Conhecidos que foram os primeiros e novos Lancia e Alpine Renault da Scalextric/SCX, houve a curiosidade de perceber se a estas novas unidades de produção, se faziam acompanhar algumas inovações técnicas.
Se ao nível das carroçarias aconteceu algum melhoramento relativamente às versões anteriormente editadas, mas apenas no que respeita a pequenos melhoramentos de pormenor ao nível da sua pintura, foi no conceito mecânico que se radicalizou alguma coisa nestes já nossos conhecidos modelos.
E vistos os Lancia por baixo, percebe-se imediatamente que as diferenças vão muito mais além da mera alteração das côres dos próprios chassis, anteriormente prateados com algum pormenor realçado através da utilização do dourado, mas que agora passou a ser integralmente preto. Mas trata-se isso de um mero pormenor, pois sobressai o desaparecimento da evidência de um motor de grande dimensão. Surge agora até algo despercebido pela capa plástica que o envolve pela parte exterior, a existência de um motor de reduzido tamanho.
E se os anteriores Lancia recorriam à primeira versão dos motores de caixa fechada adoptados por este fabricante, e neste caso tratavam-se dos motores com a designação RX-91 por se servirem de um veio alongado para a frente onde se acoplava um segundo pinhão, proporcionando dessa forma a possibilidade de criar tracção também ao eixo anterior, surge agora uma versão de caixa pequena com a designação SCX FR-42, cuja aparência e conceito da sua cabeça se aproxima da série de motores intermédios que receberam a designação de RK. Tanto esta nova série FR como a anterior RK, recorrem à utilização dos carvões através da sua fixação em chapas fixas que por proporcionarem flexibilidade, substituem a função do anterior conceito com recurso a molas que empurravam os carvões contra os colectores. Embora bem pensado, há necessidade de algum cuidado em não danificar estas finas chapas, pois por muito pequena deformação que possam sofrer, estes motores nunca mais virão a ter o mesmo desempenho.
A passagem da corrente eléctrica continua a fazer-se também pelo mesmo sistema de palhetas, que por contacto com as chapas montadas no chassis se fará a transferência de corrente desde a pista até ao motor.
O eixo frontal desaparece, surgindo agora no seu ligar semi-eixos plásticos que encaixam no chassis mesmo junto às rodas, desaparecendo por esta razão o sistema de tracção integral existente anteriormente. E se se perde algo que seria de duvidoso interesse, ganha-se sem dúvida na qualidade da engrenagem do conjunto pinhão/cremalheira, que se tornou bastante mais suave.
Referir ainda que a forma como se encontram agora aplicadas as palhetas do chassis e que transportam a corrente eléctrica das palhetas até ao motor, tornaram o sistema de suspensão do patilhão, bem mais endurecido, o que provavelmente não beneficiará em nada o comportamento destas novas máquinas. O patilhão própriamente dito, é outro dos acessórios que foi modificado, ainda que tenha já sido aplicado noutros modelos deste fabricante. E aqui, parece-me que a vantagem é clara.
Quanto ao Alpine Renault A110, tudo o que foi referido relativamente ao Lancia Deltona, aplica-se também a este interessante pequerrucho, à excepção de se manter a tracção apenas ao eixo traseiro, o que era já o normal neste modelo. Mas deparamo-nos agora com algo estranho, situado entre ambas as rodas frontais. Provavelmente algum aplicativo para as séries digitais.
Uma espécie de caixa de considerável dimensão encontra-se montada à frente. Sem que a tenha conseguido desmontar com medo de danificar o brinquedo, fiquei a desconhecer a sua verdadeira função.
A imagem inferior mostra-nos a anterior solução e a sua maior simplicidade.
Quanto à carroçaria, alguns melhoramentos de pormenor podem também ser apontados, mas o maior será na placa que compõe o interior dos faróis principais e onde antes se encontravam pela parte exterior pintados da côr da carroçaria e agora surge cromada, com o natural espalhar de luminosidade que esta proporcionará.
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