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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

NSR - Quanto vale o Porsche 908?

O Porsche 908, especialmente na sua versão /3, acompanha o meu imaginário desde a altura em que mo foi dado a conhecer através das revistas da especialidade, dado na verdade nunca ter tido o privilégio de o ter conhecido ao vivo e a côres. De linhas absolutamente sóbrias mas aerodinamicamente eficazes quanto baste, aliado a uma eficiência dinâmica que dependia também de um reduzido peso do seu conjunto, proporcionar-lhe-ía de imediato uma estreia vitoriosa, para além de um palmarés notável com vitórias sobretudo em palcos que exigiam modelos dominadores de terrenos sinuosos.
Empolgou-me a sua chegada através das criações Fly ao mundo dos slot car, mas deles podia-se apenas tirar partido em competições, quando se lhes permitia a participação usufruindo do íman de que se faziam equipar de série.
O seu reaparecimento apoiado noutros princípios através do fabricante NSR, potenciou estas mesmas linhas no capítulo da competição. E é com base neste encantador novo elemento, que tentaremos hoje explorar as suas potencialidades e tentar perceber até onde o poderemos catapultar na luta contra os rivais existentes na actualidade.
A primeira tarefa recai no seu aligeiramento, dado os valôres determinados na sua versão de série, se encontrarem distantes dos verificados no Mc'Laren M8D e Matra-Simca ambos da Slot.It ou do Lola T70 Spyder da Thunder Slot, todos eles rivais directos nas competições de Sport Protótipos Clássicos.
 Sirvo-me especialmente do Mc'Laren e Matra como ponto de partida para  o seu desenvolvimento, dado encontrarem-se no top das melhores máquinas destas competições, a par do Lola da Thunder Slot, mas que infelizmente não entrará neste teste.

 A versão original deste 908/3, com os seus 64,5gr, encontra-se aquém do registo do Mc'Laren já devidamente trabalhado para a competição. Portanto, a primeira tarefa e tal como foi acima escrito, recairá no seu aligeiramento, que recai sobre escolha de novas jantes e eixos, podendo-se também ganhar algumas migalhas no pinhão e cremalheira, dado não haver neste sentido, permissão por parte dos regulamentos para que se trabalhe ao nível de quaisquer outros elementos ou órgãos.
 No caso do Matra, embora o mesmo se encontre devidamente preparado, poderemos acrescentar que o pêso aqui registado poderá ser melhorado, dado ter-se mantido o conjunto das jantes originais do modelo, meramente por questões estéticas. Mas a adopção de outros elementos ao nível das suas rodas, pô-lo-íam muito próximo dos valôres determinados no Mc'Laren.



 O original conjunto rodas/eixo posteriores marcam na balança o valôr de 7,2 gr, mas com a adopção de jantes de magnésio de origem Slot.It e um eixo ôco da mesma origem, conseguimos retirar 2,4 gr, o que para além do real ganho de peso, proporcionará uma maior eficiência à aceleração e travagem por se tratar do eixo motriz.



 No conjunto frontal, a troca por jantes de menor diâmetro e de plástico de origem Scaleauto, proporcionou-nos um ganho de 1,4 gr e no final, este Porsche acabaria por fixar o valôr na balança de 60.9 gr, um ganho sobre o seu pêso original de 3,6gr. Não parece muito, mas temos de nos lembrar que a montagem de suspensões na qual se recorre a parafusos mais compridos e da inclusão das próprias molas, acabam por contribuir para a sua penalização, mas com a certeza do benefício de um aumento de performance em pista. Mas o actual registo, pô-lo-á no bom caminho encontrando-se já bastante próximo dos valôres dos seus  rivais.
 Devo referir que a concepção deste modelos se encontra tão simplificada quanto a do modelo real, o que acaba por não nos causar qualquer tipo de constrangimento na hora de sua preparação, incluindo a facilidade do acerto das rodas traseiras, que na maioria dos casos se vê complicada e a merecer alguns cuidados por baterem no interior das carroçarias.
 E chegou então a hora de nos encaminhar-mos para a pista, para o primeiro teste de avaliação das potencialidades de um modelo que desconhecemos em absoluto. Refiro que há falta de um Lola T70 Spyder devidamente preparado, serão o Mc'Laren e Matra a fazer tempos que servirão de termo de comparação.
 
