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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Perce Arrow Silver Arrow - Brooklin

 Pierce Arrow é uma marca já desaparecida, mas que em 1933 produziu o seu Silver Arrow.
 Modelo dotado de uma linha, um luxo e uma tecnologia, que na época deixou a concorrência de cabelos em pé.
 Dotado de linhas altamente arrojadas e futuristas, impôs-se com facilidade no mercado existente, pois os avantajados homens de negócios eram facilmente convencidos pelos argumentos que esta berlina oferecia.
 Altamente detalhado em pormenores de uma riqueza ímpar, compreende-se que a classe da alta sociedade por ele se perdesse de amores.
 O próprio símbolo da marca, surgia dotado de uma riqueza inigualável.
 No interior, um luxo extremo não passava despercebido aos verdadeiros apreciadores de automóveis.
 E todo este encanto de riqueza conjugado com tecnologia e o grande factor histórico, foi convincente para que o fabricante Brooklin sobre ele debruçasse atenções e se tivesse servido como a primeira aposta na entrada para o mercado de modelos à escala 1/43.
 E assim, logo após a criação da mítica peça "The Plowing" de sua criação e de que a história não reza nenhuma referência, nasceu o Pierce Arrow Silver Arrow com a referência BRK1.
 Os primeiros modelos eram peças muito rudimentares produzidas em resina, onde o pormenor não era mesmo algo de que se pudessem orgulhar. Sem interior, foram produzidas apenas duas peças que assumiram a designação 001A (azul e cinzento) e 001B (castanho e creme), ambos produzidos com o molde que recebeu a designação C1. Não consta que alguém possua ainda hoje, alguma dessas raras peças que foram produzidas e como tal, vão valendo as de produção mais massiva e que apesar da evolução do seu molde, foram mantendo a referência. Com a designação 002 foram produzidas 40 miniaturas, ainda com duas cores, azul escuro e cinzento claro e cujo molde modificado ficou conhecido por C2. Até que a primeira série de produção verdadeiramente standard surja, passam-se várias etapas e recebe a designação 008A e um molde já tipo C3. Mas trata-se ainda de um molde pouco apurado, onde um chassis plano, inexistência de vidros e sobretudo inexistência de janelas traseiras, fazem dele ainda um modelo de raridade elevada. Claro que a sua produção é ainda dos tempos canadianos.
 O modelo acima mostrado, trata-se já de produção europeia produzido a partir de um molde tipo E4 (E de England e 4 de 4º molde). Quer isto dizer, que se trata de molde inglês e já detalhado. A grelha do radiador encontra-se incrustada na carroçaria. A placa da matricula já surge no modelo, bem como os limpa-pára-brisas. A designação da sua referência é BRK1 (012A).
 Em baixo, um BRK1 com a referência 008A com interior vermelho, sem vidros e sem matrícula. Para a sua produção foi utilizado o molde tipo C3, (C de Canadá e 3 de 3º molde), cujo chassis surge completamente desprovido de detalhe e pormenores. O óculo traseiro que deveria ser dividido em dois, surge tapado e apenas recortado no molde. No chassis surge o Nº1.
Na imagem de baixo pode ver-se como surgia a representação do óculo traseiro, até ao molde C3. Também os pormenores são de bradar aos céus.
 O fim de linha e última produção deste modelo aconteceu em 1992 com a utilização do único molde E5 e a referência BRK1 (020).
Trata-se de uma produção de 500 exemplares expressamente desenvolvida para venda entre os membros do Clube de Coleccionadores Brooklin e foi editado com jantes raiadas e na cor azul escuro. As rodas traseiras surgem descobertas e a caixa foi numerada. A matrícula surge também pela primeira vez na cor laranja.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Brooklin - Ford A

Como é já sabido, a Brooklin é uma marca fabricante de modelos estáticos à escala 1/43, cuja temática assenta na aposta em modelos exclusivamente americanos. Ainda que a verdadeira aposta recaia quase a 100% em modelos datados entre as décadas de 50 e 70, surgiram algumas apostas que fogem dessa regra. São os casos das três versões editadas do modelo A da Ford.

