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quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

A aparência engana - Puma VS Yaris - Scalextric/SCX

Duas das últimas criações da Scalextric/SCX referentes a modelos da categoria maior do mundo dos ralis da actualidade, apresentam um visual enganador.
Quando olhados com despreocupação, fica a ideia de que o modelo americano apresenta cotas avantajadas relativamente ao pequeno nipónico.
Mas a realidade, mostra-nos que assim não é.
128,17 mm para o Puma, é o que se regista no paquímetro desde o lábio da frente até ao limite traseiro da sua carroçaria. Mas neste caso, será preciso acrescer mais 1,5 mm, que é quanto o chassis se prolonga para além do limite mais recuado da carroçaria. Portanto, para o Puma poderemos considerar 129,57 mm no total entre extremidades, aileron à parte. Enquanto isso, o Yaris regista nas mesmas condições, um máximo de 132,25 mm entre as extremidades frontal e traseira.
Mas quando nestas medições tomarmos em consideração a existência dos ailerons, assumirá o Ford 136,20 mm como comprimento total e 137,30 mm para o Toyota. Algo de pouca relevância, mas que permite constactar o quanto a imagem do pequeno Yaris se torna enganadora.
De maior importância para o desempenho dinâmico que cada um possa ter, já serão as suas alturas, onde o Ford torna a ganhar em todas as cotas da carroçaria, mas sobretudo se atentarmos ao facto desta diferença ser registada na capota e sobretudo, nos ailerons, afinal, a parte mais recuada de ambos.
Quanto à evolução técnica de ambos, parece termo-nos deparado com um certo retrocesso.
A primeira aventura mundial da tracção total à escala 1/32, aconteceu e tal como na realidade, com um Audi Quattro. Embalado por este modelo dos aneis alemães que começou a dominar o mundial de ralis, a Scalextric acabaria por inovar também no reino dos tracção total, com similar modelo.
Esta fazia-se pela inclusão de polias solidárias com as jantes, por onde corria um elástico, apenas um,  que ligava o eixo posterior de tracção directa ao motor, ao eixo da frente, proporcionando deste modo a transferência de potência desde o eixo posterior até ao eixo anterior.
Alguma ineficácia do sistema, levaria o fabricante a optar pela inclusão de duas correias, uma de cada lado no modelo seguinte, o Ford RS 200. Porém, nem assim a Scalextric sentiu a eficácia do sistema, o que os levaria mais tarde a reformular o conceito, acabando por desistir das correias, sibstituídas por eixos munidos de cremalheira, tanto atrás como à frente.
O primeiro Subaru foi um desses exemplos, onde através de motores munidos de veios alongados para a frente, se permitia que um segundo pinhão fizesse o seu ataque directo a uma cremalheira incluída no eixo anterior. Esta opção foi mantida por vários anos, até ser banida recentemente para os novos modelos de rali da Scalextric/SCX.

Retomou-se então o velho conceito dos Audi Quattro, com uma pequena nuance. Se as quatro jantes se vêm novamente solidárias a uma polia, aqui perde-se agora um dos eixos.
À imagem duma nova filosofia deste fabricante em que a generalidade das suas criações se vê isentada de eixo frontal, também estes novos WRC assim se viram projectados. Temos então modelos com rodas independentes à frente, o que obriga à utilização de dois elásticos, se pretendermos manter a efectivação da tracção total.

A manutenção do patilhão com mola, ajuda à inexistência de qualquer suspensão frontal, como forma de contornar as pequenas deformidades encontradas nas pistas. Contudo, o Yaris apresenta uma grande vantagem relativamente ao Puma. Munido este último de um chassis absolutamente rígido, o Toyota opta agora pelo velho sistema de berço para o motor, que mantém acoplado o eixo traseiro de tracção.  Permite isto alguma basculação do conjunto, o que se mostrará de enorme importância, aquando da sua utilização em pistas com grandes irregularidades.

Quanto aos pesos, continuamos a vêr o Ford em vantagem, ainda que por escassa margem.