segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MG Metro

 Tal como tantos outros modelos, o MG Metro 6R4 passou por inúmeras fases de desenvolvimento, até à etapa final que era, integrar a caravana de modelos inscritos no Mundial de Ralis.


 Até chegar à bombinha que preencheu os nossos encantos dos afamados e saudosos tempos dos Grupo B, este modelo foi alterando as suas formas exteriores e também os pormenores mais escondidos e directamente relacionados com as evoluções tecnológicas e mecânicas.


 E por se tratar de um modelo de tão reduzidas dimensões, houve que reestruturar exteriormente partes do modelo que inicialmente se mantinham mais próximas do modelo de série.
É o caso do capôt da frente (imagens de cima e de baixo), onde inicialmente os amortecedores causaram alguns problemas, obrigando ao acrescento do mesmo em altura, para que melhor coubessem e se tornasse viável o efectivo funcionamento dos citados órgãos.

Em termos de Campeonato do Mundo de Ralis, acabou por ser um dos modelos com menos brilhantismo, não registando grande número de significativos êxitos. No entanto, a sua pequena imagem causou sensação e marcou-nos muito, pelo similar impacto tipo "David e Golias".
E a recentemente chegada MSC, deu-nos a alegria de podermos usufruir deste modelo, à nossa escala, aquela que nos permite a nós apaixonados pelos automóveis, relembrar e brilhar também à escala.

O modelo aqui mostrado, respeita à réplica do participante no Rali de San Remo em 1986 e tripulado pela dupla Malcolm Wilson / Nigel Harris.
Trata-se de um dos mais interessantes modelos de Slot atá à data. De excelente reprodução, quando em pista, recria-nos com bastante exactidão a realidade.
Como se não bastasse, depois e substituídos alguns órgãos menos performantes que equipam o modelo de série, transforma-se de imediato numa ameaça aos mais sérios candidatos do nosso mundo de ralis.
Como notas críticas a este modelo, poderemos referir que o acrescento de borracha ao spoiler frontal, não deveria ser preto mas numa cor mais amarelada, conforme se pode verificar na última imagem do modelo verdadeiro que acima se mostra.
Também o limite mais frontal dos alargamentos da carroçaria e que cobrem as rodas, se encontrarem demasiado vincados para dentro, o que impossibilita o cobrimento na sua totalidade, das rodas da frente. Um erro de molde que não permite correcção, mas que também estou certo, escapará aos menos atentos a estes pormenores.
Quanto ao resto, trata-se de uma soberba reprodução, onde o interior apresenta pormenor considerável, embora feito numa matéria extremamente leve.
As tiras negras que servem de batente entre os alargamentos das rodas traseiras e a carroçaria, são também surpreendentemente, em borracha. É de facto um pormenor curioso e invulgar, pois seria bem mais fácil representar esse relevo no molde e posteriormente pintar de preto.

Outro ponto fraco que poderá ser verificado, prende-se com a representação dos faróis. Aqui estamos muito aquém do que hoje em dia se faz. De muito pouco realismo, falharam ainda quando deixaram o fundo dos mesmos, na mesma cor da carroçaria. Podiam pelo menos ter pintado essa parte de prateado.
Mas no seu todo é daqueles modelos que, ou na estante do coleccionador, ou na mala de um campeão, terá sempre lugar garantido.

Novas referências SCX

 Mais duas novas referências para modelos da SCX, chegam ao mercado.
Tratam-se do bonito C4 WRC que P. Solberg levou ao Mundial de Ralis no ano transacto e mais uma versão para o interessante Plymouth Barracuda.
Nada de verdadeiramente novo....

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mais uma trapaceirice da nossa amiga SCX.
Editado que foi o Maxi Turbo deste fabricante e que considero de qualidade muito razoável com a excepção das ridículas jantes de que o equiparam, surge agora a edição da primitiva versão do 5 Turbo deste histórico modelo da marca Renault. Mas ao que parece, o próprio fabricante encontra-se equivocado, ao referenciá-lo, tal como se pode constactar no folheto que se publica, "Renault 5 Maxiturbo".
Fico sem palavras....




No seu extraordinário curriculum, a histórica vitória em Monte-Carlo em 1981, pelas mãos de Jean Ragnotti. Não estando a maqueta muito longe da realidade, podemos garantir que se encontra muito longe da produção Fly. Mas o que se encontra absolutamente errado, é o pára-choques frontal que corresponde a uma evolução deste modelo e que fez parte do modelo de Joaquim Moutinho que saiu vencedor do Rali de Portugal em 1986 e onde surgem já nele integrados dois grandes faróis redondos e nas suas extremidades, os piscas em posição vertical.




