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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O novo conceito da Scalextric / SCX

 Conhecidos que foram os primeiros e novos Lancia e Alpine Renault da Scalextric/SCX, houve a curiosidade de perceber se a estas novas unidades de produção, se faziam acompanhar algumas inovações técnicas.
 Se ao nível das carroçarias aconteceu algum melhoramento relativamente às versões anteriormente editadas, mas apenas no que respeita a pequenos  melhoramentos de pormenor ao nível da sua pintura, foi no conceito mecânico que se radicalizou alguma coisa nestes já nossos conhecidos modelos.
 E vistos os Lancia por baixo, percebe-se imediatamente que as diferenças vão muito mais além da mera alteração das côres dos próprios chassis, anteriormente prateados com algum pormenor realçado através da utilização do dourado, mas que agora passou a ser integralmente preto. Mas trata-se isso de um mero pormenor, pois sobressai o desaparecimento da evidência de um motor de grande dimensão. Surge agora até algo despercebido pela capa plástica que o envolve pela parte exterior, a existência de um motor de reduzido tamanho.
 E se os anteriores Lancia recorriam à primeira versão dos motores de caixa fechada adoptados por este fabricante, e neste caso tratavam-se dos motores com a designação RX-91 por se servirem de um veio alongado para a frente onde se acoplava um segundo pinhão, proporcionando dessa forma a possibilidade de criar tracção também ao eixo anterior, surge agora uma versão de caixa pequena com a designação SCX FR-42, cuja aparência e conceito da sua cabeça se aproxima da série de motores intermédios que receberam a designação de RK. Tanto esta nova série FR como a anterior RK, recorrem à utilização dos carvões através da sua fixação em chapas fixas que por proporcionarem flexibilidade, substituem a função do anterior conceito com recurso a molas que empurravam os carvões contra os colectores. Embora bem pensado, há necessidade de algum cuidado em não danificar estas finas chapas, pois por muito pequena deformação que possam sofrer, estes motores nunca mais virão a ter o mesmo desempenho.
 A passagem da corrente eléctrica continua a fazer-se também pelo mesmo sistema de palhetas, que por contacto com as chapas montadas no chassis se fará a transferência de corrente desde a pista até ao motor.
O eixo frontal desaparece, surgindo agora no seu ligar semi-eixos plásticos que encaixam no chassis mesmo junto às rodas, desaparecendo por esta razão o sistema de tracção integral existente anteriormente. E se se perde algo que seria de duvidoso interesse, ganha-se sem dúvida na qualidade da engrenagem do conjunto pinhão/cremalheira, que se tornou bastante mais suave.
Referir ainda que a forma como se encontram agora aplicadas as palhetas do chassis e que transportam a corrente eléctrica das palhetas até ao motor, tornaram o sistema de suspensão do patilhão, bem mais endurecido, o que provavelmente não beneficiará em nada o comportamento destas novas máquinas. O patilhão própriamente dito, é outro dos acessórios que foi modificado, ainda que tenha já sido aplicado noutros modelos deste fabricante. E aqui, parece-me que a vantagem é clara.


  Quanto ao Alpine Renault A110, tudo o que foi referido relativamente ao Lancia Deltona, aplica-se também a este interessante pequerrucho, à excepção de se manter a tracção apenas ao eixo traseiro, o que era já o normal neste modelo. Mas deparamo-nos agora com algo estranho, situado entre ambas as rodas frontais. Provavelmente algum aplicativo para as séries digitais.
 Uma espécie de caixa de considerável dimensão encontra-se montada à frente. Sem que a tenha conseguido desmontar com medo de danificar o brinquedo, fiquei a desconhecer a sua verdadeira função.
A imagem inferior mostra-nos a anterior solução e a sua maior simplicidade.

 Quanto à carroçaria, alguns melhoramentos de pormenor podem também ser apontados, mas o maior será na placa que compõe o interior dos faróis principais e onde antes se encontravam pela parte exterior pintados da côr da carroçaria e agora surge cromada, com o natural espalhar de luminosidade que esta proporcionará.

domingo, 1 de abril de 2018

Mini - A saga e uma grande Mini-mania

 Em produções relativamente recentes, a Scalextric/Superslot ofereceu-nos alguns dos mais belos exemplares dos Mini que militaram no Rali de Monte Carlo. E tratam-se de excelentes peças para o coleccionismo, mas nem tanto enquanto máquinas de competição para o mundo dos slot cars.
 Mas enquanto maquetas, não há dúvidas da excelência destas reproduções, onde o fabricante teve até o cuidado de introduzir algumas das alterações que sofreram de rali para rali, como são por exemplo o caso dos conjuntos ópticos, tampões do depósito de combustível e do desenho dos pára-choques. As jantes não escaparam também à devida correcção, passando da representação das características jantes dos Cooper S de ferro, para as mais bonitas "Minilite".

