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quarta-feira, 6 de julho de 2011

ART - O poder da persistência

 Matéria já anteriormente abordada, a ART é a abreviatura de Agular Racing Team.
Team com origem nos remotos anos da década de 80, tem feito uma longa caminhada desde os tempos de estudante deste já carismático praticante da modalidade, até aos nossos dias.

A irreverência dos tempos estudantis, levaram a que Aguilar assim decorasse o seu Porsche 956 da SRS.

Noutros tempos, o equipamento era acomodado nesta caixa devidamente personalizada.

Depois passou-se à fase seguinte, com a personalização dos próprios modelos.

Depois foi o reforçar da decoração através da afirmação de um novo tom de cor.

Os modelos que Aguilar levou para as pistas são infindáveis.
Desde a velocidade aos troféus e das as resistências aos raides e ralis, tudo foi válido para afirmar a sua vocação pelo Slot.


Além da escala rainha 1/32, a nova 1/28 da Xlot não foi esquecida.


Não é invulgar encontrar na sua colecção, modelos repetidos.









Alguns modelos merecem honras na sua colecção, como este Porsche 956 da Slot.It, assinado pelo próprio Maurizio Ferrari.

As 24 Horas do Porto de 2010 cujo modelo oficial recaiu no Reynard da Sloting Plus, obrigou à preparação de imensos modelos, dos quais nasceram também algumas variações da sua decoração.

Depois disso, abriu-se a porta a algumas radicais variações, como a que aqui se mostra em cima do Alfa 33/3 e em baixo do Ford P68.


Nuno Aguilar foca o núcleo das suas participações  em provas de longa duração, já que a sua profissão condiciona o seu número de presenças num número mais assíduo.

E estas têm-se feito integrado e repartindo os elementos também associados ao GT Team Slot Clube. São eles, Augusto Amorim, Luís Azevedo, Paulo Mendes e Rui Mota.

Nuno Aguilar, um exemplo de persistência.

Volkswagen Carocha - Um pouco de história

A Volkswagen conseguiu através do modelo "carocha", atingir um patamar de notoriedade de que ainda hoje se pode gabar de usufruir.
Histórico modelo da marca, teve no entanto um difícil período de vida, onde através de inúmeras metamorfoses, acabou por servir diversos fins.
Com inicial nome de baptismo KDF, este modelo nascido da genealidade de Ferdinand Porsche sob imposição de Adolf Hitler que se munia assim de argumentos para impor o seu nacionalismo, viu-se rebaptizado como Volkswagen, pois este muito mais popular nome não mais quer mais dizer do que "carro do povo" pela junção das duas palavras germânicas, volks (povo) com wagen (carro).
 A bonita ideia de que todo o alemão iria ter um destes meios de transporte depressa se desvaneceu, pois foi imperioso que a máquina militar reconvertesse toda a linha de montagem para fins estritamente militares.
E da bonita ideia do carro do povo, nasceram modelos de todo o tipo para servir os interesses do ditador.
 A guerra no norte de África obrigou a que os modelos para ali destacados estivessem capazes de vencer as areias dos desertos, tendo sido transformados em modelos de tracção total e com uma altura ao solo substancialmente elevada. As cores eram também a condizer, de modo a que a camuflagem funcionasse.
Mas houve um período em que a Alemanha sofreu o embargo de combustível e com isso, a engenharia alemã viu-se na contingência de arranjar alternativas para que o parque automóvel não parasse. A solução passou por dotar estes modelos de uma caldeira na parte da frente, onde por queima de carvão se fazia a extracção de gás que era encaminhado directamente para o motor e que servia este, como combustível. Também aqui é possível ver-se dois desses modelos. Claro que o pneu suplente se viu obrigado a ocupar outro lugar.
 Mas muita da sua linha se viu transformada quase em absoluto. Sendo nestes modelos possível manter toda a mecânica agregada ao chassis, uma nova solução apontou para a sua transformação em verdadeiros modelos todo-o-terreno, através da junção de uma nova carroçaria muito mais apta para fins militarizados. Nascia assim o Kubelwagen, um modelo multiserviços que se viu também adaptado a inúmeras funcionalidades.
Com uma produção de 50.435 modelos, foi produzido entre 1940 e 1945. Inicialmente encontravam-se equipados com um motor de 985 cc e 23 hp e mais tarde veria este ser substituído por um de 1.131 cc e 25 hp.
 E de todas essas transformações, o Schwimmwagen foi talvez a mais curiosa, com uma produção de 15.000 unidades entre 1942 e 1944. Com 1.131cc e 25 hp às 3.000 rpm, cumpria com os objectivos para o qual havia nascido e que afinal passavam por ser um modelo amfíbio cujos cursos de água deixavam de ser obstáculo.
Mas o modelo cujas linhas fazem lembrar uma carocha, mantinha a sua existência apesar da continuidade de um percurso digno de um verdadeiro ser em permanente mutação.
Desde ambulância, a modelo dos correios (reichspost) ou transportador de material militar,através duma imensa caixa na sua traseira, lá foi servindo sempre os imperiosos interesses militares.
Através de uma grande caixa na capota que permitia aumentar o volume interior e pela perda do banco da frente ao lado do condutor, num formato muito menos radical que o anterior, permitia a introdução de uma maca e servir dessa forma também, de ambulância.
Anos mais tarde, a polícia alemã servia-se destes modelos como veículo de intervenção. Para aumento da sua funcionalidade, era usada uma versão cabriolet de produção Hebmüler em que as portas desapareceram dando lugar a lonas ou cordas. Curioso foi ver também o exército americano a adoptar este mesmo modelo nas suas fileiras.
Passado esse difícil e conturbado período da história mundial, um general inglês tomou as rédeas da marca fazendo renascer das cinzas este emblemático modelo alemão.
Nasciam modelos cabriolet pelas mãos de Redclif, Hebmüler e Karmann Ghia, vindo este último a ser o dominador destas versões dentro da marca.
Muitas evoluções ao longo dos anos se foram sucedendo, culminando com a versão 1303S que apesar de um motor de 1.600 cc e muitas transformações, mantém a sua básica configuração tanto mecânica como estética.
Pelo caminho surgiram ainda pela mão de Karmann Ghia, versões com uma carroçaria substancialmente diferente, tratando-se de um coupé ou cabriolet de linha muito baixa.
Também um jeep mais moderno e que viria a receber a designação de Volkswagen 181 foi produzido, com uma carroçaria totalmente em fibra.
De forma sucinta, aqui fica a evolução de um dos mais extraordinários modelos de sempre.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Porsche 356