As jantes que alinham pela mesma bitola do Maxi Turbo, tornam o conjunto ridículo.
Portanto, mais uma desagradável imprecisão deste fabricante.

Um problema por resolver?

Será que veremos isto resolvido???

Ora bem, mas isto o quê?
Pois, só mesmo vindo das minhas minhoquinhas!
Mas a realidade é mesmo esta!
Os carros não são iguais!!
 O Post anterior, versou as extraordinárias edições à escala 1/32 deste bonito e fantástico BMW M3 E92.
Gosto tanto da reprodução da Carrera, como da da SCX, mas este último propõe-nos o lançamento do mais que louco participante nas 24 Horas de Le Mans de 2010, sob a bem nascida proposta da marca em criar modelos exclusivos, decorados por artistas plásticos de renome mundial, aos quais também muito bem baptizou de "Art Car".
 Mas a realidade traz-nos isto!
Em cima, o modelo similar ao das edições já por nós usufruídas e em baixo, o mesmo modelo, mas obedecendo às mais recentes evoluções levadas pala marca à prática. E é este que serve de base para o tal "Art Car".
E as diferenças estão aí!
Reparem na perda das grelhas inferiores que serviam de escoamento do fluxo de ar que circulava no interior das cavas, tanto à frente como atrás.
A esse nível, os alargamentos da nova carroçaria foram cortados e passou a ter as originais dimensões do M3 de série.
 Os retrovisores foram modificados, as jantes substituídas por novas BBS e ainda que de modo ténue, também a frente recebeu um ligeiro desenvolvimento, através duma espécie de canalização de ar na superfície anteriormente plana, da parte central dos radiadores para as laterais.

 Como a cima se vê, a frente tem essa correspondência.

 Embora de mais difícil observação, prejudicada pela excelência artística de "Jeff Koons", tanto na imagem de cima como na de baixo, ainda dá para perceber os cortes nos alargamentos para substituição das anteriores grelhas de escoamento de ar.

 Quanto à parte inferior traseira, as existentes três aberturas desaparecem também, dando lugar a uma só, a toda a largura.

Afinal, a SCX vai ficar com um problema por resolver, vamos ser embarretados e ter que comer uma decoração em carroçaria alheia, vai-se dar ao trabalho destas correcções, ou ainda teremos que esperar pela veia artística duma Autoart por exemplo?


Por curiosidade, aqui ficam estas imagens do modelo utilizado pela marca em fase de testes.
Não deixa de ser outro verdadeiro Art Car, no caso, com carroçaria igualzinha à já editada......



A pente fino - Comparativo

A produção actual de modelos de Slot, atingiu um invejável patamar de perfeição, valendo-se das mais recentes tecnologias, para as mais perfeitas reproduções.
Contudo, factores existem que vão por vezes marcando inúmeras diferenças, apenas capazes de ser detectadas através de uma cuidada leitura comparativa. Factores humanos e contenção de custos, podem ser dois dos preponderantes factores a marcar algumas das mais significativas diferenças.
Analisaremos hoje, dois modelos de excelente reprodução, um com o selo da Carrera e o outro da SCX.
 O modelo, a mais recente criação da BMW para os campeonatos GT2, o M3 Evolução 92. Curiosamente, os dois fabricantes editaram exactamente o mesmo modelo da mesma e exacta participação.
E nestas duas primeiras imagens, poderemos desde já identificar algumas das subtis diferenças entre ambos e compará-los com a realidade.
Assim, verificamos que o formato dos faróis, sendo sobre o esguio, assemelham-se muito mais à reprodução espanhola. Mas este fabricante, esqueceu-se de pintar de negro o centro das grelhas, deixando-os na cor prata, pormenor onde o rival está melhor. Pode verificar-se ainda que a faixa branca do pára-brisas também se encontra menos correcta do que no modelo da Carrera. Também a simbologia do corta-corrente está contemplada no modelo alemão, ainda que incorrectamente representado, mas poderemos detectar a falha do lado esquerdo do número, do logótipo das "Le Mans Series".


 As setas indicadoras dos fechos de segurança no capôt-motor, não existem no BMW da Carrera, apesar destes demonstrarem uma representação mais cuidada. Outro aspecto muito melhor conseguido, está na pintura das faixas da marca, onde o cuidado do construtor alemão sobressai.


 As bocas de saída de ar do motor na parte superior do capôt-motor, parecem-me melhor interpretadas pela SCX, apesar de identificar incorrecções em ambos. O tejadilho, preto, surge em preto brilhante no carro espanhol e baço na produção Carrera. Este último, está incompreensivelmente incorrecto.

