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segunda-feira, 10 de julho de 2023

Nissan R89C - O terceiro elemento - Slot.It

A Slot.It anuncia o terceiro elemento oficial da participação da Nissan na edição de 1989 em Le Mans. Comparando com as anteriores edições, ressalta a utilização de novas jantes à frente, sendo agora totalmente pretas.
Faz-se igualmente notar a diversidade dos patrocinadores, enquanto é mantida a arquitectura da decoração original e oficial desta marca nipónica. 
Fica assim preenchida a vaga em falta, para que o grupo Nissan nessa participação fique completa.
Em tudo o mais similar às duas anteriores edições já conhecidas, nada mais nos trará de novo este terceiro elemento.
De linhas bem conseguidas estéticamente, referir que dinâmicamente se encontrará na linha da frente das melhores produções de modelos de Grupo C, no que se refere a performances puras.

Referir que a evolução mecânica tida, ser apenas referente às modificações para receber os sistemas de digitalização com que este fabricante se tem vindo a preocupar, em todos os seus modelos.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Novo Nissan R89C - Slot.It


Depois de nos ter feito chegar a versão participante em Le Mans no ano de 1989 do Nissan R89C, a Slot.It prepara-se agora para nos disponibilizar a versão de 1990 do mesmo modelo japonês.
Tendo perdido as cores oficiais, estas foram substituídas por um cinza antracite, uma côr só e pouco comum em modelos de competição, mas que aliada ao branco que funcionou igualmente "quase" como côr única para os patrocínios que ornamentaram a decoração, poderemos afirmar que acabou por existir um inegável equilíbrio estético. Note-se que são poucos os patrocinadores que acrescentaram o vermelho a esta pobre mas funcional conjugação decorativa e onde por exemplo a Yokohama acrescenta essa côr no seu característico "Y" da marca.
E uma vez que se trata do mesmo modelo do ano anterior, pouco ou quase nada haveria a modificar. No entanto, a perda das tampas que cobrem as rodas posteriores conferem-lhe uma imagem renovada. Mas essa perda obrigou a novas formas do capôt traseiro, mesmo junto ao seu limite posterior, já que o acabamento do mesmo era proporcionado pelas tampas das cavas das rodas e agora é o próprio capôt a fazê-lo. Na imagem que abaixo se mostra, percebe-se perfeitamente como funcionava a tampa na primeira versão.


Mas este modelo utilizava um novo tipo de jantes e neste particular, a Slot.It não se preocupou em primar, tendo mantido as da anterior versão, cujo centro de reduzida dimensão retira em grande parte a verdadeira afinidade que este deveria ter com o modelo que lhe dá origem.
 Mas a Slot.It teve o cuidado de ornamentar com uma borda preta e com a simulação de rebites em ambas as janelas, algo que não acontecia na anterior versão.

Já o óculo frontal recebeu no contorno inferior uma banda extremamente larga a preto. Na verdade, existia apenas o friso preto que o liga à carroçaria. As antenas são algo que se encontra a mais na versão de 1990, são portanto inexistentes neste que estará para breve.
 E para completar o rol de pequenos e quase imperceptíveis erros, poderemos apontar mais três pequenas falhas. A grande abertura existente imediatamente antes da cava da roda posterior, deveria ter uma tampa com uma curva bastante pronunciada para o interior, mas foi mantido exactamente o mesmo esquema adoptado no modelo de 1989 e que se encontrava igualmente errada.
Mas mais imperceptível, encontram-se as tomadas de ar frontais, compostas por duas pequenas nas extremidades e duas de maiores dimensões na parte central e de formato rectangular e que na versão de 1989 eram na sua totalidade da mesma altura. Em 1990, as tomadas de ar centrais, foram reduzidas em termos de altura, mas na miniatura agora mostrada, foram erradamente mantidas.
Também as campânulas dos faróis da frente, surgem na mais recente versão, com nova terminação lateral. Deveriam acabar em bico lateralmente e não arredondadas como na primeira das versões. Basta olhar para as imagens do modelo real, para perceber a verdadeira forma que deveriam ter assumido.