 Ao fim do primeiro turno com o Mc'Laren, modelo com que iniciei os testes numa pista em que tanto esta como os pneus mereceram constante limpeza, ficava o registo de 12,15s. Passava-se a vez ao Matra, ficando a nova estrela para o fim.
 Padecendo igualmente de limpeza ao nível de pista e pneus, o Matra acabaria no entanto por conseguir baixar o crono, igualmente com um turno completo de pilotagem.
Chegava então a vez de estudar as primeiras reacções deste Porsche branquinho e tirar as primeiras ilações acerca das suas potencialidades, frente a rivais de respeito.
 E no seu primeiro turno em pista, ficavam uma série de certezas, constactadas por um registo que ficava muito aquém do dos seus rivais. 13,20s, deixavam-no a 1,16s do melhor tempo conseguido, o que constitui uma verdadeira eternidade.
Mas as primeiras impressões ditam que se trata de um modelo com um comportamento à entrada das curvas verdadeiramente notável, mas cuja traseira não acompanha. Falta aqui saber, se neste particular não termos também de atribuir algumas culpas ao estado da pista de origem Ninco que necessitava de um melhor estado de limpeza. A relação era também verdadeiramente inapropriada, com verdadeiro défice de velocidade, quando comparado com os dois modelos anteriormente experimentados.
Insisti na sua manutenção em pista recorrendo apenas a sucessivas limpezas de pneus, tendo assistido paulatinamente a uma melhoria dos seus registos. Impressiona sobretudo durante a primeira e segunda voltas após a limpeza dos pneus, pois acaba por ficar completamente agarrado à pista, mas perdendo depois e rápidamente a sua eficiência na tracção. Mas este comportamento levou-me a pensar o que não será este 908 em pistas de origem Carrera, quando calçado com pneus de excelente qualidade.
 Até que acabaria mesmo por bater o melhor dos cronos e pela primeira vez abaixo do segundo 12, chegando mesmo a impressionar quando o número do cronómetro se fixou nos 11,67s. Parecia um registo estrondosamente positivo, muito embora se continuasse a fazer notar a falta de velocidade.
Estava então na hora de retomar os dois modelos da Slot.It, pois muito se deveria valêr ao estado de limpeza a que a pista se ía devotando naturalmente, com a insistência de passagens do 908. Mas era necessário perceber agora com mais exactidão em que valôres fixariam o cronómetro, tanto o Mc'Laren como o Matra.





 E postos em pista, rápidamente se esclarecia que haveria que trabalhar muito no 908, já que ambas as criações da Slot.It arrebatariam aquele que parecia ter sido um belo registo.
Era então hora de rumar às boxes para trabalhar ao nível da sua relação pinhão/cremalheira.
Depois de experimentadas várias alternativas e soluções, a relação final da última experiência cifrar-se-ía numa cremalheira de origem NSR de 32 dentes, ao invés da original de 31 dentes e um pinhão Sloting Plus de aperto, de 13 dentes, por substituição do original de 11 dentes.
 Levado para a pista, 0,07s pior do que o melhor registo fixado e que acabaria por pertencer ao Matra, parece demonstrar que afinal teremos mesmo Porsche 908 para as grandes guerras de clássicos. Contudo, não sei se por ter sido retirado o motor do seu berço original, ou se por outra qualquer razão, este passou a ter estranhas vibrações na hora da aceleração à saída das curvas. Algo que remeto agora para os pequenos acertos no sentido de apurar ao máximo uma máquina que parece ter nascido para enriquecer as grande batalhas.

