quarta-feira, 16 de março de 2016

Chassis XC Raid - Montagem de um dos melhores chassis TT do mundo

 O Chassis do fabricante XC Raid específico para a modalidade Todo-Terreno e para a categoria T3, mostra-se de elevada complexidade na hora da sua montagem. Ainda que seja um dos melhores chassis do mundo para esta categoria, está garantidamente fora do alcance da grande maioria de todos vós. No entanto, este chassis poderá ser adquirido ao fabricante já montado, mas sobejamente penalizado no custo final.
O primeiro contacto demonstra imediatamente, que nada do que precisamos encaixar, se consegue sem que se recorra a algum trabalho suplementar. Os oito rolamentos em que vão passar os eixos das rodas, do braço do patilhão e da engrenagem que fará o ataque ao pinhão, pura e simplesmente não entram nos rasgos projectados para o efeito. Há então necessidade de através de uma lima fina e de secção redonda, desbastar um pouco o local de encaixe, por forma a que estes possam ficar perfeitamente alojados.
Mas a primeira tarefa a criar algum embaraço, prende-se com o pinhão.
 O convencional tamanho destes mostra-se largo, o que nos deixa a porca autoblocante aqui usada pouco mais do que apontada no parafuso M2 que se encontra acoplado ao próprio chassis. Há então necessidade de se cortar este sensivelmente a meio, o que já por si é uma tarefa ousada. Por outro lado, sendo este apoio roscado e de diâmetro maior do que o furo do próprio  pinhão, este só entra se fôr enroscado, o que nos obriga posteriormente a desbastar o seu interior, para que dessa forma possa girar livremente sobre o próprio parafuso.
 Recorre-se então ao aperto deste pinhão a um parafuso similar, para assim se poder ter alguma maneira de o segurar na hora de lhe provocar o corte, o que se fará através de um mini-berbequim.
 Depois de cortado, o parafuso é retirado e através duma lixa, acerta-se manualmente a parte que fica cheia de rebarbas. Com a ajuda de um x-acto, retira.se toda a matéria excessiva que fica entre cada dente. Tarefa minuciosa e que exige alguma atenção.
 Com a ajuda do mini-berbequim e de uma broca de diâmetro pouco superior à do furo do próprio pinhão, procede-se ao aumento do diâmetro deste.
 Pode depois ser encaixado no parafuso M2, introduzindo-se uma anilha interposta entre este e a porca autoblocante. Conferida a funcionalidade do conjunto, damos esta primeira tarefa por concluída.
 O braço do patilhão será o segundo passo da montagem deste chassis. A mola de origem vem com as duas pontas da mesma medida e direitas, o que obriga a que com a ajuda de um alicate de pontas finas e de outro de corte, se consigam fazer algumas dobras e posteriormente, o corte da parte excedente do arame.
Em baixo mostra-se uma das pontas da mola, já trabalhada.
 Experimentados os encaixes dos rolamentos de uma pestana (aba) apenas, haverá necessidade de se cortar os eixos tanto do braço do patilhão como do eixo da engrenagem em que se monta a cremalheira.
A imagem de cima, mostra como a mola depois de trabalhada e acertada, abraça o braço móvel do patilhão.
Depois de marcados os eixos, o trabalho do seu corte torna-se possível. Através do uso de um mini-berbequim munido de um esmeril fino que funcione como serra, consegue-se o objectivo pretendido. Depois à necessidade de acertar a extremidade cortada, para que não resulte qualquer aresta desagradável e para que se apresente um trabalho mais cuidado.
Cortados ambos os eixos, passa a ser possível a sua montagem definitiva. Convém no entanto, recorrer-mos a uma anilha interposta entre a cremalheira e o rolamento, para que esta fique alinhada com o pinhão.
Percebe-se na imagem de baixo, o posicionamento da anilha.
De seguida, monta-se a cremalheira. Repare-se ainda como a mola encaixa no braço do patilhão.


Recorreu-se ao uso de Stopper's no eixo do braço do patilhão, para que dessa foma este acessório não sofra oscilações. Este chassis prevê ainda um parafuso allen na zona do veio e que após apertado, fixa a posição do braço relativamente ao veio. É possível vêr-se parte deste parafuso na duas imagens de cima.
A imagem de baixo mostra a referência escolhida do fabricante dos stopper's.

Em baixo, a referência e marca dos rolamentos de uma pestana, utilizados na montagem deste chassis.

Os rolamentos de duas pestanas são de outro fabricante, imagem de baixo e utilizam-se nos eixos como apoio dos amostecedores.

A referência e marca dos eixos utilizados.

A imagem de baixo de uma fase anterior e inicial, mostra como o local de encaixe dos rolamentos dos eixos das rodas de trás, teve também que ser trabalhado (zona esbranquiçada).
O conjunto vem equipado com dois tipos de molas, duras e médias. Foram montadas as duras atrás e as médias no eixo da frente. Os amortecedores são compostos de três peças. Uma que encaixa no eixo, o cabeçote que aperta no chassis e as molas que trabalham entre estas duas partes.
Em baixo observam-se os amortecedores já montados no eixo traseiro. Repare-se que existem os rolamentos de uma pestana e que são os que trabalham nos rasgos do chassis, segue-se uma anilha espaçadora interposta entre os anunciados rolamentos e os rolamentos de duas pestanas onde encaixam os amortecedores. Depois ficam os stopper's que fazem o trancamento da oscilação do eixo. Uma pequena folga tem que ser mantida, para que ao chegar ao seu curso máximo, os eixos não tranquem no próprio chassis.

As jantes são outro dos acessórios necessário. Neste caso optou-se pelas jantes  de 19.2x9.5 da MSC, em alumínio.
Para a frente procedeu-se igualmente a algum desbaste interior da zona onde trabalharão os rolamentos.Procedeu-se a esta tarefa novamente através de uma lima de secção redonda .

