O quase Stratosférico Lancia

Decorreu no ano de 2019 o Campeonato Luso Galaico, que reunia num salutar espírito de convívio e competição, clubes do norte de Portugal e da Galiza. Uma das categorias contempladas, era destinada aos fantásticos modelos da Sideways, de Grupo 5. Mas, dando oportunidade a modelos que se integram numa espécie de "segunda divisão" desta categoria, eram pela organização excluídas as mais portentosas máquinas desta categoria, excluíndo-se portanto, máquinas como os BMW M1 e 3.20, Ford Mustang e Capri, ficando então aberto à totalidade da gama de Porsche's, Ferrai BB e Lancias Beta Montecarlo e Stratos.

A minha equipa acabaria por apostar no Lancia Stratos, adaptando-o a um traçado desenhado com calhas Ninco, tendo-se revisto a totalidade da mecânica para aquele confronto. Tudo o que era original acabaria por dar lugar a material de origem Slot.It, munindo-o ainda de suspensões no berço do motor, mas tendo sempre em vista na sua preparação, contrariar a natural tendência que este modelo demonstrou em levantar a frente nas acelerações mais brutas, sem que se recorresse a lastros para o efeito. Poderia ter-se ido um pouco mais além, caso se tivesse optado pelo chassis azul, mais macio, que permitiria absorver um pouco mais as vibrações que estas pistas proporcionam, assim como se poderia também ter ganho algo no peso, com a substituição do cockpit por outro de lexan. No entanto e apesar disso, o carro acabaria por se mostrar surpreendentemente estável e magnífico.

Para surpresa de todos, acabaríamos por ser os únicos a acreditar no potencial desta máquina que agrada a poucos e que é desprezado por muitos. O Lancia Beta Montecarlo era aquele em que mais se apostava, com dez equipas a fazerem fé no seu potencial, seguido por cinco Porsche 935/78 (Moby Dick) e dois Porsche 935/77, não se tendo visto nenhum Ferrari 512 BB, nem nenhum Porsche 935 K2. Mas lá se encontrava o solitário Lancia Stratos, pronto para surpreender sobretudo "nuestros hermanos", já que desabafavam que nunca haviam conseguido pôr nenhum destes modelos com desempenho que valesse a aposta nele.

Mas o seu vivo andamento veio demonstrar o imenso potencial que dele se consegue tirar, tendo no final sido apenas batido por um estratosférico, este sim,  Porsche Moby Dick, para verdadeiro e desolado espanto dos nossos vizinhos de fronteira, que não conseguiriam ir além da terceira posição final, apesar do tremendo esforço por eles tido, no sentido de não se deixarem vexar por este sapo endiabrado em que  nunca haviam acreditado.

E no final, o surpreendente segundo degrau haveria de pertencer-lhe, no que parece ter sido uma surpresa generalizada.

Campeonato Lusogalaico - A festa do slot passou por Guimarães

Foi pelas instalações do Guimarães Slot Clube que passou mais uma jornada do disputado campeonato Lusogalaico, que reúne alguns dos melhores pilotos do norte de Portugal, como também alguns dos melhores representantes espanhóis da zona da Galiza.
Foram inúmeros os participantes presentes, que cada um à sua maneira, acabaria por enaltecer a modalidade, transformando esta reunião numa verdadeira festa do slot.

 As belas instalações que este clube reúne, permitia que enquanto uns se preparavam para a primeira prova a decorrer ainda durante o período da manhã e destinada aos modelos GT, outros acabavam por se distrair pelas instalações, usufruindo das restantes pistas ali existentes, onde não falta sequer uma loja recheada de acessórios da especialidade.

Depois foi hora de se passar a coisas mais sérias e dar início às competições, onde se dava o tiro de partida através dos participantes à competição orientada para os modelos GT.

 A variedade dos modelos GT presentes foi uma realidade, mas a maioria das escolhas recairia nos Ferrari da Black Arrow.

 E depois de realizados os procedimentos técnicos obrigatórios, preparava-se o início da jornada.

As mangas foram definidas pela classificação inversa de cada piloto no campeonato, pelo que se reservava a primeira manga para os menos cotados pilotos, que progressivamente davam lugar aos pilotos mais pontuados.

 A primeira das mangas acabava por ser ganha por Filipe Vinagreiro, um dos pilotos da casa que se estreava assim neste campeonato onde se reúne grande parte dos melhores pilotos do norte da Península Ibérica.

 E à medida que o nível dos pilotos aumentava, o número de voltas total também subia, acabando após a segunda manga por ser o bracarense José Pedro Vieira a assumir o comando da tabela de classificação geral.

 Mais uma manga e passaria a ser outro bracarense a liderar. Paulo Mendes estabeleceria um novo recorde e este, já com um respeitável nível de andamento.

 Alfonso Mouriño estreava o belíssimo Mercedes da NSR e mostrava o potencial desta máquina que parece ter vindo para marcar no mercado um respeitável lugar.

 Na mesa da organização, Miguel Guerreiro e Filipe Vinagreiro.

 E a vitória viria a pertencer a outro bracarense, David Fernandes, que acabaria por conseguir bater o recorde estabelecido na manga anterior por Paulo Mendes. A terceira posição acabaria por pertencer a Augusto Amorim que se imporia a Alfonso Mouriño, apesar de ambos terem completado a prova com o mesmo número de voltas.

