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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Já só falta uma .....

 Um dos mais icónicos modelos do Século XX, é sem qualquer dúvida o Renault 4L. Protagonista de inúmeras competências, foi um modelo que se dispôs a funcionar como modelo familiar, mas capaz de mil e uma funções. Tratava-se de um modelo de comodidade e funcionalidade quase incomparáveis, já que as suas quatro portas aliadas a uma ampla mala traseira e um banco rebatível, permitia que se fizesse dela o que se entendesse, já que as suas aptidões tanto dentro como fora de estrada, não era possível pô-las em questão.
E como sempre, estas questões não passam despercebidas ao fabricante Scalextric/SCX editando-a como forma de celebração do seu 50º aniversário acontecido no ano de 2011 e não perdendo o ensejo, produziu-a no que é também já a sua quarta versão, retratando sempre um pormenor histórico a ela assinalada.
Uma das primeiras competições onde foi possível observá-la, foi o Rali de Montecarlo de 1962, ano em que a vitória caberia a Erik Carlsson/Gunnar Häggbom num Saab 96 (Nº303). E foi esta que inspirou este fabricante para nos fazer chegar numa primeira abordagem à 4 Latas, este magnífico exemplar.
 Muito bem retratada esta Renault 4L, que sendo da primeira série, apresenta uma tampa da mala distinta das versões mais recentes, podendo reparar-se na dimensão do óculo traseiro. 
Este descia para o interior da tampa da mala e esta rebatia-se de forma que hoje não consideraríamos nada prática. Mas importa reter, que este fabricante soube manter  vivo e correcto este pormenor que as distingue das restantes, ao reproduzir esta versão participante neste importante rali.

E a segunda representação é referente à participação num dos mais duros ralis que se encontravam integrados no Mundial de Ralis. Trata-se da participação no Rali Safari, decorria o ano de 1962 e em que se classificaria na 6ª posição da sua classe, apesar do seu motor de fracas prestações.

 A Scalextric/SCX procedeu à necessária alteração do portão traseiro, vendo-se agora um óculo de mais reduzida dimensão. Muito bem esteve aqui este fabricante espanhol cujas criações passam à margem da maioria da concorrência, mas que por uma razão ou por outra, nos vai encantando.

 E os irmãos Marreau não poderiam nesta temática ter ficado esquecidos. As suas proezas ao volante da 4L no difícil terreno do Paris-Dakar, ficaram também aqui gravados no mundo dos slot carscom este bonito modelo eternizado por estas côres.
Relativamente a este modelo, a frente recebe um novo desenho da grelha, ao que a SCX correspondeu plenamente, num trabalho absolutamente perfeito. Mas incompreensivelmente, os pormenores que mais marcam esta versão. caíram no esquecimento.
Dotado de inúmeras alterações fácilmente observáveis do exterior, compreende-se que o esforço no sentido duma verdadeira fidelização na reprodução desta 4L, implicasse avultadas somas monetárias. No entanto, algo como o escape que se prolonga pela capota, era algo perfeitamente acessível nesta versão, e apróximaria bastante a miniatura, da realidade.
Como se observa na imagem que em baixo se expõe, esta Renault tinha um capôt-motor modificado. Contráriamente às convencionais 4L que ao abrirem o capôt levam consigo os faróis e agrelha, este encontrava-se cortado, mantendo fixa a parte mais frontal e criando-se uma tampa de acesso ao motor, o que afinal, até a aproxima mais da maioria dos automóveis.
 Compreende-se que poderá não ter sido fácil esta representação, bem como também a criação da protecção do cárter e a estrutura que suporta os faróis suplementares, mas tanto o escape sobrelevado como a criação simulada das cintas de cabedal que serviam de segurança do capôt-motor, estamos certos teriam resultado numa recriação bem mais realista. Já agora, na capota e sobre a direita, também existia um piloto laranja que ficou esquecido. As palas traseiras também poderiam ter surgido e podia-se talvez, ter aproveitado os  moldes das jantes do Renault 5 deste fabricante, para ser ter melhorado substancialmente esta réplica.
De facto a Scalextric/SCX aqui não esteve bem, até porque se trata talvez, da 4L com mais notoriedade no mundo do desporto motorizado.
A parte traseira não sofreu aqui qualquer alteração.
A finalizar, chegou-nos o feito protagonizado por quatro mulheres, Madame Michele Ray, Mademoiselles Eliane Lucotte, Elisabeth Gerard e Martine Libersart, que percorreram em 1965, 40.000 Km em cerca de três meses e meio, tendo percorrido o continente americano de Sul a Norte, desde a Terra do Fogo na Argentina, até ao Alaska.

 À excepção da ausência dos pequenos faróis suplementares abaixo dos faróis de série, parece-nos muito bem representada e onde, aqui sim, não falta a grade na capota nem o pneu suplente.




Então, e agora?
Sim, só falta aquela que militou no Mundial de Ralis pelas mãos do Eng. agrónomo, Pinto dos Santos. Decorada ao estilo das terras do xisto, ficaria também esta 4L mundialmente conhecido, sendo ainda hoje lembrada para convites de índole mundial.
Esperemos então que a Scalextric / SCX não se esqueça desta nossa portuguesinha....








segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Renault 4L Paris-Dakar - SCX


Comparando-se as imagens de cima com a de baixo, que o formato das grelhas foi devidamente corrigido e actualizado. Os piscas passaram também de redondos a rectangulares.

A Renault 4 L, tendo atrás de si um modelo UMM ou Cournil, em 1980

Os irmãos Marreau fizeram história pela participação em várias edições do Rali Paris-Dakar, tendo-se iniciado nestas maratonas ao volante de um aparentemente frágil Renault 4L, no ano de 1979. O carro foi desenvolvido e preparado por eles mesmo, tendo-o transformado numa versão 4x4, o que potenciou e de que maneira as suas performances nos terrenos mais complicados. Conseguiram com este modelo  em 1979 um quinto lugar absoluto e no ano seguinte melhoraram ainda esta performance, tendo-a completado na terceira posição final. De facto, absolutamente notável, para um carro de características tão modestas. A SCX editou para já, a representação levada a cabo por estes irmãos, no ano de 1979.
A Scalextric espanhola ou SCX, aproveitou a existência da criação deste histórico modelo da Renault na sua linha de produção, para editar esta máquina que todos foi surpreendendo pela sua robustez e resistência em tão demolidoras etapas africanas. Contudo e apesar da modificação da grelha relativamente à primeira reprodução, ficaram a faltar uma série de reforços da carroçaria na zona frontal, bem como a existência de um tubo de escape que sobe pelo pilar A e acaba quase na traseira da capota. Em contrapartida, o pára-choques frontal que não existia, foi mantido. No seu lugar deveria existir um reforço em forma de tubo que se fixava debaixo da parte da frente, existindo ainda uma placa que funcionava como protecção do carter e ajudava na transposição das dunas.
 As jantes também não acompanharam o desenvolvimento do modelo anterior para este que é um pouco mais moderno. Uma pena, já que as jantes que equiparam esta versão foram as adoptadas nos Renault 5 editados há muitos anos, mas muito mais recentemente reeditados nas edições Altaya. Será muito provável que os moldes das mesmas existam ainda.

O pára-choques traseiro que inicialmente era duplo, passou a simples, mas mais significativa é a própria alteração da carroçaria. O óculo traseiro era de maiores dimensões, aproveitando toda a largura da mala e subindo até à capota. Agora, mais redondo e mais pequeno, corresponde às Renault 4 que ainda conhecemos nos dias de hoje.
Mais uma jóia deste fabricante, que ao que parece, cada vez tem menos admiradores.