O Slot Clube do Porto teve o privilégio de ver no seu palco a estreia mundial de uma marca nova de Slot Cars. No caso, trata-se também da estreia do primeiro modelo português para a modalidade, ainda que se trate apenas de um transkit.
O modelo escolhido é também um caso ímpar, já que o único Lancia ECV2 foi um carro que nunca viu nem as luzes da ribalta, nem tão pouco a luz do dia na competição. Trata-se de um protótipo de ponta da marca italiana, desenvolvido especialmente para o abortado Grupo S e cujas siglas ECV significam, Experimental Composite Vehicle. O seu desenvolvimento serviu para testar tanto novos materiais compósitos, como também novas tecnologias mecânicas por parte da engenharia italiana e viu o seu desenvolvimento decorrer entre os anos de 1987 e 1988 e infelizmente abandonado pela extinção do Grupo para o qual havia nascido.Na arena preparada para receber esta nova criação, dispuseram-se vários modelos da marca italiana, todos eles carregado de simbolismo no panorama do Mundial de Ralis.
O momento foi celebrado com alguma pompa, onde não faltou sequer uma guloseima com a imagem desta nova marca.
Mas afinal, quem está por trás deste novo projecto?
Fernando Pinto é um nome que não passa em claro à grande maioria dos séniores do coleccionismo do mundo automóvel à escala reduzida. Associado a criações da Vitesse, Ixo, Brumm ou Bizarre por exemplo, atreveu-se na conquista de variadas escalas. Edições limitadas à escala 1/43, 1/24, 1/18 foram panoramas habituais no seu percurso, registando-se agora a sua entrada no capítulo da escala 1/32, justamente a referência de eleição dos Slot Cars para a grande maioria dos praticantes da modalidade.
Tratando-se afinal de uma aposta nos transkit's, quer o mesmo dizer que não estamos na plenitude de um Slot Car tal como conhecemos a maioria dos modelos a que já nos habituamos, mas sim perante uma criação que se tornará apenas autónoma, quando associada a outros elementos de outras proveniências. E assim, a sua mecânica poderá ser variada, dependendo da opção pela qual se recorreu para adaptar esta suigéneris carroçaria.
Esta carroçaria é produzida em resina, ao invés do também mais comum plástico. Implica esta opção, uma mais reduzida edição de modelos produzidos. Se marcas há a que se recorre à mesma matéria prima e com excelentes resultados, casos por exemplo da Racer e Le Mans Miniatures, não me parece no entanto que estejamos perante a mesma elevada qualidade conseguida por estes parceiros de temática.
Fica no entanto a nota, de que existe ainda um caminho a percorrer e que estamos certos levarão a um percurso evolutivo que ainda nos espantará.
Mecânicamente, a opção indicada pelo fabricante aponta para a adopção do chassis do Lancia 037 Rally do fabricante Ninco, mas ficam abertas as portas a outras opção, indicam-se igualmente como possíveis, os chassis do Ford Focus, Renault 5 Turbo, Talbot Lotus e Lancia 037 Rally do fabricante SCX.
As instruções que se incluem neste transkit, mencionam as devidas adaptações e alterações a que cada um deverá proceder no chassis Ninco para permitir que esta carroçaria ganhe vida.
Anuncia-se para esta carroçaria, um aumento de um grama relativamente ao conjunto da carroçaria do Lancia 037 da Ninco, o que é considerávelmente bom, se atendermos a que se trata de uma carroçaria em resina.
Fornece-se com o modelo, o conjunto de decalques que permitem a reprodução deste interessantíssimo modelo branco que se expõe ao lado de outras grandes máquinas da mesma marca.
Esta imperdível peça é disponibilizada a público ao preço de 34,00€ e poderá proceder à sua aquisição por intermédio do próprio produtor, em: fernandohikaru@gmail.com
Como possíveis criações futuras, a Translot poderá vir a disponibilizar-nos o Lancia ECV1, o que constituirá uma dupla inédita e inovadora no mundo dos Slot Cars, mas também o Cunningham C5R, um participante na edição de 1953 em Le Mans.
Este artigo contou com a prestimosa colaboração do amigo, Rui Queirós.
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