 Mas no todo, estamos perante mais uma excelente reprodução que a Slot.It nos oferece.


 Nestas imagens, é possível verem-se alguns dos pormenores do modelo.
 Mecânicamente, as mesmas opções definidas pelo fabricante para os modelos do Grupo C e a carroçaria dentro dos mais actuais parâmetros de fabrico.



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Nissan R89C e os outros...

 A chegada de um novo membro de qualquer grupo, é sempre uma notícia aplaudida e muito apreciada pelos apaixonados praticantes da modalidade slot car. A achegada do novo Nissan por parte da Slot.It, é uma bela notícia, já que vem engrossar o já alargado lote de modelos existentes, restando a expectativa relativa aos seus desempenhos comparativos, quando se imiscuir nas verdadeiras batalhas dos Gr. C.
Mas é sempre arriscado redigir um artigo deste tipo, já que tudo isto não passa de comparações teóricas e intuitivas e que não chegaram a fazer parte de testes dinâmicos e que no fundo poderão influenciar decisões, mas que poderão não corresponder à maior expectativa de quem leu estas linhas. Sugere-se então, que não tenha esta escrita como uma verdade absoluta e que faça a sua própria leitura e tire as suas próprias ilações.
 E quase poderíamos dividir a família em dois grupos, o dos nipónicos e o dos europeus. Por parte do sol nascente, encontramos o Mazda, o Toyota e o agora, o Nissan. Da parte do velho continente, teremos o transalpino Lancia, o Jaguar do reino britânico e os Porsche nas suas já dispersas variantes como representantes da Alemanha.
 No que se refere à armada 956/962, apenas não se apresentam aqui as versões IMSA que contudo se mostram na presente data, como os mais eficazes dos Porsche, mas também como dos melhores Gr. C da actualidade.
Mas da série 956, temos as versões LH (cauda longa) e KH (cauda curta).

 Com carroçarias distintas ao nível da traseira, mas de cotas iguais no que respeita ao comprimento total da mesma, mostra-se no contudo mais interessante a versão LH, por posicionar o seu aileron num plano horizontal inferior.

