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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Porsche 917/10 Can-Am - NSR

Um modelo que não havia sido ainda alvo de assunto por aqui, é a recente criação do fabricante italiano NSR, o Porsche 917/10, a grande máquina germânica que causaria estragos no seio do bem sucedido campeonato norte americano de Can-Am e que através da sua evolução, acabaria mesmo por ser o causador da extinção desse campeonato, pelo insolente domínio que acabaria por exercer.
Causa alguma estranheza o primeiro impacto visual, por fugir em demasia às dimensões relativas à escala 1/32. Não será já novidade para ninguém que a NSR não gosta muito de cumprir cotas traduzidas à escala, por privilegiar de sobremaneira os desempenhos dinâmicos das suas criações. E assim sendo, parece neste caso até gritante a fórmula que seguiram nessa procura, acabando por desproporcionar demasiado a sua imagem.
Na distância entre o eixo traseiro e o patilhão, conseguiram manter uma equivalente distância relativamente à criada no Porsche 908/3, o que acaba por se tornar numa espécie de garantia de desempenho, visto ter essa versão demonstrado já essa extraordinária característica, que é a de ter uma das mais excepcionais frentes que conheço. Mas poderá encontrar no imenso aileron um verdadeiro adversário quando comparado com o mesmo modelo. Se poderá ganhar pontos ao 908/3 na questão da frente, por se mostrar mais largo, a traseira poderá levá-lo a perder sériamente, pela descompensação que dali poderá advir. Na tentativa de minimizar esse possível prejuízo, a NSR rapou um pouco à carroçaria que deveria existir para além do eixo traseiro.Mas este 917/10 colhe uma vantagem bem importante. O desenho das cavas das rodas traseiras de formato redondo a acompanhar o desenho da roda, acaba por apresentar folga suficiente para que se explore ao limite a largura da sua carroçaria. Já no 908/3, estas acabam por ter de ser mantidas um tudo nada dentro, para que não tranquem na carroçaria, sobretudo porque temos sempre de ajustar a basculação do chassis, de modo a que exista sempre alguma oscilação entre o conjunto chassis/bancada do motor e a carroçaria.Poderá tirar-se muito mais partido da frente do do 917/10, na hora desta servir de apoio na superfície da pista.E nas rodas poderemos encontrar outra grande vantagem. Se normalmente para a sua série de modelos clássicos e de origem, o piso dos pneus é representado com o desenho das nervuras do seu piso, estes mostram-se agora, ainda que existentes, quase nulos, o que permite um muito maior aproveitamento, desde a saída da caixa para a pista. Mas é na nova largura apresentada, que se colherá um grande benefício, talvez até capaz de anular a enorme medida do seu aileron. Além disso, o seu menor diâmetro ajudará também a melhorar o nível de atracção magnética à pista. É verdade que quando preparados os brinquedos, algumas das vantagens que aqui se referiram acabarão por se anular, mas para os menos ligados às preparações e suas evoluções, poderão contar no imediato com grandes benefícios dinâmicos.


Tratando-se de um modelo dotado de um chassis de formato próximo do quadrangular, permite uma melhor distribuição de pesos, colhendo por isso melhorados desempenhos.
E que referir da sua carroçaria?
Editado uns bons anos antes e pelas criações da Fly, vimos surgir esta mesma sigla da Porsche. A sua bela reprodução de origem espanhola, permite-nos tê-lo como bitola comparativa entre ambos. E se reparamos, o aileron deveria encontrar-se substancialmente mais elevado relativamente à carroçaria, sendo perceptível também a falta de pormenor, por exemplo nas várias tomadas de ar existentes pela totalidade da carroçaria, mais fazendo lembrar um carrinho dos chineses, do que propriamente estes para qual foram destinados e a que já nos habituámos à existência de alguma qualidade.
O formato da abertura do habitáculo, encontra-se mesmo ridículo nesta nova criação. Larga e excessivamente curta, desfigura em grande medida a bela imagem que este modelo deveria ostentar.

Repare-se na também ridícula altura do seu aileron

Estas duas imagens permitem também perceber como deveria estar bem representada a cava das rodas traseiras. No modelo Fly, é perceptível a existência de uma pequena aba que a circunda. Na versão da NSR, simplesmente desapareceu, provavelmente porque assim, lhes permitiu levar a largura da carroçaria ao limite. Caso contrário, mais larga ficaria.
Atente-se agora à medida que deveria existir no capôt traseiro para além do eixo traseiro e bem representada na versão da Fly e a que foi efectuada pela NSR.
As gritantes diferenças de dimensões, estão aqui bem demonstradas nas suas larguras. A versão da NSR mostra também que o limite frontal do habitáculo termina quase no alinhamento das portas, quando deveria acontecer muito mais à frente.
Até parece que um, não tem nada a ver com o outro, mas na verdade ambos versam o mesmo Porsche 917/10. Mas quando o tema é a competição, bem, eventualmente estaremos perante um dos mais sérios opositores das máquinas da Thunder Slot.

domingo, 19 de abril de 2020

Clássicos da Ninco

 Nascida em 1993 e com a sua primeira referência a ser criada em Dezembro do mesmo ano, chegava ao mercado o fabricante Ninco, uma marca que se tornaria por alguns anos, numa referência dentro do mundo dos slot car.
 Mas só em 1995, dois anos após o surgimento da marca, este fabricante editaria o seu primeiro modelo clássico. Foi com a referência 50116 que vimos pela primeira vez o Ferrari 166MM vencedor da edição de Le Mans do ano de 1949.

