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sexta-feira, 17 de julho de 2015

Porsche 917 de Le Mans 1971 - Uma transformação

 A Porsche é a minha marca de paixão e intrinsecamente, a associação à clássica francesa de Le Mans acaba por ser uma natural obrigatoriedade. Claro que os feitos desta marca naquela prova acabam por ser glórias inesquecíveis e marcantes. E a primeira conquista do degrau maior em Le Mans por parte da marca aconteceu com o modelo 917 no ano de 1970, com um Porsche vermelho e riscas brancas do Team Austria. Claro que se trata esse modelo de um ícone imperdível para quem se sente sugado pelos feitos da marca de Estugarda, mas para mim, o modelo que viria a conseguir a segunda glória nessa mesma prova e que aconteceria no ano seguinte, acaba por ter atractivos estéticos que sempre me marcaram. Modelo mais bonito e decorado com as sempre belas cores do sponsor "Martini" e que como aliciante teve ainda aos seus comandos um piloto que cheguei a vêr correr em Lourenço Marques, Moçambique, o grande Helmut Marko, acabaram por se tornar vincos profundos e marcantes desde a minha juventude.
E como os slot cars fazem também parte da minha linhagem de desenvolvimento, este modelo 917 e de origem "Scalextric", acabaria por fazer parte do lote de primeiros modelos por mim adquiridos. Foi um verdadeiro cavalo de batalha que serviu verdadeiras guerras em pistas de garagem, onde por exemplo, o cheguei a envolver em corridas contra o Mercedes C111 do mesmo fabricante e que era propriedade do internacionalíssimo basquetebolista português, Carlos Lisboa. Ainda por cá, por terras europeias, serviu para alimentar durante alguns anos, corridas que continuariam a ser de garagem. No entanto, o natural exagero de uso, a fazer lembrar à imagem real a extrema resistência dos Porsche, acabaria por resultar em mazelas que o acabariam por encostar definitivamente.
 Felizmente, a reedição desta vedeta por parte da associação entre SCX e Altaya, permitiu que as sobras do meu glorioso 917tivessem dado para um renascimento ousado.
É claro que no entretanto, surgia uma belíssima réplica deste herói germânico por parte da Fly e que me encheria as medidas, muito embora hajam reparos a apontar. Mas a sua qualidade é significativa, o que ofusca pormenores de menor agrado. Muito recentemente, esta mesma máquina chegaria através da produção da NSR, em mais uma excelente reprodução mas igualmente com pontos críticos que poderiam ser alvo de análise. Mas no computo geral, tanto a versão da Fly como a da NSR, abrilhantam qualquer estante ou pista onde possam desfilar.
Mas o que aqui me traz a escrever, um pouco por culpa também da falta de novidades a anunciar por parte dos fabricantes, é o aproveitamento dos restos mortais do velhinho Scalextric. A reedição do mesmo, serviu par surripiar alguns dos elementos que na velha glória se haviam verdadeiramente tornado peças irreparáveis, tal como os vidros e até a perda dos faróis. Um chassis partido no encaixe do eixo traseiro, não deixava outra solução que não o aproveitamento do da réplica. E posto isto, havia pela frente duas mãos cheias de trabalho, se se quisesse apróximar a versão original, à do modelo que eu pretendia reproduzir. Vontade ao rubro, arregaçadas as mangas, lá parti para uma tarefa que o pretendia apróximar da realidade, mas ao mesmo tempo proporcionar-lhe algum dinamismo melhorado.
 Em cima, da esquerda para a direita, os modelos da Fly, Scalextric e NSR.

A traseira original foi quase toda recortada, fazendo-se apenas o aproveitamento da parte central do mesmo, já que esse sector do 917, é o que verdadeiramente se transformou na evolução sofrida do ano de 1970 para 1971. A parte superior dos guarda-lama traseiros passaram a encontrar-se quase ao mesmo nível da parte central, o que na versão de 1970, representa uma substancial diferença entre ambos. Depois, com o recurso a balsa, por uma questão de peso, começou a modelação das correspondentes linhas onde me permiti igualmente, proceder à alteração das medidas da largura do mesmo, proporcionando dessa forma encaixar posteriormente jantes e pneus mais largos do que os originais. Para esse fim, optei pelas rodas traseiras do Tyrrell de 6 rodas, duma produção igualmente de reedição através das edições Altaya. E claro, as duas derivas verticais haveriam de ali ser também plantadas.

 Fly

Scalextric

 NSR

Repare-se na imagem de baixo, em como as reproduções tanto da Fly como da NSR se encontram erradas no que respeita à diferença de alturas na sua extremidade, entre a parte central do capôt traseiro e a parte correspondente aos guarda-lama. Na versão transformada, a correspondência com a realidade ficou muito mais aproximada.
 Existe no entanto algum exagero no que respeita à largura da via traseira, mas mais por culpa de se tratar de um modelo originalmente estreito em termos de escala.

