quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Finalmente, a vez de Miguel Guerreiro - Campeonato Clássicos

 E foi uma vez mais nas instalações do Guimarães Slot Clube que decorreu mais uma quinta-feira de fortes emoções. Apesar de uma restrita lista de inscritos, onde se notaram as ausências de Bruno Nogueira, Marco Silva, Albano Fernandes, Miguel Sousa, Jorge Seia, Domingos Vinagreiro e Ricardo Mota, encontrava-se um lote de valorosos pilotos pretendentes à conquista de mais um título para o seu currículo.
 O reduzido número de pilotos presentes obrigou a que mais uma vez esta quarta jornada decorresse através da realização de duas provas independentes, ao invés da opção com recurso às calhas virtuais, tendo-se aumentado os turnos de pilotagem de três para quatro minutos. E assim, os pilotos melhor posicionados em termos de campeonato partiam na primeira das provas, onde se integravam Rui Mota, Filipe Carreiro, Ricardo Moura, Miguel Guerreiro e Filipe Vinagreiro.
 E modelos alinhados para o primeiro dos confrontos, reparava-se que pela quarta vez em quatro provas, Rui Mota participava com um modelo diferente, optando agora e pela primeira vez, por um modelo de origem Thunder Slot, depois de ter passado pela pilotagem de modelos da Slot.It e NSR.
 E a primeira das calhas era mesmo ganha por Rui Mota que conseguiria estabelecer mais uma volta do que os seus perseguidores, com Filipe Carreiro à cabeça, seguido de Ricardo Moura, Miguel Guerreiro e com menos uma volta do que estes, Filipe Vinagreiro.
 Entretanto encontrava-se ainda em repouso em parque fechado, um modelo que gerava alguma expectativa. Em estreia nacional nas competições, estava a nova arma do fabricante Thunder Slot, um Mc'Laren Elva, que iria ser tripulado por José Pedro Vieira.

  Para a segunda manga, Rui Mota consegue manter a liderança com a mesma vantagem para o segundo, mas esta posição era agora assumida por Miguel Guerreiro que conseguia igual vantagem de uma volta para Filipe Carreiro, que por sua vez se destacava também de Ricardo Moura, com a mesma vantagem. A ficar para trás começava a ficar Filipe Vinagreiro, com alguma da culpa a pertencer ao motor.
 Miguel Guerreiro, o câmara-man da GSC TV, a quem se deve o sucesso dos directos das competições deste clube.
 E à terceira calha, Miguel Guerreiro surpreende com um tremendo ataque, Rui Mota, assumindo a liderança com a vantagem de uma volta sobre aquele piloto. Um revés que comprova que da lista de inscritos, a liderança pode em qualquer altura pertencer a qualquer um, dado o elevado nível competitivo que neste clube se tem vivido. E ainda que Filipe Carreiro tivesse conseguisse mantido a vantagem colhida anteriormente sobre Ricardo Moura, retira uma volta que Rui Mota detinha sobre si. A fechar e na quinta posição, encontrava-se Filipe Vinagreiro em constante perda de terreno para os restantes pilotos.
 Quarta calha e Miguel Guerreiro continua a imprimir tremendo ataque, que o leva nesta fase a conseguir já sobre Rui Mota, um ganho de três voltas. Filipe Carreiro, o terceiro classificado não desarmava também e mantinha a desvantagem de uma volta sobre Rui Mota. Mas era também Ricardo Moura que não desistia e mantinha igualmente a desvantagem que o separava de Filipe Carreiro. E Filipe Vinagreiro cada vez mais último, começava a demonstrar verdadeiro desalento, pois sentia-se verdadeiramente impotente para conseguir a mínima perseguição a qualquer dos seus adversários.


 E com a prova a aproximar-se do fim e sem que Rui Mota se intimidasse com o andamento imposto por Miguel Guerreiro, parece acordar e consegue à quinta calha equivalente ritmo, mantendo assim a desvantagem que o separava do comandante da jornada. Mas Filipe Carreiro mantém também a diferença para Rui Mota, mas Ricardo Moura começa a ceder para o piloto que o antecede. Na cauda mantinha-se naturalmente Filipe Vinagreiro, apesar de ter conseguido agora anular uma volta na desvantagem que o separava de Ricardo Moura.
 Carlos Afonso e Miguel Guerreiro, dois dos principais protagonistas deste campeonato.
 A sexta calha comprova que a luta pela posição cimeira deverá ser discutida apenas entre Miguel Guerreiro e Rui Mota, muito embora fossem reduzidas as hipóteses do segundo, visto a desvantagem de três voltas se ter mantido. Mas estes dois pilotos conseguiam agora dilatar para um fosso considerável a vantagem sobre Ricardo Moura e Filipe Carreiro, já que este último perdia substancialmente e via-se mesmo ultrapassado, apesar de com o mesmo número de voltas, por Ricardo Moura. Também Filipe Vinagreiro parecia querer ressuscitar, conseguindo manter a mesma desvantagem anterior que o separava dos pilotos que se lhe antecediam.


 Penúltima calha e Rui Mota acelera o seu ritmo e retira uma volta a Miguel Guerreiro, passando para uma diferença de duas voltas entre ambos. Parecia aquecer a guerra pela vitória, apesar de improvável a reviravolta por parte de Rui Mota. E enquanto Ricardo Moura faz também uma brilhante calha, é Filipe Carreiro que parece baixar os braços e assumir definitivamente que o quarto lugar é seu, ao mesmo tempo que vê também Filipe Vinagreiro atrás de si, mas uma vez mais a aproximar-se. Esperava-se uma empolgante oitava e última calha e tentava perceber-se se haveriam forças para Rui Mota operar uma cambalhota na classificação.

