Chegou então a hora de tentar perceber se existem significativas diferenças que os possam distinguir entre as duas versões Mercedes-Benz disponibilizadas por este fabricante, quando chega a hora de se confrontarem nos campeonatos para que se encontram vocacionados. Embora visualmente a versão 190E se mostre mais "corpulenta", a verdade é que para além da sua maior altura, o seu comprimento é bem menor quando comparado com o mais recente Classe C.Para além do nome, estes modelos não repartem mais absolutamente nada, mostrando-se em tudo carros absolutamente distintos. Se a capota mais baixa da n ova máquina lhe conferirá um centro de gravidade mais baixo, o que lhe proporcionará uma natural melhoria de comportamento em curva, outros factores ajudá-lo-ão mais ainda na optimização da sua dinâmica.Alinhados os eixos posteriores, percebe-se o quanto menor a sua traseira é em termos de massa, a funcionar como chicote quando contornado cada raio de curva dos circuitos. Assim, passa a haver já dois factores a ajudar a pender a vantagem de comportamento para o lado da mais recente criação.
Se a distância entre eixos foi também aumentada, mais significativa passa a ser contudo a maior distância que se foi buscar entre o eixo posterior e o avanço do patilhão. Este será um dos aspectos que se deverá considerar sempre como vantajoso, desde que não se entre no capítulo dos exageros. Não sendo aparentemente o caso, deveremos então encontrar-nos perante o terceiro ponto a favorecer o novo Classe C.
Mas a balança mostra-nos a primeira contrariedade. 1,4gr é o registo a desfavorecer o novo modelo. Mas este aparente mal poderá não se mostrar ser tão prejudicial assim, caso este se verifique na parte inferior do conjunto carroçaria/chassis.
E de facto, havendo uma ligeira vantagem para a versão amarela em termos de carroçaria, passa a ser possível que o aparente prejuízo até funcione como lastro, o que poderá anular alguma possível tendência de descolar a frente relativamente à pista aquando das acelerações, ou até ajudar a máquina a aumentar o seu poder de tracção.
Aparentemente o aumento de peso do chassis poderá dever-se à maior utilização de plástico, ajudado também pelo surgimento de algumas novas nervuras que surgem pela parte interior.
Observados inferiormente, poderemos perceber um outro facto de que poderá tirar partido a nova máquina. Anteriormente era o lábio frontal do próprio chassis em formato de cunha a fazer o apoio em pista. Agora, serve a carroçaria para fazer esse trabalho, mas com a vantagem desta se encontrar substancialmente mais avançada.
Mas bom, era perceber se finalmente terá chegado o verdadeiro rival do bem nascido Opel Calibra.
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