sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Campeonato Clássicos - Já arrancou

 Findo o Campeonato de Grupo C no Guimarães Slot Clube, iniciou ontem o não menos interessante campeonato dedicado aos Sport Protótipos Clássicos. As incógnitas eram muitas, mas havia a certeza de que muitos se mostravam ambiciosamente expectantes relativamente a uma potencial vitória.
E para o arranque da jornada e porque uma vez mais houve necessidade de se recorrer a duas provas distintas, ficariam agrupados para a primeira das partidas, Ricardo Moura, Filipe Carreiro, André Ferreira, Miguel Antunes, Miguel Guerreiro e Jorge Seia, cabendo na segunda prova os pilotos Marco Silva, Nuno Coelho, Fernando Coelho, Filipe Vinagreiro e Rui Mota.

 Perfilavam-se para a primeira das partidas bons desempenhos por parte de Miguel Guerreiro, Ricardo Moura e Filipe Carreiro, ficando as maiores incógnitas a pertencer a Miguel Antunes, André Ferreira e Jorge Seia, isto porque se por um lado existiu no último campeonato grande equilíbrio entre André Ferreira e Jorge Seia, por outro, Miguel Antunes poderá marcar como sempre, inesperada surpresa positiva.
 E encontrando-se tudo a postos, era hora de se iniciar mais um que se espera venha a acontecer, disputado campeonato.
 E o arranque definia desde logo grande disputa entre Miguel Guerreiro, Filipe Carreiro, Miguel Antunes e Ricardo Moura, com a primeira vantagem a pertencer ao primeiro e com os dois últimos pilotos a terem registado menos uma volta. Mas era apenas o início e algumas contingências poderiam começar a definir outros desempenhos, pelo que havia que aguardar pela passagem de mais algumas calhas, para se tentar começar a perceber verdadeira e correctamente, quem poderia começar a assumir alguma tendência para o comando das operações. Mas tal como era expectante, também André Ferreira e Jorge Seia, apesar de se encontrarem na cauda da classificação, encetavam nova e animadora batalha, onde se adivinhava também um imprevisível desfecho.
 Mas a segunda partida protagoniza Filipe Carreiro como o mais combativo, marcando a distância de uma volta para Ricardo Moura, o segundo classificado. É Miguel Guerreiro quem mais perde, tendo passado de comandante a quarto classificado, a três voltas do de Filipe Carreiro, com Miguel Antunes a protagonizar um excelente início de prova, posicionando-se na terceira posição. E a fechar a tabela, despertava um interesse extra a continuidade do equilíbrio entre o veterano André Ferreira e o estreante Jorge Seia, que acabariam novamente com o mesmo número de voltas.

 O lindo Lola T70 Spyder de Miguel Guerreiro e o Ford P68 de André Ferreira.
Terceira calha e a confirmação de que Filipe Carreiro se dispunha mesmo a lutar pela vitória, passando agora a uma diferença de duas voltas sobre Ricardo Moura, o segundo classificado, que apesar da diferença para o primeiro, mostrava também soberbo desempenho, numa condução muito rápida do seu Mc'Laren do fabricante Thunder Slot. Mas quem não desarmava era Miguel Antunes que se mantinha na terceira posição, com Miguel Guerreiro a não conseguir recuperar da desvantagem da segunda calha. A discussão da quinta posição mantinha-se, mas pertencia agora a vantagem a Jorge Seia, mas com igual número de voltas de André Ferreira. Esta luta prometia e à medida que a prova decorria, mostrava-se mais escaldante, por ninguém se dispôr a ceder.
 A quarta calha deixava tudo exactamente na mesma, o que bem demonstrava que todos se mantinham ao ataque e que perder a posição, não se encontrava nos planos de ninguém.

