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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Finalmente, a vez de Miguel Guerreiro - Campeonato Clássicos

 E foi uma vez mais nas instalações do Guimarães Slot Clube que decorreu mais uma quinta-feira de fortes emoções. Apesar de uma restrita lista de inscritos, onde se notaram as ausências de Bruno Nogueira, Marco Silva, Albano Fernandes, Miguel Sousa, Jorge Seia, Domingos Vinagreiro e Ricardo Mota, encontrava-se um lote de valorosos pilotos pretendentes à conquista de mais um título para o seu currículo.
 O reduzido número de pilotos presentes obrigou a que mais uma vez esta quarta jornada decorresse através da realização de duas provas independentes, ao invés da opção com recurso às calhas virtuais, tendo-se aumentado os turnos de pilotagem de três para quatro minutos. E assim, os pilotos melhor posicionados em termos de campeonato partiam na primeira das provas, onde se integravam Rui Mota, Filipe Carreiro, Ricardo Moura, Miguel Guerreiro e Filipe Vinagreiro.
 E modelos alinhados para o primeiro dos confrontos, reparava-se que pela quarta vez em quatro provas, Rui Mota participava com um modelo diferente, optando agora e pela primeira vez, por um modelo de origem Thunder Slot, depois de ter passado pela pilotagem de modelos da Slot.It e NSR.
 E a primeira das calhas era mesmo ganha por Rui Mota que conseguiria estabelecer mais uma volta do que os seus perseguidores, com Filipe Carreiro à cabeça, seguido de Ricardo Moura, Miguel Guerreiro e com menos uma volta do que estes, Filipe Vinagreiro.
 Entretanto encontrava-se ainda em repouso em parque fechado, um modelo que gerava alguma expectativa. Em estreia nacional nas competições, estava a nova arma do fabricante Thunder Slot, um Mc'Laren Elva, que iria ser tripulado por José Pedro Vieira.

  Para a segunda manga, Rui Mota consegue manter a liderança com a mesma vantagem para o segundo, mas esta posição era agora assumida por Miguel Guerreiro que conseguia igual vantagem de uma volta para Filipe Carreiro, que por sua vez se destacava também de Ricardo Moura, com a mesma vantagem. A ficar para trás começava a ficar Filipe Vinagreiro, com alguma da culpa a pertencer ao motor.
 Miguel Guerreiro, o câmara-man da GSC TV, a quem se deve o sucesso dos directos das competições deste clube.
 E à terceira calha, Miguel Guerreiro surpreende com um tremendo ataque, Rui Mota, assumindo a liderança com a vantagem de uma volta sobre aquele piloto. Um revés que comprova que da lista de inscritos, a liderança pode em qualquer altura pertencer a qualquer um, dado o elevado nível competitivo que neste clube se tem vivido. E ainda que Filipe Carreiro tivesse conseguisse mantido a vantagem colhida anteriormente sobre Ricardo Moura, retira uma volta que Rui Mota detinha sobre si. A fechar e na quinta posição, encontrava-se Filipe Vinagreiro em constante perda de terreno para os restantes pilotos.
 Quarta calha e Miguel Guerreiro continua a imprimir tremendo ataque, que o leva nesta fase a conseguir já sobre Rui Mota, um ganho de três voltas. Filipe Carreiro, o terceiro classificado não desarmava também e mantinha a desvantagem de uma volta sobre Rui Mota. Mas era também Ricardo Moura que não desistia e mantinha igualmente a desvantagem que o separava de Filipe Carreiro. E Filipe Vinagreiro cada vez mais último, começava a demonstrar verdadeiro desalento, pois sentia-se verdadeiramente impotente para conseguir a mínima perseguição a qualquer dos seus adversários.