O modelo 356 da Porsche, marcou o início de uma longa e bem sucedida história de relevo no mundo automóvel, marcado sobretudo pelos imensos sucessos desportivos da marca, sobretudo nas provas de longa duração.
Mas o 356 teve o seu antecessor, apesar na enorme semelhança de carroçaria.
O primeiro modelo desta marca ficou conhecido por Porsche Nº1 e trata-se de um espartano cabriolet que pode ser observado na imagem de baixo na cor prateada e junto ao tractor.
 A seu lado e na cor preta, o modelo apresentava já muita semelhança com o futuro 356. Mas a sua designação oficial foi "Gmünd".
Seguiu-se-lhe o Porsche "Stutgard", onde para além do modelo coupé, era também comercializado um bonito modelo cabriolet. Em baixo mostram-se estes dois modelos, facilmente confundíveis com o futuro 356. Olhando para o modelo coupé, pode reparar-se numa pequena vinca na capota, herdada do anterior modelo "Gmünd" cujo óculo frontal se encontrava dividido por um pilar central.
 Depois sim, a primeira série do bem nascido 356. E deste surgiam 4 variantes num modelo que passou a ser conhecido por Porsche 356A e duas delas um pouco mais musculadas. Para além das versões Coupé e cabriolet, a Porsche apostava no mercado americano através do modelo aberto Speedster, que naquele continente foi muito apreciado. Também uma versão "Carrera" preenchia as propostas de oferta, onde na sua maioria esta versão foi orientada para a competição.
Em baixo, o modelo Speedster que através dum pára-brisas mais baixo que na versão cabriolet, acabou por conquistar os apaixonados dos automóveis nos Estados Unidos.
 E como em tudo, a versão 356A sofre alguns melhoramentos mecânicos, mas também estéticos, recebendo a designação 356B. As carroçarias são retocadas e surge para além das versões Coupé e Cabriolet, a versão Hardtop.
 Em baixo pode observar-se a carroçaria do modelo 356 Hardtop, onde a secção traseira facilmente se distingue das restantes carroçarias.
 Esta série viria a culminar com a versão 356C.
Coupé e Cabriolet são mantidos, assim como surge uma versão Carrera cuja principal diferença para as versões Coupé se situava debaixo do capôt-motor.
 Em baixo o Coupé, o Cabriolet e a versão Carrera do 356C.
 Mas este modelo da Porsche serviu ainda para algumas interessantes versões, como a imitação do Pink Pig de Le Mans e o modelo que ainda hoje surge nalgumas concentrações de automóveis antigos, propriedade da GNR.
 As versões Carrera serviram básicamente o mundo do desporto automóvel.
 E a primeira incursão da marca em Le Mans, ocorreu através deste protótipo 356 no ano de 1951, onde se sagrou vencedor à classe.
 Outras participações na mesma clássica foram protagonizadas por estes modelos.
 Em baixo e ao centro, uma das apreciadas versões Speedster bem ao estilo americano.

Rali de Portugal em imagens