Porque ainda me lembro do excelente desempenho destes modelos dentro desta categoria e porque este fabricante nos tem vindo também a habituar a que de cada novo modelo posto no mercado, resulte um novo desempenho para melhor, parece-me perfeitamente justificado este meu interesse na observação primária da última evolução desta máquina.
As anteriores versões, duas, definiam-se pela existência do seu aileron independente da carroçaria. Mas a mais recente das versões até nós chegada, opta pela integração do mesmo à imagem dos Porsche 956/962, ou seja, suspenso em derivas verticais existentes no prolongamento do capôt traseiro. Mas as diferenças entre eles não se ficam por aqui, já que foi totalmente redesenhado este capôt traseiro, desde o próprio cockpit até à sua extremidade.
Mas as duas anteriores versões distinguem-se apenas pela diferença existente na extensão da secção traseira, que se prolonga desde o limite mais à retaguarda do capôt, até ao aileron. A imagem que acima se mostra, permite a percepção deste pormenor em dois modelos.
Na imagem inferior percebe-se que o comprimento total da carroçaria até ao limite dos aileron's se manteve inalterado, mas agora à custa de um prolongamento efectivo do seu capôt. É igualmente perceptível quanto esta secção do modelo foi objecto de trabalho aerodinâmico, o que acabou também por proporcionar nesta secção, uma carroçaria mais baixa do que a anterior.
A imagem inferior dá-nos justamente essa percepção, vendo-se perfeitamente que o capôt traseiro assume um plano horizontal mesmo antes da linha da cava das rodas, o que nos modelos anteriores acontece já depois do final das rodas.
Mas vejamos agora quanto pesará cada um dos Toyota.
Embora estes dois modelos apresentem uma carroçaria em tudo igual, a versão "taka-Q" assume uma vantagem de 0,5 gr.
Mas é mesmo a versão "Denso" que se apresenta como o "ultra-leve" do grupo, enquanto o mais recente membro acaba por ser a desilusão, ao igualar o mais pesado dos mais antigos 88C. A desilusão provém apenas pela expectativa dos anteriores exemplos a que a Slot.It já nos habituou, porque afinal, o seu registo não poderá ser considerado um desaire.
E curiosamente, é agora a versão branca que demonstra um melhor registo relativamente ao "taka-Q". As similares mecânicas acabam por não permitir o entendimento desta situação, quando afinal também as carroçarias se apresentam com as mesmas especificações.
Mas continua a ser a versão "Denso" a manter a primeira posição, fruto muito provável da diminuição da extensão da carroçaria na sua extremidade posterior. E é também o recente "Leyton House" a marcar o pior registo. E isto é mau, sobretudo quando se percebe que afinal este incremento provém obviamente da nova traseira, algo indesejável sobretudo por se verificar para além do eixo traseiro. Bom, mas será também necessário contar com uma secção traseira mais baixa, o que por outro lado poderá significar uma mais valia.
O seu chassis surge com pequenos pormenores que o diferenciam, versando estes quase exclusivamente a sua adaptação ao mundo digital. No entanto, chamo a atenção para um ligeiro rebaixamento existente à frente na zona do patilhão, que poderá ter tido como objectivo, conseguir-se baixar a secção frontal. Quanto às motorizações, algo que normalmente não valorizamos porque os regulamentos costumam admitir berços para motor em posição anglewinder e de caixa grande, embora recebendo de origem a mesma referência que os antigos de cabeça laranja mais clara, são os tais que embora anunciados como sendo igualmente de 21.500 rpm, parecem contemplar umas rotaçõezinhas extra.
Portanto, parece um tanto inconclusiva toda esta análise ao novo modelo, mas a mim, parece-me a versão "Denso" ou similares, mais apta à optimização do rendimento desta máquina nipónica, à excepção é claro, do grande inconveniente que é a presença de um aileron independente da carroçaria e consequentemente muito mais sujeito às quebras, nos momentos de impacto.