 E com a prova a aproximar-se do fim e sem que Rui Mota se intimidasse com o andamento imposto por Miguel Guerreiro, parece acordar e consegue à quinta calha equivalente ritmo, mantendo assim a desvantagem que o separava do comandante da jornada. Mas Filipe Carreiro mantém também a diferença para Rui Mota, mas Ricardo Moura começa a ceder para o piloto que o antecede. Na cauda mantinha-se naturalmente Filipe Vinagreiro, apesar de ter conseguido agora anular uma volta na desvantagem que o separava de Ricardo Moura.
 Carlos Afonso e Miguel Guerreiro, dois dos principais protagonistas deste campeonato.
 A sexta calha comprova que a luta pela posição cimeira deverá ser discutida apenas entre Miguel Guerreiro e Rui Mota, muito embora fossem reduzidas as hipóteses do segundo, visto a desvantagem de três voltas se ter mantido. Mas estes dois pilotos conseguiam agora dilatar para um fosso considerável a vantagem sobre Ricardo Moura e Filipe Carreiro, já que este último perdia substancialmente e via-se mesmo ultrapassado, apesar de com o mesmo número de voltas, por Ricardo Moura. Também Filipe Vinagreiro parecia querer ressuscitar, conseguindo manter a mesma desvantagem anterior que o separava dos pilotos que se lhe antecediam.


 Penúltima calha e Rui Mota acelera o seu ritmo e retira uma volta a Miguel Guerreiro, passando para uma diferença de duas voltas entre ambos. Parecia aquecer a guerra pela vitória, apesar de improvável a reviravolta por parte de Rui Mota. E enquanto Ricardo Moura faz também uma brilhante calha, é Filipe Carreiro que parece baixar os braços e assumir definitivamente que o quarto lugar é seu, ao mesmo tempo que vê também Filipe Vinagreiro atrás de si, mas uma vez mais a aproximar-se. Esperava-se uma empolgante oitava e última calha e tentava perceber-se se haveriam forças para Rui Mota operar uma cambalhota na classificação.

 E assistiu-se de facto a um tenaz ataque por parte de Rui Mota neste fecho, que o levaria a completar a prova com o mesmo número de voltas de Miguel Guerreiro, o vencedor, mas ao mesmo tempo incapaz de se conseguir impôr, pelo que terá sido imperativa a eficácia dos nervos de aço com que Miguel Guerreiro encarou esta participação e pilotou, nesta impressionante aproximação do seu adversário. Ricardo Moura acabaria por fechar a classificação no terceiro lugar, seguido de Filipe Carreiro com menos uma volta e Filipe Vinagreiro fecharia a tabela no quinto lugar.
 Dava-se então tempo para que se iniciasse a segunda parte da jornada, onde Carlos Afonso protagonizava o papel do "papão" e José Pedro Vieira deixava no ar alguma possível surpresa, com a estreia de um modelo desconhecido para a totalidade dos pilotos presentes.

E feito o arranque, a primeira calha termina com Carlos Afonso não só à cabeça desta classificação, mas também da classificação à geral, tendo deixado Fernando Coelho, o segundo classificado a duas voltas. José Pedro Vieira a queixar-se de falta de velocidade do seu Elva, termina ainda assim no terceiro lugar, ainda que com o mesmo número de voltas de Frasco Leite. E era esta a primeira das surpresas, já que potencial a esta nova criação estreada por José Pedro Vieira, parece não faltar. António Lafuente era o piloto que se lhes seguia e André Ferreira fechava esta classificação.





A terceira calha confirmava as aspirações de Carlos Afonso, mas parecia que o estreante Elva e o seu piloto ali estavam também para deixar uma marca de relevo, já que o terceiro lugar se fazia, com a manutenção de apenas menos uma volta do que Fernando Coelho. Frasco Leite perdia bastante terreno, vindo mesmo a ser batido por António Lafuente e André Ferreira não aguentava o ritmo dos restantes adversários.

Ainda que se mantendo como líder absoluto à quarta calha, Carlos Afonso vê Fernando Coelho a manter a distância de três voltas que os separava. Mas é José Pedro Vieira que mais surpreende, já que consegue mesmo igualar Fernando Coelho no número de voltas. Enquanto isso, Frasco Leite continua a atrasar-se relativamente a António Lafuente, mas é André Ferreira que continua a ocupar a última posição.