Talvez tenha sido o Mini participante e vencedor do Monte Carlo no ano de 1967, tripulado por Rauno Aaltonen e com Henry Liddon como seu navegador, aquele que mais se viesse a destacar como representativo deste modelo no mundo dos ralis. Muito provávelmente, uma mera questão de imagem, pois trata-se afinal do mais bonito de todos os Mini vencedores daquela histórica prova.
A sua estética não deixaria também indiferente o mesmo fabricante mas da sua filial espanhola, que acabaria por abordar a mesma versão, apesar de estar-mos perante moldes distintos e até conceitos mecânicos algo diferenciados. Mereceu por parte desta filial, uma edição especial e limitada, onde não faltou a grelha da capota com a inserção das duas rodas suplentes.
 Do mesmo fabricante ainda uma representação editada por fascículos, mas agora com ausência de apêndices no tejadilho.


 Note-se que ambas as representações se encontram correctas, pois este modelo participou das duas formas nessa mesma edição da prova.

 O 50º aniversário da existência do Mini não foi esquecido por parte da Scalextric/Superslot, tendo sido marcada a efeméride através de uma edição limitada da representação de um Mini Morris 850.
Mas muitos anos antes, havia já este modelo ocupado lugar na lista de produções da Scalextric inglesa. Curiosa era a sua próximidade como a realidade, relativamente ao posicionamento da sua tracção. Um pequeno motor aberto e colocado em posição invertida, permitia que a tracção se fizesse ao eixo anterior, tal como acontece na realidade com os Mini's, ficando o eixo posterior livre.

 As primeiríssimas edições desta verdadeira preciosidade, fazem-se distinguir pela inclusão de uma cabeça do piloto, de maiores dimensões (imagem superior), passando posteriormente a receber uma cabeça de dimensão mais reduzida.

Depois da curiosa edição de tracção à frente, mesma carroçaria acabaria por ser aproveitada para uma segunda série onde as evoluções sofridas, para além de um brilhantismo acentuado através da inclusão de pára-choques cromados e conjunto óptico adiciomnal, onde não falta também o farol da capota, uma realidade no rali de Monte Carlo no ano de 1964, também o conceito mecânico inicial acabaria por ser excluído pela sua real falta de eficácia, optando-se pela tradicional tracção ao eixo posterior.

Embora o desenho e diâmetro das jantes se tivesse mantido, estas passaram a ter um cubo interior aumentado que as posicionava substancialmente fora da carroçaria.
Para mais tarde, uma nova série onde se suprimia o farol da capota e as jantes eram substituídas por outras de maior diâmetro.

 Seguidamente apostava-se no mesmo, mas recorria-se a uma só côr para a totalidade da carroçaria, desaparecendo a copta habitualmente branca. Também de novo design era a embalagem desta nova série.


 A evolução seguinte passou por uma carroçaria modificada, onde surgem pela primeira vez as palas para cobrir as rodas.

 Apostava-se também em jantes de maior largura, bem como uma nova motorização. Contudo, entre as produções inglesas e as da sua filial francesa, surgem duas distintas apostas, uma correspondente ao desenho das jantes e a outra, em que na versão francesa o patilhão surge invertido, de forma a não sobressair da carroçaria, conforme é possível atestar-se através destas duas imagens, em cima e em baixo. A fotografia inferior, mostra-nos um Mini correspondente a uma série de transição de que existem poucos exemplares, já que tratando-se desta nova série, inclui-se ainda a motorização anterior.

Sobre esta carroçaria, existe um infindável conjunto de decorações. Depois, o renascer do Mini. Numa concepção redesenhada do velho conceito mas adaptado às modernas necessidades e tendências, acabaria também por ver as suas edições pensadas para os slot cars.
 E como a tradição se manteve, também se desenvolveram os campeonatos assentes nesta nova série dos Mini. E a Scalextric trouxe-nos também um belo conjunto de exemplares desta nova gama, dos quais aqui se deixa também um exemplar correspondente ao dos primeiros troféus a ele destinados, cuja designação assumiu o nome de um dos principais preparadores dos iniciais Mini, "John Cooper Challenge".
 Mais tarde as remodelações de linha, levavam-nos à série Country Man, do qual partiram os modelos participantes no Campeonato do Mundo de Ralis e integrados na categoria dos WRC.
 E aqui fica também um desses exemplares levados ao Mundial, pelas mãos do piloto nacional Armindo Araújo.


E o expoente máximo no desenvolvimento do eterno Mini, aconteceria com o seu desenvolvimento para o mundo dos Todo Terreno, onde acabariam mesmo por vencer a mais dura prova do mundo, o Paris-Dakar. A sua chegado aos slot car aconteceria pelas edições da Scaleauto.

 Belas reproduções, onde se recorre ao realismo através da adopção da tracção integral. Infelizmente será difícil vê-los brilhar no seu elemento, dado o desenvolvimento dos regulamentos em questão, não lhes ser absolutamente nada favorável.
 Também aqui podemos admirar um dos Mini pilotados por um piloto nacional e que participou naquela prova integrado na formação oficial da marca e onde um dos patrocínios "Delta Q" não nos será nada estranho.
Onde e quando acabará esta saga???