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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Os projectos desperdiçados pela SCX.

Embora tido como um fabricante menor, a SCX/Scalextric tem sido no meu entender, um dos mais revolucionários e carismáticos fabricantes de modelos de slot.
Os fiéis seguidores deste espaço dedicado a esta nossa paixão, serão já conhecedores da minha fiel ligação a este fabricante e isto, para além de muitas outras razões, também porque são inúmeras as revolucionárias criações ligadas a este mundo, onde destacamos por exemplo, o grande pontapé de saída para o mundo dos TT, com a introdução do sistema de tracção total e das suspensões. Neste capítulo e no contexto do RTR "ready to run", ou seja, pronto a correr, foi algo nunca mais visto, pelo menos com a qualidade e desempenho demonstrado por esses notáveis modelos de TT. E a determinada altura da sua história, diga-se, não muito longínquo, a sua experiência enquanto fabricantes, levou-a a abarcar igualmente de modo inovador, o campo dos ralis e da velocidade. Partiu-se para as conhecidas séries "PRO"...
 No capítulo dos ralis, a sua criação ficou-se apenas pelo modelo Xsara do qual se editaram duas referências e onde surgia o já conhecido Citroën, dotado de uma mecânica 4X4 de enorme eficácia, completado com uma carroçaria ultra-leve. A seu tempo, chegaram a ser a coqueluche dos ralis. Para os GT surgiu igualmente apenas um modelo, o Porsche 911/997 e do qual se editavam duas referências, mas aqui e curiosamente, com a mesma decoração mas números diferentes. Para os LMP vimos também surgir apenas um só modelo. Tratou-se do Audi R8 LMP1, que chegou também a mostrar potencialidades invejáveis. Mas para a série NASCAR, surgiram três modelos distintos, há imagem da realidade, onde a batalha se travava entre Ford, Chevrolet e a Toyota.




  Perdera-se nestas séries a habitual caixa deste fabricante, mas ganhava-se um bonito estojo em cartão, onde se expunham desmontados, os modelos. Um chassis completamente equipado com a respectiva mecânica, um berço suplente, uma carroçaria completa, uma cremalheira, um travão suplente, palhetas e um patilhão. Mas as versões de NASCAR completavam-se ainda com uma nova bandeja porta pilotos substancialmente melhorada em termos de peso, um motor de origem "Scaleauto" e novos carvão mais macios, de origem "MSC", para inserir no já interessante e cobiçado motor de referência "4H" que equipa de origem este chassis.
 O chassis foge à habitual linhagem dos modelos de série, tendo sido especificamente desenvolvido para a competição. Isto implica que esteja preparado para não interferir com a carroçaria no seu perímetro, capaz de receber berços específicos que admitem regulação de basculação e ainda movimento longitudinal, isto aquando das acelerações e desaceleração. Esse movimento do berço permitirá tirar-se partido da travagem adicional apresentada neste conceito mecânico, já que permite o aconchego da cremalheira a uma borracha, aquando das desacelerações do conjunto.
 As suas jantes, de alumínio, encontram-se aligeiradas e providas de parafusos de aperto aos eixos, tanto à frente como atrás.
 Os pneus traseiros, ainda que de borracha, apresentam extrema macieza, o que ajudará substancialmente no momento em que se exija tracção.
 Em baixo, a bandeja porta-pilotos suplente, onde se prescindiu do roll-bar.
 É fornecido um segundo berço de motor, estando este dimensionado para receber os motores de caixa grande oriundos de um sem número de fabricantes, mas que aqui neste conjunto se faz equipar de uma versão da Scaleauto.

 Mas para o motor original da SCX, fornecem-se carvões da MSC, mais macios e por essa razão, melhor condutores de corrente eléctrica, daí resultando uma nova prestação mais aliciante, ao já portentoso "4H" de origem SCX.
 Mostram também ao Mundo como as coisas devem ser feitas. De modo simples e sem danificar os modelos, torna-se possível a substituição dos seus interiores.
 Estas carroçarias mantêm os pinos de fixação do interior, absolutamente intactos. A fixação das bandejas faz-se então pela introdução de pequenos cones de borracha perfurada e que uma vez encaixados nos respectivos pinos, tratam do bloqueio do interior. Afinal, nada mais simples e de tremenda utilidade.
 Em baixo, as duas placas porta-piloto.


