O modelo Mini Cooper, será um iterno ícone dos automóveis, mas tem-no igualmente sido na escala das nossas brincadeiras com carrinhos eléctricos.
Airfix e Scalextric, este último, tanto nas suas edições britânica, francesa, mexicana como espanhola, fizeram chegar-nos este encantador brinquedo de cotas bem diminutas.
E se houve Minis que marcaram o desporto automóvel, os do Team Downton Britax-Cooper sobressaíram, tendo feito história tanto pelo seu aspecto competitivo, como também pelo resultado estético proporcionado pelas sua côres, apoiadas na predominância do amarelo, em contraste com a côr preta. Será esta a versão a ser aqui versada com maior interesse, mas também, um pouco da história deste pequerrucho a que passarei uma breve retrospectiva pelas suas restantes edições, com o privilégio das obsevações a pertencer às séries espanholas.

Mas se a Scalextric britânica tem vindo a evoluir os seus Minis até aos dias de hoje, tendo-se iniciado com uma original versão de tracção dianteira, a subsidiária espanhola manter-se-ía baseada num conceito original inalterado - apesar dos seus moldes se mostrarem desde o início distintos dos da casa mãe - até à fase da edição das suas reedições, que viria a obrigá-los à introdução dos motores de caixa fechada da série RX4, mas também ao pequeno retoque da carroçaria, com a introdução de palas que cobrem as rodas e mais para o final, a introdução de luzes Led, à imagem da restante gama dos seus modelos. Notar que, inicialmente eram utilizados por ambos os fabricantes, os motores RX 5001 abertos, apesar da diferença existente ao nível dos pinhões e do próprio fio de bobinagem do induzido, consoante a origem, não resultando no entanto daí quaisquer características dinâmicas diferenciadas.
Mas se a Scalextric inglesa se aventurava com este projecto na década de 60 do Século XX, a alternativa espanhola a este modelo surgiria no ano de 1970, ano da edição também do Mercedes Wankel C-111. Surgido icialmente sob a referência C-45, viria em 1972 a receber a numenclatura de 4045.
Foram atribuidas indistintamente a estas mesmas referências as côres branca, verde, vermelha e amarela, optando o fabricante por sinalizar as diferentes côres, através da aplicação de uma bola com a côr correspondente ao modelo, colada na caixa ao lado da respectiva referência. Se por um lado a carroçaria de côr verde veio a receber uma versão extra, melhorada pela introdução da versão do motor W650 (E6) "Race Tuned", motor que se distingue visualmente pela introdução de placas laterais de côr preta, ao invés da côr do metal desprovida de coloração das restantes versões e que no lugar das 15.000 r.p.m. fazia agora 23.000 r.p.m. e tinha também a sua carroçaria identificada do lado direito, através do logótipo específico com a designação "Race Tuned". Já a versão amarela, receberia duas variantes, uma identica às restantes versões e outra, tornar-se-ia igualmente especial pela decoração apresentada, que o identifica com os Minis participantes no Campeonato de Turismo Britânico em 1969, do "Team Downton Cooper-Britax". Mas ficou este amarelinho conhecido por "Movi-Cooper", por ser essa a designação surgida lateralmente na barra preta e não "Britax-Cooper" como deveria ter sido.