Não esquecer que no topo desta pirâmide, parece encontrar-se ainda o fantástico Lola T70 da Thunder Slot. Mãos-à-obra....

sábado, 13 de outubro de 2018

Policar - Ferrari F40

 Encontra-se para breve a chegada do terceiro Ferrari F40 por parte da POLICAR. Com uma decoração apoiada no patrocinador "Pilot", poderá numa vista descontraída levar-nos a pensar tratar-se de uma versão já trazida até nós pela Slot.It. Mas enquanto essa era referente à participação de Le Mans, agora vai chegar-nos a versão do segundo classificado na prova de Silverstone do mesmo ano.
Em baixo o modelo de origem Slot.It, onde por comparação será possível observarem-se as diferenças das duas decorações. Quanto aos modelos em si, tratam-se exactamente da mesma versão, pelo que não haverá a apontar qualquer distinção entre ambos.
A apontar como erro, poderemos referir a falta de profundidade do centro das suas jantes, mas afinal, um erro permanente nas reproduções apoiadas nas criações da Slot.It e ainda a falta de pintura preta na parte inferior do lábio frontal, bem como a falta dos esticadores que suportam esse mesmo lábio.

Em baixo mostram-se as duas anteriores edições, onde no primeiro se regista um capôt frontal de três lâminas e no segundo, a existência de jantes de desenho diferente.


E graças à Policar vamos podendo desfrutar de variados modelos Ferrari, no panorama dos slot car.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Thunder Slot - Mais um Lola T70 Spyder

 Para além de bonito, este novo Lola T70 Spyder da Thunder Slot tripulado por Mário Andretti em Road América no ano de 1968, pouco mais vem acrescentar às anteriores edições.
 Para além de um lindo azul claro meio metalizado e baço, poderemos distinguir esta terceira versão editada, pela aplicação dos escapes na parte superior do capôt-motor, juntamente com uma nova tomada de ar ali existente e de uma nova representação do motor, já que se trata agora de uma motorização de origem Ford, ao invés dos anteriores Chevrolet.
 A pala aerodinâmica existente na extremidade mais recuada desse mesmo capôt, apresenta agora um pequeno recorte para que o conjunto dos escapes ultrapasse os limites da carroçaria. Mas na verdade, o recorte deverá existir, mas os escapes não deveriam ultrapassar a medida do capôt.
Mas apesar do agradável aspecto que nos é apresentado nesta nova edição, trata-se afinal da mais mal retratada versão deste Lola Spyder. As cavas das rodas foram totalmente modificadas relativamente à versão original, mas foram mantidas no mino-modelo. A parte correspondente à tomada de ar do motor, assim como os próprios escapes, deveriam surgir na côr branca e não a cinza como se encontram. A frente do modelo deveria ter perdido as duas bocas redondas abaixo da zona dos faróis e a grande lâmina aerodinâmica da secção frontal, deveria ser mais curta, não se prolongando até às extremidades. E fiquemos por aqui, porque a nível de pormenores muito mais haveria a acrescentar.
E esta frente verdadeiramente remodelada confere a este Lola uma imagem bem distinta da das suas versões de série. Contudo, a reprodução do mini-modelo que mantém todos os traços da sua originalidade, acaba por falsear em absoluto essa nova imagem.
 E pela adopção da nova localização dos escapes sobre o capôt,  acontece que nas aberturas inferiores por onde nas anteriores versões surgiam os escapes, existem agora redes também elas inventadas, que nos impossibilitam de ver para lá do limite do mesmo capôt.

E com esta absoluta falta de exactidão de reprodução, acabamos por ter a partir da alteração dos escapes, uma versão em tudo igual às dos seus antecessores deste mesmo fabricante.
 A imagem inferior permite-nos observar as duas distintas localizações dos escapes.
 Mecânicamente encontramo-nos perante uma comprovada fórmula de êxito na categoria dos modelos Sport Protótipos Clássicos, ainda que na verdade estes façam parte do reduzido número de modelos específicos de Can-Am.
 E quando levados à balança, também nos fica a certeza de se tratarem dos mais leves modelos desta categoria, mas a outra certeza que se constacta, é de que o mais recente membro, é dos três o mais pesado.
 Mas a diferença de 0,7 gr não poderá ser considerada uma questão crítica, uma vez que em termos de preparação, de acordo com as opções dos elementos escolhidos, poderemos perder mais ou ficar a ganhar.
A restante mecânica mantém-se, pelo que poderemos juntar este, ao restrito núcleo de Clássicos voadores.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Os Porsche 917K e o Porsche 917K/81 - Le Mans Miniatures