 Mas se a Ninco se destacou na modalidade e se merece algum elogio de relevo, é mesmo no que se refere aos seus modelos clássicos, onde podemos desfrutar de máquinas sãs de comportamento, ao mesmo tempo que se revelaram como um regalo aos nossos olhos.
 Ainda presentemente se mostram óptimas opções na categoria de ralis clássicos, onde pouco se necessita fazer para deles podermos colher as melhores sensações competitivas.
 A gama de opções é também variada, tanto ao nível de modelos em si, como da quantidade de versões existentes de cada um deles, o que por certo colherá o seu agrado nalguma das inúmeras referências editadas.
 A nacionalidade da origem dos modelos é também oriunda de todo o mundo, pelo que poderemos desfrutar das melhores máquinas que competiram nas respectivas épocas, um pouco por todo o lado.



 Se houve uma grande aposta nas versões de competição, os modelos civis não ficaram esquecidos e também aqui poderemos encontrar um leque alargado de modelos.

 Mas por norma, os modelos ostentando dizeres e publicidade, acabam por tornar os modelos mais apelativos, ao que poderemos mesmo associar as suas existências a provas específicas, de acordo com algumas apetecíveis temáticas.

 Apesar de pouco comuns, modelos existem que pelas suas gloriosas linhas acabam por nos cativar.


 Outros pelo contrário, já nos marcaram por natureza. Detentores de feitos mais próximos das nossas tendências ou gostos das próprias marcas, fazem deles modelos das nossas preferências.


 Feitos históricos como a conquista de Le Mans, como este Ferrari conseguiu e associado ainda ao facto de representar o primeiro clássico editado pela Ninco, acabam por torná-lo apetecível entre um considerável número de fãs.
 O próprio nome "Ferrari" por exemplo, pode ser por si só uma forma de atrair potenciais apreciadores e interessados no maior número possível de modelos da marca, dado o reconhecido carácter daqueles que conhecidos são por "Tifosis".


 Mas os ingleses também sabem apreciar as criações oriundas das terras de Sua Majestade, pelo que as vulgarmente atraentes linhas criadas nas ilhas britânicas, conseguem colher não só a atracção dos seus compatriotas, mas também de um variado público a nível mundial.



 E assim, com uma abrangente política de criações, a Ninco foi conseguindo a merecida fidelização da parte de um infindável número de adeptos da modalidade e apaixonados pela categoria de clássicos.



 Mas infelizmente tudo tem um fim e após uma década de excelência nos serviços prestados à modalidade e a criar adeptos que aprenderam a fixar-se nas suas criações, a Ninco começou a esmorecer e a tomar rumo por criações de qualidade duvidosa para a prática da modalidade, criando assim um indesejado afastamento dos praticantes à marca, e da marca pelo interesse que até aqui vinha demonstrando pela modalidade.


 E deixamos assim com esta desistência assumida pela Ninco, de poder contar com mais iniciativas de criação dentro desta categoria dos modelos clássicos, que colhia grande número de interessados praticantes dos slot cars.

 Mas aqui vos deixo um bom número de imagens de interessantíssimos modelos e versões, que estou certo vos fará reviver um ou outro momento que com eles terão passado, ou simplesmente que vos recordarão que ainda os mantêm com a segurança devida no lugar a eles destinado das vossas estantes.


 Por mim, lidar com estas imagens desperta-me uma subtil alegria nostálgica, por perceber o quanto cada um deles me preencheu em cada momento, ou como modelo de competição, ou simplesmente como modelo de colecção.


 Mas tendo marcado uma época, representam já não só um pedaço da história da Ninco, mas também um bom pedaço da história dos slot cars. É que a história das coisas vai-se assim fazendo, com o somar dos anos em coisas que nos vão fugindo por entre os dedos.


 Outras histórias se vão reescrevendo, mas esta, vai ganhando um registo cada vez mais marcadamente acentuado. Estes clássicos não voltarão e cada volta que se dê com eles, é um pedacinho de destruição que lhes vamos acrescentando, por isso, preservo-os, com o maior dos meus carinhos.

 E a vós vos desejo bons clássicos e boas colecções....