Como se pode observar na caixa deste "Movi-Cooper", do lado direito da referência C-45, encontra-se a bola amarela, referente ao Mini amarelo. E já agora, na sua época, o aeu preço foi de 420 Pesetas.
Anos mais tarde, em 2015 e com a referência C/H3640, o Mni Britax-Cooper acabaria mesmo por vêr a sua chegada acontecer ao seio desta modalidade, através das criações da Scalextric/Superslot (Inglaterra). Bela peça com mais correspondência entre a própria miniatura e a realidade, mas que deixa a desejar se esgrimirmos argumentos dinâmicos entre este e a versão espanhola.
Muito bonito, mas que funciona melhor na estante do que na pista.
Mas se as séries oriundas das terras de Sua Majestade tiveram permanente evolução, com modificaçoes de carroçaria, melhoria de pormenores ou mesmo evoluções mecânicas, de onde sobressai desde logo a inexistência de chassis pela opção assumida de integrar a mecânica na bandeja porta pilotos, as versões espanholas mantiveram-se estagnadas por décadas.
Nas séries inglesas e francesas, o chassis não existe, mas percebe-se parte da evolução mecânica, por exemplo, com a introduçao dos motores de caixa fechada, ou inclusão de ímane.
Modelos ingleses antigos que viriam a receber ainda na década de 1970, palas de alargamento da carroçaria para poderem receber rodas mais largas.
Com falta de evoluções para mostrar, a filial espanhola da marca Scalextric, só muito recentemente e já depois de cortado o cordão umbilical com a sua origem, atrave-se a fazer dele, modelo para séries especiais.
Surge então em 2009 e como resultado da comemoração do 50° aniversário do Mini, num projecto de criação de Sir Alec Issigonis no ano de 1959, uma homenagem a este pequeno fenómeno motorizado, por parte da Scalextric espanhola.
Editou-se então uma série especial, numa réplica do que havia acontecido com as edições de 1970. Ressurgia a versão "Movi-Cooper", mas agora num material diferente, numa embalagem refinada em forma de livro, fazendo-se acompanhar de um pequeno livro com a história tanto do modelo verdadeiro, como também com referências às miniaturas deste fabricante. Note-se que agora, o pequeno bólide já surge com as palas da carroçaria para cobrir as rodas e não como era inicialmente. Também a parte preta decorativa, inicialmente em autocolante, passou a ser representada através de tampografia, o que salvaguarda a fragilidade da opção original.
Afinal, uma versão histórica que não passou em claro a nenhum dos dois fabricantes.

No ano de 1969, eram dois os carros participantes no Wipac Trophy Race, uma das etapas do British Saloon Car Championship, tripulados por Steve Neal e Gordon Spice, representando a versão da Scalextric/Superslot, a participação de Steve Neal em Silverstone, enquanto mais genérica a versão espanhola, não representa especificamente nenhuma prova.
Gordon Spice, um dos pilotos de Team Downton Britax-Cooper, aqui na imagem apreparar-se para a prova que decorreu no circuito de Thruxton, no ano de 1969.
Aqui em plena acção, os Cooper amarelo e preto marcaram as corridas britânicas destinadas aos modelos de turismo. Nesta imagem vemos Steve Neal na chicane de Thruxton.
Mas em 2001, já este fabricante nos havia feito chegar numa edição de série limitada e numerada, uma versão correspondente a uma das vitórias deste glorioso, no mítico Rali de Monte Carlo de 1967. Veio de facto esta versão surpreender pelos apetrechos de que veio equipado, fazendo justiça à imagen desse Rali. Com o correspondente dorsal 177 sobre fundo amarelo, este Mini vermelho e branco, recheou-se com uma grade na capota, complementada com dois pneus suplentes e a respectiva placa do rali.
Da série especial "
Vintage", este exemplar de série numerada e limitada a 7.777 unidades, foi comercializado numa embalagem de cartão e formato invulgar. Dentro, o minimodelo encontra-se pousado sobre superfície cromada, mas complementa-se todo o conjunto com um prospecto em forma de livro tedondo, onde surge o respectivo número, que corresponde à gravação que existe no chassis.
Os outrora irmãos da Scalextric britânica, acabariam por reproduzi-lo igualmente, mas apesar da sua suprema qualidade, não faz parte de qualquer edição merecedora de especial atenção.
No ano seguinte, 2002, revemos a chegada deste mesmo modelo através das edições coleccionáveis por fascículos, da Altaya. Melhorado ao nível das suas côres, perdeu no entanto o encanto da inclusão dos apetrechos na capota.
Em 2004, o Mini é incluído nos modelos do "
Club Scalextric", onde para isso receberia uma decoraçao específica.
Mais recentemente, em 2009, Estanislao Reverter com Antonio Freire como co-piloto, em azul com a capota e capô em branco.
Surge com um inovador grupo óptico frontal constituído por duas torres de faróis duplos. Mas a surpresa advém do facto deste ter já integrado o sistema de luzes por Led, tanto para a frente como para a traseira.
Terá então sido este, a última chegada de um Mini ao mercado, por parte da Scalextric/SCX.