Este Blog trouxe até vós recentemente, um teste comparativo entre a versão original do Alfa Romeo 155V6 Ti de edição Slot.It, e uma mais recente versão cujo modelo do mesmo fabricante se decorava com as nobres côres da "Martini".
Mas porque deste mesmo fabricante surge uma terceira versão, ou simplesmente outra evolução sobre este mesmo modelo, aqui vamos então desmontar um pouco dos segredos que cada um esconde, excluindo-se agora a primeira das versões, uma vez que no anterior teste acabaram por ficar provados os seus pontos desfavoráveis relativamente ao seu directo rival. É então com base na evolução sob as côres da "Martini" e o mais recente sob as côres da "Bosh", que abordaremos as diferenças tentando mostrar as vantagens ou desvantagens de cada um deles.
E como ficou dito anteriormente, a evolução deste Alfa Romeo levou a que a Slot.It tivesse elaborado uma nova carroçaria, onde a parte correspondente ao pára-choques/spoiler fosse agora independente, o que permite a elaboração de modelos que pareçam muito diferentes.
Mas essa permissividade levou a que a nova frente proporcionada por esse novo elemento neste novo Alfa, obrigasse a chegar-se ao extremo de terem de elaborar também um novo chassis, tal como se pode observar nestas duas imagens, onde se percebe uma frente do chassis substancialmente modificada, mas acontecendo o mesmo na secção traseira, onde os apêndices aerodinâmicos existentes nas extremidades laterais e a modificação dos escapes, acabou por obrigar também a que se modificasse essa secção.
A nova secção frontal da carroçaria passou a ser muito diferente e bastante aberta lateralmente, tendo também recebido novos apêndices aerodinâmicos nas suas extremidades. Estes apêndices, fazem parte integrante da totalidade do spoiler, não se tratando de acessórios retiráveis. A sua inexistência, significará que pura e simplesmente se partiram.
Em baixo vê-se bem a diferença entre ambas as frentes.
Na traseira, embora diferentes ao nível do chassis, torna-se mais imperceptível.
E o que nos diz a balança?
Aqui existe uma diferença de 0,1gr, algo absolutamente desprezível e que nos levará a tentar perceber melhor as vantagens ou desvantagens das diferenças existentes entre ambos.
Mas a diferença determinada na balança será causada pela carroçaria ou chassis, Verifiquemos então.
A nova versão apresenta um chassis mais pesado cerca de 0,3gr, o que leva no imediato a perceber que em termos dinâmicos, existirá vantagem na nova montada, já que a diminuição de peso em altura, melhora o centro de gravidade e consequentemente, contribui para um melhor desempenho no equilíbrio, sobretudo aquando das curvas feitas no limite. E se no total a diferença já era de 0,1gr favorável ao novo Alfa Romeo, então já temos uma grande referência relativamente às suas possibilidades dinâmicas.
Relativamente às cotas, larguras e comprimentos, no caso agora analisado não se registam quaisquer diferenças, portanto, a provável vantagem do novo recruta parece querer manter-se.
A imagem debaixo mostra-nos o excesso de plástico na secção frontal, a que se deverá atribuir a responsabilidade de aumento de peso nesta nova unidade. E este a estar centralizado sobre a frente, poderá minimizar os estragos, já que não contribuirá para um aumento do deslizar da traseira, como seria o caso se esse se centrasse atrás.
Onde poderá então este novo elemento da família saír prejudicado?
O único pormenor que poderei aventar poder-se-à relacionar ainda, com a sua frente. Isto porque, a existência de um chassis em cunha nas extremidades, poderá eventualmente a vir a criar algum défice de apoio nas curvas quando feitas em apoio, ou do chassis, ou da carroçaria.
Parte da preparação destes pequenos bólides prende-se com o rebaixamento da frente, de modo a que quando necessário, a carroçaria ou o próprio chessis façam as vezes das rodas da frente ao apoiarem sobre a pista. Mas como este se mostra algo elevado também, não estou certo de que o trabalho de preparação lhe venha a permitir um tão bom apoio como acontece em ambos os seus antecessores. Se não fôr o caso, então estou certo de estar-mos perante o melhor dos três Alfa.
Mas atenção meus amigos, a uma pequena trafulhice que poderá vir a ser tentada pelos mais afoitos preparadores. O novo chassis não é intercambiável com a versão da "Martini", o mesmo não se podendo afirmar no sentido inverso. Isto é, conseguimos aproveitar o chassis mais leve na carroçaria mais leve. Bem, a coisa até se nota, mas o certo é que este conjunto funciona melhor do que qualquer outro, porque chassis e carroçaria não encontram obstáculo algum para que funcionem na perfeição. Portanto, atenção à feitura dos regulamentos, ou se permite intercambiar, ou não, dependendo dos objectivos.
