quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Cheetah - Hoje tenho uma história para contar

Este estranho carro com nome de felino, nasceu da parceria dum senhor chamado Bill Thomas com a Chevrolet. O engenho de Mr. Bill criou este emblemático modelo que pela associação feita com aquele construtor Norte Americano, fazia equipar esta sua criação com motores daquela marca, entrando dessa forma numa escondida mas mal camuflada guerra entre a Chevrolet e a Ford na década de 60, que se haviam comprometido num pacto de não agressão, dentro das pistas. Se por um lado Bill Thomas representou a Chevrolet para quebrar esse acordo de cavalheiros, este arranjou à sua altura um companheiro de armas que da mesma forma, havia de se servir das motorizações Ford para dar continuidade às lutas daqueles gigantes dentro das pistas. Esse senhor chamava-se simplesmente, Carroll Shelby, o génio criador dos AC Cobra.
Mas não é essa a história que vos quero aqui trazer, mas sim a história da minha essência enquanto praticante e coleccionador de modelos de slot. E se o início do meu interesse aconteceu em Moçambique no ano de 1966 com a minha primeira pista trazida pelo Pai Natal, a verdade é que o despertar da serpente aconteceria no ano de 1971, ao  tomar contacto com uma realidade competitiva bem mais séria do que aquela até ali vivida e repartida em guerras de sótãos. O atrevimento levara-me a confrontos com mais experientes praticantes, dotados de máquinas bem mais aptas e capazes de performances invejáveis. E assim tive os meus primeiros contactos com os modelos Cox, a coqueluche daquela década no que se referia à modalidade. E a paixão aconteceu. Rui Veranas era um desses assíduos corredores e que acabou por se tornar no meu ídolo, simplesmente pela belíssima máquina com que sempre se apresentava. Era um Cheetah da Cox. Inicialmente todo preto e mais tarde preto com a frente vermelha, com um fino friso branco a separar as duas cores. Era simplesmente, lindo.
Aquele modelo marcou-me eternamente. Não descansei até que um dia consegui adquirir um usado. Ao mesmo tempo adquiria ao mesmo proprietário um Cucaracha, um modelo inventado mas de fabrico igualmente Cox. Rápidamente percebi a vantagem de ter um cucaracha, pois tratava-se de um modelo mais desenvolvido em termos de equilíbrio, peso e dotado ainda duma motorização bastante superior. Passaria a ser o meu carro oficial para as competições, mas para brincar, não poderia faltar o meu idolatrado Cheetah.
Contudo uma revolução precipitou uma série de acontecimentos em cadeia e embora tivesse conseguido trazer os meus carrinhos de estimação, tanto uso havia de lhes dar a solo, que tudo acabaria por se ir desintegrando. E de tudo, muito pouco sobrou.
Em baixo é possível ver-se o Cheetah com o seu característico chassis em magnésio, bem como as suas jantes e o Cucaracha cujo chassis triangular em alumínio era ainda basculante, servindo-se dos apoios do eixo traseiro na carroçaria, para tal.
 Mas estes que agora aqui vos mostro, não eram os meus.
O fabricante Cox é para mim um nome eterno neste mundo, como será hoje a Slot.It para as gerações de praticantes mais recentes. Durante longos anos andei numa quase desenfreada procura de um Cheetah daquele fabricante em condições razoáveis, nunca o tendo conseguido. Esta minha paixão acabaria por levar um grande amigo a desfazer-se destes dois exemplares da Cox para mos ofertar. Fiquei absolutamente atónito pela nobreza deste gesto, quando recepcionei pelas mãos de um amigo, esta inacreditável oferenda. Chorei, pois parecia-me pouco razoável da minha parte poder aceitar estas peças que tão bem sabia o quanto representam e representavam igualmente para ele. Conhecia estes modelos da época de Lourenço Marques, de quando bricava-mos juntos. Parecia que estava a viver um sonho. Depois de esclarecido, percebi que o único caminho era mesma aceitar. E aceitei e detenh-os agora, religiosamente guardados.
Da minha parte havia já conseguido mas sem que houvesse ainda Cheetah, a sua caixa original e respectivo folheto, bem como também a folha de decalques de que se fazia na época acompanhar. Hoje, sinto que o Cheetah do meu amigo, ficou pelo menos um pouco mais completo.
 Do meu Cucaracha original nada sobrou, nem o motor que de tanto rodar, acabaria por romper o próprio colector. Do Cheetah, resta esta triste recordação. Sem saber sequer onde havia ido parar o chassis, aproveitei a minha época louca das transformações dos carrinhos, para também espatifar este sagrado modelo. Aqui mostro o meu Cheetah transformado inacabadamente, ao lado daquele que agora idolatro.



Mas à falta de Cheetah da Cox, as minhas belas recordações mantiveram-me numa eterna procura daquele que mais gostara. E não perdoei. Assim que a MRRC anunciou a sua reprodução, instalou-se em mim um pesado desassossego até que lá fui colmatando essa lacuna à medida que íam sendo editados, já que colecção de slot sem um Cheetah da Cox, não é colecção. Mas continuavam a não ser Cox, o que lá revertia a história à velha questão. A minha colecção, não era colecção sem um modelito da Cox sequer.
 Mas no mínimo, já contemplava os tão belos Cheetah e a versão preta lá ía ocupando o espaço do verdadeiro, imitava na medida do possível, o velho Cox.

