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terça-feira, 7 de abril de 2020

Mirage


Mirage, foi uma marca que ocupou lugar de destaque no seio dos automóveis Sport Protótipos do mundo da competição automóvel. Muito acarinhada por mim, sempre me despertou uma curiosa atracção apesar do seu duvidoso nível de êxitos, mas por questões de design, sempre me foram queridos.
A saga Mirage teve início com o modelo M1 e partiu de um projecto desenvolvido pela "John Wyer Engineering", que terá começado os seus trabalhos a partir da modificação do Ford GT40. Daí a tremenda parecença entre ambos, sendo ao nível da capota que se fazem notar as maiores disparidades. No que a slot cars diz respeito, este modelo terá chegado também, pelas produções da Le Mans Miniatures.

Mirage M2 foi a versão que se seguiu, seguindo a tendência que o aproximava em imagem de alguma concorrência, como é o caso do Lola T70. Desta versão, não tenho conhecimento de que algum fabricante o tivesse reproduzido.
Mas as fracas prestações demonstradas pelo modelo M2 dariam lugar à sua evolução, que passaria pela substituição da motorização BRM pelo mais eficaz Cosworth, ao mesmo tempo que um aligeiramento do mesmo, o transformaria num Spyder. Receberia a designação de M3 e as prestações face à concorrência acabariam por ser positivas.
Não são conhecidas também nenhumas reproduções de slot car desta versão.
Alterações regulamentares acabariam por obrigar a um adiamento dos projectos Mirage, quando John Wyer foi chamado para os projecto de desenvolvimento dos Porsche 917. E o regresso à marca, ocorreria em 1972 e acabaria por daí nascer o modelo com a designação M6/GR7.
 Terá sido para mim o expoente máximo da Mirage. Para além de ter conseguido alguns resultados de relevo, é detentor de uma das mais bonitas silhuetas de sempre, do mundo dos Sport Protótipos.
Infelizmente não parece ter também chamado a atenção dos criadores de modelos de slot, à excepção da MG Vanquish, uma marca de vida muito curta e que equipava os seus modelos com o curioso e interessante sistema de diferencial. A penalizá-los, encontrava-se o seu peso,um diferencial frágil e de muito pouca duração, mas sobretudo, uma escala muito errada, que lhes conferia dimensões exageradamente grandes.
Com o propósito de enfrentar a longa recta de Mulsane em Le Mans, onde não existiam ainda chicanes e se precisava de velocidade pura, foi desenvolvido especialmente a pensar nesta pista a versão cauda longa do modelo M6, ao que se lhe acrescentaria ainda uma capota. Receberia este desenvolvimento a designação de Mirage M6 Weslake Coupe, 


Mas também este detentor de tão esbelta linha, não conseguiria chegar ao mundo do nosso hobby.
Seguiu-se-lhe a versão GR8, modelo detentor de uma nova linha, mais a preceito com a actualidade da década de 70 e acabaria mesmo em 1975, um estrondoso êxito na clássica francesa. Este terá também sido o último modelo da Mirage a surgir sob as côres que sempre a haviam acompanhado, da petrolífera "Gulf".
Além da Le Mans Miniatures que o reproduziu, os praticantes da modalidade slot car, dariam por mais bem vinda a criação da Avant Slot.
 Se em 1975 a Mirage participou e venceu sob as côres da Gulf e motor Ford, no ano seguinte o mesmo modelo acabaria por participar sob as côres da JCB. E tanto um como outro, acabaram por chegar até nós, através da interessante reprodução da Avant Slot.
E qualquer dos dois acabaria por ser muito bem reproduzido, sendo ainda possível deles tirar algum gozo de pilotagem.








A versão que se lhe seguiu teve como base o mesmo carro, mas a mecânica passaria a ser Renault, mantendo-se a designação de GR8.
Uma vez mais a sua chegada ao slot, aconteceria pelas criações da Le Mans Miniatures.
1978 via a versão GR8 ser aproveitada, muito embora surgissem substanciais alterações ao nível da carroçaria, com uma frente redesenhada e recebendo também um capô traseiro a fazer lembras os modelos de cauda longa.
O mundo dos slot car, uma vez mais ficaria a vêr navios em relação a esta versão, o mesmo acontecendo com a versão de 1979, que via agora a sua designação retomar a primitiva letra M. Trata-se do Mirage M10, cuja linha semelhante à da última versão do GR8, encontra modificações de vulto no capô traseiro, onde o apoio do aileron deixou de se fazer nas derivas longitudinais nas extremidades da carroçaria, para ser um acessório independente  e apoiado em dois pilares mais próximos do centro, para além do apuro de alguns pormenores.
 Uma marca de que muito gostei, mas afinal bastante esquecida do mundo dos slot cars.