segunda-feira, 26 de março de 2018

Campeonato "Open Friday" - Segunda prova

A excelente iniciativa levada a cabo pelo Clube Slot do Minho e que junta num campeonato, iniciados e consagrados que funcionam como mentores, viu decorrer sexta-feira última a segunda jornada.
 Esta inédita iniciativa tem muito mais do que competição para ser gozada, já que prima este clube pela excelência dos convívios que assumem importância capital no seu seio. E como tal, se se fizeram notar algumas ausências, como foi o caso do vencedor da jornada inaugural, novas participações acabariam por enriquecer um ambiente que havia já sido na jornada anterior, verdadeiramente extraordinário.
 E à segunda manga da prova, Pedro Martins, o vice comandante deste campeonato, assegurava a liderança no imediato, registando-se atrás de si acesa luta pela segunda posição e que envolveria Jonathan Barbosa, Daniel Rebelo e Sérgio Carvalho. Pedro Lopes via-se perseguido por Marco Cerqueira, enquanto Pedro Monteiro se posicionava um pouco mais atrás e Miguel e Inês, dois jovens a darem os primeiros passos na modalidade, se entretinham e deliciavam com as dificuldades da modalidade. Enquanto isso, era Marco Freire que se mantinha ainda em lista de espera para iniciar a sua prova.





 Os modelos, de acordo com a regulamentação deste campeonato, mantinham-se fixos em cada uma das calhas.....

 .....e claro, a galhofa, continuava a ser uma constante....

 .... e entre os novatos, muita concentração e aplicação.
 O aconselhamento é a principal batuta orientadora daqueles que começam a dar as primeiras gatilhadas na modalidade e nisso, tivemos um Luís Azevedo bem aplicado.

 E dentro da pista lá foram evoluindo cada um à medida das suas habilidades.


 As pistagens são outra das funções dentro da modalidade a requerer aprendizagem e também aqui temos assistido a grandes evoluções.

 E no final, a confirmação do grande desempenho tido por parte de Pedro Martins. Desta feita, a ausência do seu principal adversário permitia-lhe uma vitória um pouco folgada, quando comparada com o resultado obtido na prova de abertura onde acabaria por ser batido pelo seu adversário, por escassa margem.
Marco Freire impunha-se a Jonathan Barbosa, mas entre eles a luta acabou por ser intensa, registando-se a diferença entre ambos numa volta apenas. Também entre o quarto e quinto lugares, entre Daniel Rebelo e Pedro Lopes, a diferença acabaria por se cifrar igualmente numa volta, com a vantagem a pender para o primeiro. Mais para trás, na luta pela sexta e sétimas posições, acabaria por ser Marco Cerqueira a levar a melhor sobre Sérgio Carvalho, embora com o mesmo número de voltas, o que bem demonstra a intensa luta a que se devotaram. Pedro Monteiro viria a ocupar a nona posição, mas deve realçar-se aqui, que se tratou de uma estreia absoluta no mundo dos slot car. O mesmo se poderá dizer se nos referir-mos a Miguel e Inês, dois "manitos" que mostraram uma grande vontade de adaptação a este para eles, estranho mundo.
 No pódio, Pedro Martins, Marco Freire e Jonathan Barbosa, respectivamente primeiro, segundo e terceiro.
Na próxima jornada conta-se já com a presença de alguns elementos ausentes nesta segunda prova, o que aumentará o espírito competitivo que se tem sentido neste "Open Friday".

quarta-feira, 21 de março de 2018

Open Friday - Vamos para a segunda etapa

 Depois do êxito em que se tornou esta iniciativa na jornada inaugural, é tempo dos nossos principiantes e empolgados pilotos começarem a afinar as agulhas para este segundo embate, sempre orientados por um pilotos mais experiente. Encontrando-se a prova agendada para sexta-feira próxima, podem estes menos experientes pilotos treinar na quinta-feira anterior, encontrando-se para isso disponivel a pista do Clube Slot do Minho.
Enquanto isso, os mais experientes consagrados, começam já a preparar-se para o campeonato que se avizinha, específico para modelos de turismo, o "Slot Touring Car Championship".
Força nisso gente...