O chassis de segunda geração, adapta-se a estas duas carroçarias.
Mais um membro a enriquecer esta família italiana, enquanto o Mercedes 190E não surge.
E um agradecimento especial à Slot.It, pelo notável trabalho de modificação de elementos e moldes que estou certo, não seria de igual forma visto por outros fabricantes.
A fotografia mostrada no plano inferior bem demonstra o quanto mais elevada se encontra a frente do novo Alfa Romeo. Além disso, a versão Martini pode ainda contar com o apoio do lábio da sua carroçaria, que se encontra alongado e bastante baixo.
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sábado, 29 de setembro de 2018
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
O que valem as últimas criações da Sideways?
O Ford Mustang da Sideways, um modelo de Grupo 5, serviu num dos últimos artigos deste Blog para um teste que servia para aquilatar tanto o seu valôr dinâmico, como também das preparações sobre estes modelos, apostando-se o mais possível nos elementos que os equipam de série. Sob o mesmo princípio, servimo-nos da última novidade deste construtor, o Lancia Stratos igualmente de Grupo 5, para num teste comparativo com o Ford Mustang, perceber-se qual o lugar que este poderá ocupar dentro do panorama deste tipo de modelos de elevada performance.
E assim, trocaram-se os pneus traseiros pelos da Spirit/Scaleauto e os da frente pelas capas da Scaleauto. Motor e berço foram mantidos, acrescentando-se apenas suspensões de molas de origem Slot.It. Reguladas as alturas de eixos e reguladas as forças das suspensões, chegou a hora de passar à prática no habitual e permanente traçado de origem Ninco existente no CSMinho - Clube Slot do Minho.
Relembre-se que 11,64s foi o melhor tempo registado em anterior teste realizado com o Ford Mustang. Serviu então esse crono como a bitola para que se pudesse avaliar as potencialidades da máquina italiana. Poderemos acrescentar que o Lancia é um modelo com uma distância entre eixos bastante curta e com uma cota inferior relativamente ao Ford Mustang, entre o eixo traseiro e o patilhão. Diz-nos a teoria, que eventualmente poderemos contar com ele nas curvas de raio mais apertado, mas que será mais complicado domesticá-lo, nas curvas de maior raio.
Resolvi então iniciar a avaliação, começando por apertar o gatilho com o Ford Mustang.
E assim, trocaram-se os pneus traseiros pelos da Spirit/Scaleauto e os da frente pelas capas da Scaleauto. Motor e berço foram mantidos, acrescentando-se apenas suspensões de molas de origem Slot.It. Reguladas as alturas de eixos e reguladas as forças das suspensões, chegou a hora de passar à prática no habitual e permanente traçado de origem Ninco existente no CSMinho - Clube Slot do Minho.
Relembre-se que 11,64s foi o melhor tempo registado em anterior teste realizado com o Ford Mustang. Serviu então esse crono como a bitola para que se pudesse avaliar as potencialidades da máquina italiana. Poderemos acrescentar que o Lancia é um modelo com uma distância entre eixos bastante curta e com uma cota inferior relativamente ao Ford Mustang, entre o eixo traseiro e o patilhão. Diz-nos a teoria, que eventualmente poderemos contar com ele nas curvas de raio mais apertado, mas que será mais complicado domesticá-lo, nas curvas de maior raio.
Resolvi então iniciar a avaliação, começando por apertar o gatilho com o Ford Mustang.
Após uma série de 13 voltas que constituiu um pequeno aquecimento, o melhor crono fixava-se nos 11,94, algo ainda distante de uma marca digna. Mas como a grande incógnita se situava no Lancia Stratos, valia a pena verificar se esta marca estaria ao seu alcance.
E após 8 voltas, surgia o registo de 11,93, um centésimo melhor que o primeiro registo do Ford Mustang. A primeira impressão que me merece reparo, é de estar-mos perante um modelo de excelente eficácia nas acelerações, já que denota uma surpreendente tracção. Mais complicado estava a ser o seu desempenho nas curvas rápidas, denotando alguma instabilidade. Mas era a vez de passar novamente ao Mustang, na tentativa de baixar o melhor registo e repetir a operação com o Stratos.
Desta vez bastaram apenas 5 voltas e o registo fixava-se nos 11,86. Apesar desta aparente facilidade, percebia agora muito melhor, o quanto falta ao Mustang em termos de tracção, relativamente ao Stratos. Mais complicado no disparo à entrada das rectas e uma traseira mais solta, confirmavam aexcelência da tracção proporcionada pela máquina transalpina. Mas era novamente tempo de passar a vez ao Stratos.
