No final da temporada e com o fim do apoio da tabaqueira Silk Cut, este projecto da TWR no Campeonato do Mundo de Grupo C, chegou ao fim.
Assim, a TWR rumou em 1992 para o campeonato IMSA GTP, tendo-se servindo da mesma base que tanto êxito lhes havia proporcionado na Europa, ao invés do desenvolvimento num novo projecto a partir da estaca zero. Porém, a falta de novos desenvolvimento sobre o XJR14, associado ao alto nível competitivo encontrado do outro lado do Atlântico, ditou resultados pouco encorajadores para este Jaguar, culminando a aventura americana em 3º lugar e após alguns dissabores com acidentes, provocados por um chassis que não suportava as exigências dos circuitos encontrados.
O chassis 591 viu-se envolvido no acidente de Davy Jones na época americana de 1992, acabando a época depois de restaurado, como modelo para shows. Actualmente encontra-se na Europa na colecção particular de Duncan Dayton.
O chassis 691 acidentou-se em Road America em 1992, tendo ficado destruído.
O único chassis a sair ileso desta participação da TWR na aventura americana, foi o 791. Doado ao programa Porsche WSC, acabou por vir a tornar-se duplo vencedor de Le Mans, encontrando-se actualmente no Museu Joest, tendo recebido a designação de Porsche WSC-95.
Irónico, é saber-se que enquanto com o nome de Jaguar na época de 1991, não chegou sequer a participar na edição de Le Mans desse ano, apesar de se ter encontrar inscrito para essa prova.
Foto de família para as 24 Horas de Le Mans 1991. Os XJR14 não participaram e o XJR12 Nº34 ficou em 3º lugar.
Para o Campeonato do Mundo de Sport Protótipos na Europa em 1992, o XJR14 recebeu novo nome de baptismo, ficando conhecido por Mazda MXR-01. Trocado o motor Ford HB por um Mazda Judd V10 GV, era basicamente um Jaguar XJR14.
Infelizmente, este projecto na Europa foi pouco desenvolvido, apesar da construção de 5 chassis. A preocupação era dar continuidade para além de 1992, o que acabou por acontecer através da ligação à Porsche-TWR, com o WSC-95.
O trabalho de design foi retomado em 1994 com o objectivo de disso tirar partido em 1995, na participação nas 24 Horas de Daytona, sobretudo como forma de preparação para Le mans. Mas com a mudança dos regulamentos IMSA apenas 10 dias antes da maratona de resistência, a Porsche viu-se obrigada a reconsiderar a sua participação, o que culminou com a decisão de simplesmente desistir dessa participação em Daytona.
Desenvolvido posteriormente pela Joest em 1996, 1997 e 1998, conseguiu vitórias absolutas nas edições de 96 e 97 das 24 Horas de Le mans.
Le Mans 1996
Em baixo-A recriação da Fly
Le Mans 1997
Em baixo-A recriação da Fly
Petit Le Mans 1998
Este chassis e um segundo fabricado pela Astec, o WSC-92 002, seriam utilizados durante a totalidade das corridas de 1996 a 1998, num programa da Joest WSC.
Este modelo não foi esquecido no mundo do Slot. Através da Scalextric/SCX e integrado na sua série SRS 2, viu-se potenciado para a competição. Um pouco à semelhança da realidade, após o seu surgimento, revelou-se um modelo altamente competitivo, sendo no entanto arrebatado para o esquecimento por uma formula de competição que nunca o catapultou verdadeiramente para o sucesso.
Dotado de um chassis desenvolvido para a competição e preparado para receber um eixo frontal com sistema direccional associado ao patilhão, uma carroçaria aligeirada e um motor altamente performant, parecia conciliar todas as aptidões para vingar no reino do Slot. Como rival, era ainda editado pelo mesmo fabricante, o Mazda 787B.Mas acabaram por não cativar os praticantes, votando-os a um fracasso comercial que ainda hoje estou por entender.
Mais recentemente e pela mão da Le Mans Miniatures, este mesmo modelo é-nos oferecido em estado de verdadeira obra-de-arte.
Reconhecida que é a qualidade dos modelos da LM Miniatures, fica no entanto o amargo de boca, de não se tratarem de modelos votados para os desempenhos em pista.