A minha última participação no campeonato dedicado aos modelos de Grupo C e que decorreu sob organização do GT Team Slot Clube nas instalações da loja GT Team em Braga, apoiou-se num modelo cujo proveito competitivo, os regulamentos na sua maioria não permitem.
Aproveitando o facto desta possibilidade ter acontecido, arrisquei na participação com um destes modelos.
Para a sua preparação, a única contrariaedade aconteceu na obrigatoriedade da utilização de motores Slot.It. Na impossibilidade de possuir no imediato de um berço para este modelo para motores em posição anglewinder, arrisquei na participação, mesmo adoptando o berço original em posição inline para motores de caixa pequena, já que o regulamento não coertava esta possibilidade.De início, assim participei, correspondendo a um modelo quase completamente de caixa. As próprias jantes da frente eram de série assim como todo o seu restante equipamento, à excepção da motorização e das jantes traseiras que eram Slot.It e dos pneus traseiros que eram também iguais para todos.
O modelo de série, é substancialmente mais pesado do que o rival e correspondente modelo da Slot.It. Os 80,4gr da Mr Slotcar, ficam longe dos 73,4 gr da Slot.It.
A primeira evolução a que procedi, foi no sentido de perda de peso total do modelo. Para isso e uma vez que não havia muito por onde fugir, Substitui as jantes da frente por outras da Sloting Plus. Refira-se que o modelo não terá melhorado significativamente, mas mostrou-se de uma segurança impressionante. É sem qualquer dúvida, uma das mais-valias deste modelo.
A primeira grande alteração aconteceu, quando tive a possibilidade de substituir o berço. Dotado com o novo berço e agora também com o novo motor, o carro mostrou-se quase ao nível dos melhores. Dava mesmo para fazer tempos que faziam frente aos vencedores.
Este Mazda tem um chassis que entra pela carroçaria e assim, o que acaba por apoiar na pista quando em esforço, é mesmo a carroçaria.
Por ter ficado excessivamente baixo, o modelo teve que receber uma anilha interposta entre o chassis e o patilhão, para que a carroçaria não pousasse e interferisse com o bom desempenho das palhetas.
Entre o modelo original que já se mostra baixo e o modelo preparado, dá para perceber a diferença existente relativamente às alturas de ambos.
Não houve necessidade de se proceder a grandes preparações para que se tornasse competitivo. Os próprios parafusos foram mantidos. Apesar de curtos, ou pela qualidade do plástico, ou pela qualidade dos parafusos, nunca estes se deram o menor sinal de desaperto, apesar das inúmeras desmontagens a que o modelo foi sujeito.
Um parafuso à frente que não era apertado até ao limite e dois traseiros quase trancados ao máximo, permitiram a basculação necessária para um comportamento verdadeiramente surpreendente.
No habitáculo, o boneco maciço é um dos grandes inconvenientes. Este encontra-se fixo ao habitáculo por um parafuso que acabei por remover.
Em baixo é possível ver-se a anilha utilizada no patilhão.
Os parafusos de tamanho reduzido tanto para o perto da carroçaria como do patilhão, nunca trouxeram inconvenientes.
O eixo traseiro recebia uma cremalheira de origem do modelo e um pinhão de aço. Anteriormente, utilizei do mesmo fabricante um pinhão de latão, mas este acabou por ralar completamente a cremalheira. Com o de aço que parecia casar melhor, isto não veio a acontecer. Do outro lado, recebeu um batente de origem Sloting Plus.
A utilização de suspensões nunca chegou a ser por mim equacionada, uma vez que parti do princípio de que nos plásticos Carrera, não constitui vantagem.
E no final, viria a permitir-me a obtenção do terceiro lugar no campeonato.
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