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terça-feira, 18 de junho de 2019

O Ferrari P4 (Policar) e os seus rivais.

A chegada do Ferrari P4 da Policar traz ao mundo dos slot car clássicos uma nova alma, pelo tremendo significado que arrasta consigo durante todo-o-sempre, proporcionado pelas intemporais linhas que o definem. E foram apenas dois modelos a conseguir chegar a esse pedestal. E se um deles, o Porsche 917 já não consegue a aura de estrela por ter já sido retratado por inúmeros fabricantes, o Ferrari P4, pelo contrário, é ainda tido como uma pérola rara, proporcionada pelas parcas reproduções, acrescido das fracas potencialidades dinâmicas que se lhes associam.
Pelo contrário, muito do valôr da apetência que esta nova criação nos proporciona, associa-se à forte probabilidade de com ele poder-mos hoje contar nas acesas lutas em pista, onde poderá vir a tornar-se num dos protagonistas maiores.
E se em anterior artigo se analisou este Ferrari enquanto maqueta estática, observe-mo-lo agora perante os prováveis directos concorrentes, relativamente a cotas e pesos.
Se a grande força dos adversários do Ferrari 330 P4 virá em grande maioria da parte das próprias produções da mesma origem, há que contar no entanto com algumas revelações que foram surgindo no mercado por parte de outros fabricantes. Mas são sem dúvida oriundas da Slot.It ou até da Policar através do anteriormente editado Ferrari 312 PB, um modelo nascido das edições  Slot.It mas também chegado à linhagem Policar de onde terá sofrido melhoramentos, que existe grande parte dos modelos que lhe oferecerão confronto directo.
 O Chaparral 2E foi um dos primeiros clássicos a demonstrar potencialidades acima da média. As suas estranhas linhas parecem não o favorecer, mas a verdade é que, quando provido do aileron aligeirado e desenvolvido especificamente pelo fabricante para a competição, demonstra potencialidades surpreendentes que fazem dele um modelo bastante competitivo. Um peso relativamente baixo da carroçaria, ajuda nesse sentido.


 O Mc'Laren M8D é já tido como um dos bons clássicos da actualidade, mas a exemplo do Chaparral, é um modelo da série Can-Am, razão pela qual são excluídos em alguns regulamentos destinados a modelos Sport Protótipos Clássicos. Mas este carro nascido das criações do neozelandês Bruce Mc'Laren, homem que deu nome à marca, apresenta um peso total e de carroçaria inferior ao Chaparral. E esse é o principal argumento para que na grande maioria das vezes leve de vencida o seu rival americano. Trata-se de um dos ultra-leves dos modelos clássicos da actualidade, que a par de uma linha de carroçaria extremamente baixa, o torna capaz de uma dinâmica verdadeiramente surpreendente.


 O Matra-Simca MS 670B chegou já até nós em duas versões, pelo que aqui mostramos aquele que tem demonstrado melhores desempenhos. Trata-se da versão cauda longa de 1973 e mostrou-se mais eficaz do que a sua evolução relativa ao ano de 1974. Com um peso situado entre o Chaparral e o Mc'Laren, com menos uma grama de carroçaria do que o Chaparral, mas mais duas do que o Mc'Laren, constitui outra das surpresas desta categoria de carros. Parece não sofrer com a sua traseira alongada, que normalmente ajuda a soltar e a sacudir os carros durante as curvas, mostrando-se pelo contrário, muito eficaz nesse particular, beneficiando talvez da sua linha de carroçaria extremamente baixa.

E afinal, onde ficará esta nova criação de origem Policar? 