A quinta calha vê Carlos Afonso cada vez mais primeiro relativamente ao surpreendente segundo classificado que é agora José Pedro Vieira, mas perde terreno à geral, tanto para Miguel Guerreiro como para Rui Mota. E o novíssimo Elva impôs-se agora ao Lola de Fernando Coelho, que parece ter começado a ter algumas dificuldades em se manter entre os primeiros. Entretanto na cauda, as posições relativas eram mantidas entre António Lafuente, Frasco Leite e André Ferreira.

A sexta calha começa a definir a batalha de Carlos Afonso não pela guerra directa com os seus adversários de pista, mas sim com os guerreiros da primeira manga. E mais uma vez vê a distância encurtada, o que começa para ele a ser preocupante. José Pedro Vieira que começa também a ser cada vez mais o segundo na pista, traça um percurso que lhe começa a garantir o quarto lugar à geral, algo surpreendente para um modelo que mal havia sido testado. Mas desta vez é Frasco Leite que assume a quarta posição por troca com António Lafuente, cabendo a cauda da classificação a André Ferreira.

Depois de ter ficado bem alerta com a perda de terreno para segundo e terceiro classificados, esta penúltima calha obriga Carlos Afonso a um forcing que acaba por deixar tudo na mesma, o que acaba por reservar o desfecho, mesmo para a última calha. Era então deixada mesmo para o fim a expectativa máxima, onde o resultado poderia depender dos nervos de aço de Carlos Afonso, já que iria partir para o desfecho da prova debaixo de enorme pressão. As restantes posições eram nesta calha mantidas.

E acabaria por ter esta última calha um desfecho imprevisível, quando Carlos Afonso imensamente pressionado e em resultado de uma pistagem mal conseguida, acaba por abandonar a prova, levando a que Miguel Guerreiro conseguisse uma vitória que há muito lhe vinha escapando. Pena este imprevisível desfecho, porque estamos em crer que a classificação iria apenas ficar definida com o último corte de corrente eléctrica. Mas são corridas e muitos acontecimentos inesperados vão acontecendo, como este que não se desejava, mas que não deixa de ser uma realidade.
E assim, consagrava-se Miguel Guerreiro como vencedor, seguido de Rui Mota e vindo como enorme surpresa José Pedro Vieira a ocupar um honroso terceiro lugar na estreia do incrível Elva, que o piloto tanto gabou. Carlos Afonso acabaria ainda num inglório quarto lugar, seguido de Ricardo Moura, Filipe Carreiro, Fernando Coelho, Filipe Vinagreiro, Frasco Leite, António Lafuente e André Ferreira.
Nas contas para o campeonato, Rui Mota encontra-se num confortável primeiro lugar, o que apenas um qualquer inesperado desairo lho poderá retirar. A segunda posição é a que despertará a maior animosidade, dada as diferenças entre Miguel Guerreiro, Filipe Carreiro e Ricardo Moura se fazerem pela diferença de 3 pontos apenas. Assim sendo, teremos um fecho de campeonato quinta-feira próxima, bastante prometedor, entre estes três assíduos pilotos.

Pela primeira vez, o bonito Lola da "Gulf" sobe ao pedestal mais alto.
E o curioso McLaren Elva participa em estreia, ocupando o desejado pódio.

Apróxima-se então, um quinta-feira tórrida, onde Miguel Guerreiro quererá certamente repetir a façanha mas onde tanto Filipe Carreiro como Ricardo Moura não estarão certamente pelos ajustes.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Um regresso que quebrou uma hegemonia - Campeonato Clássicos - Guimarães Slot Clube

 Para a segunda prova dedicada aos modelos Sport Protótipos Clássicos, contámos desta vez com um parque fechado mais digno dos habituais pergaminhos do Guimarães Slot Clube, onde tivemos o privilégio de poder contar com o regresso de José Pedro Vieira, Carlos Afonso, Bruno Magalhães, Miguel Sousa, Domingos Vinagreiro, Damião Castro e António Lafuente, apesar de não termos ainda podido contar com os nomes de Albano Fernandes, António e Jorge Seia e ainda de André Mota na lista de inscritos.
 Mas os dezassete nomes inscritos permitiram um recheado parque de bonitos e bem preparados modelos clássicos, que viriam uma vez mais a permitir um desenrolar de prova de elevado gabarito.