Em baixo mostra-se como mesmo depois dos rolamentos entrarem na ranhura, é necessário mais algum trabalho para que estes consigam escorregar totalmente até ambas as extremidades da ranhura. A imagem mostra uma fase em que isso ainda não era possível.
Em baixo, a referência e marca das anilhas espaçadores utilizadas.
O conjunto do eixo frontal, para além da totalidade dos acessórios utilizados no eixo traseiro, integra ainda uma polie dentada (imagem de baixo).

Em baixo vê-se o conjunto do eixo da frente, já perfeitamente operacional.
Cegou o momento de se montar a suspensão. Começamos por fixar os cabeçotes nos orifícios já previstos para o efeito.
Depois inserem-se as molas e a parte inferior que encaixa nos rolamentos de duas pestanas que se encontram integrados no eixo.
E esta fase mostra-nos o chassis já com as partes mais complexas, totalmente montado. Ficam a faltar a montagem do patilhão e os fixadores para a carroçaria.
Parafusos allen são introduzidos por baixo em orifícios específicos, ao que se juntam pela parte superior do chassis os elementos em alumínio, tipo rebites e que servirão para encaixe de fixação da carroçaria.

E passamos para a montagem do patilhão. Também aqui a tarefa não se encontra simplificada.
É necessário acoplar ao braço do patilhão, uma espécie de anilha perfeitamente dimensionada para um encaixe perfeito do próprio patilhão. Mas isto não acontece, sem que antes nos vejamos novamente obrigados a recorrer ao serviço da nossa lima de secção redonda.
Mas há necessidade de fazer passar esta argola totalmente, mas sem que fique qualquer tipo de folgas, o que obriga a um trabalho de várias tentativas, até que esta passe com o devido e necessário ajuste. Completa-se este exercício garantindo a sua fixação, recorrendo-se à utilização de um pouco de super-cola.

Montados os pneus, falta apenas encaixar o patilhão própriamente dito. A argola que acabou de se montar serve justamente de berço do patilhão.

Patilhão da Scaleauto de clipe com a referência SC-1620, é o certo para esta argola.
E pronto, temos este complexo chassis montado. Há agora necessidade de fazer a opção correcta para a motorização, a montagem das correias dentadas que estão aqui em falta e depois, trabalhar muito na montagem dos respectivos lastros.
Para quem se aventurar na montagem dum destes excepcionais brinquedos, boa sorte, já que não terá nas mãos, uma tarefa nada fácil.
Esperamos no entanto, que este artigo venha a têr a sua utilidade para os mais afoitos.

domingo, 13 de março de 2016

Arrow Slot - Continuam os desenvolvimentos para o chassis

Meio adormecido, parece ter estado o fabricante espanhol Arrow Slot. Mas, ainda que longe das luzes da ribalta, têm continuado os desenvolvimentos de um dos modelos bem nascidos do mundo dos GT's
 E ao que parece, o seu Saleen espera um novo chassis que ao que parece, com desenvolvimentos extremos e muito interessantes.
 Á vista salta de imediato o extenso trabalho feito ao nível da redução de peso do seu chassis. Extremamente elaborados, estão os pontos de perda de peso, que resulta num rendilhado muito interessante
 Também se nota o corte do cordão umbilical com os conceitos da Slot.It e repartidos por vários fabricantes. Assim, este novo chassis irá receber um berço de desenvolvimento próprio, admitindo agora cinco pontos de apoio, todos eles capazes de receber molas, vulgarmente admitidas no meio como tratando-se de suspensões.

 Na secção traseira deste berço, poderá estar o ponto forte desta nova aposta Arrow Slot.
 O eixo traseiro passa a trabalhar numa secção tubular, o que tornará o conjunto suficientemente rígido para que os pontos de apoio dos bronzes se mantenham sempre na mesma posição relativa. Assim, o funcionamento do eixo resultará na perfeição.
Mas a Arrow Slot foi mais longe e engenhosamente, desenvolveu lastros possíveis de se posicionar na parte inferior desta estrutura tubular, ou seja,  no melhor local possível, já que se trata de lastro no ponto mais vertical relativamente ao eixo de tracção. E estes, pelo que se observa na imagem de baixo, poderão ter vários valôres.
 Na imagem de baixo, percebe-se o extenso trabalho de perda de peso a que este desenvolvimento do novo chassis chegou.
Parabéns Albert Atienza Vivancos, pelo interessante trabalho apresentado.
Resta agora saber para quando esta preciosidade nas nossas pistas.

MG EX181 - Proto Slot Kit

 Para os amantes de coisas mais bizarras, a Proto Slot Kit irá editar o MG EX181, o modelo com que a marca britânica estabeleceu no ano de 1959 o recorde mundial de velocidade no lago salgado de Bonneville, tendo-se registado um máximo de 410 Km/h, no quilómetro lançado. Este feito teve aos seus comandos a lendária máquina humana, Phil Hill.
Como modelo para a prática da modalidade dos slot cars, deixará certamente muito a desejar, já que as possíveis performances que este conseguirá, e à imagem da realidade, só talvez em linha recta possam ter algum significado. No entanto, é uma certeza que este não nasceu para estes fins, mas sim, já tido como certo em alguns espaços de estante que se lhes encontram reservados, de colecções em que as raridades desfilarão em espaços reservados e longe das competições de que tanto gostamos.
Quanto à sua edição, são ainda desconhecidas datas da sua comercialização, mas parece certo que nos chegarão em forma de kit pré-pintado. E claro, algum trabalho extra para se pôr esta máquina no ponto de rebuçado.