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domingo, 17 de dezembro de 2017

Qual deles merecedor do ceptro maior?

 Este ano tenho pela primeira vez em linha de conta na minha avaliação para modelo do ano, alguns exemplares à escala 1/24, muito por culpa das extraordinárias realizações trazidas até nós pelas criações da BRM. Mas se estas encantam e porque considero também que a vertente do slot só tem significado enquanto mini-modelos rolantes, muitos fabricantes ficaram de fora por se saber que dali nada se poderá extrair em termos de dinâmica competitiva. Com estes do fabricante BRM, muito é o seu encanto, mas afinal é tanto disso, que o seu desempenho em pista acabou mesmo por ficar retraído à exclusiva condição de exemplares de colecção, pelo que ficou por se saber quais os seus poderes no capítulo dinâmico. Faço aqui "mea culpa" por isso e por isso mesmo, os excluo sem perceber a minha verdadeira justiça. Contudo, aqui os trago por me ter parecido uma verdadeira revolução a sua chegada, porque não passaram despercebidos a ninguém. E é essa a razão que me leva a trazê-los até aqui, porque são isso mesmo, uma verdadeira revolução a sua chegada. E quiçá, pode ser que se venham mesmo a impôr no nosso seio.
 Ford Boss Mustang, Chevrolet Camaro  e Porsche 917K, são três excelentes exemplos, dois por representarem uma época dourada dos automóveis norte americanos e o outro, pelo ícone que representa no seio da marca de Estugarda.

 Mas também relacionados com o mesmo fabricante, vimos também chegar tanto o NSU TT, como o Simca 1000. Além do que representam também no mundo automóvel, trouxeram-nos pela primeira vez um eixo traseiro em que as rodas apresentam camber negativo. Uma pérolazinha no seio de verdadeiras pérolas.
Mas surgiu um novo fabricante que embora à escala 1/32, afinal a escala raínha, a sua mecânica não deixa de se apoiar nos conceitos da BRM. De desempenho em pista deveras surpreendente, peca pela utilização pouco comum de alguns órgãos mecânicos, o que os penalizará na hora de os devotar à competição. Chassis metálico, dotados de rolamentos nos eixos, parece-nos uma formula perfeita para dar os seus frutos, mas medidas ímpares para as jantes e pneus, acabam por fazê-los perder terreno na hora da sua avaliação.
 O Lancia Stratos de Grupo 5 foi uma agradável surpresa trazida pelas criações da Sideways. Apesar do seu encanto e de ter preenchido aquele lugar especial em espaços vazios de alguns coleccionadores, quando testado em pista não denota a eficácia suficientemente desejada para ombrear nas lutas com a restante armada do mesmo grupo. Uma pena, mas as suas cotas limitam-lhe prestações que a todos nos agradaria.
 Da parte da Slot.It, o Matra MS 670B na sua segunda versão por parte deste fabricante, veio demonstrar manter as mesmas aptidões do anterior modelo, o que o mantém à cabeça das lutas quando falamos de Sport Protótipos Clássicos. Sem dúvida de desempenho notável, estamos perante uma verdadeira máquina de competição que encontrou adversários à sua altura apenas no seu equivalente da marca francesa e tanto no Mc'Laren M8D como no Chaparral 2E, mas que se tratam afinal de dois falsos Sport Protótipo, já que se trataram na verdade de versões Can-Am, o que acabaria por inviabilizar na realidade, confrontos directos.
 Ainda por parte da Slot.It, a sua incursão no mundo dos primórdios do DTM, havia-nos já trazido o surpreendente Alfa Romeo 155 V6 TI. Mas este ano como passo seguinte, brindou-nos com um extraordinário Opel Calibra que na verdade, acabaria mesmo por ofuscar completamente a anterior criação, dada a sua notável supremacia. Se o Alfa já nos havia surpreendido com uma eficácia a toada-a-prova, difícil foi constatar como acabaria tão abruptamente por ser abafado por este modelo alemão.
 Ainda com mão da Slot.It mas integrado na renovada Policar, foi a vez de termos visto chegar o esperado March 701, uma peça de beleza discutível para uns mas de requintada beleza para outros, depois de um ano antes nos terem surpreendido com a sua versão do Lotus 72. Mas aqui, este March não terá conseguido acompanhar o desempenho em pista trazido pelo Lotus. Um furo abaixo daquele, o March, não sendo de modo algum uma decepção, não se consegue posicionar ao mesmo nível do modelo criado por Colin Chapman. Não deixa contudo, uma significativa marca neste capítulo dos F1 Clássicos, até porque ainda é o segundo modelo apenas.
 E chegou a vez de versar a passagem dos Grupo 5 para os modelos de GT por parte da Sideways. Este criador trouxe este ano pela primeira vez até nós um brutal Lamborghini Huracan GT3. De inquestionável valôr qualitativo, tanto no capítulo da criação ao nível da carroçaria, mas também nos seus revolucionários conceitos dinâmicos, posiciona-se este como um dos verdadeiros candidatos ao título de modelo do ano 2017. Se as realizações da Slot.It se mostram excelentes no capítulo dinâmico, já se mostram muito fracos não ao nível das suas proporções, mas sim nas zonas de costura dos vários moldes que normalmente são necessários para a injecção do plástico. Mas este Lamborghini, aí não peca, encontra-se perfeito.
Então, eu voto e voto no Opel Calibra da Slot.It, pelo mero facto deste Lamborghini ser muito bom, quando dotado de um berço que não é da sua origem. Dotado com o berço de motor original, apesar do conceito, não apresenta a mesma eficácia. Por seu lado, o Opel Calibra para ser muito bom, depende apenas do que o seu fabricante disponibiliza. Por outro lado não existe quem com ele rivalize, mesmo recorrendo-se às actuais construções tão na moda de chassis 3D, adaptados a um sem número de carroçarias. Já o Lamborghini poderá encontrar tanto no Ferrari como no novo Lamborghini da Black Arrow, sérios adversários com quem rivalizar. E nesta avaliação não entro para já com o Lamborghini Gallardo da Black Arrow, apenas porque deste ainda não se encontram disponíveis séries prontas a correr, existindo apenas em kit.
Aproveite e pronuncie-se, eu já votei e foi no Opel Calibra.