O êxito do Peugeot 205 Turbo 16 participante no Mundial de Ralis, estendeu-se também ao mais difícil desafia da conquista das areias do deserto. A Peugeot aproveitou as características deste modelo, para tentar a conquista na prova maratona "Rali Paris-Dakar". Estava-se no ano de 1987 e a marca do leão francês apresentou-se com três destes modelos modificados, na tentativa de inscrever o seu nome no patamar mais elevado da história desta que constitui ainda hoje, a prova mais dura do mundo.
Sujeito às devidas adaptações para enfrentar as adversidades da dureza duma prova desta envergadura, estes modelos viram-se crescidos em termos de dimensões e reforçados ao nível do seu chassis. A carroçaria apresentou-se assim deformada relativamente à versão que lhe serviu de base e que tão bons resultados conseguira no Mundial de Ralis, fazendo-se notar um acrescento entre os dois vidros laterais, onde foram montados depósitos de combustível. A tomada de ar existente a meio da capota e que servia as necessidades do motor, recebeu um acrescento que se prolonga quase até ao pára-brisas. Para além disso, suspensões de maior curso e pneus de maiores dimensões, marcam a nova imagem deste Peugeot 205 Turbo 16 que recebeu a designação de Grand Raid.
O modelo com o dorsal 205, que curiosamente coincide com a sigla do próprio modelo e através da dupla de piloto/navegador constituída por Ari Vatanen/Bernard Giroux, logrou atingir a vitória dessa edição de 1987.
O fabricante de modelos de slot
MSC, iniciou este ano de 2014 uma série dedicada a modelos específicos do Rali Paris-Dakar. E tal como a OSC, também este fabricante orientou a sua primeira referência para o Peugeot 205, mas no caso, a variante também bem sucedida do Grand Raid.
A carroçaria mantém das cotas do modelo base, à excepção do seu comprimento. A MSC proporciona-nos todas as modificações sofridas no 205, complementando-o com os característicos acessórios que os completam.
Poderemos referir que menos conseguidas se encontram a representação dos pneus, mas aqui entendemos que se trata duma criação pensada para vingar nas provas à escala e por isso, este órgão deverá contemplar características que o potenciem nesse sentido e ainda uma janela lateral da rectaguarda, que não cumprirá as dimensões à escala. Uma vez que o chassis utilizado, ainda que regulável em comprimento, será um modelo padrão e que servirá para equipar a totalidade dos modelos desta série, condicione de alguma maneira as dimensões das carroçarias.
Não há dúvida que o modelo se encontra bem conseguido, ainda que não com o mesmo nível de apresentação e acabamento conseguido pela OSC no Peugeot 205 Turbo 16. Este, é fabricado em resina e apresenta-se com alguns pormenores mais grosseiros, como é o caso da representação do rollbar, mas é extraordinário o trabalho que nos é proporcionado.
A parte mais negativa é no entanto o custo a que chega ao consumidor fina. Será necessário despender de 160€ para se conseguir adquirir uma desta preciosidades, algo fora do alcance da amioria dos praticantes da modalidade. No entanto, para quem poder é um modelo que se aconselha.