Foi um tremendo êxito para o GT Team / ART Slot Car, a quarta jornada do campeonato dedicado aos modelos TT e ao qual aderiram cinco clubes do norte de Portugal.
Rumou a Braga a caravana de adeptos e máquinas da categoria TT, da qual fazem parte as Classes T1, T2, T3 e T5.De elevado gabarito o nível tanto de pilotos como de máquinas, onde para além dos modelos saídos das linhas de montagem industriais, participam ainda autênticos protótipos de fabricantes já firmados, mas também criações pessoais, das quais se destacam os trabalhos de José Guilherme, Rui Costa e mais recentemente Diogo Matos, sendo que este último acabou mesmo por construir a sua própria carroçaria.
Serviu de tecto para o evento, as instalações do GT Team Slot Clube, local agendado para que neste sábado último, aqui fosse realizada a quarta jornada deste competitivo campeonato.
O parque fechado, local onde se reúne a totalidade dos modelos após boa verificação, feitas estas por um representante do clube organizador e outro, o próprio promotor desta iniciativa, era um verdadeiro luxo.
No capítulo dos pesos pesados que se integram na classe T5, destacava-se o veículo militar de três eixos e 6 rodas motrizes, num projecto desenvolvido por Rui Costa, mas conduzido pelo veterano António Bernardino, o culpado pela expansão e popularização da modalidade na terra dos arcebispos.
Além de promotor, José Guilherme dedica-se também à prática de belos registos fotográficos dentro da modalidade. Enquanto isso, era David Azevedo e Luís Azevedo que orientavam a logística que definiria o decorrer da prova.
O traçado da pista com um total de 23 metros de perímetro, encontrava-se estratégicamente elaborado de maneira a contemplar zonas rápidas, contrabalançadas com situações de dificuldade acrescida através ou de obstáculos, saltos ou percurso sinuoso e com pequenas armadilhas.
Este conjunto de elementos, marcariam a diferença entre os verdadeiros protótipos e os mais próximos das versões de série.
Nas séries integradas nas classes T3 e T5, haveriam de ser os jeep's da classe T3 a ditar a lei da maior rapidez, relegando os camiões da classe T5 para um plano inferior.
E quem acabaria por mandar mesmo mais, era Paulo Mendes com um Gordini" da XC Raid. Com um misto de andamento ditado entre a exuberância e a rapidez pura, acabaria por se sagrar vencedor absoluto da jornada, vencendo naturalmente também a sua classe, elevando o nome do "GT Team" ao degrau mais alto do pódio pela primeira vez nesta jornada.
Luís Azevedo, o segundo representante do clube nesta mesma classe, acabaria por ter um desempenho mais modesto, causado por problemas de vária ordem, mas relacionados com falta de contacto insolúvel. Isso levá-lo-ía ao décimo primeiro lugar da geral e sexto da classe T3. Note-se que habitualmente, este piloto encontra-se na luta pelas primeiras posições.
Um belo piropo surgiria por parte de José Pedro Vieira, a propósito do incrível andamento imposto por Paulo Mendes.
A classe T2 era a que se seguia para enfrentar o difícil traçado que os concorrentes teriam que contornar. Ainda que participando em mangas diferentes, esta era a classe em que o GT Team inscrevia mais pilotos. Augusto Amorim, David Azevedo e David Fernandes, eram então quem defendia as já conhecidas côres deste clube, com a responsabilidade de tentar uma vez mais, a vitória.
Igualmente brilhantes, estiveram Augusto Amorim e David Azevedo. E estes dois pilotos, acabariam mesmo por conseguir ocupar os dois mais altos degraus da classe, conseguindo mesmo Augusto Amorim a segunda posição absoluta na classificação geral, enquanto David Azevedo ocuparia o décimo segundo lugar. Mas foi de tal modo notável o seu andamento, que o deixaria a apenas uma volta da conquista absoluta. Se o desempenho de Paulo Mendes havia já sido notável, que dizer então do soberbo andamento imposto por Augusto Amorim num modelo de classe inferior.
