quinta-feira, 14 de maio de 2020

National Racers 3D, à escala 1/24

 Encontra-se para breve a chegada da primeira criação da National Racers 3D específica para modelos à escala 1/24.
O primeiro  modelo a ser contemplado por este fabricante nesta escala é o Ford Escord MKI do fabricante BRM. Mas que bela escolha para o pontapé de saída.
 Se estes carros já encantam na sua mais pura configuração original, com a adopção destes chassis, o seu comportamento parece vir a receber uma substancial melhoria. Encontrando-se ainda em fase de desenvolvimento, mas preparando-se também os refinamentos finais, começou já a mostrar-se capaz de bater largamente a criação original preparada ao limite, pelo que é prometedora a sua entrada no seio das competições.
As imagens permitem perceber desde já a qualidade deste projecto e conhecendo a valia do que se produz à escala 1/32, o que poderemos esperar destes futuros chassis?


 E claro, a inclusão de suspensões nestas deliciosas máquinas, permitem-nos imaginar desde já o tremendo resultado final.
Agora é esperar pela sua chegada e pelas futuras produções da restante gama destas preciosidades que a BRM nos tem vindo a oferecer e que se encontra nos planos da National Racers 3D, com o Fiat 600 Abarth na lista do senhor que se segue.
Força National Racers 3D, o mundo está à vossa espera.

As duas primeiras máquinas pensadas para os ralis - Scalextric/SCX

 Uma vez mais o mérito vai direitinho para o fabricante espanhol, Scalextric/SCX.
 Estamos a falar no capítulo dos modelos orientados para fazer especificamente ralis e também aqui, terá pertencido a este fabricante a iniciativa de revolucionar este mundo.
 O primeiro modelo a inserir o revolucionário sistema de tracção integral e à semelhança do acontecido no mundo real, também pertenceria ao Audi Quattro, a que se seguiria o Ford RS 200.
 Nenhum fabricante havia ainda abordado o sistema de tracção às quatro rodas, no caso, mais especificamente, aos dois eixos. E surpreendia a Scalextric com a edição do Audi Quattro , em que a tracção se transferia para o eixo dianteiro a partir do eixo motriz traseiro que se serve do convencional ataque entre pinhão/cremalheira, fazendo-se depois a transferência da potência, pela passagem de um elástico em polias integradas nas jantes, das rodas traseiras para as dianteiras.
 Não causa já hoje qualquer espanto este tipo de tracção de que se servem ainda inúmeros modelos de Todo Terreno, apesar de se servirem de mais complexos e desenvolvidos meios, mas constituíu no ano de 1984 uma autêntica revolução.
 Contudo, o sistema não demonstrava total eficácia, surgindo em 1987 o Ford RS 200 pensado em melhorar o sistema, ao que se viu potenciado através da adopção de dois elásticos ao invés do único do Audi, passando também estes agora a trabalhar totalmente por dentro do chassis. No Audi, isto acontecia com a passagem por dentro e por fora do mesmo, o que comprometia a tracção sobretudo quando os ralis eram pensados em fazerem-se com recurso a farinhas. Aí, os elásticos perdiam completamente o atrito desejado.
 Estando no caso do Ford RS 200 mais protegidos e em dose dupla, teóricamente o poder de tracção melhoraria, mas o resultado encontrou-se ainda aquém do pretendido.

 Estas duas imagens mostram como a tracção se faz em cada um deles. No caso do Ford RS 200 aqui mostrado, existia a opção de aquisição do mini-modelo equipado também com o inovador sistema de luzes, por leds atrás e uma pequena lâmpada na frente, que espalhava a luminosidade por expansão pelo plástico, até aos próprios faróis.
Mas dado o resultado não se ter mostrado ao nível do pretendido, surgia no ano de 1988 o Porsche 959 que tornava a revolucionar, com um novo sistema de tracção integral.
 Este era agora conseguido pela adopção do desenvolvimento do motor RX4, que através do prolongamento do veio do motor para a frente, permitia a inclusão de dois pinhões de ataque, fazendo-se agora a tracção total por intermédio de pinhão/cremalheira nos dois eixos. Nascia o motor com a referência RX5 que acabaria por equipar em exclusivo este modelo. Estava encontrada agora a tracção integral permanente e a 100%, em todas as situações.
 Outros motores surgiriam sob o mesmo conceito, apenas para que se conseguisse cumprir a diferente distância entre eixos que cada modelo apresentava.
E assim se escreveu mais um capítulo do precioso percurso de um fabricante que tem teimado em persistir à tona da água, apesar de todas as vicissitudes por que tem passado.

