quarta-feira, 1 de maio de 2019

Carlos Afonso, dominador - Campeonato GT Series Blancpain

 Arrancou o campeonato que mais expectativas estaria a levantar no Guimarães Slot Clube. Falamos naturalmente do Campeoanto GT Series Blancpain, um campeonato que pela variedade de modelos admitidas e pela permissividade na preparação dos mesmos, proporcionava imensa curiosidade e expectativa entre todos quantos se mostravam interessados em integrar esta competição de nível verdadeiramente exigente.
 A quantidade de pilotos participantes mereceu por parte de Miguel Guerreiro uma explicação prévia de como havia necessidade da mesma decorrer, visto o recurso às calhas virtuais não ser suficiente, obrigando ainda assim a recorrer-se a um misto de duas mangas que integravam em cada uma delas, pilotos/calhas virtuais.
 Uma escolha aleatória, definia que na primeira das mangas participariam José Pedro Vieira, João Seia, Jorge Seia, sendo estes pai e filho, Filipe Carreiro, Damião Castro, Ricardo Moura, José Augusto, Fernando Coelho, Rui Mota e António Lafuente, iniciando estes dois últimos a sua prova, em calhas virtuais.

 Pilotos novatos e visitantes, começam a ser uma constante realidade.

 Iniciada e concluída a primeira das calhas, assumia o comando Ricardo Moura, provando assim que o Ferrari da Black Arrow se encontrava na primeira linha dos modelos mais capacitados para as melhores posições. Filipe Carreiro tripulando um Mosler de origem NSR confirmava também a valia dum modelo que teima em mostrar-se com um percurso glorioso e de enorme longevidade. Atrás destes pilotos, Damião Castro, José Augusto e José Pedro Vieira encetavam uma equilibrada luta, logo seguidos de Fernando Coelho, um piloto ainda babado pelo recente nascimento de mais um pupilo. Entretanto, era também a luta encetada por pai e filho "Seia", ambos em estreia nestas batalhas slotísticas, que finalizavam a primeira das guerras com uma curiosa igualdade no número de voltas.
 Após a passagem da totalidade dos participantes da primeira manga, percebia-se que Rui Mota se assumia como o mais sério candidato à vitória nesta primeira manga, mas com José Pedro Vieira, Filipe Carreiro e Ricardo Moura à espreita duma oportunidade para desfeitear o provisório comandante. Damião Castro não conseguia o necessário ritmo, o mesmo acontecendo a José Augusto e Fernando Coelho. António Lafuente perdia de vez a "carruagem", enquanto o final da tabela era discutido entre os dois "Seia".


E no final, era mesmo Rui Mota que levava a melhor sobre a concorrência, seguido de Filipe Carreiro que se impunha a José Pedro Vieira, apesar do mesmo número de voltas. Ricardo Moura não acompanhava os primeiros e acabava por quedar-se pela quarta posição, sendo o quinto lugar pertença de Damião Castro. José Augusto fruto de mais uma volta dada, impunha-se a Fernando Coelho, ficando o oitavo lugar a pertencer a António Lafuente. As nona e décima posições, pertenceriam a João Seia e Jorge Seia respectivamente.
 Mas era necessário esperar pelo final da segunda manga para perceber realmente a classificação final, pois o lote de pilotos que a integravam era de nível suficiente para que tudo se pudesse alterar. Para além disso, uma pista melhorada em termos de limpeza, ajudaria certamente a que os desempenhos viessem a ser beneficiados. Tínhamos então a integrar esta segunda manga, Frasco Leite, André Mota, Miguel Sousa, Domingos Vinagreiro, Miguel Guerreiro, André Ferreira, Carlos Afonso, Albano Fernandes, estes dois últimos a fazerem o regresso às lides e ainda Miguel Antunes, Marco Silva, Bruno Magalhães e Filipe Vinagreiro.


 E com tudo a postos, era hora do momento da verdade.


 E Carlos Afonso inicia um recital de pilotagem verdadeiramente impressionante, que acaba mesmo por abafar o também excelente desempenho de Miguel Guerreiro. Mas ambos marcam de imediato um verdadeiro afastamento da concorrência directa, com Domingos Vinagreiro a ficar muito cedo a três voltas do segundo classificado. Marco Silva sentia-se também impotente, bem como Miguel Sousa e Frasco Leite. Apesar de dispôr de um rapidíssimo Corvette, André Ferreira não tira disso partido, mantendo-se ainda assim, à frente de Miguel Antunes e André Mota, este último, a revelação rookie deste ano, mas que se debatia desta vez com algumas dificuldades.

A descontracção fazia parte dos que haviam já cumprido a sua missão.

A entrada de Filipe Vinagreiro trazia novo aliciante à prova, mas tal como muitos outros, a entrada para a calha um deixava algum amargo de boca e penalizava-o na classificação geral. Enquanto isso, Bruno Magalhães surpreendia com um Honda ao mais alto nível, posicionando-se no terceiro lugar.
E a música continuava a ser boa e enquanto Carlos Afonso se afirmava como o maestro da banda e Miguel Guerreiro nada conseguia para o contrariar, Bruno Magalhães começava a ameaçar o segundo lugar de Miguel Guerreiro. Albano Fernandes era também vítima da calha um, o que o deixava neste início em maus lençóis, já que este seu regresso o levava a acreditar num desempenho mais condizente com o que nos habituou já.


Mas o decorrer da prova mostrava que as aspirações de Filipe Vinagreiro eram elevadas, iniciando uma recuperação que o levava ao quarto lugar da sua manga e quinto da classificação geral. Miguel Guerreiro conseguia uma margem de segurança relativamente aos ataques de Bruno Magalhães. Também Albano Fernandes acabava por começar a subir na tabela de classificação, mas Miguel Sousa, fruto duma participação algo complicada, encontrava-se numa posição pouco habitual para o seu valôr. Domingos Vinagreiro não conseguia também mostrar do que é capaz, vendo-se relegados para o final da tabela, Frasco Leite, André Ferreira, Miguel Antunes e André Mota.
E sem surpresa depois do verdadeiro recital, Carlos Afonso consegue vencer a primeira das cinco batalhas que compôem este campeonato, com uma vantagem de cinco voltas sobre Miguel Guerreiro, o segundo classificado. O terceiro lugar acabaria por ser pertença de Rui Mota, o vencedor da primeira manga desta jornada. Mas se a primeira posição teve um ocupante indiscutível, do segundo ao nono lugares, a discussão foi acesa, fazendo-se a diferença nalguns casos, por pequenas margens.

E se por parte dos modelos participantes existiu um Saleen verdadeiramente dominador, o que abaixo de si se seguiu, foi um verdadeiro equilíbrio entre uma enorme variedade de modelos e de variada origem.
E ao que parece, para a segunda jornada existem já algumas feras a afiar as garras para contrariar a verdadeira supremacia imposta por Carlos Afonso.
Vamos lá senhores corredores, há que afinar as máquinas...e os dedos...

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