 E assistiu-se de facto a um tenaz ataque por parte de Rui Mota neste fecho, que o levaria a completar a prova com o mesmo número de voltas de Miguel Guerreiro, o vencedor, mas ao mesmo tempo incapaz de se conseguir impôr, pelo que terá sido imperativa a eficácia dos nervos de aço com que Miguel Guerreiro encarou esta participação e pilotou, nesta impressionante aproximação do seu adversário. Ricardo Moura acabaria por fechar a classificação no terceiro lugar, seguido de Filipe Carreiro com menos uma volta e Filipe Vinagreiro fecharia a tabela no quinto lugar.
 Dava-se então tempo para que se iniciasse a segunda parte da jornada, onde Carlos Afonso protagonizava o papel do "papão" e José Pedro Vieira deixava no ar alguma possível surpresa, com a estreia de um modelo desconhecido para a totalidade dos pilotos presentes.

E feito o arranque, a primeira calha termina com Carlos Afonso não só à cabeça desta classificação, mas também da classificação à geral, tendo deixado Fernando Coelho, o segundo classificado a duas voltas. José Pedro Vieira a queixar-se de falta de velocidade do seu Elva, termina ainda assim no terceiro lugar, ainda que com o mesmo número de voltas de Frasco Leite. E era esta a primeira das surpresas, já que potencial a esta nova criação estreada por José Pedro Vieira, parece não faltar. António Lafuente era o piloto que se lhes seguia e André Ferreira fechava esta classificação.





A terceira calha confirmava as aspirações de Carlos Afonso, mas parecia que o estreante Elva e o seu piloto ali estavam também para deixar uma marca de relevo, já que o terceiro lugar se fazia, com a manutenção de apenas menos uma volta do que Fernando Coelho. Frasco Leite perdia bastante terreno, vindo mesmo a ser batido por António Lafuente e André Ferreira não aguentava o ritmo dos restantes adversários.

Ainda que se mantendo como líder absoluto à quarta calha, Carlos Afonso vê Fernando Coelho a manter a distância de três voltas que os separava. Mas é José Pedro Vieira que mais surpreende, já que consegue mesmo igualar Fernando Coelho no número de voltas. Enquanto isso, Frasco Leite continua a atrasar-se relativamente a António Lafuente, mas é André Ferreira que continua a ocupar a última posição.



A quinta calha vê Carlos Afonso cada vez mais primeiro relativamente ao surpreendente segundo classificado que é agora José Pedro Vieira, mas perde terreno à geral, tanto para Miguel Guerreiro como para Rui Mota. E o novíssimo Elva impôs-se agora ao Lola de Fernando Coelho, que parece ter começado a ter algumas dificuldades em se manter entre os primeiros. Entretanto na cauda, as posições relativas eram mantidas entre António Lafuente, Frasco Leite e André Ferreira.

A sexta calha começa a definir a batalha de Carlos Afonso não pela guerra directa com os seus adversários de pista, mas sim com os guerreiros da primeira manga. E mais uma vez vê a distância encurtada, o que começa para ele a ser preocupante. José Pedro Vieira que começa também a ser cada vez mais o segundo na pista, traça um percurso que lhe começa a garantir o quarto lugar à geral, algo surpreendente para um modelo que mal havia sido testado. Mas desta vez é Frasco Leite que assume a quarta posição por troca com António Lafuente, cabendo a cauda da classificação a André Ferreira.

Depois de ter ficado bem alerta com a perda de terreno para segundo e terceiro classificados, esta penúltima calha obriga Carlos Afonso a um forcing que acaba por deixar tudo na mesma, o que acaba por reservar o desfecho, mesmo para a última calha. Era então deixada mesmo para o fim a expectativa máxima, onde o resultado poderia depender dos nervos de aço de Carlos Afonso, já que iria partir para o desfecho da prova debaixo de enorme pressão. As restantes posições eram nesta calha mantidas.

E acabaria por ter esta última calha um desfecho imprevisível, quando Carlos Afonso imensamente pressionado e em resultado de uma pistagem mal conseguida, acaba por abandonar a prova, levando a que Miguel Guerreiro conseguisse uma vitória que há muito lhe vinha escapando. Pena este imprevisível desfecho, porque estamos em crer que a classificação iria apenas ficar definida com o último corte de corrente eléctrica. Mas são corridas e muitos acontecimentos inesperados vão acontecendo, como este que não se desejava, mas que não deixa de ser uma realidade.
E assim, consagrava-se Miguel Guerreiro como vencedor, seguido de Rui Mota e vindo como enorme surpresa José Pedro Vieira a ocupar um honroso terceiro lugar na estreia do incrível Elva, que o piloto tanto gabou. Carlos Afonso acabaria ainda num inglório quarto lugar, seguido de Ricardo Moura, Filipe Carreiro, Fernando Coelho, Filipe Vinagreiro, Frasco Leite, António Lafuente e André Ferreira.
Nas contas para o campeonato, Rui Mota encontra-se num confortável primeiro lugar, o que apenas um qualquer inesperado desairo lho poderá retirar. A segunda posição é a que despertará a maior animosidade, dada as diferenças entre Miguel Guerreiro, Filipe Carreiro e Ricardo Moura se fazerem pela diferença de 3 pontos apenas. Assim sendo, teremos um fecho de campeonato quinta-feira próxima, bastante prometedor, entre estes três assíduos pilotos.

Pela primeira vez, o bonito Lola da "Gulf" sobe ao pedestal mais alto.
E o curioso McLaren Elva participa em estreia, ocupando o desejado pódio.

Apróxima-se então, um quinta-feira tórrida, onde Miguel Guerreiro quererá certamente repetir a façanha mas onde tanto Filipe Carreiro como Ricardo Moura não estarão certamente pelos ajustes.

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