Classificação final geral

 Um pódio totalmente Ferrari, o que comprova a supremacia do fabricante Black Arrow nesta categoria e a menos que a nova criação da NSR consiga provar evolução suficiente e teremos muito provavelmente um domínio por parte deste fabricante ainda por uns tempos.

Foi depois hora de um pequeno intervalo para um aconchegante repasto, numa oferta por parte da organização, iniciativa muito bem recebida por parte dos participantes.

Depois veio aquela que é tida como a mais importante competição deste Campeonato, a dedicada aos modelos de Grupo 5, provas de mini-resistência em que podem participar vários pilotos por equipa.

 A maioria das equipas apostava no Lancia Beta Montecarlo, seguindo-se a aposta nos Porsche 935/78 (Moby Dick). Em clara minoria, o Porsche 935, Porsche 935 K2 e o Lancia Stratos, cada um deles com um representante apenas.

 A entrada das equipas para a pista, seguia o mesmo critério da competição individual para carros de GT, iniciando a mesma as equipas menos pontuadas até à data.

  E seria uma das equipas da casa a comandar a prova, com alguma distância sobre o segundo classificado, outra das equipas representantes da cidade berço, mas havia que esperar ainda pelas equipas que mais apostam neste campeonato, para se perceber se o factor caso traria alguma influência nos resultados.

  O presidente do Guimarães Slot Clube, Albano Fernandes, seguia com atenção o decorrer dos acontecimentos.

 E enquanto as 50 voltas conseguidas na pista 2 iam permitindo a manutenção na primeira posição da equipa do GSC 4, abaixo de si registavam-se alterações na tabela classificativa.

 E decorridas seis mangas, as três primeiras posições eram ocupadas por três equipas caseiras, o que reforça a importância do conhecimento das pistas, no bom desempenho competitivo.

 E a primeira reviravolta no topo da tabela de classificação acontece com a entrada da equipa Slottest 1, que apesar de conseguir as mesmas 50 voltas, valia-se dos metros estabelecidos para roubar a liderança à equipa da casa GSC 4.

 Mas é a DRS Vigo 1 que assume com a sua entrada, a liderança da prova, com o GSC 4 a trocar de posição com a Slottest 1, nas segunda e terceira posições. Começava a notar-se que o factor casa não é tudo e começavam agora a sobressair os dotes de pilotagem, preparação das máquinas e também, a experiência e rotina das equipas.

 O Team Slottest 2 assume de imediato a liderança assim que entra em pista, passando a DRS Vigo 1 para o terceiro lugar, registando-se na segunda posição o GSC 4, que apesar de ter tido ainda apenas participação numa das calhas, permitia esse resultado a sua manutenção nos lugares cimeiros. Como seria após a sua reentrada, era a questão que se levantava.

 Mas o comando alterava-se novamente com a entrada do BB Clube, que passa imediatamente para a liderança. Entretanto, a equipa Slottest 1 que havia passado pelo comando, caía drasticamente na tabela, até ao oitavo lugar. As equipas 2 e 3 do GT Team ainda viam a sua situação mais complicada, afectados por problemas mecânicos que as atrasavam bastante e as deixavam em décimo e décimo primeiro respectivamente.

 Mas é a última equipa a entrar, a do GT Team/ART 1 que assume categoricamente o comando, após ter registado 52 voltas na pista 1, algo não conseguido por nenhuma outra equipa.

 E é essa equipa que vai cimentado a primeira posição com o decorrer da prova, imprimindo um andamento raramente encontrando opositor. O mesmo foi acontecendo com a equipa do BB Clube, que todos surpreendia por participar com o Lancia Stratos, máquina em que ninguém acreditaria.

 E se as duas primeiras posições começaram a ficar definitivamente definidas, o mesmo aconteceu com a terceira posição por parte da equipa Slottest 2, enquanto o melhor representante da casa era a equipa GSC 4, no quarto lugar, mas a sofrer forte oposição por parte da equipa espanhola das Rias Baixas Slot, posições que manteriam as suas posições até final.

E no pódio final, o GT Team/ART 1 em Porsche 935/78 no primeiro lugar, seguido do BB Clube em Lancia Stratos e no terceiro lugar a equipa Slottest 2, em Lancia Beta Montecarlo.

  Após o desfecho, houve lugar a um breve discurso e à distribuição de lembranças a todos os participantes.

A entrega de prémios aos participantes individuais de GT's

 Augusto Amorim, terceiro classificado.

 Paulo Mendes, segundo classificado.

 David Fernandes, primeiro classificado.

Entrega prémios Grupo 5 

 Slottest 2, terceiro classificado

 BB Clube, segundo classificado

 GT Team/ART 1, primeiro classificado

E aos três primeiros classificados, para além das lembranças, houve ainda este prémio especial, a característica "cantarinha", uma peça de artesanato da região.

Entrega das lembranças de participação

E foi assim que se fez mais uma festa do slot que reuniu um salutar grupo de portugueses e espanhóis apaixonados pela modalidade, numa excelente organização levada a cabo pelo Guimarães Slot Clube.
E venha a próxima.....