 Um variado parque de belas máquinas, onde se registavam fabricantes de variadas proveniências e também de uma bonita gama de modelos.

Rui Mota apostava desta vez por troca com o Mc'Laren com que iniciara o campeonato, no Porsche 908/3 da NSR, mas a grelha inicial mostrava que a maioria das apostas dos concorrentes recaía nas fabulosas recriações da Thunder Slot, máquinas onde se apoiavam tanto Bruno Magalhães como Carlos Afonso neste regresso às competições. Mas se a presença de Bruno Magalhães se fazia logo de início na coorida, era necessário esperar pelas últimas entradas em pista para perceber-mos o ritmo com que Carlos Afonso nos impressionaria.

 Carlos Afonso e Bruno Magalhães, dois regressos muito bem vindos.
 Fomos também brindados com a presença de um verdadeiro ícone dos automóveis verdadeiros da cidade berço, que terá marcado o mundo automóvel com as suas verdadeiras competências mecânicas.

 E iniciada a prova Rui Mota assume de imediato o comando, muito embora quatro pilotos tenham marcado o mesmo registo, com Filipe Carreiro a mostrar-se como o mais sério opositor, seguido de Bruno Magalhães e Filipe Vinagreiro. Se de Filipe Carreiro e Filipe Vinagreiro já se esperava árdua luta como poderosos adversários na guerra pela vitória, a inicial incógnita que Bruno Magalhães poderia deixar pela longa ausência das competições, esfumava-se, já que trazia à tona toda a sua já conhecida garra e elevada competitividade enquanto piloto. Seguiam-se-lhes com o registo de vinte e uma voltas Miguel Guerreiro e Ricardo Moura, dois pilotos que também pautam as suas presenças por elevado espírito de combatividade, pelo que era necessário continuar a contar com eles até ao baixar da bandeira. Miguel Antunes registava menos uma volta ocupando a sétima posição, mas era André Ferreira quem verdadeiramente perdia o combóio, ao conseguir apenas realizar dezassete voltas.



 E à saída de Rui Mota correspondia a entrada de Fernando Coelho, um piloto que tem também ele deixado marcas de enorme valia. Mas não iria neste seu arranque além do sexto lugar, numa calha em que Filipe Carreiro perde a segunda posição para Bruno Magalhães. Mas Filipe Vinagreiro muito embora tivesse conseguido a manutenção no quarto posto, vê a sua posição perigada pela aproximação de Ricardo Moura que consegue chegar a quinto da geral com o mesmo número de voltas. Enquanto isso, Miguel Guerreiro desce de quinto para sétimo, numa prova que não lhe iria correr de feição e que veria agora Miguel Antunes à distância de menos de uma volta. A fechar, continuava André Ferreira na nona posição.




 A terceira calha mostra as sérias intenções com que Bruno Magalhães encarava este regresso, imprimindo ritmo verdadeiramente forte e que o levava a registos por volta que assim o comprovavam. No entanto, o assalto ao primeiro lugar não fora ainda consumado. Filipe Carreiro que se encontrava também já nas calhas virtuais, mantinha o terceiro lugar graças aos seus excelentes desempenhos enquanto se havia mantido em pista. Ricardo Moura assumia o quarto lugar por troca com Filipe Vinagreiro, com este último a demonstrar um invulgar ritmo abaixo do seu habitual. Também Fernando Coelho aproveita a maior ineficiência por que estava a passar Miguel Guerreira e rouba-lhe a sétima posição. A entrada de Damião Castro trazia também algumas elevadas expectativas, mas um Ford P68 menos eficiente, não lhe permitia ir além de uma posição à frente André Ferreira que continuava como lanterna vermelha desta tabela de classificação.