terça-feira, 20 de março de 2018

Scalextric - Um pouco de história

Desconhecendo eu qual o primeiro fabricante de modelos de slot, tenho para mim que tudo terá começado pela iniciativa da Scalextric. Embora tenham existido algumas iniciativas por parte de alguns pioneiros na matéria, aventurando-se a partir de carros a combustão que percorriam pistas onde existia uma calha que os guiava sem mais qualquer controle, no fundo já autênticos "slot car", dada a originalidade do termo que mais não quer dizer do que "carros de calha", até modelos a combustão que partiam desenfreadamente presos a uma pessoa por um fio, tal como acontece ainda hoje nalgumas modalidades associadas ao aeromodelismo, a verdade é que a expansão da modalidade tal como a conhecemos nos nossos dias, terá partido deste fabricante inglês.
 A empresa inglesa Minimodels Ltd., detentora das marcas Startex e Scalex, aventura-se no ano de 1947 nas primeiras tentativas de munir os seus brinquedos de lata de alguma locomoção própria. O êxito terá acontecido através da adopção de  mecanismos de corda, operada esta através de voltas que se davam ao volante.
Mas o ano mais marcante aconteceria em 1957. Neste ano operava-se a grande alteração que mudaria o mundo do brinquedo automóvel, quando a mesma empresa decidia equipar algumas das suas produções de lata, de um pequeno motor eléctrico. Surgia por essa razão a marca "Scalextric", pela associação dos nomes "Scalex" com "electric". Em 2007 esta marca comemorava o 50º aniversário da electrificação dos seus modelos, vindo a editar um conjunto comemorativo em que constava especialmente, um modelo igualmente em lata e que honrava um desses primeiros modelos, o Ferrari 375 F1, mas registado nos seus catálogos da época como sendo um Ferrari 4,5L. Esta reprodução mais moderna encontra-se notávelmente reproduzida, deixando-nos verdadeiramente na dúvida se se tratará de um modelo de lata, tal a qualidade desta recriação.
Esse mesmo modelo veria também a luz do dia na série corrente da Scalextyric, mas agora numa edição em plástico.

Mas este conjunto de edição limitada comemorativo do seu 50º aniversário, faz-se acompanhar de um belo livro sobre a sua história ao longo destes anos, complementado com imensas fotografias.

 

 Mostra-se aqui um desses primeiros exemplares, no caso, o Masetrati 250F Grand Prix. O equivalente ao patilhão, eram duas campainhas unidas por uma matéria não condutora. A parte mais extrema destas funcionava como a lâmina dos actuais patilhões e que entrava na calha das pistas, sendo estas similares às actuais. Curioso era a existência nestes modelos de apenas a roda de trás do lado direito em borracha. Isto acontecia porque o sentido da pista de formato em "Ó", era contrário ao dos ponteiros do relógio, passando essa a ser a importante roda de tracção. Todas as outras eram em plástico duro.
 O motor usa uma blindagem em que acaba por funcionar como um bloco que atraca directamente ao eixo posterior.
 Um dos contactos eléctricos vai a um dos apoios das campainhas e o outro faz-se directamente ao chassis, já que sendo este em lata, é também condutor.
Mas é em 1960 que a verdadeira revolução acontece, com a substituição dos brinquedos de lata, pelos de plástico. Todos os conceitos são revistos e em paralelo com a introdução de novas técnicas para as reproduções em plástico, muito mais perfeitas e eficazes, surge também um novo tipo de motor, verdadeiramente mais potente.
São nesse ano editados dois distintos modelos, um Bentley e um Alfa Romeo, mas qualquer deles com significado especial no capítulo do desporto motorizado. Foi um grande e revolucionário avanço este trazido pela Scalextric. Poderemos assumir que todos os conceitos de que usufruímos nos dias de hoje, têm as suas raízes nestes dois exemplares.

A tracção passou a ser por ataque entre pinhão e cremalheira, conceito este que perdura até aos dias de hoje, surgindo pela primeira vez o sistema de contacto à pista por palhetas/patilhas. O patilhão, esse, esperou mais alguns anos até se chegar aos actualmente utilizados, já que constituía este, um pequeno espigão.


 A eficácia em pista destes dois exemplares melhorou significativamente, quando comparados com as primeiras edições de lata, tanto pela adopção das rodas em borracha mais macia, como também da utilização de um motor bem mais eficiente.

 Também as linhas destes novos modelos passou a ser muito aperfeiçoada, podendo os utilizadores apreciar linhas proporcionadas e bem definidas, um acentuado melhoramento introduzido pelo uso da injecção plástica para a carroçaria e chassis.
O patilhão terá sido o acessório menos conseguido e que terá levado mais uns anos até se atingir o actual conceito. Contudo, nasceu assim uma nova era para o brinquedo automóvel e que tem mantido presas a esta conceito imensas gerações.
Obrigado Scalextric!