E em apenas também 5 voltas, o Stratos com o tempo de 11,83, parecia querer começar a humilhar o Ford Mustang. E era notório que após a primeira aceleradela, o Lancia mostrava um argumento que faltava claramente à máquina americana. Uma surpreendente tracção. Esta sua eficácia permite começar-mos a sentir verdadeiro prazer na sua condução, parecendo até que as curvas mais largas não seriam tão complicadas assim, já que os registos de saídas se mantinham empatados a zero. Retomemos então de novo a máquina das terras do ti Sam, para perceber-mops até onde poderíamos ir, tendo também e sempre na mira, o registo de 11,64s estabelecido pelo Mustang em anterior teste.
Mas estava a começar a ficar complicado e foram necessárias 14 voltas, para fixar no "DS" o registo de 11,80, um tempo ainda aquém do que sabia ser possível. Mas percebia também que a falta de eficácia da sua traseira, estava a dificultar essa tarefa. E passava-se de novo ao Lancia, para nova tentativa de melhorar este registo.
14 voltas foi também o necessário para um registo similar. Novamente um centésimo acabaria por favorecer o Stratos. E aqui parecia começar a ficar o limite de ambas as máquinas. Surpreendia contudo a falta de melhores registos por parte do Lancia Stratos, já que o cronómetro não correspondia à parte visual. Esta máquina parecia perfeita quando comparada com o Ford Mustang, mas a verdade ditava que se equiparavam verdadeiramente.
Chegava a hora de olhar melhor para cada um deles e proceder a alguns acertos, sempre com o objectivo de melhorar os seus desempenhos.
Chegava a hora de olhar melhor para cada um deles e proceder a alguns acertos, sempre com o objectivo de melhorar os seus desempenhos.
Revistas folgas e apertos de parafusos de bancadas e de carroçarias/chassis, foi tempo de se retomar a tarefa. Novamente Mustang para a pista e agora com uma traseira substancialmente melhorada, foram necessárias apenas 7 voltas para parar o tempo exactamente na meta pretendida. O melhor regista, 11,62, igualava-se ao melhor tempo do anterior teste com este mesmo modelo. E agora, conseguiria o Stratos acompanhá-lo?
Após 8 voltas, acabaria por desistir por considerar em consciência, muito difícil a melhoria dos 11,72s agora estabelecidos. Não quer isto dizer que não possa melhorar, mas pareceu-me mais realista a hipótese do Mustang poder evoluir mais. No entanto, foi para mim uma verdadeira surpresa o desempenho deste modelo que sendo extremamente curto e estreito de frente se tivesse comportado de forma excelente. E poderemos adiantar que enquanto no caso do Mustang e do Capri as rodas do eixo nunca poderão aproveitar a largura total da carroçaria, por se encontrarem dentro desta, no caso do Stratos, estas poderão ainda aumentar a sua largura, uma vez que em caso algum haverá interferência da carroçaria. Note-se ainda que o problema inicialmente sentido de alguma ineficácia em curvas de maior raio, se foi esbatendo ao ponto de deixar mesmo de constituir algum desconforto.
E para finalizar, com a introdução do nosso fantasma de nome de código "Moby Dick", a constactação de que a introdução de berço Slot.It e um motor Scaleauto 11b, fazem milagres.
Em apenas 5 voltas, marcava-se o tempo de 11,41. 21 centésimas de segundo são a confirmação de que há alterações de fazem mesmo a diferença. Isto é caso para pensar-mos até onde poderão ir Mustan g e Stratos quando puxados ao limite.
Mas as cotas deste Stratos não me permitiram que finalizasse aqui a descoberta deste novo modelos da Sideways. E assim, parti com estes mesmos três modelos para um traçado igualmente Ninco, mas numa pista de puro traçado de rali. Curvas encadeadas e rectas curtas, era tudo quanto necessitava para perceber a valia deste mini-modelo.
E nestas condições, o Ford Mustang surpreendia tendo-se mostrado mais eficaz nos ganchos do que o Lancia Stratos. Capaz de contornar com maior eficácia os ganchos o Mustang marcaria o tempo de 33,390s. O Lancia Stratos incompreensivelmente sacode a sua traseira nos ganchos, talvez por culpa duma traseira extremamente comprida para além do eixo traseiro. A sua melhor marca acabaria por se cifrar nos 33,652s.
O Porsche mostraria melhor comportamento que o Lancia Stratos nos ganchos, talvez beneficiado pela relação mais longa com que se encontra equipado para as provas de velocidade, percebendo-se por essa mesma razão, a sua falta de poder de saída para as poucas rectas existentes. 33,621s, acabaria por marcar o seu melhor registo, algo melhor doi que o estabelecido pelo Lancia Stratos.
Se aqui tanto como na pista de velocidade o Porsche se trata de uma carta fora do baralho, no confronto directo entre Mustang e Stratos, parece-me que a vantagem pende claramente para o modelo americano. No entanto, a mim, proporcionou-me maior prazer a nova criação deste fabricante.
Parabéns Sideways pela excelência das suas produções.
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