 Ricardo Moura numa das operações de manutenção da sua máquina e em baixo, o também bonito Ford P68 de Jorge Seia.
 Para a quinta calha ficou a confirmação de que cada vez mais Filipe Carreiro se perfilava como o futuro vencedor da manga, ganhando mais uma volta a Ricardo Moura, mas mostrava também a combatividade de Miguel Guerreiro que iguala em número de voltas, Miguel Antunes. Começava a adivinhar-se mais uma intensa luta entre estes dois pilotos, permanecendo como incógnita o desfecho da mesma. E mais abaixo, era onde afinal se começava a perceber agora, que se encontrava o maior interessa da prova, já que desde o início, André Ferreira e Jorge Seia não se largavam, mas agora é André Ferreira que ocupa o lugar da vantagem.
Sexta calha e não estando em causa a liderança da prova por parte da Filipe Carreiro, é atrás de si que se começa a assistir a um verdadeiro pressing por parte de Miguel Guerreiro, que não satisfeito em destronar Miguel Antunes do terceiro posto, acaba também com uma grande ameaça a Ricardo Moura, completando a calha a uma volta de diferença deste. E com duas calhas por cumprir, esta luta prometia. Miguel Antunes é que tem aqui um desaire e perde a possibilidade de lutar pelas melhores posições. E como sempre, André Ferreira entretém-se com Jorge Seia, completando ambos uma vez mais a calha com o mesmo número de voltas.


A sétima calha confirma a quase garantida vitória por parte de Filipe Carreiro, mas acorda a tremenda incógnita, quanto a quem o seguirá na classificação. O forcing empreendido na calha anterior por Miguel Guerreiro mantém-se e acaba por deixá-lo agora, ainda que mantendo o terceiro lugar, na mesma volta de Ricardo Moura. Estava aqui o grande interesse para a calha seguinte, já que a definição da vantagem do desfecho, pertencia a quem garantisse os melhores nervos de aço. Miguel Antunes não conseguia melhor do que garantir o quarto lugar, enquanto que para a quinta posição, era Jorge Seia que conseguia uma vantagem de uma volta, o que poderia vir a definir a posição final na calha que se seguiria.
E sem surpresa, a vitória acabaria por pertencer a Filipe Carreiro, mas o segundo lugar representou a continuidade da pressão exercida por Miguel Guerreiro a Ricardo Moura, apesar de terminada a prova com ambos a registar 162 voltas. Brilhante e empolgante este final por parte desta dupla que não se rogou a esforços, um para se impôr e o outro para se defender.  Miguel Antunes viria a terminar a prova no quarto lugar e Jorge Seia acabaria por assegurar a quinta posição sobre André Ferreira, mantendo a volta de avanço que havia conquistado na calha anterior
E era então hora de tentar perceber como se posicionariam os seguintes pretendentes ao trono e onde se contava como menos capaz para esta guerra com Nuno Coelho. Isto, porque se trata de um piloto com participações esporádicas e que participava ainda com o handicap de ter um modelo emprestado. Mas conhecendo os seus dotes, era sabido que se possível, iria mordiscar os calcanhares aos mais experientes pilotos que ali alinhavam.

E alinhados os bólides e pilotos a postos, chegava a hora da verdade.
E este arranque marcava de imediato as pretensões deste grupo. Filipe Vinagreiro vencia a calha ao estabelecer 22 voltas, seguido de Rui Mota e Fernando Coelho, ambos com menos uma volta. Mas na tabela combinada da classificação geral, se Rui Mota ocupava o segundo posto, Fernando Coelho que havia conseguido o mesmo registo de Rui Mota, não ía além da quarta posição. Queria isto dizer que se encontrava esta prova muito renhida e que estes pilotos iriam mesmo ter de se esmerar. Marco Silva quedava-se pelo quarto lugar, mas situando-se na sétima posição da geral. Nuno Coelho fechava esta classificação.
A segunda calha mantinha as posições e as mesmas diferenças relativas entre eles, mas na tabela combinada, Marco Silva melhorava e ascendia ao quinto lugar. Ninguém baixava os braços, mas também ninguém se conseguia aproximar, o que obrigava a que estes pilotos não cometessem erros.
Na terceira calha existiu uma reacção por parte de Rui Mota, que embora não o tivesse levado a assumir a liderança, deixava-o com o mesmo número de voltas de Filipe Vinagreiro, o que fazia aquecer substancialmente o ambiente que ali se vivia, continuando ambos com as mesmas posições à geral. Marco Silva continua também a sua cavalgada de perseguição às melhores posições e consegue mesmo trocar de lugar com Fernando Coelho. Na tabela combinada, continuam à geral nos mesmos lugares, mas agora com ambos em posições trocadas. Nuno Coelho é que não se conseguia safar da última posição, exclusivamente pela falta de treino neste traçado.