segunda-feira, 19 de março de 2018

Fecho de Campeonato GT Open - Augusto Amorim soma mais um título

 A última jornada do impressionante campeonato que teve como protagonistas os modelos de GT e que teve lugar nas instalações permanentes do Clube Slot do Minho, decorreu num total de 5 provas e viria a confirmar a expectativa em torno de quem se sagraria campeão. E foi sem surpresa que Augusto Amorim arrebatou este título, já que tanto máquina como piloto continuaram a demonstrar que se encontravam em perfeita sintonia num desempenho que seria uma autêntica valsa da glória.
 Mas não teve este piloto a vida facilitada, já que desta vez assistimos a um brilharete por parte de Luís Azevedo, já que chamava a si a vitória absoluta na prova, relegando Augusto Amorim para a segunda posição. Um regresso às vitórias por parte deste piloto, já que há muito lhe andava a fugir o sabôr da glória.
 David Azevedo via uma vez mais uma boa posição comprometida, já que uma inesperada indisposição o obrigaria mesmo à desistência. Uma vez mais via a possibilidade de uma boa classificação escapar-lhe, impossibilitando-o uma vez mais de alcancer o topo das classificações.


 Paulo Mendes trocava uma vez mais de máquina, mas o melhor que viria a conseguir era classificar-se na terceira posição. Mas a diferença de uma volta que o distanciou do segundo lugar, é bem demonstrativo de que afinal os Lamborghini do fabricante Sideways, parece não se encontrarem tão distantes das máquinas de topo que se apresentaram neste campeonato. Com mais tempo, talvez ainda tivesse-mos sido surpreendidos com uma das máquinas da Arrow Slot a serem desfeiteadas.
 Mais para trás, a luta gerava-se a quatro. Rui Mota, Marco Silva, David Fernandes e José Pedro Vieira, entregavam-se a uma luta sem tréguas, mantendo-se a expectativa até ao final, com várias e constantes trocas de posições entre eles. E por uma margem pequena acabaria por ser Rui Mota a superiorizar-se, enquanto para os restantes três pilotos, a incógnita se manteria mesmo até ao final. Seria pois o registo computorizado que definia as posições finais e onde se percebe terem existido ínfimas diferenças.
 Miguel Carvalho continua a demonstrar progressos, já que se havia mantido por força das circunstâncias, bastante tempo afastado das competições. E o ritmo por si imposto, levava-o à conquista da oitava posição, imediatamente à frente de Francisco Matos, este, a ter alguns períodos de pilotagem notáveis. Pena não conseguir ainda uma constância mais acentuada, pois os resultados seriam naturalmente de outra índole. Eugénio Veiga conquistava a décima posição, mas também este piloto demonstrou já potencialidades que o poderiam levar a outras posições de maior relevo.
 O 11º lugar seria pertença de António Lafuente. Também aqui poderíamos ter assistido a uma melhorada performance, não fora a inadaptação a um punho mal afinado para este traçado. Mas à medida que a prova ía evoluindo, as pequenas afinações que ía operando no seu punho lá íam dando os seus frutos, o que lhe permitia alguma progressiva melhoria com o decorrer da prova. Atrás deste piloto ficaria Jonathan Barbosa, um piloto que tem evoluído a olhos vistos. João Preto ocuparia o 13º lugar, mas ressalve-se aqui a complicada tarefa que era pilotar com o punho de que dispunha. Se era difícil para nós, o que dizer daquele jovem com pouca experiência na modalidade? João Lafuente é que se estreava-se neste traçado. A experiência noutras pistas por parte deste piloto, não lhe permitiam no entanto grandes veleidades neste complexo traçado e assim, mesmo dando o melhor de si, acabaria por não ter sido o suficiente para fugir à cauda da classificação. Mas tivemos oportunidade de assistir a bons momentos por parte deste piloto, onde se percebe a existência de grande maturidade. E assim, é fácil de acreditar que umas quantas passagens por esta pista e teremos mais alguém capaz de entrar na luta por algumas posições de relevo.
Feitas as verificações e nada tendo havido fora da regulamentação, foi hora de validar os resultados duma jornada que atribuía mais um título a Augusto Amorim.

 Uma vez mais a supremacia por parte dos Saleen da Arrow Slot ficou latente mas assistimos a uma surpreendente terceira posição conseguida pelo novo modelo da Sideways. O melhor representante da Black Arrow, desta vez acabaria por ser o Lamborghini Murcielago. Marco Silva continua a demonstrar a validade do Chevrolet Corvette da Scaleauto, tendo obtido a quinta posição final.
 No pódio dos carros, outra vez um Saleen no degrau mais alto do pódio.
 Para o campeonato, Augusto Amorim lograria a conquista do título, seguido de Paulo Mendes e Luís Azevedo.
Um campeonato em que ficou clara a extrema rapidez destas máquinas que atingiram um patamar verdadeiramente notável.
Agora seguem-se-lhes os Turismo, uns carros que proporcionaram também interessantes batalhas no ano transacto. A vêr vamos, se não melhoraram mais ainda...