 E era chegada a vez da entrada de outro regressado rápido piloto nesta quarta calha. Mas afinal, um Lola T70 Spyder nada colaborante, deixavam-no com dezoito voltas e na décima posição, um lugar apenas à frente de André Ferreira que continuava a fechar a tabela. À frente, Bruno Magalhães continuava a sua tarefa de fazer tremer as vedetas da companhia e marcava novos registos de relevo, cimentando o segundo lugar e deixando em aberto a possibilidade de chegar ao primeiro lugar. A descansar, Filipe Carreiro e Ricardo Moura não viam nenhum dos pilotos que se mantinham em pista, a conseguirem-lhes retirar as posições. Mas Fernando Coelho ameaça Ricardo Moura, ficando agora ambos com o mesmo número de voltas. Esta pressão imposta por Fernando Coelho, levou-o a passar para a frente de Filipe Vinagreiro, com este a ver a sua prova a ir de mal a pior. Mais atrás, Miguel Antunes e Miguel Guerreiro mantinham as suas posições relativas e à frente de Damião Castro, Miguel Sousa e André Ferreira.



 Na quinta calha Filipe Vinagreiro sofre de uma assentada a passagem de sexto a oitavo, vendo passá-lo tanto Miguel Antunes como Miguel Guerreiro. Nesta calha era Domingos Vinagreiro que fazia a estreia neste campeonato, mas não iria além da décima primeira posição, apenas à frente de André Ferreira, enquantoi as posições de topo se mantinham inalteradas.
 Oxalá me consiga manter no pódio, parece ser a legenda que sai do cérebro de Filipe Carreiro.



 Sexta calha e no que respeita às posições até ao quinto lugar, tudo se mantinha inalterado. Mas era a sexta posição agora pertença de Miguel Guerreiro, piloto que parecia querer acordar, passando para a frente de Miguel Antunes, sendo este o único registo de releve para além da entrada de António Lafuente, que não consegue também ele ir além da décima segunda posição, um lugar à frente do eterno lanterna vermelha, André Ferreira.




 E era chegada a hora à sétima calha, da entrada do esperado Carlos Afonso. Embora muito rápido como sempre, não consegue nesta sua primeira participação ir além do quarto lugar, mas com um registo equivalente aos demais pilotos, pelo que a diferença se fazia por meros metros. Miguel Antunes é que descia agora à nona posição, por troca com Filipe Vinagreiro. Miguel Sousa vê-se suplantado na classificação por António Lafuente, no que começava a ser uma prova verdadeiramente desastrada.



 E entrava na oitava calha José Pedro Vieira, mas o seu Mc'Laren não o deixava ir além da quinta posição. Mas o protagonismo ia todo para Carlos Afonso que passava a terceiro classificado da geral, com o mesmo registo de voltas de Filipe Carreiro. As restantes posições eram mantidas inalteradas, pelo que começava a desenhar-se enorme interesse à cabeça da tabela de classificação, já que Carlos Afonso entrava na luta e José Pedro Vieira imiscuía-se também nas posições cimeiras. E ficava também com a prova completa Bruno Magalhães, que com as 173 voltas conseguidas suplantava largamente o recorde da anterior e única prova deste campeonato até agora realizada. Restava perceber se tanto Rui Mota que ainda se mantinha à cabeça da classificação com apenas uma participação, como Carlos Afonso, iriam conseguir atingir ou suplantar este extraordinário registo.


A nona calha marcava a entrada de outro piloto que invariavelmente consegue excelentes resultados. É ele Marco Silva, mas desta vez o seu arranque não lhe permitia ir além da décima primeira posição, num desempenho absolutamente condicionado pela máquina com que alinhava desta vez. A troca do Ford P68 pelo Mc'Laren parece não ter resultado conforme o esperado. Toda a restante classificação, mantinha as posições relativas, com a interposição de Marco Silva entre Miguel Antunes, o décimo classificado e Damião Castro, agora o décimo segundo.


