Inicio esta abordagem então pelo fabricante Carrera, apenas por ser aquele que mais modelos de slot distribui pelo mundo. Sim, a Carrera é o maior fabricante mundial. Carateriza esta marca, o facto da enorme resistência dos seus modelos ao impacto, proporcionada por plásticos rígidos e grossos e ainda o extremo cuidado na reprodução dos modelos a mostrarem-se excelentes réplicas das máquinas reais, a que se somam os acabamentos de elevado nível. Claro que se tomam como características apreciadas por todos quantos oferecem uma pista às classes etárias mais jovens e sem experiência, já que a sua quase indestrutibilidade, permitirá o exagero de acidentes, natural de quem se inicia nas primeiras gatilhadas, ao mesmo tempo que a questão estética não é também descurada. Mas a sua resistência penaliza-os nos desempenhos dinâmicos, pelo que invariavelmente acabam por ser preteridos pelos experimentados pilotos, já que o habitual excesso de pêso não permite que deles se tire partido no capítulo das competições. Quando muito, aproveitar-se-ão as suas carroçarias adaptadas a chassis de fabrico 3D, para competições específicas.No entanto, não é invulgar verem-se os clubes a aproveitar as pistas deste fabricante para as suas competições oficiais, dado tratar-se de um plástico rígido e com as calhas com afastamento superior à média dos outros fabricantes, o que facilita as corridas na hora de tirar partido dos modelos de maior dimensão, à escala 1/24. Outro ponto a considerar, será a variedade de categorias e versões com que inundam o mercado, havendo contudo um défice, quando pensamos no mundo dos ralis. Esta categoria não tem colhido a melhor atenção por parte dos seus responsáveis.Com algumas caracteristicas similares à Carrera, encontraremos a Scalextric/Superslot e ainda a Scalextric/SCX.
Ainda que ambos apresentem grande resistência aos maus tratos, nenhum deles se encontra ao nivel da Carrera nesse particular, onde deflectores aerodinâmicos sobretudo, se mostram muito mais frágeis. Mas por outro lado, a maior dinâmica de que se consegue tirar partido em ambos os casos, deve-se à utilização de plásticos mais finos, a par de motorizações também mais performantes. Mas este ganho não fará de nenhum deles máquinas ganhadoras, mesmo quando preparadas ao limite, visto existir forte concorrência no mercado actual. Mas a Scalextric/Superslot já nos habituou à edição de variada gama de modelos do agrado de enorme número de praticantes e onde sobretudo, se conseguem resultados engraçados quando adaptados com outras mecânicas, onde os chassis de fabrico 3D se encontram tão em voga. Dirá ainda respeito a este fabricante, a capacidade de, a partir de um mesmo modelo, se conseguirem algumas variantes, partindo-se da mesma base em que se alteram alguns elementos.Como sua característica ainda, poderemos mencionar o facto da reprodução de algumas máquinas históricas, de banda desenhada ou ficcionadas, a serem trazidos ao campo da realidade através desta escala, onde cativará com toda a certeza, as camadas juvenis. A reprodução de realidades inimagináveis, são também aspectos possíveis neste fabricante, como é o caso deste Volkswagen carocha que surge com a simulação de ferrugem.
Quanto à Scalextric/SCX, trata-se do fabricante mais polivalente relativamente à quantidade de categorias que consegue trazer-nos.Provavelmente o mais ambicioso e criativo de todos os fabricantes existentes e que à imagem dos dois anteriormente abordados, tratam-se de mini-modelos capazes de aguentar maus tratos. A sua quase desnecessária manutenção nos modelos actuais, deve deixar a concorrência em pulgas.A ausência de fios condutores que transportam a corrente eléctrica da pista até ao motor, é sem dúvida uma mais valia quando se tratam de aprendizes na arte de brincar com este tipo de carrinhos. Já os expert vão preferindo abulir este sistema por substituição de convencionais cabos eléctricos.Para além de por vezes representarem a evolução de que alguns modelos terão sido alvo ao longo do seu percurso de existência, algo que muito poucos fabricantes se dignam realizar, é apanágio da Scalextric/SCX apresentar de quando em vez, revolucionárias criações. Relembre-se que é da sua autoria a criação da tracção às quatro rodas e respectiva evolução, braços do patilhão basculantes, assim como também e ainda, a introdução das suspensões nesta modalidade.Não são esquecidas as várias vertentes da velocidade e respectivas categorias, incluindo clássicos, bem como o mesmo vai acontecendo no mundo dos ralis. Mas distingue-se também este fabricante dos dois anteriormente abordados, por ser possivel aproveitar alguns dos seus modelos para a competição mais séria, alguns deles capazes surpreendentemente, ombrear com algumas criações das melhores produções feitas no mundo. São os casos dos ralis para modelos clássicos, ou até na modalidade dos TT, dependendo do tipo de piso em que ocorrerem as provas.Desenvolveram até uma série específica pensada na competição pura, introduzindo mesmo conceitos inexistentes, como o travão à cremalheira, no caso dos modelos da velocidade, proporcionado pela deslocação longitudinal do seu berço do motor. Para os ralis, um novo chassis com tracção integral por veio tanto à frente como atrás e ajudado por um braço basculante para o patilhão. Em ambas as modalidades, as carroçarias mostram-se bastante aligeiradas, tendo também recebido motorizações de altas prestações. Existiu ainda dentro deste mesmo conceito, uma série para os modelos NASCAR.