 Comparem-se agora os pesos de cada uma. De facto, um tremendo ganho com a nova bandeja de lexan, com cerca de 1/3 menos, de peso. Note-se que esta, encontra-se já perfeitamente furada de modo a encaixar na carroçaria com igual perfeição.
 Em baixo torna-se possível observar os pinos de encaixe das bandejas porta-piloto.
Mas afinal, a pergunta que se impõe. Porque é que a SCX/Scalextric deixou caír por terra tão belos conceitos e projectos?.....

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Um F40, nunca está a mais.

 A Policar editou recentemente o seu segundo Ferrari F40. Trata-se de um dos mais extraordinários GT's até nós chegados, tendo por isso, chamado a atenção de vários fabricantes do nosso mundo dos slot cars.
A primeira aventura aconteceu com a edição a registar-se por intermédio da Scalextric/SCX, naquele que se viria a tornar também num belo exemplar orientado para a capítulo da competição.
 Mais tarde chegava a vez da Fly nos fazer chegar autênticas obras-de-arte. Foram vários os F40 chegados por seu intermédio, onde se pôde também contar com algumas séries - Fly Racing -  um pouco mais apuradas em termos mecânicos e onde a incorporação de um chassis com bancada de motor independente e dotado de suspensões, viria a fazer toda a diferença.
 Em tempos mais recentes, chegava a vez da Slot.It não deixar passar em claro este ícone transalpino. Também eles surpreendentemente detalhados, mas acompanhados da enorme mais valia que era o seu extraordinário desempenho dinâmico. Autênticas máquinas de corridas, estes F40 elevaram a fasquia das máquinas de GT.
 Hoje estes Slot.It melhorados e sob a batuta da Policar, mantêm o nível estético e de detalhe, mas sobressaem sobretudo pela sua melhoria dinâmica. Um claro emagrecimento das suas carroçarias, contribui manifestamente para esse aumento de competitividade.
 E claro que no meio de tudo isto, acaba por existir coincidência de apostas das versões em que cada um dos fabricantes se reviu. Assim acontece com a versão de uma das participações no campeonato JGTC no Japão, onde a versão agora retratada pela Policar, havia já sido editada por parte da Fly.
 Também a versão da "Pilot" de Le Mans de 1995 recebeu a atenção tanto da Slot.It, como da Fly.
 Mas a primeira das edições da Policar, a versão participante nas 2H de Topeka em 1990, havia já sido também ela reproduzida pela Fly.
 E assim, paulatinamente, a série F40 da Ferrari, sujeita-se a acabar por ser uma das mais retratadas famílias do mundo dos slot cars.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Já só falta uma .....

 Um dos mais icónicos modelos do Século XX, é sem qualquer dúvida o Renault 4L. Protagonista de inúmeras competências, foi um modelo que se dispôs a funcionar como modelo familiar, mas capaz de mil e uma funções. Tratava-se de um modelo de comodidade e funcionalidade quase incomparáveis, já que as suas quatro portas aliadas a uma ampla mala traseira e um banco rebatível, permitia que se fizesse dela o que se entendesse, já que as suas aptidões tanto dentro como fora de estrada, não era possível pô-las em questão.
E como sempre, estas questões não passam despercebidas ao fabricante Scalextric/SCX editando-a como forma de celebração do seu 50º aniversário acontecido no ano de 2011 e não perdendo o ensejo, produziu-a no que é também já a sua quarta versão, retratando sempre um pormenor histórico a ela assinalada.
Uma das primeiras competições onde foi possível observá-la, foi o Rali de Montecarlo de 1962, ano em que a vitória caberia a Erik Carlsson/Gunnar Häggbom num Saab 96 (Nº303). E foi esta que inspirou este fabricante para nos fazer chegar numa primeira abordagem à 4 Latas, este magnífico exemplar.
 Muito bem retratada esta Renault 4L, que sendo da primeira série, apresenta uma tampa da mala distinta das versões mais recentes, podendo reparar-se na dimensão do óculo traseiro. 
Este descia para o interior da tampa da mala e esta rebatia-se de forma que hoje não consideraríamos nada prática. Mas importa reter, que este fabricante soube manter  vivo e correcto este pormenor que as distingue das restantes, ao reproduzir esta versão participante neste importante rali.

