segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Um desafio à Scalextric / SCX

 Depois do interregno a que nos forçaram enquanto apreciadores dos seus produtos, promete a Scalextric/SCX a edição de um dos históricos do Mundial de Ralis cuja chegada será sempre muito bem vista. Trata-se do Lancia Fulvia HF, um daqueles esquecidos sem desculpa possível, embora tivesse já chegado ao mercado pelas produções da Auto Art. Pena ter-se tratado de uma produção à moda da Flyslot, que pouco mais serve do que modelo de colecção, pelo que depositamos alguma expectativa na produção espanhola, por saber-mos que pelo menos poderemos usufruir de algum prazer na sua pilotagem em pista.
Estará também para chegar ao mercado um Audi, mas não é aqui que desperta o meu interesse. Estarei antes focado em velhas glórias do mundo automóvel, um mundo em que a Scalextric/SCX tem conseguido brilhar, através da edição de modelos como o Citroën "Boca de Sapo", o 2CV, a 4L, o Fiat 600 Abarth, enfim, uma série de exemplos a que mais nenhum fabricante se atreveria a apontar baterias para a sua produção.
E o que me apraz aqui hoje, é espevitar esse espírito saudosista que o fabricante espanhol tem sabido de quando em vez trazer à ribalta. Claro que algumas das propostas aqui trazidas não serão tão interessantes e apetecíveis, mas tratar-se-íam de obras de inquestionável interesse.
 E para começar, abordo um modelo conhecido de alguns, mas numa versão mais restrita. Trata-se do Chevrolet Firenza, um modelo inglês nascido com base no Vauxhall Firenza, mas que em terras da África do Sul o equipavam de um poderoso V8 de origem Chevrolet. Estes impressionantes carros eram depois aproveitados tanto para rali como para provas de velocidade pura ou resistências.
 E da minha parte, adoraria usufruir destas verdadeiras relíquias no mundo dos slot car.

 Mais civilizados um pouco estão então os Vauxhall Firenza, modelos que fizeram história sobretudo em terras de Sua Magestade e em França, modelos que se encontravam equipados com o motor das famosas Badford e cuja carroçaria se mostrava bastante menos exuberante. Com esta representação mais civilizada chegou a conseguir alguns títulos e onde se chegou mesmo a consagrar como Campeão de velocidade de Grupo 1 em França. Mas terá também marcado o mundo dos ralis, onde não terá passado despercebido.

 E na sua versão de Grupo 2 pela qual se optava mais pela versão de frente em cunha, teve também os seus momentos de glória. Mas qualquer deles seria bem vindo e preencheria uma lacuna que até os próprios ingleses se esquecem de o inserir no catálogo da Scalextric/Superslot.
Em baixo, na civilizada versão cliente.

 E que é feito do incontornável Vauxhall Chevette? Aqui parece até a situação ser mais grave. Militante em provas do Mundial de Ralis, incompreensivelmente mantém-se igualmente esquecido.
 Em quase todos os países europeus as listas de inscritos viram estes carros presentes. Mas tendo nós assistido à chegada do Talbot, seria mais do que provável vermos também a chegada deste puro britânico.
 Bonito quanto baste e com a história que também arrasta consigo, não se percebe a sua ausência até aomomento.
 Que dizer também de outros históricos como os japoneses 240Z e 1600 SSS? Quase escandaloso, já que ninguém terá ficado indiferente às suas passagens sobretudo pelo mundo dos ralis, onde abrilhantaram por várias épocas o Mundial.

 Temos outro exemplo de um belo mas esquecido clássico. O velhinho Volvo PV444 foi outro dos gloriosos que marcaram a competição automóvel pelo mundo inteiro. E pautaram a sua presença por inúmeras vitórias em várias categorias do desporto automóvel.
 O Rali Safari terá talvez sido o epíteto maior deste sueco, mas muitas outras versões poderiam ser aproveitadas para o reproduzir.

 Mas da Suécia um outro fantástico Volvo preencheu listas de participantes, embora num número algo mais restrito. Trata-se do sempre lindo P1800, um modelo de incomparável beleza e que poderia também ser muito bem aproveitado para o slot, visto dispôr de uma carroçaria de linhas muitos baixas e favoráveis à modalidade.

 E porque não falar do Stratos? É verdade que a Ninco já o fez chegar e que fez também já parte da lista de produções da Scalextric/SCX, mas numa versão muito restrita. Porque não uma nova aposta na carroçaria mais comum e que afinal, serve para reproduzir infindáveis versões?
Aqui fica um desafio a um dos mais populares fabricantes de modelos de slot, aguardando que pelo menos tenha o condão de fazer despertar este gigante.

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