Noutros casos pouco mais servirão do que preencher o nosso ego e memórias, mas seja como fôr, é também uma abordagem que fica preenchida e que é bem vinda.Das modalidades em voga hoje em dia, encontra-se o Rally Cross, e não terá também essa modalidade sido esquecida, com a edição dos fantásticos Audi. Ainda os americanos terão sido namorados, com a edição das belas máquinas do campeonato Nascar.Grandes marcas e modelos a Scalextric/SCX nos tem trazido ao longo dos anos, absorvendo todo o tipo de categorias possíveis. Afinal, uma ambição que não os tem colocado no topo do slot de competição, mas posiciona-os num segmento de interesse que desperta muitos praticantes.Estivemos a referir três fabricantes que poderemos afirmar sem correr risco de engano, que se encontram na categoria dos carrinhos conhecidos no meio por RTR, ou seja, prontos a correr, na tradução de Ready To Run. Outro aspecto que deverá ser referido e comum aos três, é o seu valôr. Qualquer deles acaba por ser um belo compromisso, pois não necessitam de mais investimento inicial para que possamos desde logo começar a usufruir da sua condução e por um custo base muito razoável.
O deslumbramento veio através de tudo, do seu brilhantismo enquanto maquetas, até ás séries especiais, com algumas delas a atingirem valorizações absolutamente escandalosas e verdadeiramente inatingíveis para mim.
Acabaram por ser reproduzidos dois Chevron que militaram em campeonatos portugueses, mais própriamente na prova de resistência de 3H, numa tradição que ocorria no longínquo ultramar, em terras de Moçambique e na sua capital da altura, Lourenço Marques.
No capítulo dos ralis tiveram tanto os modelos de tracção traseira, como integral e terá sido no caso destes últimos, que mais se fizeram sobressair as suas glórias.
No campo da velocidade aventuraram-se também, se bem que a maior aposta recaíra nos modelos protótipos. Apresentariam chassis com um berço que sugeria alguma revolução. Dotados de um berço de motor munido de lâminas laterais em substituição das mais comuns molas para fazer de suspensão, estas eram reguladas na sua dureza através do aperto/desaperto dos pernos de que se encontravam dotados. Na prática, pouco efeito ou eficácia dali resultava, pelo que o sistema acabaria por resultar em fracasso e talvez a causa do quase abandono da produção dos modelos desta categoria. Lembrar que adoptariam pela primeira fez semi-eixos à frente, com a possibilidade de se conseguir por essa razão, criar camber nas rodas dianteiras. Acabaria no entanto por ser esta solução, privilégio único do modelo "Pescarolo".
Referir que a Avant Slot editaria ainda alguns modelos de série limitada, que se caracterizam pela totalidade da côr negra baça, representando modelos de testes de cada uma das marcas.
Em termos de balanço, dizer que tratando-se de modelos de custo elevado, não preencherão os melhores requisitos dinâmicos e consequentemente, pouca fiabilidade competitiva. Um custo/compromisso não muito competitivo, que se tornava num verdadeiro desafio para quem neles apostava. Em termos de maqueta/escala, garantidamente que se invertem as apreciações.
O Ferrari 250 GTO de 1964 é um dos casos passíveis de amostragem, para que se percebam as diferenças de quando a marca era Monogram e como é na actualidade, já sob o nome de MRRC. Se repartem a mesma carroçaria, os seus chassis e conceitos mecânicos mostram-se absolutamente díspares.
Mas a sua mais actual política remeteu as suas produções para os plásticos, de onde saíram curiosidades em que outros não apostaram, a par de outras mais generalistas e interpretadas por variados fabricantes.Hoje a MRRC integra-se nas produções de custos contidos, o que os posiciona no mundo dos modelos de slot para puro lazer, deleite visual ou puro entretenimento familiar, em pistinhas caseiras.
Mas não deixam de se mostrar interessantes os modelos em que apostaram, com esta a fazer-se sobretudo em dois modelos, o Porsche 908/3 Turbo e os Porsche 924/944 GTR.