Mas foram das primeiras referências deste fabricante e como tal, existem séries oriundas do Canadá e outras já de produção europeia. Foram então editados do modelo A, as versões "Tudor", "Sedan" e "Coupé". A imagem de cima mostra justamente esses três modelos, sendo o verde e preto o Coupé (BRK 5A), o castanho e preto o Tudor (BRK 5) e verde e bege o Sedan (BRK 3). É sabido que na época, a qualidade demonstrada por este fabricante, muito deixava a desejar, mas conseguindo impor-se no mercado de modo muito pouco comum. Sem grande qualidade e de uma fragilidade impressionante, estes carrinhos só poderiam ter durado até hoje, por extrema devoção dos coleccionadores, seus verdadeiros amantes.
Nestas imagens mostram-se então agora os modelos Tudor (esquerda) e Sedan (à direita), numa demonstração da qualidade apresentada nos anos 70, pela Brooklin. Referir que se trata este modelo "Tudor", de uma produção canadiana. Os seus pneus são pintados, já que não se trata de borracha mas do mesmo material de que é feito o restante modelo. Claro que atinge hoje cotações proibitivas, muito longe do modelo "Sedan" cujo molde sendo já inglês surge com a produção dos seus pneus em borracha e uma cotação bem mais acessível, apesar de atingir já também valores bem interessantes.
Nesta imagem frontal de ambos, dá claramente para perceber o quanto eram deformadas e empenadas estas carroçarias, pára-choques, faróis, .... Aqui não existem simetrias e os empenos que são banais, são absolutamente perceptíveis a olho nu. Mas o modelo castanho e preto, possuidor de pára-choques algo mais finos, encontra-se muito mais propenso a estragos humanos.
Os mesmos defeito são facilmente reconhecidos na secção traseira dos modelos. E a sua extrema fragilidade é dos motivos de maior preocupação aquando do seu manuseio por parte dos coleccionadores. E apenas estes são reconhecidos como capazes de com eles lidar, pois indo parar a mãos alheias a probabilidade de voltar com deformações é de um crescimento exponencial, em função da classe etária, sensibilidade para a matéria ou apenas interesse e vocação. 
Lateralmente será onde essas características menos se fazem notar.
Mas esta fase da Brooklin, de modelos com pouco rigor histórico e de moldes de bradar aos céus, fazem parte da valiosa história deste fabricante e faz destes modelos peças valiosas e o orgulho dos seus possuidores.
O Ford A da esquerda, é uma das raras peças que os apaixonados por este fabricante procuram a todo o custo encontrar. Existem ainda deste modelo outras séries em que a variação se faz pelas cores, mais ou menos valiosos, mas qualquer que seja a variação da versão "Tudor", trata-se sempre de um tesouro.
Hoje a política de construção da Brooklin é um pouco mais apurada, apesar da aposta nos mesmos alicerces que sempre pautaram e nortearam os seus princípios de fabricação. O zamac, matéria de grande fragilidade, continua a ser a matéria prima para os seus modelos, permanecendo também o metal branco na simulação de faróis e stop's, posteriormente pintados se for caso disso.
 Mas a prova da sua evolução mostra-se por exemplo neste SET comemorativo dos seus 25 anos, onde o Pierce Arrow surge já como uma excepcional reprodução. Passou a ser corrente, surgirem puxadores das portas e limpa-pára-brisas por exemplo, como acessórios colocados posteriormente, deixando de ser representados como fazendo grosseiramente parte do molde geral da carroçaria.
Embora longe do brilhantismo e rigor a que fabricantes da actualidade chegam, nota-se também aqui a chegada de novos tempos. Mas a mítica da Brooklin, mantém-se...........

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coleccionismo e suas loucuras - Brooklin

 Brooklin, um nome, uma referência.
Este fabricante de modelos estáticos à escala 1/43 nascido em 1974 no Canadá e que ainda hoje faz gala em manter os princípios básicos que marcaram a sua origem, é hoje uma das mais valiosas colecções a que os apaixonados pelo mundo automóvel, se podem dedicar.
Encontra-se hoje a Brooklin sediado em Inglaterra, onde continua uma apaixonante cruzada pelo mundo automóvel americano. Como matéria prima para os seus modelos, encontramos o zamak e as técnicas aplicadas na sua produção, são as mais básicas possíveis.
 A sua transferência de continente, proporcionou uma das mais interessantes vertententes do coleccionismo em geral e da Brooklin em particular, por definir uma significativa valorização entre modelos construídos no Canadá ou em Inglaterra. De linhas muito rudimentares  na sua origem, numa segunda fase definida pela sua vertente europeia, alguns dos modelos continuaram em linha de produção, mas arrastando consigo melhoramentos, ainda que nalguns casos bem insignificantes, mas noutros, com alguma valência estrutural.
 O Pierce Arrow Silver Arrow que acima se mostra, a primeira referência oficial deste fabricante, BRK 1 é um desses exemplos. Um, de construção "Made in Canadá" e o outro "Made in England". O primeiro surge sem vidros, interior espartano quanto baste, isenção de oculo traseiro, chassis plano, falta de matrícula, pára-choques de qualidade inferior, desenho da representação dos farois, ........

Quando comparados estes modelos com o que hoje em dia se produz, podemos mesmo ficar mal impressionados com a falta de qualidade geral apresentada. Mas a manutenção da filisofia de construção que se mantém e de que este fabricante faz gala em manter, por incrível que nos possa parecer, acaba mesmo por ser a verdadeira alma, essência e paixão que nos marca enquanto fieis seguidores e coleccionadores Brooklin.
Nota-se em cada modelo a evolução dos anos, mas continua-se a aposta no mesmo pesado e extremamente frágil zamac, enquanto a representação dos faróis se vai fazendo também ainda através da sua simulação em metal branco. Hoje começa já a ser frequente, vermos a representação das escovas limpa-pára-brisas também em metal branco acoplado posteriormente aos modelos, mas essa representação fazia inicialmente parte do próprio molde da carroçaria.