 Em cima, à esquerda o modelo Carrera e à direita, o SCX. As proporções dos logótipos surgidos na zona frontal, foram muito melhor conseguidos pelos nossos vizinhos. Talvez a cor azul da "NEC" e "ESCORT" se encontrem excessivamente claros, mas proporcionados e bem colocados. Também a forma das duas grelhas frontais, enontram-se demasiado separadas no modelo Carrera.
 Ao nível da reprodução das jantes, a SCX está francamente mal, isto pelo aproveitamento das mesma que equiparam já os modelos SEAT que este fabricante editou anteriormente. Aqui a Carrera prima e faz de facto uma substancialmente diferença, beneficiando ainda o conjunto através de uma razoável reprodução dos discos dos travões. Pena no entanto a reprodução dos pneus com excesso de borracha a não deixar transparecer tratar-se de um pneu de perfil baixo.

 No pormenor dos guarda-lama frontais, uma vez mais o SCX surge dotado de excelente reprodução das grelhas de arejamento, muito mais fieis e condizentes com a realidade. Mas em ambos, falta o complemento "M3" existente no friso da saída de ar superior (era pedir de mais, não era?). Também neste ângulo se nota a falta do mesmo logótipo que já faltava no capôt-motor, no modelo da Carrera. Note-se ainda que em ambos foi feita a opção da cor vermelha em detrimento do laranja, no logótipo "GT2".




 Na traseira, o que mais nos ressalta, é a largura das faixas oficiais da marca. Muito estreitas no modelo Carrera e muito largas no SCX, talvez o meio termo correspondesse mais fielmente à realidade. Se prestarmos atenção à largura do Stop suplementar existente na zona central da tampa da mala, verificamos que as faixas deveriam ser apenas um tudo nada mais largas.
Mas há um subtil pormenor nestas faixas, em que o modelo espanhol não falhou. Se atentarmos à largura de cada uma das cores, verifica-se que a faixa central em azul escuro, é mais estreita que as outras duas. A SCX não deixou passar em claro esta extraordinária subtileza. Também o Nº92 que aqui surge, está excessivamente pequeno no BMW alemão.
Também o fino Stop suplementar, está mais escalado na produção SCX.
 A pala interior para o óculo traseiro deveria ser branca, à semelhança de todo o interior, mas em ambos foi substituído pela cor preta.
 Nos dois, a pala do sol do óculo traseiro está mal representada, já que não deveria acompanhar a curvatura do limite superior do mesmo, mas sim, seguir quase uma linha recta.

 A grelha de escoamento de ar situada à retaguarda dos guarda-lama traseiros, assim como as representações publicitarias que nessa zona surgem, encontram-se com incorrecto tratamento por parte da Carrera. O aspecto alongado representado pela SCX, proporciona uma interpretação quase perfeita. Os pilares de suporte do aileron no BMW espanhol, apresentam também alguma fidelidade, sobretudo quando comparado com o mesmo órgão do modelo rival. No entanto as derivas verticais do aileron no modelo Carrera, acabam por estar melhor uma vez que surge algum pormenor, aspecto profundamente descurado pelo fabricante seu rival.

 Em baixo, repare-se nos pormenores dos ailerons e dos logótipos.

 Lateralmente, outros pormenores surgem com diversa interpretação. Em cima, o modelo SCX mostra-nos um desenho dos escapes e respectiva protecção exterior, razoavelmente representada. Houve ainda o cuidado de nos mostrar um bem desenhado tampão do combustível. Mas muito mal surgem as tomadas de ar aqui existentes, em que a simulação das mesmas, surge ridícula. Também os nomes dos pilotos se encontram algo exagerados em tamanho, neste modelo.
 O pormenor da seta no puxador, falha em ambos.
 O modelo da Carrera mostra-nos uma incorrecta protecção dos escapes em que esta foi prolongada até ao limite da cava das rodas, um tampão de combustível mal desenhado, mas, pelo menos uma das tomas de ar, muito mais fiel. Mas não se compreende afinal, porque é que este fabricante nos oferece uma tomada de ar bastante próxima da realidade e a outra, o que se pode ver.
Como nota final, devo frisar que ambos se encontram com qualidade considerável e muito interessantes. Retalhados como aqui o fiz, confesso que o meu amor vai para o modelo SCX, pelo facto de na grande maioria dos pormenores, corresponder mais às minhas expectativas. Pena o pormenor das jantes, aspecto que normalmente acaba por definir as minhas opções, onde falha redondamente e ao déficite de qualidade dos seus acabamentos, onde a pintura nos mostra algumas imperfeições. Quanto ao modelo Carrera, oferece-nos um modelo de excelência no que aos acabamentos diz respeito e uma reprodução das jantes, de encantar. Pena, a quantidade de falhas que fomos conseguindo somar.