que tem demonstrado, através da conquista de algumas vitórias em campeonatos de elevadíssimo nível.
A recente descoberta do Slot por parte de António Maia, fizeram dele um dos maiores adeptos bracarenses da actualidade, sendo hoje visto como um bom preparador e um dos mais rápidos pilotos locais.
E como tal, o Campeonato de Grupo 2 não poderia iniciar-se sem o seu interesse também.
A sua opção recaiu no modelo 2002 da BMW, do fabricante Spirit, pois na impossibilidade que sentiu em desenvolver o Ford Cortina da Revell, este acabou por ser o modelo que mais se aproximou e lhe preencheu o imaginário dos anos 70.
Afinal, outro dos grandes saudosistas daquela época de ouro do desporto automóvel.


       Hugo Figueiredo      
Hugo Figueiredo é um homem das ciências e rigor científico.
Pode considerar-se, trata-se também de um dos recentes praticantes que assiduamente participam nos campeonatos locais.
A sua preparação pauta-se sempre por algum cuidado e rigor técnico, influenciado talvez pela sua formação académica na área das ciências. Inovador e empreendedor, esteve na sua curta carreira enquanto apaixonado pelo Slot, na génese de alguns campeonatos e regulamentos, assumindo ainda a posição de director técnico em algumas das provas dos nossos campeonatos.
A sua arte não se fica por aqui, pois sempre que pode, sabe entreter-se na difícil arte de domínio do pincel, de onde temos visto nascer algumas bonitas decorações.
Foi ainda um dos fundadores do que começa a ser conhecido pelo Team, "Gentleman Drivers".
Não lhe sendo indiferente os modelos clássicos, os olhinhos acabaram por lhe ficar presos também ao BMW da Spirit. Como bom preparador que se tem mostrado, espera-se que desta banda venha um BMW de se tirar o chapéu.

Visto à lupa - Fiesta WRC SCX

 
 O rali da Suécia de 2011, prova de abertura do calendário do Mundial de Ralis, teve como vencedor Miko Hirvonen num Ford Fiesta WRC de última geração.
 O fabricante espanhol Scalextric / SCX que tem andado algo arredado da procura dos amantes das grandes competições de Slot, teve este modelo como uma das suas últimas criações e mesmo a última como modelo dirigido ao capítulo dos ralis.
 Com a referência A10029S300, temos então a reprodução deste que constitui um dos modelos Top do Mundial de Ralis, em mais uma reprodução dotada de tracção total e equipado com o habitual sistema de luzes.
 Reprodução bem conseguida, proporcionado e com acabamentos ao seu habitual nível, não haverá muito a apontar para além das imperfeições de acabamento da sua pintura e de uma cor vermelha que nos parece francamente, demasiado escura. Também o número 3 deveria encontrar-se numa cor bem mais viva.

 Dentro daquilo que têm sido os seus vulgares conceitos, encontramos então um chassis que se une à carroçaria através de 5 parafusos, algo em desuso para os mais actuais projectos de outros fabricantes.
 Um motor de duplo veio proporciona a tracção integral, que se faz através de pinhões de 9 e cremalheiras de 27 dentes, o que poderemos mesmo considerar esta relação, standard nesta marca.
 Também um conceito amplamente explorado pela SCX, é o seu sistema de passagem de corrente da pista até ao motor. Palhetas metálicas integradas no chassis, trazem a electricidade das patilhas até à sua transferência para o motor, feita aqui pelo encosto de chapas metálicas integradas no motor, às palhetas do chassis.
 Do mesmo modo, chapas metálicas integradas na carroçaria, proporcionam a transferência da corrente eléctrica existente nas chapas do chassis, para as placas de integrados onde se encontram os Led's, tanto das luzes de trás como da frente.

 A passagem de electricidade da pista para as chapas do chassis, fazem-se como habitualmente através das patilhas integradas no patilhão. Patilhas montadas em formato duplo e que pela sua passagem mais interior se ligam por contacto às chapas do chassis, permitindo assim que se alimente o motor do minimodelo. O patilhão possui interiormente uma fina mola que lhe permite o auto-centramento sempre que o modelo se encontre fora da calha. Por outro lado, as chapas que transmitem a passagem da corrente eléctrica até ao motor, sendo flexíveis nesta zona, funcionam também como mola do próprio patilhão, o que favorece e minimiza o prejuízo causado pela extrema rigidez e inflexibilidade de ambos os eixos.

 O motor, um RK 91, integra-se na linha de última geração de motores deste fabricante. Mais compacto ao nível da sua blindagem, vem agora dotado de carvões cravados em finas chapas, tornando-se por esta razão a parte mais sensível destas motorizações. Sem que o fabricante tenha ainda dado indicações técnicas relativas a estes novos motores e atendendo ao alerta de alguns leitores que o dão como um belíssimo motor, é muito provável que a bitola tenha sido o anterior RX91, modelo que equipou em exclusivo o Lancia Delta e que atingia a 21.500 rpm.

 Muitos casos existem de modelos da SCX, em que parte do seu chassis recorre a encaixe directamente na carroçaria. Assim acontece também neste Fiesta. Como se não bastassem já os 5 parafusos que complicam e de que maneira as desejáveis basculações entre carroçaria e chassis, ainda se aposta em mais este inconveniente sistema.
A grelha da frente que é parte integrante do chassis, encaixa na perfeição na grande boca existente na frente da carroçaria.
No entanto, trata-se de um irresistível modelo carregado da característica mística própria de um quase lendário fabricante.