 O ano de 1981 viu o inédito facto de se poder assistir ao renascer de um "mito", através da intervenção dos irmãos Kremer. O surgimento do regulamento dos Grupo C, aguçou o interesse daqueles irmãos que de imediato solicitaram autorização e os planos do antigo Porsche 917 à Porsche, ao que terão sido correspondidos pela marca a refazer um histórico modelo devidamente actualizado à nova realidade.
 E assim, o mundo terá visto com imenso interesse e curiosidade a chegada deste bonito 917K/81, correspondendo o 81 da nova designação, ao ano da sua participação nas pistas. Infelizmente o desejado êxito não lhe terá seguido o exemplo, mas para a história fica este extraordinário marco de um modelo ter existido e participado na mesma prova em que 10 antes havia sido o herói maior da mesma prova.de Le Mans.
 E através da Le Mans Miniatures, temos também o privilégio de dele podermos desfrutar no mundo dos slot car.
As aperfeiçoadas linhas deste renascido ícone da Porsche que dispõe pela primeira vez de um aileron, encontram-se extremamente bem reproduzidas. Apenas a merecer reparo, está a forma como este fabricante interpretou a cava das rodas traseiras, que deveriam na totalidade acompanhar a forma arredondada das rodas e não cortar a direito e na horizontal, na sua parte superior. Algo absolutamente incompreensível.

 No restante, podemos afirmar que estamos perante mais uma peça de luxo por parte deste fabricante francês. onde a totalidade dos pormenores foi perfeitamente retratada, não faltando os pilotos iluminadores, corta-corrente, manípulo de extinção, piscas laterais, tudo no devido local e proporcionado.
E assim, através deste e de outros fabricantes, acabamos por poder desfrutar da quase totalidade das versões 917K enquanto modelos dinâmicos de slot à escala 1/32.

 Da Fly e NSR não faltou a mais histórica de todas as versões, pois foi através deste Porsche 917 vermelho do Team Salzburg que foi conseguida a primeira vitória da marca na mais importante e significativa prova do mundo do desporto motorizado, as 24 Horas de Le Mans. No caso da NSR, este fazia-se acompanhar do segundo modelo desta equipa em Le Mans.

 Dos mesmos fabricantes, vimos também chegar o segundo Porsche vencedor de Le Mans.

Por parte da Fly, pôde-se ver chegar ao mercado um dos mais belos conjuntos, que integrou os três participantes em Le Mans no ano de 1970 do histórico team de John Wyer.
Também duma edição especial e ainda do mesmo fabricante, o 917K com o dorsal 20, numa colecção alusiva ao piloto cineasta, Steve McQueen.
 A NSR trouxe-nos este mesmo modelo.

 Da Fly, chegou-nos outra preciosa representação, com a edição do modelo 21 também participante da edição de 1970, mas aqui na versão que serviu para rodar parte do melhor filme de sempre sobre a competição automóvel e levado a cabo numa hercúlea tarefa por Steve McQueen, que foi rodado também com modelos participantes oficialmente nessa prova.


 O bonito Porsche com as côres do "Team Gunston" foi também trabalhado pelos mesmo dois fabricantes.

 Outros exemplares igualmente interessantes acabaram por chegar por parte tanto da Fly como da NSR.




E depois disto não se poderão os "Porschistas" queixar da falta de um dos mais importantes modelos da marca, já que foi objecto de retrato por parte de alguns dos melhores fazedores de modelos de slot, tanto no capítulo da maqueta, como da dinâmica. E eu sou um deles...