Reedições da Scalextric/SCX - Série "Vintage"

 Das edições de 1973 da Scalextric, fazia parte um Formula 1 futurista, o Sigma, um modelo que não veria as pistas e não passaria de um exercício de estilo, diga-se de passagem, muito bem conseguido.
 Mas se esta criação não chegaria às pistas de asfalto não passando sequer da sua apresentação durante um salão automóvel, acabaria no entanto por vêr-se na escala 1/32, inserido nas pistas de plástico da Scalextric. Teve a sua época e seria relembrado volvidos vinte e nove anos nas séries de reedições iniciadas neste fabricante em 1990 sob a sigla de "Vintage", através da reedição do Seat 600 TC.
 A reedição deste Sigma acabaria por ser aprimorada através de alguns detalhes na pintura, o piloto acabaria por receber um capacete mais de acordo com a sua época e proporcionaria o fabricante neste modelo, o ressurgimento do famoso motor aberto com a referência 5001, com a exclusão do mais recente RX4, um motor de caixa fechada.

 Desta vez os escapes surgem na côr branca, algo característico nos motores da Ferrari e que através de um brutal V12 também equipava este avançado Formula 1.
 E comparando as duas versões, percebe-se o quanto esta reedição veio enriquecida, a começar logo pela própria decoração condizente com a versão da sua apresentação ao mundo.

 Além disso, faz-se acompanhar de um certificado de garantia numerado e correspondente ao mesmo número gravado no chassis da miniatura.

 De entre outros modelos que mereceram a integração na série Vintage, encontramos também o Chevrolet Corvette Dragster, cuja sua primeira edição ocorreria no ano de 1975. Neste caso foi necessário esperar-se vinte e oito anos, para ressurgir era imponente reedição.
 Se o Sigma é o único modelo a ser editado numa caixa de lata, neste caso , o Corvette foi vendido numa requintada caixa de cartão.
 As melhorias passaram também pela anulação dos decalques por substituição de pintura a duas côres e a representação de labaredas na sua frente, à imagem do que acontecia já com as versões originais.

 Também aqui se inseria o antigo motor 5001, uma opção abandonada fazia já alguns anos.

 Mas foi no ano de 1990 que tudo se iniciaria com a edição deste Seat 600 TC, a reprodução de um dos mais raros e cobiçados modelos deste fabricante e que via a sua primeira edição surgir em 1966.
 Embora com o mesmo chassis do modelo original, a verdade é que se encontra neste caso equipado com o motor de caixa fechada e que equiparia ainda uma série de modelos reeditados que se lhe seguiriam.
 O número da série que surge no certificado, encontra-se e muito bem, gravado também nos próprios  chassis de todos os modelos desta série Vintage.

 O Chaparral 2E foi outro dos mini-bólides reeditado em 1997, depois da sua primeira edição ter ocorrido em 1969, volvidos portanto, vinte e oito anos.
 Também aqui os motores não são familiares, já que a versão original se encontra equipada de motor aberto e a sua nova versão, com motor de caixa fechada.
 As características faixas que surgiam no aileron não foram consideradas, mostrando-se esta reedição mais próxima dos modelos reais, até na sua côr branca pela qual se optaria na série Vintage.

O Mini trazido para o mundo dos slot cars em 1970 era alvo da sua reedição em 2001, trinta e um anos depois de nos terem feitos as delícias com este pequerrucho dotado de características dinâmicas que surpreendiam na época.
 Esta criação acabaria por sofrer uma melhoria significativa, com a introdução de uma grelha na capota  preenchida com de dois pneus suplentes e ainda pela placa identificativa do rali, numa clara aproximação à versão vencedora do Rali de Monte Carlo no ano de 1967. Além disso, o grupo óptico da grelha foi complementado com mais dois faróis extra.
  O motor de caixa fechada continuou a fazer parte nesta reedição.