 A décima calha mostra o quanto Carlos Afonso se esforça por arrebatar a vitória através de um poderoso andamento, marcando registos de capital importância. Mas apesar da enorme competitividade demonstrada em pista, não chega ainda para suplantar nem Rui Mota nem Bruno Magalhães. A entrada de Frasco Leite levava também a crer que mais um piloto se posicionaria na guerra pela vitória final, mas uma vez mais este piloto não é bafejado pela sorte e as vinte voltas que consegue registar, não lhe permitem ir além do décimo terceiro lugar. Miguel Sousa consegue apesar de tudo e finalmente, subir uma posição, relegando António Lafuente para trás de si.



Apesar de todos os esforços assumidos por Carlos Afonso, ainda não é a décima primeira calha que define alterações à cabeça da classificação geral, no regresso de Rui Mota que consegue manter a posição de liderança, mas onde a perda de alguma da vantagem de que vinha usufruindo enquanto participante nas calhas virtuais, foi uma realidade. Mas um desempenho menos conseguido por parte de José Pedro Vieira, levam-no a perder uma posição a favôr de Ricardo Moura. Frasco Leite começa uma tarefa de recuperação e ascende duas posições, ultrapassando Marco Silva e Damião Castro, assumindo assim o décimo primeiro lugar. Daqui e até à última posição, mantiveram-se os lugares da calha anterior.


Décima segunda calha e pela primeira vez Rui Mota vê-se destronado do comando da prova, já que não conseguia manter o mesmo nível de brilhantismo assumido na abertura. Esta posição é agora uma conquista de Bruno Magalhães, mas Rui Mota vê ainda a distância encurtada entre si e Carlos Afonso. Estava agora ao rubro a disputa pelas primeiras posições, mas enquanto isso, nada mais havia a registar, já que quanto às restantes posições, tudo acabaria por se manter inalterado.

E na décima terceira calha é a vez de Carlos Afonso pregar também a rasteira a Rui Mota, relegando este para o terceiro lugar. Mas começava também uma animadora aproximação a Bruno Magalhães , o piloto que se mantinha no momento à cabeça da tabela de classificação. Encontrava-se o ambiente verdadeiramente efervescente, com os participantes a assistirem a este empolgante final de prova. Também Damião Castro recupera a posição cedida a Frasco Leite e demonstra que apesar de desactualizado, o seu P68 de origem NSR pode ainda fazer os seus estragos. E Marco Silva acabava por manter-se numa posição muito pouco habitual e pouco condizente com as suas naturais ambições.



Finalmente à décima quarta calha e última para si, Carlos Afonso consegue o regresso à posição que muito bem conhece, após um andamento verdadeiramente brilhante e onde o seu melhor tempo numa volta ficou registado nos 10,35 segundos. Por escassos metros acaba por suplantar o registo das 173 voltas e poucos metros com que Bruno Magalhães havia completado a sua prova. Faltava agora perceber se haveria alguém com capacidade de enfrentar estes dois puros velocistas. Da parte de Rui Mota a sua cadência não parecia poder alimentar-lhe esperanças, mas haveria mais alguém? Se Filipe Carreiro se posicionava a duas voltas de Rui Mota, parecia que relativamente às duas primeiras posições o resultado já se encontrava perfeitamente definido, mas para o terceiro lugar, nem por isso. Mas nesta calha, uma arreliadora avaria retira provisoriamente Frasco Leite da prova, descendo na tabela de classificação para o décimo sexto lugar, uma posição à frente de André Ferreira, piloto este que se manteve na totalidade da prova, na cauda da classificação.



