Na sequência do artigo anterior, pareceu-me bem honrar com um artigo mais específico, a carreira de um dos maiores símbolos da marca Bávara, aquele que finalizou o seu ciclo de vida com a sigla 3500CSL.
A carroçaria deste coupé teve início com o modelo 2000 que adquiriu a sigla C de coupé, CA de Coupé Automático e CS de Coupé Sport.
Apresentava-se com uma carroçaria de 2 portas e bastante baixo, com uma silhueta bastante estilizada na época e que ostentava uma superfície vidrada considerável e uma reduzida superfície dos pilares que sustentavam a capota. Com uma frente em cunha, integrava as característica grelhas centrais que caracterizam este construtor.
Foi ainda um dos modelos utilizados pelo preparador "
Alpina" que se manteve associado à marca durante muitos anos.
Esta carroçaria deu lugar mais tarde ao modelo 2800, cuja frente foi então alterada de modo a permitir um melhor encaixe do novo bloco de 6 cilindros, ao invés do 4 cilindros do anterior 2000.
A mesma base foi aproveitada então para todas as evoluções que completaram o seu cíclo e que haveria de culminar com os fabulosos 3500CSL que militaram oficialmente nos campeonatos IMSA, no continente Norte-Americano.
Esta nova frente muito mais agradável, contemplava agora, além das duas grelhas verticais frontais, as horizontais que integravam um conjunto de duas ópticas cada.
A secção traseira, manteve-se em tudo inalterada.
Foram inúmeros os desenvolvimentos assumidos por esta carroçaria, até se chegar ao modelo reproduzido pela Fly. Os alargamentos das rodas traseiras numa fase inicial eram similares aos dos modelos 2002, isto é, sem qualquer tomada de ar e a inexistência de aileron era uma realidade. Porém, neste patamar agora atingido, as exigências eram já outras e ouve necessidade de se recorrer a duas enormes entradas de arrefecimento para os rediadores instalados imediatamente à frente das rodas traseiras tendo também contemplado um aileron.
A motorização debitava agora uns respeitáveis 440cv às 8600 rpm e era sem dúvida alguma, o ponto forte deste modelo, associado à sua enorme capacidade de resistência o que lhe valeu por exemplo, a vitória à geral nas 12 Horas de Sebring em 1975.
Os alargamentos posteriores eram agora imensos, para se conseguir cobrir a totalidade da largura dos impressionantes pneus que equipavam este modelo.
E como nos é possível observar através das imagens mostradas, a reprodução do modelo de pista encontra-se a um excelente nível. Pena não vermos também reflectido um comportamento dinâmico à escala.
Como reparo, um aileron algo elevado.
Um pormenor do espartano interior destes modelos que marcaram a história da BMW para sempre.
Também foi com este carro que nasceram as características cores oficiais para a competição, onde na edição de 1973 das 24 Horas de Le Mans conseguiram um brilharete, ao classificarem-se na 11ª posição da geral com o modelo com o dorsal 51, se bem que com um propulsor já puxado aos 3.3L de cilindrada e tripulado pela dupla ToinenHezemans / Dieter Quester. Na mesma edição, o outro modelo inscrito pela "BMW Motorsport" e tripulado por Chris Amon / Hans Joachim Stück, não logrou chegar ao fim.
Parabéns BMW.....e parabéns Fly.....