 E os da MRRC acabavam por ocupar também um espaço especial, já que são um encanto e cada um deles tem também a sua particularidade.
 Em cima é possível ver-se que a versão preta é o único dos quatro editados, que tem quatro stop's e incorpora no habitáculo um pneu suplente. É também o único desprovido de retrovisores exteriores.


 Já os modelos azul e amarelo têm um capôt-motor liso desde a abertura do respiro do motor, até ao limite frontal, sendo equipados com representação dos motores distintos entre eles.
Os modelos vermelho e o preto já contemplam aberturas nesse mesmo capôt e uma deriva vertical que no preto é da côr do carro e no vermelho, transparente. Também aqui a representação do motor se mostra distinta.
 Mas na insistente e ambiciosa procura dos extraordinários Cheetah, assim que a Carrera os editou também, tornou-se irresistível a aquisição de pelo menos um modelo deste fabricante. Em baixo, a comparação do modelo Cox com aquele que por ventura será a melhor de todas as representações desta brutal criação do mundo automóvel.


 Mas depois que chegou à minha colecção o original Cheetah da Cox, sinto que uma colecção recebeu agora com dignidade esse nome, "uma colecção".
A generosidade de um grande amigo, tapou uma brecha que levava longos anos. Afinal, um Cheetah era a essência e o culminar de um ajuntamento de carrinhos que quase não tinham sentido. Cox será talvez o nome da magia e um carro lindo e outro numa invulgar e estranha côr arroxeada, serão ouro sobre azul.




Mas agora, o meu lixinho que durante tantos anos se manteve como tal, não vai parar ao lixo não, vai religiosamente fazer companhia e parelha com o seu coleguinha de infância.
Mas esta história só tem dois protagonistas, um Cheetah e um grande homem que terei sempre como um grande amigo, muito obrigado GRANDE Tó.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Porsche 961 - Le Mans Miniatures



Em 1986, a Porsche avança para a clássica francesa, estreando-se numa nova tecnologia que havia posto ao serviço da marca através do seu revolucionário Porsche 959. Para tal, pegou nesse mesmo modelo e depois estudadas as respectivas transformações mecânicas e aerodinâmicas, rebaptizou-o  com a nova designação de Porsche 961.
Este projecto mostrou-se à dupla René Metge / Claude Ballot-Lena, os pilotos eleitos oficialmente
para conduzirem este 961 durante as 24 horas de duração da prova, como um cavalo selvagem que lhes exigia todos os dotes de pilotagem.
 As dificuldades causadas pela tracção total mostrou-se no entanto fiável e fizeram no final parte, com a sua sétima posição, da lista dos sete Porsche's que preencheram as sete primeiras posições nesta edição de Le Mans. O 2.8L de seis cilindros resistiu, bem como o sistema de transmissões que complicaram os dotes de pilotagem dos eleitos para levar esta inovação tecnológica até final desta maratona mecânica.
 E que dizer então, desta obra de autoria da Le Mans Miniatures? Apenas, que não há nada a apontar. Poderemos referenciar apenas que a sua reprodução em resina, será o suficiente para não fazer dele um ás das pistas de slot. A sua mecânica não é também uma referência e portanto, não poderemos contar com ele nos pódios, mas estará certamente nos escaparates de mostragem dos modelos de eleição.




 Mecânicamente e à imagem de exemplos anteriores, a Le Mans Miniatures poderia ter apostado num berço Slot.It, o que lhe garantiria certamente outras aptidões dinâmicas.


Em baixo, o mesmo modelo mas estático e à escala 1/43.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Audi e Lancia - Scalextric/Superslot

 O fabricante inglês Scalextric/Superslot encontra-se pródigo nas belas máquinas que nos disponibilizou ultimamente. E agora chegam-nos dois belos exemplares que abrilhantaram o Mundial de Ralis, ainda no tempo dos saudosos Grupo B.
 Aujdi Quattro S1 e Lancia Delta S4 foram dois dignos representantes da ambas as marcas. Não podemos no entanto fazer jus à escala com estes dois modelos, já que existem fabricantes muito mais aptos a resultados de relevo, do que estes que agora nos chegam.
 Uma vez mais, é com muita pena que se constacta o facto, pois tratam-se de duas requintadas reproduções ao nosso alcance.
 De linhas extraorninárias, tanto este Audi como o Lancia ficam a aguardar que alguém se digne desenvolver um chassis à altura, para depois se prestar a lutas condignas com os restantes adversários.








Scalextric/Superslot - Mais um Mini de Monte Carlo

 Mais uma excelente réplica de mais um Mini participante no Rali de Monte Carlo.
 Infelizmente pouco mais do que isso representa esta versão do Mini, pois a condição mecânica, condiciona tudo o resto para o qual estes modelos são criados, não bastasse a estrutura natural e reduzida do modelo em sí, para criar as dificuldades naturais no mundo dos slot car.