segunda-feira, 21 de abril de 2014

Uma pérola por descobrir...


 Os modelos clássicos têm sido muito bem acolhidos desde sempre no mundo dois slot car.

 Não têm faltado fabricantes a acarinhar e explorar este tipo de modelos tão bem acolhidos também, pelos praticantes.

 Quase toda a espécie de Sport Protótipos dos anos 60, 70 e 80 têm sido trazidos, para gáudio dos aficionados e até apreciadores de várias marcas que têm conseguido justos êxitos no mundo real.

 Ford, Ferrari, Lola, Porsche, Alfa Romeo, enfim, um sem número de marcas foram apostas de fabricantes existentes e de outros que já desapareceram, mas todos eles nos trouxeram referências do desporto automóvel mundial e que vimos com muito bons olhos as suas chegadas.

 Claro que existem sempre aqueles que serão os nossos modelos de eleição, mas tem surgido um pouco de tudo e enquanto uns fabricantes nos proporcionam modelos que para além de bem conseguidos, conciliam também performances que vão ao encontro dos desejos dos aficionados.


 Nesse particular, Slot.It e NSR têm sido uma referência mundial. Invariavelmente, os seus modelos nascem dotados de dinâmicas extraordinárias capazes de animar campeonatos ao mais alto nível.


 No entanto modelos há, pelo qual nutrimos um gosto ou carinho especial e que nos deixam um amargo de boca pela falta que representam no capítulo da sua presença nas nossas pistas.


 Estou a pensar mais precisamente num modelo que nasceu na década de 70 e compartilhou a pista de Le Mans em 1974 com o há pouco nascido Matra MS670 do fabricante Slot.It. Bonito e de cotas prometedoras, o Mirage GR7 é daqueles modelos que não compreendemos a asua ausência.



 Não tem estado de todo esquecido, já que a extinta MG Vanquish o trouxe às luzes da ribalta, mas a sua falta de competitividade associada a uma incorrectíssima escala, dotou-o rápidamente ao esquecimento.


 Espero sinceramente que a NSR ou a Slot,It o tragam brevemente. De linhas extraordinárias associado a um dos sponsores mais acarinhados pelos apreciadores do desporto automóvel, estes modelos nunca foram na realidade modelos de craveira vencedora, mas marcaram algumas edições do Mundial de Marcas.




 Aqui em acção nas 24 Horas de Le Mans em 1974, onde foram adversáruios directos dos Matra Simca.


 Este modelo merece e incompreensivelmente ainda se mantém escondido das luzes da ribalta....

 Vamos lá fabricantes....


sábado, 19 de abril de 2014

Dakar 1987 - Peugeot 205 Grand Raid

O êxito do Peugeot 205 Turbo 16 participante no Mundial de Ralis, estendeu-se também ao mais difícil desafia da conquista das areias do deserto. A Peugeot aproveitou as características deste modelo, para tentar a conquista na prova maratona "Rali Paris-Dakar". Estava-se no ano de 1987 e a marca do leão francês apresentou-se com três destes modelos modificados, na tentativa de inscrever o seu nome no patamar mais elevado da história desta que constitui ainda hoje, a prova mais dura do mundo.
Sujeito às devidas adaptações para enfrentar as adversidades da dureza duma prova desta envergadura, estes modelos viram-se crescidos em termos de dimensões e reforçados ao nível do seu chassis. A carroçaria apresentou-se assim deformada relativamente à versão que lhe serviu de base e que tão bons resultados conseguira no Mundial de Ralis, fazendo-se notar um acrescento entre os dois vidros laterais, onde foram montados depósitos de combustível. A tomada de ar existente a meio da capota e que servia as necessidades do motor, recebeu um acrescento que se prolonga quase até ao pára-brisas. Para além disso, suspensões de maior curso e pneus de maiores dimensões, marcam a nova imagem deste Peugeot 205 Turbo 16 que recebeu a designação de Grand Raid.
O modelo com o dorsal 205, que curiosamente coincide com a sigla do próprio modelo e através da dupla de piloto/navegador constituída por Ari Vatanen/Bernard Giroux, logrou atingir a vitória dessa edição de 1987.
O fabricante de modelos de slot MSC, iniciou este ano de 2014 uma série dedicada a modelos específicos do Rali Paris-Dakar. E tal como a OSC, também este fabricante orientou a sua primeira referência para o Peugeot 205, mas no caso, a variante também bem sucedida do Grand Raid.
A carroçaria mantém das cotas do modelo base, à excepção do seu comprimento. A MSC proporciona-nos todas as modificações sofridas no 205, complementando-o com os característicos acessórios que os completam.



Poderemos referir que menos conseguidas se encontram a representação dos pneus, mas aqui entendemos que se trata duma criação pensada para vingar nas provas à escala e por isso, este órgão deverá contemplar características que o potenciem nesse sentido e ainda uma janela lateral da rectaguarda, que não cumprirá as dimensões à escala. Uma vez que o chassis utilizado, ainda que regulável em comprimento, será um modelo padrão e que servirá para equipar a totalidade dos modelos desta série, condicione de alguma maneira as dimensões das carroçarias.





Não há dúvida que o modelo se encontra bem conseguido, ainda que não com o mesmo nível de apresentação e acabamento conseguido pela OSC no Peugeot 205 Turbo 16. Este, é fabricado em resina e apresenta-se com alguns pormenores mais grosseiros, como é o caso da representação do rollbar, mas é extraordinário o trabalho que nos é proporcionado.
A parte mais negativa é no entanto o custo a que chega ao consumidor fina. Será necessário despender de 160€ para se conseguir adquirir uma desta preciosidades, algo fora do alcance da amioria dos praticantes da modalidade. No entanto, para quem poder é um modelo que se aconselha.