No caso aqui mostrado, trata-se de um conjunto com os dois Porsche 924/944 com as côres da "BOSS" e inscritos oficialmente em Le Mans, correspondendo ao número 1 o 944 LM e a participar inscrito na Classe GTP e com o número 36 o 924 Carrera GTR inscrito na Classe IMSA GTO, tendo completado a mesma respectivamente em 7° e 11° da classificação geral.
Mecânicamente, tanto o BMW V12 LMR como o Saleen S7R, não obtiveram um percurso inicial prometedor e por isso, em nenhum dos casos atingiria a desejada meta a que se proposera Mestre Albert. Daí ter-se arrancado para uma segunda opção. Uma vez que ambas as carroçarias se mostraram ao melhor nível, reproduções extraordinárias apoiadas em plásticos de muito baixo pêso a que se associavam ainda elementos ultra leves em lexan, acabaria por se encontrar a chave do sucesso pela introdução de novos chassis. Para a segunda fase, este fabricante serviu-se de chassis bastante elaborados e altamente rendilhados, contribuindo desta forma para uma redução do pêso final da totalidade do seu conjunto. Era contudo necessário recorrer-se também a berços referência na modalidade, que são ainda os do fabricante Slot.It. Encontrara-se assim o caminho do êxito na competição. Tornaram-se absolutamente brutais e houve necessidade de deixar passar algum tempo, até que surgissem alternativas à eficácia dinâmica demonstrada nesta aposta.
Comercializados numa caixa de lata e bem acomudados entre esponjas e fixos a bases pesadas, estes modelos apresentam o curioso e invulgar facto de se lhes poder tetirar o capô-motor, ficando exposta toda uma simulação das mecânicas destes carros verdadeiros.Á vista, não existem indícios de que se tratem de modelos de slot. Não se observa uma cremalheira, um pinhão, um fio eléctrico, absolutamente nada. Numa espreitadela por baixo, Eureka, tem patilhão!
Modelos da moda na época, os Mini e Porsche 959, marcaram parte do panorama das competições TT.
O mesmo modelo, assumiu duas marcas distintas, MSC e Scaleauto, como o comprovam o De Tomaso Pantera e o Peugeot 205 T16 Grand Raid.
Mas o seu mais alto patamar está a ser presentemente atingido, onde as suas máquinas da categoria LMP Hyper Car se têm feito notar pelas suas elevadas performances, muito embora haja necessidade de recorrer a outros chassis também da sua origem, mas de fabrico 3D.
Mas se há categoria em que a NSR se sente mais como peixe na água, é nos modelos clássicos. Aqui serão várias as suas criações em que os desempenhos são prometedores.
O Ford P68 3 Litros e sobretudo os Porsche 908/3 conseguem grandes desempenhos, sobretudo sobre pistas do tipo Ninco, com superficies abrasivas. No entanto, no caso do Porsche 908/3, as pistas de piso liso têem-se mostrado terrenos não menos favoráveis.
Os Ford GT40 fazem parte do seu catálogo, mas não com o mesmo nível de performances dos anteriormente versados. Os Porsche 917 KH poderão também ser considerados no lote das melhores apostas.
Para finalizar, referir que atendendo ao elevado custo de aquisição, quase ao mesmo nível das restantes boas máquinas da actualidade, será talvez melhor considerar o que existe no mercado e para que fins os pretendemos utilizar, na hora da aquisição. A sua pilotagem é bastante agradável, transmitindo-nos a sensação de grande segurança.No caso dos Porsche 911, Chevrolet Corvette e Aston Martin, são tantas as decorações já editadas, que será sempre bom para as organizações, ponderar a criação de troféus. A sua eficiência dinâmica não vai deixar ninguém indiferente nem desagradado.
É claro que umas mais do que outras, mas quase todas as categorias viram alguma glória no seio competitivo dos clubes um pouco por todo o mundo, mas no geral, trata-se de um fabricante referência em inúmeros aspectos.
Mas sem dúvida que a linhagem dos Porsche 956/962 daria origem à mais bem sucedida evolução de um modelo dentro desta modalidade, ao mesmo tempo que proporcionaria a oportunidade de nascer uma das categorias de maior êxito no seio da modalidade. Os Grupo C acabaram por ser por vários anos consecutivos a categoria dominante na grande maioria dos clubes, um verdadeiro privilégio de que poucos fabricantes se poderão gabar.
Mas a grande e revolucionária criação das últimas décadas, acabou integrada nos Formula 1 Clássicos. Ainda que a Fly se tivesse aventurado na criação duma similar solução pensada com o mesmo objectivo, acabaria por ser a Policar a trazer-nos um revolucionário sistema de engrenagens, ao mesmo tempo que se mostrou suficientemente fiável e eficaz. Através de uma desmultiplicação de cremalheiras/pinhões de reduzida dimensão, conseguiu-se que a simulação da parte mecânica destes monolugares não sofresse aparentes deformações, ao mesmo tempo que interiormente cobrem esse conjunto de cremalheiras.