 O Jaguar-E Type foi o terceiro elemento a fazer a sua aparição. Editado num bonito verde, a fazer justiça ao conhecido verde inglês, terá sido muito bem acolhida a sua chegada integrada nesta série. Embora com uma edição em número elevado de exemplares, 8000, terá ido ao encontro dos gostos de grande número de aficionados desta marca espanhola.

 Exibindo uma brilhante silhueta, qualquer coleccionador se orgulhará de possuir um destes modelos nas suas colecções.

O Porsche 917 foi outro dos modelos escolhidos para enriquecer esta série. Entraria na linha de reproduções da Scalextric em 1972 com a referência C-46 e reapareceria nesta série Vintage em 1998, 26 anos após a estreia nos catálogos da marca.
Mas esta reedição que pretendia representar a primeira versão do Porsche a vencer em de Le Mans, ficaria muito aquém da merecida imagem desse modelo, desde a própria côr, até ás características faixas brancas que decoravam este ícone da Porsche.
Com a referência 6017, era o sétimo modelo a integrar a série, depois das edições do Seat 600 TC, do Mercedes 250 SL, do Jaguar E Type, Seat 850 Coupe, Ford GT e do Chaparral.

 Esta série seria fechada com a edição de uma das melhores prendas que a Scalextric poderia ter oferecido aos seus fãs. Trata-se do Mitsubishi Pajero TTe ocorreria no ano de 2007, através de um modelo de extremo significado, apenas porque representa o fim de linha das produções TT no seio da Scalextric, decorria o ano de 1993. Embora sob outra filosofia, esta série acabaria por renascer mais tarde, mas a verdade é que esta edição não poderá ser considerada uma reedição, pelo facto de não ter chegado a seu tempo a ser editada.
 O que marca o interesse deste modelo, centra-se na filosofia dos novos sócios desta empresa no ano de 1993, após o desaparecimento do fabricante Exin. Decidiriam pela não edição desta novidade, numa altura em que se sabia encontrarem-se prontos para os fazer chegar ao mercado. Por essa razão, ficaria um amargo de boca por entre todos quantos o esperavam na época. Mas a Scalextric ciente dessa realidade, acabaria por inteligentemente mimar os seus fãs, fazendo-o chegar ao mercado integrado nesta série, proporcionando assim imensa alegria nesse grupo de apaixonados praticantes/coleccionadores.
 Complementaria esta edição através do seu lançamento fornecido numa caixa igual às da série TT da época, apesar de tudo salvaguardado dentro de uma muito mais resistente embalagem de acrílico. Esta reedição seria contudo subdividida em duas séries, já que existiu esta versão representando um dos participantes do Dakar, o aqui mostrado e um segundo modelo, totalmente vermelho, mas muito mais representativo da criação ocorrida na altura em que seria dada a sentença de morte à sua chegada ao mercado.
 Mas pelo caminho foram ainda reeditados muitos outros, como o Mercedes 250 SL editado em 1967, o Ford GT de 1968, o Ferrari GT-330, o Seat 850 Coupé e ainda o Mc'Laren F1 todos
 de 1969, o Tyrrel P34 F1 de 1977 reeditado no ano 2000, Honda F1 de 1968, o Alpine Renault 2000 Turbo "Banco Ocidental", numa cópia exacta da edição com a referência 4054 ocorrida no ano de 1980, também uma segunda edição do Seat 600 TC na côr amarela, o BRM editado em 1968, o Austin Healey de 1964, o Tyrrell F1 editado em 1973 e ainda o Mc'Laren F1 de 1969.
Trata-se pois de uma extensa série em que valerá a pena apostar-se, pelo requinte dedicado aos conhecidos modelos da Scalextric e que na sua grande maioria terão chegado aos nossos dias, em muito fraca qualidade. Portanto, será através destas reedições que poderemos com alguma qualidade, usufruir desses verdadeiros históricos da Scalextric.