quinta-feira, 5 de maio de 2022

Autobianchi A112 Abarth, escala 1/24 - TTS ou BRM?

De aparência deveras similar, a verdade é que as versões oriundas da TTS e da BRM se mostram verdadeiramente diferentes.
Se num olhar mais descontraído poderemos notar a existência de um spoiler frontal descaído e as palas que cobrem as rodas com uma dimensão ligeiramente maior na versão da TTS, a verdade é que as diferenças vão muito mais para além disso.
Nestas duas imagens, torna-se percetível a diferença entre ambos ao nível do aro dos faróis, bem como dos próprios faróis em si.

Também as supostas borrachas que contornam os vidros, tanto do pára-brisas como das janelas laterais e do óculos traseiro, encontram-se correctamente representados na versão da BRM, mas são inexistentes no modelo da TTS.

Surge na versão da TTS um óculos traseiro de maior dimensão, fazendo-se notar tanto a ausência do citado contorno preto do mesmo óculo, numa simulação da borracha, bem como do apoio preto dos stop's na carroçaria, além da falta de alguns pormenores como fechos da mala e capôt do motor, puxador da mala, ganchos de reboque e até algumas linhas de carroçaria menos bem representadas, fazendo com que todos estes defeitos somados, nos proporcionem um desagradável despir de qualidade generalizada.



Na frente, a versão BRM mostra-se sobejamente enriquecida com a adopção de piscas tridimensionais, ao invés do concorrente que opta pela sua simulação, através da pintura mal posicionada e rectangular dos mesmos. 
As grelhas, distintas na forma em ambos e com alturas diferentes, recorrem a material diverso na sua representação. Enquanto a TTS se socorre de zincogravura, aproveitando o mesmo material para a simulação das grelhas mais inferiores, a BRM simplifica, representando-a em plástico.

Na lateral frontal, a BRM monta ainda os piscas laterais em formato de gota de água, ao passo que a TTS se remete à sua ausência.


Mas a distinção entre ambos, estende-se aos conceitos mecânicos, refletindo-se tudo também, nos seus pesos.
7,2gr é o ganho total do Autobianchi A112 Abarth, no caso, no da "Jagermeister - BRM" sobre o da "Alitalia - TTS".

Mas é no chassis que se encontra a grande diferença entre estas duas curiosas máquinas. Tendo a TTS tido o privilégio da estreia do modelo, incluiu nele a curiosa mas duvidosa, tracção dianteira.
De rodas de diâmetro final inferior, a versão da TTS opta também por uma simulação de jante distinta.
O chassis BRM fica a ganhar em peso, cerca de 3gr. É possivel verificar a adopção de semi-eixos traseiros no modelo de tracção frontal, onde este eixo passa a ser único. Ao invés, a versão da BRM opta por semi-eixos frontais e semi-eixos com cardan no eixo traseiro de tracção.

Também no que às carroçarias diz respeito, o pêso continua a ser vantajoso para a versão da BRM em cerca de 4,2gr. Parece-nos pois, que tanto ao nível do conceito mecânico, como estético, bem como ainda na questão das gramas, existe apenas um vencedor.

Seríamos levados a acreditar no intercâmbio das carroçarias e dos chassis, mas com distâncias entre os apoios distintas, inviabiliza-se essa possibilidade. Também os interiores se mostram diferenciados, justamente pela adaptabilidade de cada um deles, à posição da motorização.
Estamos pois perante dois modelos verdadeiramente diferenciados, apesar da semelhança que ambos nos proporcionam.


De ambos os fabricantes existem já outras decorações, apesar de se manterem inalterados, tanto os parâmetros qualitativos como mecânicos, atribuindo-se as novidades, exclusivamente às distintas colorações.
Faz-se notar da parte da TTS, uma interessantíssima versão sob as côres da "John Player Special", onde sobressai o belo rendilhado das suas jantes.

Anunciadas estão as sempre cobiçadas decorações, tanto da "Gulf", como uma vez mais, da "Jagermeister".


Da parte da BRM e a par da edição da versão "Jagermeister" que corresponde à participação em Hockenheim no ano de 1982 através do piloto T. Hope, surgiu a curiosa decoração sob as côres dos "Olio Fiat".
Percebe-se nesta versão da adopção de jantes do tipo "Minilite" de dimensão inferior, sendo compensado o diâmetro final através de pneus com mais borracha.

Anunciam-se da parte da BRM duas bonitas versões, onde uma delas, de carroçaria mais convencional e de acordo com as duas edições de lançamento e uma segunda onde a carroçaria se complementa com um spoiler frontal que lhe confere uma imagem mais apelativa.
A largura entre rodas mantem-se inalterada, mas ambos se mostram interessantes preciosidades.
A escala 1/24 vai de vento em popa, sobretudo nestes modelos para nós, tão populares.

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