 O seu 25º aniversário foi comemorado com a edição de um Pierce Arrow 1601 Sedan numa edição de 1425 exemplares, complementado um uma bonita roulote. Os seus acessórios foram agora representados em metal dourado, o que proporciona um visual mais requintado.

 Para o 30º aniversário, três modelos foram editados, cada um deles numa edição de 999 exemplares e em embalagem individual fazendo-se cada um deles acompanhar de uma placa em metal branco indicativa do acontecimento.

Mas as referências correntes são embaladas em caixas de cartão, que consoante a cor são também indicativas da sua antiguidade. Poderemos então observar também aqui, mais um exemplo de diferenças pertencentes ao Chrysler Air Flow, sendo o modelo branco e caixa prateada oriunda do Canadá e o azul e caixa creme, já a na sua versão europeia.
 A cor das matriculas pode também ser indicativa de alguma série especial ou variação de cor do próprio modelo, o que releva a sua importância relativamente à análise de cada modelo em particular.


Neste caso, o modelo com a referência BRK 7 apresenta uma carroçaria e um chassis quase inalterado, se bem que o "Made in Canada" ou "Made in England" marque sempre a diferença.
Um pouco mais ao pormenor, observemos o modelo BRK 2, um Tucker Torpedo de 1948, em que o modelo azul é o mais antigo e de origem canadeana. Repare-se nas frentes onde a representação dos faróis e do pára-choques surgem bastante diferentes. O modelo dourado, vem já ornamentado com matrícula, inexistente nas primeiras séries.
Igualmente na traseira, matrícula, grelha, pára-choques, escapes, tampa da mala e piscas, constituem elementos distintivos entre asmbas as séries.

Neste ângulo, observam-se melhor as diferenças acima indicadas. O modelo dourado que apresenta ainda algum aspecto tosco, demonstra bem os melhoramentos introduzidos ao nível geral.

O próprio chassis nada tem a vêr, verificando-se bem o "Made in Canada" na imagem da esquerda.

Algumas peças curiosas relacionadas com o mundo automóvel americano foram também lembradas por este fabricante, constituíndo interessantes complementos à colecção.
Com a referência BRK 31 com início de produção em 1991 e fim em 08/1992, esta Pontiac Van Sedan Delivery “Gulf” de 1953.
Um futurista Phanton Corsair de 1938 foi lembrado e recebeu a referência BRK 33 (001- por ter sido a cor preta a primeira a ser editada neste modelo).

Também não foram esquecidas outras séries especiais como esta Pontiac editada em 1991 que se fazia acompanhar do primeiro volume em Vídeo da história da Brooklin e ainda de um pequeno livro em que constam a totalidade das referências até aquela data.

Com a referência BRK X1 ou BRK 45 ou ainda DS X1, este Buick Roadmaster Convertible de 1948.
Esta confusão na referência, deve-se ao facto do mesmo modelo da série corrente ter recebido a referência BRK 45. Contudo, esta foi a entrada da Brooklin nas séries especiais tendo considerado diversas diferenças e quantidade de unidades, conforme o destino. São raros e este faz parte de uma edição de 50 exemplares produzidos para a Austrália e Nova Zelândia. DS X ou BRK X, foi a designação inicial para esta série, que mais tarde ficou assumidamente conhecida pela série BRK X, neste caso 1 por ter sido o primeiro.

Os Set's passaram a ser também edições apreciadas e este constituído por um PACKARD LIGHT 8 CONVERTIBLE de 1932 e um HUDSON GREATER 8 de 1931, foram o pontapé de saída. " Edição Marlyn House".

Na imagem de cima uma vitrina composta por alguns significativos modelos das décadas de 50 / 60, onde ao centro surge um curioso Stout Scarab de 1936, que terá sido porventura, o primeiro modelo no mundo a determinar o conceito de monovolume, não só pelo seu aspecto exterior, mas também pelos originais conceitos que incorporava interiormente. Não faltava por exemplo, uma mesa.

Na imagem de cima, só séries especais da série "FS", onde pode ser observada a Ford F1 Ranger com um atrelado a transportar os famosos Ford Thunderbird Racing de 1957, modelos da alta competição na época no Continente Norte Americano.

Aqui podem ser observados os modelos comemorativos do 25º e 30º aniversários do fabricante, bem como dois camiões muito raros constituintes da série"S". O modelo vermelho, representa uma transformação a um camião normal, representando um modelo de transporte de bebidas alcoólicas da "época seca".

E em baixo, uma imagem muito rara.
Posso garantir-vos que estão a ter o privilégio de ver a "The Plowing" ou em português, o arado. É tão só e apenas, a primeira peça da Brooklin. Muitos dos grandes coleccionadoeres deste fabricante, não mais viram do que uma imagem na última página de um antigo livro do fabricante.
Esta rara peça sem referência, razão pela qual no início do artigo me refiro "à primeira referência oficial", encontra-se em colecção particular em Portugal.
Datada de 1975 conforme se pode constactar, existem muito poucas no mundo, pelo qual a sua cotação será incalculável.
Fica então aqui mais uma pequena história de um grande e ímpar fabricante.