 O seu peso total situa-se entre o Matra-Simca e o Mc'Laren, este último revelando-se como o campeão do peso final, o mesmo acontecendo relativamente ao peso das carroçarias, mas aqui com uma vantagem do Mc'Laren sobre esta novel criação por apenas 0,3gr. Será um bom augúrio.
Uma carroçaria compacta que apesar de detentora duma linha geral mais alta do que a do Matra e Mc'Laren, poderá beneficiar duma traseira bastante curta, associada à ausência de aileron, apêndice esse que proporciona um aumento de peso na retaguarda e em altura, algo sempre indesejável, sobretudo quando sabemos que a função aerodinâmica a esta escala, não colhe os mesmos frutos do que na realidade. Poderemos então sob estes argumentos, crer que o potencial lá esteja todo, para os confrontos directos nesta categoria, frente aos seus mais aptos rivais.

 E na guerra das cotas, a desvantagem maior parece encontrar-se do lado do Chaparral, levando este P4 ligeira vantagem sobre o Mc'Laren e Matra, pelo que poderá registar-se algum benefício por parte deste Ferrari P4 sobre o Matra-Simca e Mc'Laren. Mas será apenas nas pistas que o verdadeiro prognóstico poderá ser quantificado.

E estes serão então os melhores exemplos de modelos situados na mesma categoria e provenientes da mesma origem, mas poderemos contar ainda com algumas surpresas por parte do Ferrari 312 PB (Slot.It e Policar), um pouco menos convincente o Alfa Romeo 33/3, mas não descurando nunca as duas versões do Ford GT40.





 Mas nasceram recentemente produções que poderão igualmente ter uma palavra a dizer. Uma das mais recentes aconteceu através das criações da NSR com a  chegada do Porsche 908/3, que embora já com provas prometedoras em pista Ninco, o seu terreno de eleição parece centrar-se nos plásticos da Carrera, onde resultados já há que fazem dele um modelo imbatível.

Por parte da NSR, outros modelos para além do recente 908/3 poderão ter uma palavra, mas talvez as mais valias deste fabricante venham ao de cima em  terrenos chamados "Carrera". Em pistas Ninco, poderão estar em palpos de aranha nas lutas entre fabricantes concorrentes.
E um dos maiores handicapes deste fabricante é o peso, que se situa muito acima das melhores criações da actualidade.


Mas é na mais recente marca "Thunder Slot" que parece encontrarem-se os verdadeiros rivais da Slot.It. E se o Lotus T70 Spyder provou já uma eficácia inigualável em pistas Ninco, teremos ainda de esperar pela sua nova criação, o Mc'Laren M6A. Além disso temos ainda outro modelo na berra e que poderá não tardar também a entrar no mercado.
E se o Lola T70 Spyder apresenta um peso ao nível dos melhores, o Mc'Laren ainda o consegue superar, mostrando-se mesmo o mais leve de todos os modelos que pela balança passaram.
E ainda que ambos consigam superar a marca da balança atingida pelo Mc'Laren da Slot.It, o Mc'Laren da Thunder Slot consegue ainda assim ser o recordista.
A primeira criação da Thunder Slot, o Lola T70 MK III, quando chegado ao mercado surpreendeu pela sua tremenda eficácia, mas acabaria por ser anulado pelos dois modelos que se lhe seguiram. E em termos de peso, a evolução foi mesmo enorme. Mas em alguns clubes este poderá ser o único dos três modelos deste fabricante a ser admitido em competições, pela mesma razão apontada aos modelos Can-Am da Slot.It.
E perante a concorrência actual, temos consciência que o Ferrari P4 da Policar estará entre os melhores. Qual o patamar exacto em que se situará, não é fácil, mas apontarei para uma eficácia que o posicionará no Top 4.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Comparativo Toyota 88C - Slot.It

 Trago hoje um comparativo entre as diferentes séries do Toyota de Grupo C editados pela Slot.It, uma vez que vem a talho de foice com o início do campeonato para estes modelos no Clube vimaranense, "Guimarães Slot Clube".
Porque ainda me lembro do excelente desempenho destes modelos dentro desta categoria e porque este fabricante nos tem vindo também a habituar a que de cada novo modelo posto no mercado, resulte um novo desempenho para melhor, parece-me perfeitamente justificado este meu interesse na observação primária da última evolução desta máquina.
 As anteriores versões, duas, definiam-se pela existência do seu aileron independente da carroçaria. Mas a mais recente das versões até nós chegada, opta pela integração do mesmo à imagem dos Porsche 956/962, ou seja, suspenso em derivas verticais existentes no prolongamento do capôt traseiro. Mas as diferenças entre eles não se ficam por aqui, já que foi totalmente redesenhado este capôt traseiro, desde o próprio cockpit até à sua extremidade.