 O mesmo acontece na série 962, apresentando-se com carroçarias LH e KH. Recorde-se que fazem ainda parte desta série as  versões IMSA, mas que aqui não constam por não ter sido possível nenhum para a respectiva comparação.
 E as conclusões repetem-se, com aparente vantagem para a versão LH, já que o seu aileron que se apresenta num plano inferior, proporcionará alguma vantagem ao poder baixar o centro de gravidade total do modelo.
 Mas tratando-se o modelo 956 na sua versão LH a melhor das opções quando de Porsche estamos a tratar, vamo-nos servir deste para uma comparação teórica  com o Lancia que tão boas provas já deu nesta categoria.
 De comprimentos similareso Lancia mostra-se de carroçaria mais larga
 A secção traseira, aquela que é a mais importante para condicionar o comportamento dos modelos em curva, embora apresente um aileron mais elevado no Lancia, apresenta o término da mesma ligeiramente mais baixa, o que poderá equilibrar de algum modo esta questão da distribuição de massas na traseira. O aileron do Lancia encontra-se também pousado nas derivas verticais que fazem parte da carroçaria, o que lhe conferirá alguma rigidez, sobretudo quando comparado com a generalidade dos outros Gr. C. No caso do Porsche, trata-se do melhor exemplar neste particular, já que se apoia na totalidade, dentro das derivas verticais existentes na extremidade do capôt traseiro, o que lhe confere uma muito maior segurança no que a quebras diga respeito.
 Mas entre os dois, a minha opção recairia no Lancia LC2, sobretudo porque j´+a tive oportunidade de constactar a sua mais valia.
Peguemos então neste modelo e compare-mo-lo com o senhor que se segue. Trta-se de um XJR9 por mera casualidae, já que se equivalem todas as séries dos Jaguar.
 Quase com as mesmas cotas, será difícil de modo empírico poder apostar num deles.
 Mas uma carroçaria mais volumosa no caso do Jaguar, poderá condicionar algum do seu melhor desempenho. No caso do Jaguar, poderia ser uma condicionante, a utilização de tampas ao nível do eixo posterior. No entanto, a generalidade dos regulamentos toma como aceite a sua remoção, o que levará a que seja trabalhado ao nível da sua afinação, como qualquer outro.
 E quanto a nipónicos?
Tudo o que é conhecimento adquirido é que por parte do Toyota, é um modelo imbatível em pistas carreras, a menos que o agora chegado, lhe consiga bater o pé.
Mas passemos então às comparações, até porque muitas vezes se utilizam traçados com plástico Ninco, o que fará toda a diferença.
Mazda e Toyota, mostraram-se já como dois bons carros de competição.
 Mas as cotas indicar-nos-iam que que a vantagem se situaria do lado do representante do motor rotativo. Um aileron substancialmente mais baixo poderia dar-lhe alguma vantagem, mas este apresenta mais massa com o inconveniente aumento de peso neste apêndice, o que constituirá uma óbvia desvantagem. Aqui as dúvidas instalam-se, mas como a prática já deu bons indícios e vantagem ao Toyota, outra escolha não poderia ser feita. É que nesta caso, é uma frente demasiado rasteira que acaba por marcar a diferença entre ambos, conferindo um comportamento significativamente mais nobre ao Toyota. E tal como diz o ditado, nem tudo o que parece, é!
 Mas relativamente a cotas da traseira, o Mazda poder-se-à considerar de algum modo, uma referência e servimo-nos então deste, para uma análise com o novo Nissan. Este último, consegue ainda assim, apresentar melhores cotas, tanto ao nível do aileron, como da própria carroçaria. Um aileron mais baixo, com menos massa mas sobretudo, muito mais perto da carroçaria, prometem que o Nissan possa vir a ser um excepcional Gr. C.
 Como se pode vêr, um modelo significativamente mais curto, poderá apresentar as suas vantagens.
 Um vantajoso aileron e uma linha de carroçaria mais baixa, poderão permitir ao Nissan, pelo menos, fundadas ambições.

 Outra das possíveis vantagens de que poderá usufruir, é da carroçaria apoiar no chassis, lateralmente. À frente já assim não acontece, mas esta encontra-se suficientemente folgada de modo a permitir um excelente trabalho de basculação do conjunto.
 Analisemos agora, a distãncia eixo traseiro/patilhão. Como se observa abaixo, uma ligeira vantagem do novo nipónico relativamente ao Lancia.
 Em relação ao Jaguar, esta é abismal.

 Para os Porsche, igualmente descomunal essa diferença.
 Já a disputa com o Toyota é séria, com vantagem mínima para a marca do diapasão.
Que conclusões poderemos então tirar?
Não tenho qualquer dúvida de que o recém-chegado virá a ser um aspirante aos melhores lugares nas competições. Um linha de carroçaria baixa e excelentes cotas, associadas a uma fantástica distância eixo traseiro/patilhão e uma basculação carroçaria/chassis perfeita, vão dele fazer um temível adversário. Claro, tudo isto no capítulo teórico, já que a prática poderá ditar outros argumentos. Outros campos não foram aqui analisados, como o peso por exemplo, mas o Nissan estará certamente dentro das melhores referências. Embora este modelo mantenha a possibilidade de montagem de suspensões laterais no berço do motor, isto só se torna possível se forem retirados os apêndices que se encontram dentro da carroçaria e naquele alinhamento. Mas creio que os regulamentos na sua maioria permitirão essa remoção, o que fará com que este Nissan se enquadrará nas melhores referências gerais deste tipo de carros.
 Quanto ao modelo em si, é agradável e apresenta-se com os pormenores devidos. A decoração corresponde às versões oficiais, parecendo apenas que o azul se apresenta mais escuro do que o devido.
 Mas afinal, ficou um modelo esquecido, o Sauber. É verdade, mas apenas porque considero claramente o menos competitivo de todos os Gr. C editados pela Slot.It.