Mas o final de prova prometia e na décima quinta calha, Filipe Carreiro ganha mais uma volta a Rui Mota e José Pedro Vieira consegue trocar de posição com Ricardo Moura, assumindo para si a quinta posição, enquanto os dois primeiros poderiam assumir definitivamente que as suas posições eram definitivamente intocáveis. O regresso de Frasco Leite leva-o a empreender nova recuperação e posiciona-se agora no décimo quarto lugar, atrás de Marco Silva e à frente de Miguel Sousa, este último um piloto que não conseguiu nunca desenvencilhar-se das posições da cauda da classificação.


Na penúltima calha José Pedro Vieira consegue subir mais um lugar, desta vez deixando atrás de si Filipe Carreiro, mas parece improvável que venha a conseguir impôr-se a Rui Mota, sobretudo quando esta acabaria por ser a sua última participação, ficando apenas dependente para subir um lugar, duma fraca prestação por parte de Rui Mota. Mas tanto Filipe Carreiro como Ricardo Moura teriam oportunidade de criar mais um pólo de atracção neste desfecho de prova que ocorreria na calha seguinte, já que ambos se encontravam em igualdade de voltas. Mas que fecho de segunda jornada se estava a preparar. Mas também Fernando Coelho que se posicionava na sétima posição a duas voltas de José Pedro Vieira, poderia assistir a algum deslize por parte tanto de Filipe Carreiro como de Ricardo Moura, podendo vir a colher disso frutos, pelo que entre quarto e sétimo lugares, algo poderia ainda a vir a acontecer. E entre Miguel Guerreiro, Filipe Vinagreiro e Miguel Antunes, nada se encontrava também definido, pelo era mais um ponto de interesse a assistir-se na calha seguinte e desfecho da jornada.



E partia-se então par um final empolgante onde tal como se esperava, as três primeiras posições não se alteraram, mas em que entre José Pedro Vieira e Filipe Carreiro se desenhou uma luta em que culminariam a batalha com o mesmo número de voltas, com a vantagem a pender a favôr do primeiro, mas onde a classificação até ao décimo lugar se fez demonstrando enorme equilíbrio, com Ricardo Moura a encabeçar uma lista de posições cuja diferença não ultrapassava uma volta entre pilotos. Damião Castro no décimo primeiro lugar é que acabaria por não conseguir andamento que o mantivesse na luta pelas melhores posições, seguido de Marco Silva, também ele muito abaixo das expectativas. As três últimas posições é que geraram também inesperado interesse, pertencendo o décimo quinto lugar a Miguel Sousa, a seguir-se-lhe André Ferreira que consegue finalmente no culminar da prova, sobrepôr-se a António Lafuente.
Como nota de fecho, enaltecer os gloriosos regressos tanto de Carlos Afonso, o vencedor, como de Bruno Magalhães, o segundo classificado, que finalmente puseram cobro a uma inusual hegemonia que vinha a ser imposta por Rui Mota durante cinco jornadas consecutivas e capazes agora de apimentar mais ainda os campeonatos que este clube vimaranense tem vindo a levar a cabo.
Ao nível dos fabricantes, parece que os modelos da Thunder Slot retomaram a sua posição de vedetas demonstrado já no transacto campeonato. Embora tenha havido uma aproximação do Porsche 908/3 da NSR, ainda assim parece que os Lola T70 Spyder se manteem como as mais poderosas máquinas deste campeonato.
O bonito Lola T70 Spyder que Carlos Afonso levou à vitória, tinha-se já mostrado como a máquina imbatível na anterior época dedicada aos modelos Sport Protótipos Clássicos. Igual modelo acabaria por ser a opção de Bruno Magalhães, cujo resultado quase surpreenderia o vencedor desta segunda jornada.
Desta vez a opção tida por Rui Mota que trocou o Mc'Laren da Slot.It vencedor da primeira prova pelo Porsche da NSR, não o levaria além do terceiro lugar.

Um campeonato que começa a mostrar enorme interesse na disputa entre cada uma das posições e onde os pilotos se começam cada vez mais a mostrar aguerridos e capazes de melhorar as performances tidas na jornada anterior.
Não perca a oportunidade de viver na primeira pessoa estas fortes emoções.