 Mas as duas anteriores versões distinguem-se apenas pela diferença existente na extensão da secção traseira, que se prolonga desde o limite mais à retaguarda do capôt, até ao aileron. A imagem que acima se mostra, permite a percepção deste pormenor em dois modelos.
Na imagem inferior percebe-se que o comprimento total da carroçaria até ao limite dos aileron's se manteve inalterado, mas agora à custa de um prolongamento efectivo do seu capôt. É igualmente perceptível quanto esta secção do modelo foi objecto de trabalho aerodinâmico, o que acabou também por proporcionar nesta secção, uma carroçaria mais baixa do que a anterior.
 A imagem inferior dá-nos justamente essa percepção, vendo-se perfeitamente que o capôt traseiro assume um plano horizontal mesmo antes da linha da cava das rodas, o que nos modelos anteriores acontece já depois do final das rodas.
Mas vejamos agora quanto pesará cada um dos Toyota.
 Embora estes dois modelos apresentem uma carroçaria em tudo igual, a versão "taka-Q" assume uma vantagem de 0,5 gr.

 Mas é mesmo a versão "Denso" que se apresenta como o "ultra-leve" do grupo, enquanto o mais recente membro acaba por ser a desilusão, ao igualar o mais pesado dos mais antigos 88C. A desilusão provém apenas pela expectativa dos anteriores exemplos a que a Slot.It já nos habituou, porque afinal, o seu registo não poderá ser considerado um desaire.
 Mas enquanto as anteriores medições foram feitas a partir dos modelos completos, façamos agora a mesma análise, mas contando apenas com a cobertura das mecânicas.
 E curiosamente, é agora a versão branca que demonstra um melhor registo relativamente ao "taka-Q". As similares mecânicas acabam por não permitir o entendimento desta situação, quando afinal também as carroçarias se apresentam com as mesmas especificações.
 
 Mas continua a ser a versão "Denso" a manter a primeira posição, fruto muito provável da diminuição da extensão da carroçaria na sua extremidade posterior. E é também o recente "Leyton House" a marcar o pior registo. E isto é mau, sobretudo quando se percebe que afinal este incremento provém obviamente da nova traseira, algo indesejável sobretudo por se verificar para além do eixo traseiro. Bom, mas será também necessário contar com uma secção traseira mais baixa, o que por outro lado poderá significar uma mais valia.
 Pelo interior da mesma, percebe-se que a existência de acessórios para além do eixo, contribuirão para esta indesejada penalização.

 O seu chassis surge com pequenos pormenores que o diferenciam, versando estes quase exclusivamente a sua adaptação ao mundo digital. No entanto, chamo a atenção para um ligeiro rebaixamento existente à frente na zona do patilhão, que poderá ter tido como objectivo, conseguir-se baixar a secção frontal. Quanto às motorizações, algo que normalmente não valorizamos porque os regulamentos costumam admitir berços para motor em posição anglewinder e de caixa grande, embora recebendo de origem a mesma referência que os antigos de cabeça laranja mais clara, são os tais que embora anunciados como sendo igualmente de 21.500 rpm, parecem contemplar umas rotaçõezinhas extra.
 Portanto, parece um tanto inconclusiva toda esta análise ao novo modelo, mas a mim, parece-me a versão "Denso" ou similares, mais apta à optimização do rendimento desta máquina nipónica, à excepção é claro, do grande inconveniente que é a presença de um aileron independente da carroçaria e consequentemente muito mais sujeito às quebras, nos momentos de impacto.