Uma vez mais, estivemos perante desempenhos extraordinários da parte destes representantes do GT Team / ART.
O Schlesser com que Augusto Amorim se tem apresentado neste campeonato, tem imposto um ritmo quase imbatível, vindo a derrotar a imagem de pedestal conseguida durante alguns anos pelos Bowler Nemesis do mesmo fabricante Ninco.
E enquanto no traçado TT se corria contra o tempo, Francisco Matos corria para conquistar clientes para a sua banca de comes e bebes.
Abel Marques, um dos homens dos automóveis verdadeiros, foi apanhado na armadilha....
Enquanto isso, pilotos houve com dificuldades físicas, não foi Senhor Paulo?
Dos dois Bowler Nemesis desta manga, um acabaria em segundo na classe e o outro em quarto.
Carolina Azevedo estreava-se na modalidade, mas as dificuldades com que teve de se defrontar, levá-la-íam ao abandono. Não desanimes Carolina, assim começamos todos...
Albino Francisco, um dos sérios candidatos à vitória na Classe T1 foi outro dos participantes que acabariam por ver um bom resultado hipotecado, quando numa pistagem os fios das palhetas rebentaram. Retomar a prova, depois disso, não foi nada fácil e empurra-lo-iam para a quadragésima primeira posição, algo absolutamente irreal para a categoria deste piloto. Domingos Sousa e Afonso Sousa, pai e filho, são um dos vários bons exemplos de convívio familiar que esta modalidade contempla. Cada um com a sua ambição própria, têm-se mantido fieis a este campeonato.
E na classe T1, a dos modelos mais próximos dos de série, a disputa pela melhor posição possível por parte do GT Team / ART, estava entregue a Rui Mota. Também aqui, o único representante deste clube organizador esteve em grande, acabando por sagrar-se vencedor, atingindo ainda uma honrosa décima quinta posição à geral.
E nesta classe, também as realizações da SCX vieram destronar o domínio imposto pelos modelos Ninco, o que acontecia até muito recentemente.
E estava então já ditado, um domínio convincente por parte destes representantes, que em três vitórias possíveis, haviam conquistado as três. Faltava apenas o nosso representante nos camiões, o jovem César Amorim. No entanto, aqui a concorrência era mesmo muito forte o que obrigava o nosso pequeno a grande apuro.
E César Amorim demonstrou que filho de peixe sabe nadar e embora com um concorrente muito sério a disputar a prova lado-a-lado, mostrou uma serenidade, velocidade e aptidões verdadeiramente surpreendentes, acabando por impôr-se a César Lima por apenas uma volta. E à geral, o terceiro lugar absoluto, era também seu.
Nuno Aguilar seguiu-se-lhe e ocupava o lugar de segundo representante do GT Team / ART nesta classe. Muito rápido também, mas com sérios problemas de palhetas, a sua prova haveria de se tornar difícil. No entanto, o quarto lugar à classe e o sétimo da geral marcam ainda assim uma posição de relevo.
Mas nos pesos pesados, era António Bernardino que dava nas vistas, com o seu brutal camião militar de três eixos e tracção total.
Entretanto, o chassis da "Slot Circuits" foi sorteado e o feliz contemplado foi Luís Faria.
Em pleno vôo, a bomba militar espalhava verdadeiro charme.
Pódio Classe T3 - 1º Paulo Mendes (GT Team / ART)
2º Lelo Ribeiro (Slot Clube Porto)
3º Diogo Matos (sem clube)
Pódio Classe T1 - 1º Rui Mota (GT Team / ART)
2º Emídio Peixoto (Clube Slot Braga)
3º José Pedro Vieira (Guimarães Slot Clube)
Pódio Classe T2 - 1º Augusto Amorim (GT Team / ART)
2º - David Azevedo (GT Team / ART)
3º Marcos Dias (Clube Slot Braga)
Pódio Classe T5 - 1º César Amorim (GT Team / ART)
2º César Lima (Guimarães Slot Clube)
3º Rui Castro (Meta Clube)