Quarta partida e sobressai o tremendo equilíbrio entre Filipe Vinagreiro e Rui Mota que se manteem com o mesmo número de voltas e com o ritmo que impuseram, íam garantindo as duas primeiras posições da classificação geral. Também Marco Silva e Fernando Coelho conseguem manter-se com o mesmo número de voltas, mas agora com uma perda de mais uma volta para os dois pilotos da frente, mantendo-se estes na quarta e quinta posições da tabela combinada. E Nuno Coelho sobe uma posição à geral, ultrapassando nesta fase à frente de André Ferreira e muito próximo de Jorge Seia. Excelente recuperação protagonizada por este piloto que gostaríamos de ver mais vezes a viver estes ambientes de sadia luta.
A quinta calha continua a mostrar a garra de Filipe Vinagreiro e Rui Mota que se desunham para levar a melhor nesta guerra sem tréguas, mas a vantagem continua a pertencer ao primeiro. Fernando Coelho perde terreno e mais uma volta para aqueles dois pilotos, mas é Marco Silva que mais decai na classificação, ficando agora a duas voltas de Fernando Coelho e baixando para a sétima posição na classificação geral. Nuno Coelho torna a perder terreno na tabela combinada para Jorge Seia e André Ferreira.


E a na sexta calha, Rui Mota desfere um portentoso ataque e a estocada final fica dada, ganhando pela primeira vez duas voltas de avanço sobre Filipe Vinagreiro, uma vantagem que lhe iria permitir alguma gestão da  prova daqui para a frente. Mas na tabela conjugada, estes dois pilotos continuam a ocupar os dois primeiros lugares. A terceira posição da geral continuava a pertencer a Filipe Carreiro, o que quer dizer que Fernando Coelho não conseguia andamento capaz para desfeitear aquele piloto que havia brilhado na primeira das provas. Marco Silva continuava a perder terreno para Fernando Coelho, mas mantinha a sétima posição da geral. Nuno Coelho fechava as duas tabelas, a desta manga e a da geral.
E mais uma volta ganha por Rui Mota a Filipe Vinagreiro na sétima calha e praticamente fica escrita a vitória da prova, já que a calha que ficava a faltar era suficiente para uma perfeita gestão por parte de Rui Mota. Mas Fernando Coelho perdia agora uma volta para Filipe Vinagreiro e comprometia uma possível chegada àquele piloto.Nuno Coelho continuava a perder terreno tanto para Jorge Seia como para André Ferreira.
E a última calha ditaria que mesmo em modo de gestão, Rui Mota assegurava o primeiro lugar, mantendo a vantagem que o separava do segundo classificado, Filipe Vinagreiro.
O terceiro lugar ficava pertença de Filipe Carreiro e Miguel Guerreiro conseguia subir ao quarto lugar. Fernando Coelho, apesar da excelente prova, teria de se contentar com a quinta posição, seguido Ricardo Moura, um piloto que estamos convencidos, poderia ter feito um pouco melhor.
E Marco Silva via-se no sétimo lugar, seguido de Miguel Antunes, Jorge Seia, André Ferreira e Nuno Coelho. De salientar que o estreante Jorge Seia começa já sistemáticamente a impôr-se tanto a André Ferreira como ao ausente nesta prova, António Lafuente, o que obrigará a que estes nossos veteranos melhorem as suas performances.


E se são tidos como as melhores máquinas, as produzidas pela Thunder Slot, parece que Rui Mota continua a querer contrariar as tendências, vindo a impôr um modelo de origem italiana, da Slot.It.



Há a promessa de que a próxima jornada traga mais adeptos, o que a par de um Carlos Afonso, outros pilotos de nível superior se façam representar.

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