Foi quinta-feira última que nas instalações do clube vimaranense, Guimarães Slot Clube, decorreu a segunda prova destinada a máquinas de grande performance, que simulam os fantásticos militantes do concorrido campeonato DTM de última geração.
E o resultado da primeira prova, prometia uma segunda jornada plena de momentos de alta emoção, dado o enorme equilíbrio verificado entre um lote de pilotos que souberam imprimir elevadíssimo ritmo. Portanto, eram elevadas as expectativas e andava no ar um "nervoso miudinho".Da lista de participantes não constavam desta vez os nomes de Damião e Rui Castro, bem como os de Miguel Antunes e Fernando Coelho, o que se por um lado abreviava o tempo de corrida, por outro diminuía a intensidade de adrenalina dentro da pista.
O arranque da prova foi verdadeiramente brutal, com Miguel Sousa a querer de imediato impôr similar andamento ao da prova de abertura, que resultaria numa arrebatadora vitória. Mas era Rui Mota quem menos aceitava ver o comandante a marcar o ritmo e após intensa perseguição, acabaria mesmo por assumir a liderança, começando imediatamente a abrir um fosso entre si e Miguel Sousa, o segundo classificado naquela altura.
Mas uma tremenda e invulgar carambola na recta da meta a envolver vários pilotos ainda no período inicial, acabaria por provocar a interrupção da mesma e após algumas deliberações, acabou mesmo por se dar início a nova partida. Mas desta vez, mais lesto do que no primeiro arranque, rapidamente Rui Mota saltaria para o comando, começando imediatamente a distanciar-se da concorrência. De facto, este piloto parecia endiabrado e se no final desta primeira calha o equilíbrio entre segundo e quinto classificado era um facto inegável, por outro, Rui Mota havia-se destacado da concorrência e estabelecia uma significativa diferença entre si e os restantes pilotos. Mas a carambola inicial deixava marcas em algumas máquina, de onde se destacam os azares que bateram à porta tanto de Filipe Vinagreiro como de António Lafuente e Bruno Magalhães. Mas Miguel Sousa parecia querer marcar o registo da sua primeira participação, tomando posse do segundo lugar, logo seguido com o mesmo número de voltas, de Miguel Guerreiro, Domingos Vinagreiro e Marco Silva. Devo aqui destacar a os excelentes registo conseguidos por Domingos Vinagreiro, o piloto mais sénior de todos os presentes, mas a saber impôr-se perante uma concorrência de respeito.
Mas se o registo da primeira calha levava Rui Mota, mesmo depois da sua saída para a calha virtual, a manter-se no primeiro lugar da tabela de classificação, o decorrer da prova vincava as intenções de Miguel Sousa, que através de excelente ritmo teimava na perseguição ao líder. Fruto do percalço inicial, Filipe Vinagreiro e António Lafuente ocupavam as duas últimas posições. Bruno Magalhães debatia-se com um Mercedes a denotar deficiências de variada ordem e Filipe Carreiro, parecia não conseguir entrar na guerra pelas posições cimeiras. Dos pilotos da frente, Marco Silva era aquele que parecia apresentar mais dificuldade em se manter no grupo.
Na luta pelo pódio, se Miguel Sousa continuava numa toada verdadeiramente endiabrada, não podíamos tirar os olhos da máquina de Miguel Guerreiro, cujo andamento o levava a manter-se muito próximo da segunda posição. Mas a surpresa maior continuava a ser provocada pelo excelente desempenho demonstrado por Domingos Vinagreiro, que continuava a ocupar o quarto lugar. Por outro lado, era Filipe Vinagreiro que começava a afiar as garras, provocando um ataque que não se sabia até onde o poderia levar, depois do azarado arranque. Na continuação da sua aprendizagem encontrava-se André Mota, demonstrando notória melhoria do seu desempenho. Bruno Magalhães começava a vêr o seu Mercedes a degradar-se progressivamente, o que o obrigava a decair na classificação.
A entrada de José Pedro Vieira trazia novo aliciante à prova, já que o posicionava de imediato na segunda posição, relegando para trás de si, Miguel Sousa. Enquanto isso, o interesse da prova ía-se centrando na luta entre Filipe Carreiro e Marco Silva, com estes a acabarem mesmo por trocar de posições, vindo a ser essa mudança favorável ao segundo.
José Pedro Vieira parecia apostado em desfeitear Miguel Sousa, já que conseguia manter a posição que havia conseguido após a sua entrada. O que começava a mostrar-se certo, era a incapacidade de alguém chegar à marca estabelecida por Rui Mota, o que criava também expectativas relativamente à eventualidade deste conseguir a manutenção do ritmo imposto no arranque após a sua reentrada, ou se pelo contrario, acabaria por se quedar perante os ataques aguerridos que se iam observando no decorrer desta jornada. Mas quem começava também a demonstrar notável desempenho, era André Ferreira. Desfrutando dum carro assinalávelmente bem desenvolvido, acabaria por relegar para trás de si Ricardo Moura que contudo, participava também com uma máquina que terá já conhecido melhores dias, o que não lhe permitia grandes veleidades.
Zé Augusto tinha também que se debater com uma máquina que lhe causava alguns calafrios, dada a inconstância do seu Audi. E assim sendo, não seria possível contar com uma classificação mais interessante, deixando-o abaixo do meio da tabela..
A reentrada de Rui Mota confirmava a continuação de um desempenho notável e começava a deixar a concorrência sem grandes esperanças. Assim sendo, passava o interesse da prova a centrar-se na luta pela segunda posição, onde Miguel Sousa trocava novamente de posições com José Pedro Vieira, assumindo outra vez o segundo lugar. Marco Silva continuava a lutar na tentativa de se chegar a Domingos Vinagreiro, mas parecia missão impossível alcançar este homem, também ele em noite de inspiração e endiabrada. Os bons registos estabelecidos por André Ferreira, deixavam-no também no oitavo lugar, a quatro voltas de Filipe Carreiro. E era Filipe Vinagreiro quem mais se aplicava nesta fase da prova indo paulatinamente roubando uns lugarzitos à concorrência. André Mota a subir de ritmo, não permitia ambições nem a Bruno Magalhães, nem a António Lafuente, ambos a fechar a classificação, após os desaires iniciais de que foram alvo.
E no final confirmava-se Rui Mota como o incontestável vencedor. E Miguel Sousa, a estabelecer menos uma volta do que na jornada inaugural, acabaria ainda assim por ocupar a segunda posição final. Miguel Guerreiro viria a classificar-se no quarto lugar, atrás de José Pedro Vieira e Marco Silva, viria a conseguir desfeitear Domingos Vinagreiro, sonegando-lhe a quinta posição. Também Filipe Vinagreiro que ocuparia o oitavo posto, via-lhe fugir o sétimo lugar por apenas uma volta, o que acabaria por ser favorável a Filipe Carreiro. André Ferreira confirmava o nono lugar, seguido de Ricardo Moura e Zé Augusto. Bruno Magalhães acabaria por ultrapassar André Mota, fechando António Lafuente a classificação na décima quarto posição.
A insolente supremacia imposta por Rui Mota, estamos certos irá acirrar animosidades que levarão os maiores pretendentes ao título a apostas mais acertadas no desenvolvimento das suas máquinas, para que da próxima outro galo possa cantar.
Mas uma vez mais José Pedro Vieira acabaria por se auto-excluir da classificação, o que acabaria por relegar Miguel Guerreiro ao terceiro lugar e a consequente subida de uma posição, por parte dos restantes participantes..
Boas preparações e venha lá a próxima guerra.