E a segunda representação é referente à participação num dos mais duros ralis que se encontravam integrados no Mundial de Ralis. Trata-se da participação no Rali Safari, decorria o ano de 1962 e em que se classificaria na 6ª posição da sua classe, apesar do seu motor de fracas prestações.

 A Scalextric/SCX procedeu à necessária alteração do portão traseiro, vendo-se agora um óculo de mais reduzida dimensão. Muito bem esteve aqui este fabricante espanhol cujas criações passam à margem da maioria da concorrência, mas que por uma razão ou por outra, nos vai encantando.

 E os irmãos Marreau não poderiam nesta temática ter ficado esquecidos. As suas proezas ao volante da 4L no difícil terreno do Paris-Dakar, ficaram também aqui gravados no mundo dos slot carscom este bonito modelo eternizado por estas côres.
Relativamente a este modelo, a frente recebe um novo desenho da grelha, ao que a SCX correspondeu plenamente, num trabalho absolutamente perfeito. Mas incompreensivelmente, os pormenores que mais marcam esta versão. caíram no esquecimento.
Dotado de inúmeras alterações fácilmente observáveis do exterior, compreende-se que o esforço no sentido duma verdadeira fidelização na reprodução desta 4L, implicasse avultadas somas monetárias. No entanto, algo como o escape que se prolonga pela capota, era algo perfeitamente acessível nesta versão, e apróximaria bastante a miniatura, da realidade.
Como se observa na imagem que em baixo se expõe, esta Renault tinha um capôt-motor modificado. Contráriamente às convencionais 4L que ao abrirem o capôt levam consigo os faróis e agrelha, este encontrava-se cortado, mantendo fixa a parte mais frontal e criando-se uma tampa de acesso ao motor, o que afinal, até a aproxima mais da maioria dos automóveis.
 Compreende-se que poderá não ter sido fácil esta representação, bem como também a criação da protecção do cárter e a estrutura que suporta os faróis suplementares, mas tanto o escape sobrelevado como a criação simulada das cintas de cabedal que serviam de segurança do capôt-motor, estamos certos teriam resultado numa recriação bem mais realista. Já agora, na capota e sobre a direita, também existia um piloto laranja que ficou esquecido. As palas traseiras também poderiam ter surgido e podia-se talvez, ter aproveitado os  moldes das jantes do Renault 5 deste fabricante, para ser ter melhorado substancialmente esta réplica.
De facto a Scalextric/SCX aqui não esteve bem, até porque se trata talvez, da 4L com mais notoriedade no mundo do desporto motorizado.
A parte traseira não sofreu aqui qualquer alteração.
A finalizar, chegou-nos o feito protagonizado por quatro mulheres, Madame Michele Ray, Mademoiselles Eliane Lucotte, Elisabeth Gerard e Martine Libersart, que percorreram em 1965, 40.000 Km em cerca de três meses e meio, tendo percorrido o continente americano de Sul a Norte, desde a Terra do Fogo na Argentina, até ao Alaska.

 À excepção da ausência dos pequenos faróis suplementares abaixo dos faróis de série, parece-nos muito bem representada e onde, aqui sim, não falta a grade na capota nem o pneu suplente.




Então, e agora?
Sim, só falta aquela que militou no Mundial de Ralis pelas mãos do Eng. agrónomo, Pinto dos Santos. Decorada ao estilo das terras do xisto, ficaria também esta 4L mundialmente conhecido, sendo ainda hoje lembrada para convites de índole mundial.
Esperemos então que a Scalextric / SCX não se esqueça desta nossa portuguesinha....