A pintura foi depois feita totalmente a pincel e sem recurso ao uso de qualquer máscara. A faltar ficariam todas as inscrições  e logótipos da Martini, pois tratava-se para mim de tarefa impossível, bem como as riscas mais finas a azul escuro e que deveriam constar nas faixas azul mais claro. O chassis não chegou a ser sequer pintado, pois a ânsia do o pôr em pista, acabaria, em paralelo com o desânimo causado pela quebra de uma das derivas verticais, dada a fragilidade da balsa, por definir a finalização definitiva desta transformação.
 Em baixo percebe-se a quebra da deriva, uma lascadela na extremidade que permitiu ficar com a balsa à vista, fruto de exageros de pilotagem e ainda o material a rachar pela zona onde a carroçaria original foi cortada, isto já por culpa dos anos que foram passando.

 Em baixo, uma comparação entre a versão Altaya que serviu para retirar acessórios e a versão transformada.
 Repare-se que da versão original para a réplica da versão vencedora das 24 Horas de Le Mans de 1971, o posicionamento dos tampões de combustível e dos lubrificantes passou para posições opostas, um pormenor que não me terá passado despercebido.


 Entre estas duas imagens, percebe-se como as diferenças de altura na parte central do capôt traseiro, são substanciais.

Esta transformação permitiu que os pneus passassem a ser mais largos, o que melhorou substancialmente o comportamento dum carro que já por si funcionava muito bem. É claro que não o poderíamos nunca sujeitar a uma comparação com versões mais recentes e actualizadas tecnológicamente, mas no contexto onde poderá ser enquadrado, as melhorias, para além das estéticas, foram consideráveis.
 917, uma verdadeira paixão que não é esquecida também nas escalas de modelos mais reduzidos.

 Em cima, a versão vencedora em Le Mans no ano de 1970 e em baixo, este glorioso da edição de 1971.

Nesta estante, encontram-se reunidas muitas das versões do modelo 917 da Porsche.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Flyslot - Porsche 917K

 Numa nova série dedicada a modelos participantes no Campeonato Can-Am, a Flyslot edita como primeiro modelo e numa série limitada a 750 exemplares, o Porsche 917K tripulado por Richard Attwood participante nas 6 Horas de Watkins Glen em 1971.
 Infelizmente estes modelos servirão apenas como marcadores históricos em colecções, já que enquanto modelos de slot, mostram-se completamente desactualizados.
Fazendo parte do Team "J.W. Automotive Engineering, esta equipa havia ganho a edição de 1970 através da tripla de pilotos Pedro Rodriguez, Leo Kinnunen e Jo Siffert.
Como nota de erro do modelo, referir que esta versão participou com uns acrescentos de alargamento da carroçaria à frente, coisa que a Flyslot não representou.

terça-feira, 5 de março de 2013

Novidades NSR

 A NSR mostra as últimas novidades a serem disponibilizadas dentro de pouco tempo.
 Trata-se da nova versão do 917K da Porsche, agora dotada das características derivas verticais no capôt traseiro e utilizadas por estes modelos na época de 1971.
 A via traseira vai também ser ligeiramente mais larga, ao mesmo tempo que recebe o novo chassis.

 O segundo modelo é o Audi R18 e-tron quattro, modelo com que a marca venceu a última edição das 24 Horas de Le Mans.

 Dotado de decoração mais apelativa, cativará por certo muito dos actuais praticantes.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Porsche 917 KH - Le Mans Miniatures.


 Depois da edição do Porsche 917 LH participante na edição das 24 Horas de Le Mans em 1969, a Le Mans Miniatures gratifica os amantes do Slot e da Porsche, com o lançamento do modelo 917 que na prova de Zeltweg do mesmo ano, deu a este modelo da marca alemã a sua primeira vitória.
 Trata-se basicamente do mesmo modelo, mas agora na sua versão mais curta e com umas cavas das rodas ligeiramente alargadas relativamente ao seu irmão mais comprido.
 A proeza coube aos pilotos Jo Siffert e Kurt Ahrens. Embora mecânicamente se tratassem da mesma base, um capôt-motor mais curto, uns abaulamentos nas cavas das rodas e umas grelhas laterais entre a porta e a cava da roda traseira, fazem toda a diferença. No entanto, as diferenças estendem-se também ao capôt frontal, onde existe uma saída de ar do radiador frontal, única e de maior dimensão, ao invés da dupla nos cantos superiores do capôt, na versão de Le Mans.
 Mais uma bela peça deste fabricante francês de modelos em resina, que vem preencher muitas estantes de colecionadores Porsche dedicados ao Slot.
E para o mundo do Slot e tal como na realidade, a mecânica reparte-se entre estas duas versões. A mesma base mecânica, equipa os dois modelos.